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Pouco depois da morte de Hegel, os governos da Prússia e doutros Estados germânicos começaram a perseguir a filosofia. Numa série de universidades foi proibido o ensino da filosofia hegeliana; começaram-se a designar para as cátedras de filosofia adversários filosóficos de Hegel. Assim, em 1841, o governo prussiano nomeou para a cátedra de filosofia da universidade de Berlim (cátedra ocupada por Hegel até sua morte) Schelling, que já se tinha convertido num extremista reacionário e místico.
Apesar de todas as perseguições, a filosofia hegeliana teve ampla divulgação na Alemanha, depois da morte do seu fundador.
"... As ideias de Hegel penetraram em grande abundância, consciente ou inconscientemente nas mais diversas ciências..."(102).
A doutrina de Hegel,porém, deixava abundante margem para nela se albergarem as mais diversas conclusões práticas dos partidos mais dispares. Começou a amadurecer uma cisão entre os discípulos de Hegel que se corporificou definitivamente nos fins da década de 30. O hegelianismo cindiu-se em duas tendências principais: a de direita, a dos velhos hegelianos, e a de esquerda, a dos jovens hegelianos. Essa cisão era o reflexo da diferenciação existente no campo da burguesia alemã, onde se estava formando uma corrente conservadora e outra radical. Começou uma luta encarniçada entre os hegelianos de direita e de esquerda, bem como dentro de cada um desses grupos.
A posição assumida perante o problema religioso era a causa principal desta luta filosófica. Uma luta aberta contra o absolutismo e a servidão, uma intervenção política decidida contra os vestígios do feudalismo, era impossível, nas condições do regime policial imperante nos Estados germânicos. A luta contra o feudalismo assumiu, portanto, a forma de luta contra a religião, principal sustentáculo ideológico do regime feudal.
Os hegelianos de direita rechaçaram a dialética de Hegel e desenvolveram um sistema filosófico conservador. Da filosofia de Hegel destacaram as conclusões reacionárias que justificavam a monarquia policial prussiana. Ao reconhecer a existência de Deus, a imortalidade da alma, etc., os hegelianos de direita procuravam aproximar a ciência da religião. Na sua opinião, a ciência não rejeita a religião, mas a emancipa da superstição vulgar, dando-lhe um caráter racional. Os velhos hegelianos refletiam na filosofia as aspirações políticas dos grupos conservadores da burguesia alemã, que temiam a revolução e buscavam o compromisso com a nobreza.
Os de esquerda, os jovens hegelianos, eram democratas, representantes da pequena burguesia e da intelectualidade revolucionária. Apesar de limitar-se no fundamental e sua atividade crítica contra a religião, tiraram da filosofia de Hegel conclusões revolucionárias e ateias, e alguns deles passaram inclusive ao materialismo. Os mais destacados elementos dos jovens hegelianos eram David Frederico Strauss (1808-1874), os irmãos Bauer: — Bruno (1809-1882) e Edgard (1820- 1886) — e Max Stirner (1806-1856). Também Ludwig Feuerbach, no princípio, e Carlos Marx e Frederico Engels, em sua juventude, formaram entre os jovens hegelianos.
A intervenção de Strauss, que em 1835 publicou um livro intitulado "Vida de Jesus, Criticamente Elaborada" foi o começo da luta entre os hegelianos de direita e os de esquerda. Nesse livro Strauss refuta o cristianismo assumindo uma posição idealista hegeliana, demonstrando que todos os relatos evangélicos não passam de mitos. A juízo de Strauss esses mitos são produto da criação coletiva inconsciente dos homens pertencentes às primeiras comunidades cristãs. O ponto de vista de Strauss sobre a origem da religião recebeu o qualificativo de "Substância"(103) .
