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«Fui um anti-stalinista convicto desde a idade de 17 anos. A ideia de um atentado contra Stáline invadia os meus pensamentos e sentimentos. Estudámos as possibilidades “técnicas” de um atentado. E passámos à sua preparação prática.
«Se me tivessem condenado à morte em 1939, essa decisão teria sido justa. Eu concebera o plano de matar Stáline e isso era um crime, não?
«Quando Stáline ainda estava vivo, eu via as coisas de outro modo, mas agora que posso sobrevoar este século, digo: Stáline foi a maior personalidade do nosso século, o maior génio político. Adoptar uma atitude científica a respeito de alguém é diferente de manifestar uma atitude pessoal.» — Aleksandr Zinóviev, 1993(1)
«Na minha opinião, há duas “espadas”: uma é Lénine e a outra, Stáline.A espada que é Stáline, os russos lançaram-na agora por terra.
Gomulka e alguns húngaros apanharam-na para atacar a União Soviética, para combater aquilo que é chamado de stalinismo. Os imperialistas servem-se também desta espada para assassinar os povos; Dulles, por exemplo, tem-na brandido. Esta arma não está emprestada, foi deitada fora.
«Nós, Chineses, não a rejeitámos.
«Quanto à espada que é Lénine, não foi ela também rejeitada de algum modo pelos dirigentes soviéticos? A meu ver isso aconteceu em muito larga medida.
A Revolução de Outubro permanece válida? Poderá ainda servir de exemplo aos diferentes países? O relatório de Khruchov diz que é possível chegar ao poder pela via parlamentar; isso significa que os outros países já não teriam necessidade de seguir o exemplo da Revolução de Outubro. Uma vez franqueada esta porta, o leninismo está praticamente rejeitado.»—Mao Tsé Tung, 15 de Novembro de 1956(2)
«Durante muitos anos, mesmo entre pessoas de esquerda, havia um certo constrangimento em falar de Stáline, como se isso demonstrasse uma desactualização cultural e política lastimável.
Jamais me conformei com isso. Sempre manifestei o meu apreço pelo grande herói de Stalingrado, a figura máxima da luta contra o nazismo.
Um dia, os que se recusavam a discutir Stáline vão perceber como estavam enganados, iludidos pela campanha odiosa movida contra ele pelas forças mais reaccionárias, como este livro de Ludo Martens tão bem demonstra». — Óscar Niemeyer(3)
Prefácio à edição portuguesa, por Carlos Costa
Introdução: A actualidade de Stáline
Capítulo I. O jovem Stáline forja as suas armas
Capítulo II. A construção do socialismo num só país
Capítulo III. A industrialização socialista
Capítulo IV. A colectivização
Do restabelecimento da produção ao confronto social
A primeira vaga da colectivização
A linha organizativa da colectivização
A orientação política da colectivização
O ascenso da agricultura socialista
O «genocídio» da colectivização
Capítulo V. A colectivização e o «holocausto ucraniano»
Capítulo VI. A luta contra o burocratismo
Capítulo VII. A grande depuração
Como se colocou o problema dos inimigos de classe
A luta contra o oportunismo no Partido
Os processos e a luta contra o revisionismo e a infiltração inimiga
O processo do centro trotskista-zinovievista
Destruir o movimento comunista
A restauração do capitalismo é impossível
O grupo contra-revolucionário Zinóviev-Kámenev-Smírnov
O processo de Piátakov e dos trotskistas
O processo do grupo social-democrata bukharinista
A decisão de Fevereiro de 1937 sobre a depuração
Bukhárine e os inimigos do bolchevismo
Bukhárine e a conspiração militar
Bukhárine e o problema do golpe de estado
O processo de Tukhatchévski e a conspiração anticomunista no exército
A tendência militarista e bonapartista
Uma organização clandestina anticomunista no Exército Vermelho
A burguesia ocidental e a depuração
Capítulo VIII. O papel de Trótski na Véspera da II Guerra Mundial
Capítulo IX. Stáline e a guerra antifascista
Stáline preparou mal a guerra antifascista?
Stáline face à guerra de extermínio dos nazis
Stáline, a sua personalidade e sua capacidade militar
Stáline, uma «inteligência medíocre»
Os méritos militares de Stáline
Capítulo X. De Stáline a Khruchov
Os Estados Unidos ocupam o lugar da Alemanha nazi
A bomba nuclear... contra a URSS
A luta anti-imperialista e a luta pela paz
O revisionismo de Tito e os Estados Unidos
As correntes burguesas dos anos 30
Debilidades na luta contra o oportunismo
Os grupos revisionistas de Béria e de Khruchov
Stáline contra o futuro khruchovismo
Intrigas de Khruchov contra Béria
Khruchov e a contra-revolução pacífica
Notas de rodapé:
(1) Alexandre Zinoviev, Les confessions d’um homme en trop. Ed. Olivier Orban, 1990, pp.104, 120, Interview Humo, 25 Fevereiro de 1993, pp. 48-49. (retornar ao texto)
(2) Mao Zedong, Oeuvres choisies, tomo V, Ed. en Langues étrangères, Beijing, 1977, p. 369. (retornar ao texto)
(3) Texto de Óscar Niemeyer incluído na edição brasileira da presente obra, editora Revan, 2003. (Nota do Tradutor) (retornar ao texto)
Inclusão | 19/11/2015 |
Última atualização | 18/02/2016 |