(1879-1953): Josef Vissarionovitch Djugashvili nasceu em 21 de dezembro de 1879 (9 de dezembro no calendário juliano) na cidade de Góri, na Géorgia, em uma família de origem camponesa. Frequentou uma escola religiosa e posteriormente ingressou no Seminário de Tiblíssi. Em 1895, tomou contato com grupos clandestinos de revolucionários marxistas russos exilados na Transcaucásia e, entre 1896 e 1898, dirigiu os círculos secretos de estudos marxistas no seminário, pelo que veio a ser expulso em 29 de maio de 1899.
Em setembro de 1901, fundou o jornal ilegal Brdzola, órgão da ala revolucionária dos marxistas georgianos. Em 11 de novembro foi eleito membro do primeiro Comitê de Tiblíssi do Partido Operário Social-Democrata Russo, alinhado à corrente iskrista-leninista. Em 1903, ingressou na ala bolchevique do POSDR. Adotou em 1912 o pseudônimo revolucionário de Stálin, homem de aço. Neste mesmo ano, passou a integrar a redação do Pravda e, por sugestão de Lênin, foi apontado para o Comitê Central dos bolcheviques.
No período czarista, Stálin havia sido preso e exilado várias vezes, somando um total de dez anos de clandestinidade. Após o triunfo da revolução, ocupou o cargo de Comissário para as Nacionalidades. Em abril de 1922, foi eleito secretário-geral do Partido Comunista. Após a morte de Lênin, Stálin passou a dirigir o governo da União Soviética.
Seu período de governo é marcado pela transição da Nova Política Econômica para uma economia planificada, pela coletivização do campo e pela supressão de alas dissidentes do partido bolchevique, notadamente a de Trótski e de Bukharin. Suas aulas à Universidade Sverdlov, compiladas no livro Fundamentos do Leninismo, sintetizaram as contribuições de Lênin para o marxismo e assentaram as bases da doutrina ideológica conhecida como marxismo-leninismo, que tornou-se a corrente política dominante no movimento comunista internacional até a sua morte. Promoveu uma série de expurgos dentro do Partido Comunista da União Soviética (bolcheviques) e do aparato estatal, incluindo Zinoviev, Kamenev, Radek, Pyatakov, Bukharin, Rykov e grande parte da chefia do Exército Vermelho.
Desenvolveu especialmente uma contradição ideológica com Leão Trótski acerca de questões fundamentais do futuro da revolução proletária, expressas principalmente na oposição entre a teoria do socialismo em um só país, defendida por Stálin, e a teoria da revolução permanente, defendida por Trótski. Além disso, foi um dos principais articuladores do Exército Vermelho no período da Segunda Guerra Mundial. Faleceu a 5 de março de 1953 por um derrame cerebral.