Apesar do caráter idealista dos raciocínios de Strauss, sua crítica do evangelho teve grande importância na luta contra a igreja cristã. Seu livro desencadeou verdadeira tempestade na Alemanha; os hegelianos de direita e os demais reacionários arremeteram contra o livro, o qual deu também lugar ao começo da luta dentro do próprio campo dos jovens hegelianos. Bruno Bauer, em seus livros, "Crítica da História Evangélica dos Sinóticos e de João" e "O Clarim do Terrível Tribunal sobre Hegel, Ateu e Anticristo", publicados em 1841, pronunciou-se contra Strauss. Criticando em seus livros a teoria de Strauss sobre a origem dos mitos evangélicos, Bruno Bauer desenvolveu ainda mais sua terrível crítica à religião; a religião é, segundo Bauer, o produto da invenção consciente dos homens. O fundamento da história humana é, segundo Bauer, a atuação dos grandes homens, das "personalidades que pensam criticamente". Estes últimos expressam em sua criação "a autoconsciência" da época determinada e assinalam às massas o caminho a seguir. Bauer descreve as massas como multidão inerte e ignorante que submissamente segue tais guias e profetas. Por isso, o ponto de vista de Bauer, sobre a origem da religião, recebeu a designação de "autoconsciência".
Apesar de todo o seu idealismo, Bruno Bauer chegou à conclusões ateias, afirmando que o cristianismo não foi criado por Deus mas pelos homens; atualmente envelheceu e não corresponde mais à "autoconsciência" da época.
Com sua luta contra a religião e indiretamente contra o feudalismo, os hegelianos de esquerda desempenharam certo papel positivo, porém não passaram da crítica à religião. Ao afirmar que a religião é a causa fundamental das desgraças sociais, mostraram não compreender que a religião só pode ser vencida por uma transformação revolucionária do regime econômico-social da sociedade. Os hegelianos de esquerda não desenvolveram qualquer atividade revolucionária prática. Olhavam com desdém a massa, cuja força revolucionária ignoravam. No livro "O Único e sua Propriedade" (1844), Max Stirner pregou a liberdade individual ilimitada, opondo-se à massa, estúpida e inerte na sua opinião. O anarquismo de Stirner interpretava a aspiração da pequena-burguesia arruinada a conservar sua independência pessoal, sua propriedade. É compreensível que a atividade dos jovens hegelianos não chegasse a ter a menor importância prática para a modificação das normas existentes na Alemanha.
Todos os jovens hegelianos permaneceram prisioneiros do idealismo de Hegel; nenhum deles, como faz notar Marx, sequer tentou fazer uma crítica profunda do sistema hegeliano. A debilidade dos hegelianos de esquerda refletia a inconsequência, a indecisão da pequena-burguesia em sua luta contra o feudalismo. Por isso, Marx e Engels, que pertenciam inicialmente aos hegelianos de esquerda, romperam logo com eles, começando a lutar contra eles. No prólogo da "Ideologia Alemã" (escrita em 1845-1846), Marx e Engels desmascararam as raízes de classe do jovem hegelianismo fazendo sobre ele uma exposição demolidora.
"O primeiro tomo dessa publicação, escrevem Marx e Engels, propõe-se a desmascarar as ovelhas que se consideram lobos e como tais são consideradas; a demonstrar que, com seu balido, reproduzem apenas filosoficamente as imaginações dos burgueses alemães; que as fanfarronadas desses intérpretes filosóficos só refletem a pobreza da realidade alemã"(104).
De todos os jovens hegelianos (com exceção de Marx e Engels), só Feuerbach superou o idealismo de Hegel ao passar para o materialismo.
Ludwig Feuerbach (1804-1872) era filho do conhecido professor jurista Anselmo Feuerbach. Assistiu as lições de Hegel na universidade de Berlim e fez-se seu discípulo. Em 1828 começou a explicar filosofia na universidade de Erlangen. Em 1830 publicou seu primeiro trabalho "Pensamentos Sobre a Morte e a Imortalidade". Devido à publicação desse trabalho, Feuerbach foi acusado de propagar o ateísmo e seu livro apreendido. Por essa mesma razão foi expulso da Universidade, perdendo a cátedra universitária até o fim da vida. Radicou-se numa pequena aldeia da Turíngia onde sua mulher possuía uma pequena indústria e ali passou 25 anos separado do movimento filosófico e social. Tampouco participou ativamente na revolução de 1848, depois da qual quase nada escreveu. Passou os últimos anos da vida na miséria, devido à falência da sua fábrica; na velhice, Feuerbach conheceu as Obras de Marx e Engels e em 1870 ingressou no partido social-democrata alemão. Engels pronunciou um discurso no enterro de Feuerbach.
O valor fundamental de Feuerbach no terreno filosófico consiste em ter tomado a defesa do materialismo contra o idealismo de Hegel e, em geral, contra qualquer idealismo, cujo reino na Alemanha, pátria dos corifeus da filosofia idealista, como Kant, Hegel, Fichte, parecia irremovível. Apesar da enorme autoridade da filosofia hegeliana, Feuerbach soube, com sua crítica profunda e precisa, inclinar o pensamento filosófico para o materialismo, exercendo enorme influência sobre Marx e Engels, aos quais muito ajudou a passar do idealismo hegeliano às posições materialistas.
Na solução do problema fundamental da filosofia, Feuerbach procede como materialista. Afirma que a natureza existe fora da filosofia. As únicas coisas objetivamente reais são a natureza e o homem. Feuerbach concitava ao abandono da meditação sobre a existência do "além", própria dos idealistas, e ao estudo da natureza e do homem.
"A filosofia, escrevia Feuerbach, deve tornar a unir-se às ciências naturais e essas à filosofia. Essa união, baseada na necessidade mútua e na necessidade interna, será mais durável, feliz e frutífera que a atual ligação desigual da filosofia com a teologia".
A base da filosofia; seu ponto de partida, deve ser o homem que realmente existe; por isso Feuerbach chama antropologia à sua filosofia, destaca a primazia do ser sobre o pensar e afirma que o espiritual não tem sentido sem o material. Pensar é uma faculdade da matéria, uma função do cérebro humano. O ser e o pensar, o objeto e o sujeito, coexistem. Eu sou o sujeito para mim e objeto para outro homem. Para mim, meus pensamentos, meus sentimentos, minha experiência parecem imateriais, atos puramente psíquicos; para mim não é visível seu princípio material: meu corpo, meu cérebro. Mas outro homem que me observa de fora como um objeto físico, nota facilmente a relação que existe entre minhas práticas psíquicas e a atividade do meu corpo; estabelece a dependência de minha psiquê em relação a meu corpo.
Feuerbach, de uma posição materialista-antropológica, luta contra a religião e o idealismo. Não foi Deus que criou o homem mas o homem que criou Deus. A existência divina, escrevia Feuerbach, não é mais que a existência humana livre das limitações individuais, objetivada e em seguida divinizada, e venerada como uma existência do "além", ou seja, como Deus.
Feuerbach relaciona indissoluvelmente a crítica à religião com a crítica ao idealismo filosófico, demonstrando que a filosofia hegeliana é o último sustentáculo da religião; para romper com a religião é necessário divorciar-se do idealismo hegeliano. Tantos os teólogos como os filósofos idealistas separam, da mesma maneira, o pensamento humano do homem e afirmam que aquele é o princípio primário do mundo. Não há nenhuma diferença de princípio entre a Ideia absoluta de Hegel e o Deus de qualquer religião; uma e outro representam a divinização do pensamento humano.
O livro de Feuerbach "Essência do Cristianismo", no qual expõe pela primeira vez sua crítica à religião, produziu uma impressão enorme.
Esta obra, diz Engels em seu "Ludwig Feuerbach",
"...pulverizou dum golpe a contradição, repondo em seu trono, sem mais delongas o materialismo. A natureza existe independentemente de toda a filosofia e é a base sob a qual crescem e se desenvolvem os homens, que são também, eles próprios, produtos naturais; fora da natureza e dos homens nada existe, e os seres superiores que nossa imaginação religiosa forjou não são mais que reflexos imaginativos de nosso próprio ser... Só tendo vivido a força libertadora desse livro podemos fazer uma ideia da mesma. O entusiasmo foi geral: imediatamente nos tornamos todos feuerbachianos"(105).
Contudo o materialismo de Feuerbach tinha uma série de defeitos. Feuerbach não soube elevar-se acima da limitação característica do materialismo da época anterior a Marx; acima do caráter mecânico, metafísico e idealista da vida social. Feuerbach, ao mesmo tempo que refuta o idealismo hegeliano, refuta também sua preciosa medula filosófica: a dialética de Hegel. Não compreendia seu enorme valor, acreditando a dialética indissoluvelmente ligada ao idealismo e inexistente na natureza. Feuerbach, por isto, analisa a natureza e a sociedade, assim como o homem, fora do processo de evolução, não historicamente. Põe o homem, concebido metafisicamente, como fundamento de sua filosofia; examina o homem, não como um elemento ativo pertencente a uma classe determinada, mas como homem abstrato, o Homem "em geral", como um ser biológico. A "essência" do homem é, para Feuerbach, una e imutável; não depende nem do fato de pertencer a tal ou qual classe, nem da época histórica em que vive. Feuerbach não compreendia que o homem, ao transformar a natureza e a sociedade no processo de sua atividade prática, produtora e revolucionária, transforma-se também; que os homens de classes e épocas diversas possuem concepções e aspirações diversas. Na realidade não existe nenhum ser humano universal como imaginava Feuerbach.
O maior defeito do materialismo de Feuerbach é seu caráter contemplativo, sua incompreensão da atividade efetiva, prática do homem. Feuerbach destacou justamente a unidade do sujeito e do objeto, mas concebia essa unidade de forma muito limitada, no âmbito do corpo humano: o pensamento representa o sujeito, e a organização física do homem o objeto. Na realidade, só a prática humana estabelece a verdadeira unidade entre o sujeito e o objeto; o homem no processo de sua atividade produtora entra em relação com a natureza, transforma a natureza, transformando-se a si próprio. Na filosofia de Feuerbach a natureza aparece separada da prática do homem. Feuerbach não negava em geral o papel da prática; ao contrário, concedeu-lhe grande valor, porém não compreendia o caráter social histórico, produtor, da prática. Considerava-a apenas como "consumidora", como satisfação imediata das necessidades materiais do homem, independentemente das formas históricas do regime social. Em última instância Feuerbach reduziu a prática a uma atividade teórica como fizeram os representantes do idealismo alemão. O homem feuerbachiano aparece como um filósofo que contempla impassível a natureza. Não é em vão que, em suas Teses sobre Feuerbach, Marx acentua terem todos os filósofos anteriores, inclusive Feuerbach, interpretado apenas o mundo, enquanto que a tarefa consistiria em transformá-lo.
O caráter anti-dialético e contemplativo da concepção feuerbachiana do mundo, sua incompreensão do papel da prática, não lhe permitiu estender ao materialismo a interpretação dos fenômenos sociais. Visto considerar o homem não como um ser social, mas abstrato, biológico, Feuerbach não compreendia o caráter social das relações entre os homens. Reduzia estas relações a relações "naturais", relações de "gênero". O pensamento, assinala Feuerbach, nasce das relações mútuas entre os homens. Contudo Feuerbach concebe essas relações não na atividade produtora conjunta dos homens, mas em suas relações mútuas sentimentais: no amor, na afeição mútua entre os homens. Desta forma, o naturalismo na interpretação dos fenômenos sociais transforma-se, na filosofia de Feuerbach, em idealismo. Enxerga a causa da evolução social na aspiração humana pela felicidade, pelo ideal e, em última instância, nos movimentos religiosos. O verbo "religare" significa em latim "relacionar", "unir". Reportando-se a isso Feuerbach declara que a religião é a forma universal das relações entre os homens; que toda a relação humana é uma relação religiosa. Apenas o objeto da religião deve ser o homem em vez de Deus. Tendo começado por destronar a religião, Feuerbach termina admitindo-a como expressão das aspirações humanas pela felicidade e amor recíproco. Interpreta a história humana através das transformações nas religiões e cada grande revolução como se estivesse relacionada com a substituição de uma religião por outra. Assim Feuerbach interpreta o desaparecimento do Império Romano como resultado da substituição da antiga religião greco-romana pelo cristianismo.
Stalin faz a seguinte apreciação da filosofia de Feuerbach:
"Na caracterização do seu materialismo, Marx e Engels referem-se com frequência à Feuerbach, como o filósofo que restabeleceu os direitos do materialismo. Isso, porém, não quer dizer que o materialismo de Marx e Engels seja idêntico ao de Feuerbach. Na realidade, Marx e Engels apenas tomaram do materialismo de Feuerbach "sua medula", desenvolvendo-a até convertê-la na teoria científica filosófica do materialismo e refutando sua escória idealista e ética-religiosa. É sabido que Feuerbach, que era fundamentalmente um materialista, revoltava-se contra o nome de materialismo. Engels declarou mais de uma vez que, "em que pese as suas bases materialistas, Feuerbach não chegou a desprender-se das ataduras idealistas tradicionais", e que "onde o verdadeiro idealismo de Feuerbach se revela é em sua filosofia da religião e em sua ética"(106).
Os defeitos e a limitação do materialismo de Feuerbach explicam-se, antes de tudo, pelo fato de Feuerbach não se ter ligado à luta revolucionária do proletariado. Como os demais hegelianos de esquerda, permaneceu na posição da democracia burguesa avançada; apesar de emitir concepções progressistas e, nos últimos anos, ingressar no partido social democrata, não conseguiu elevar-se ao nível dos interesses revolucionários do proletariado. Sua separação da atividade revolucionária foi ocasionada pelo seu isolamento forçado numa aldeia longínqua.
Feuerbach limitou sua atividade à filosofia; conhecia muito pouco os outros campos das ciências sociais, como a economia política e o socialismo, cultivadas então pelos utopistas franceses e ingleses. Precisamente esta ciência, juntamente com a dialética da filosofia clássica alemã, foram as fontes teóricas do marxismo, que conduziram à interpretação materialista da história.
Feuerbach permaneceu também desligado da evolução das ciências naturais que, justamente durante a época em que viveu, fizeram uma série de grandes descobertas que impunham a necessidade de elaborar a concepção dialética da natureza (a descoberta da célula, a lei da transformação da energia, a teoria da evolução de Darwin).
Para Marx e Engels, que apreciavam consideravelmente o papel histórico de Feuerbach, evidenciaram-se desde o início todos os defeitos de sua filosofia. Marx criticava com especial dureza o caráter contemplativo do materialismo feuerbachiano, sua falta de historicismo, sua separação da política. Dizia que Feuerbach se apoiava excessivamente na natureza e muito pouco em política, e que, sem a aliança estreita com a política, não pode haver uma verdadeira filosofia. Também criticava a incompreensão de Feuerbach sobre o verdadeiro papel da prática para a filosofia materialista:
"... para o materialismo prático, quer dizer, para o comunista, tudo consiste em revolucionar o mundo existente, em voltar-se na prática contra o estado de coisas existente e transformá-lo. Se por vezes achamos em Feuerbach semelhantes conceitos, são apenas conjecturas isoladas que exercem sobre sua concepção geral do mundo uma influência muito pobre, razão que nos leva a considerá-los apenas como germes capazes de desenvolver-se"(107).
O materialismo dialético foi criado apenas por Marx e Engels que superaram tanto o idealismo da dialética hegeliana como a limitação do materialismo Feuerbachiano.
Notas de rodapé:
(102) Engels. Ludwig Feuerbach. Versão espanhola, Moscou 1941, página 11. (retornar ao texto)
(103) Segundo Hegel, a substância — a ideia absoluta — realiza seu desenvolvimento na sociedade através da atividade social e ideológica dos homens e, além disso, os homens não têm consciência de que, em suas ações se realiza o movimento das ideias. Strauss demonstrou que a religião é fruto da atividade inconsciente dos homens, na qual a substância se manifesta em determinada fase do seu desenvolvimento. (retornar ao texto)
(104) Marx e Engels. A Ideologia Alemã. Obras, tomo IV, página 3, edição russa. (retornar ao texto)
(105) Engels. Ludwig Feuerbach. Versão espanhola, página 13, Moscou 1941. (retornar ao texto)
(106) Stalin. Sobre o Materialismo Dialético e Histórico. "Questões do Leninismo", versão espanhola, Moscou 1941, páginas 635-636. (retornar ao texto)
(107) Marx e Engels. A Ideologia Alemã. Obras, tomo IV, página 33, edição russa. (retornar ao texto)
Inclusão | 17/12/2015 |