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Primeira Edição: Rosa Luxemburgo, La Paz, janeiro de 1960.
Tradução para o português da Galiza: José André Lôpez Gonçâlez da versão disponível em https://www.masas.nu/guillermo%20lora/rosa%20luxemburgo/rosa%20luxemburgo.pdf
HTML: Fernando Araújo.
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Nascida em Zomoch (Zamość), Polónia, em 5 de março de 1870, a sua vida começou num ambiente de alta cultura e profundas correntes revolucionárias. Aos cinco anos já sabe ler e escrever e pouco tempo depois inicia os ensaios literários, que são publicados num jornal infantil.
Aos três anos, é levada para Varsóvia pola sua família. O pai estava procurando um centro maior do que seu Zomoch natal para conseguir uma educação superior para sua filha Rosa e seus irmãos.
Em Varsóvia, entrou no colégio para estudar ciências humanas. Poderia ver manifesto a opressão da Rússia czarista sobre a Polónia e os judeus, estes últimos não eram admitidos no liceu e a língua polaca estava excluída do ensino. A origem judaica fê-la sentir de perto a perseguição racial que naquela época assumia contornos cruéis. Essas circunstâncias dão origem a um profundo sentimento de oposição à injustiça no seu espírito.
Na época, a Polónia era uma nação dividida e compreendia vários estados como minoria oprimida. Quase todo o reino da Polónia, junto com a Lituânia (era conhecida polo nome de Polónia russa), estava sujeita ao domínio russo: de Posen (ou Poznan) no Ocidente até a Prússia; Galítzia, no Sul, ao Império Austro-Húngaro.
Rosa Luxemburgo junta-se ao movimento de oposição universitária. Muito em breve o seu talento e a sua decisão indiscutível permitem que se destaque entre todos, os seus colegas conduzem-na à liderança do grupo revolucionário.
Nos últimos anos do ensino médio fez contato com o movimento revolucionário organizado e, em 1886, aos dezesseis anos ingressou no círculo denominado "Proletariado", uma das maiores organizações revolucionárias da Polónia.
“Em 1885 as autoridades russas conseguiram quebrar o poder de 'Proletariado', agarrando a maioria dos seus dirigentes, quatro dos quais foram enforcados, mas ficou um resíduo, que no ano seguinte teve um importante rendimento: Rosa Luxemburgo, que agiu imediatamente" (Cole,"História do pensamento socialista", volume III).
Deve-se acrescentar que o notável historiador Joachim Lelewel (1786-1861) foi o precursor do socialismo polonês e nas suas ideias podemos encontrar o traço do utópico Fourier.
Foi apenas na década de 1870 que se tentou formar um movimento socialista organizado, sob a liderança de Ludwig Warinski (1856-1889) e Stanislaw Mendelssohn (1857-1913). Warinski organizou em Varsóvia, em 1881, o núcleo clandestino que levou o nome de "Proletariado" e dirigiu numerosas greves. Foi preso em 1883 e morreu na prisão. "Proletariado" começou intimamente ligado ao Naródnaia Vólia, uma organização terrorista russa.
A luita franca desenvolvida por Rosa Luxemburgo contra as autoridades impediu-lhe de receber a medalha de ouro como recompensa polos seus excelentes estudos.
Aos dezassete anos já se delineava claramente a sua personalidade revolucionária, na qual se juntam inteligência e militância ativa. Em 1887 colaborou estreitamente com Marcin Kasprezak, na época líder do grupo.
Em 1889, quando tinha dezanove anos e havia concluído com brilhantismo os seus estudos no liceu, a polícia descobriu a sua atividade revolucionária, que lhe rendeu a ameaça de prisão iminente e de deportação para a Sibéria.
Rosa, fiel à conduta que observará ao longo da sua vida, aceita todas as consequências da sua militância revolucionária e não se preocupa com a perseguição policial, mas os seus companheiros a convencem a deixar a Polónia.
É Marcin Kasprezak quem organiza a sua fuga pola fronteira russo-alemã num carro de lavradores que fingia transportar palha. Assim, emigrou para a Suíça e entrou na Universidade de Zurique.
A Polónia russa é abalada, em 1892, por uma poderosa onda de greves, particularmente em Varsóvia e Lodz, nesta última cidade os cossacos dispararam contra os grevistas.
Em conexão com este movimento, o grupo Proletariado, a Liga dos Trabalhadores (assumiu a atividade sindical) e outros grupos se uniram para formar o Partido Socialista Polonês com Jogiches e Warsky como principais líderes. O seu jornal, "A Causa dos Trabalhadores", foi dirigido por Warski e durou até 1896.
Naquela época, a Suíça era o ponto de encontro da emigração russa e polonesa. A universidade ofereceu a jovens revolucionários a possibilidade de formação política. Os jovens e as moças, que já conheciam o rigor da repressão czarista e passaram polas prisões e pola polícia, viviam em colónias. Liam e discutiam sobre Darwin, sobre a emancipação das mulheres, sobre Marx, Tolstói (2), Bakúnine, sobre os métodos da luita de classes, sobre a libertação da Polícia, a Social-democracia alemã, o terrorismo russo, Turguénev, Zola... enfim, sobre o problema da revolução.
Rosa Luxemburgo mostrou, desde criança, uma forte inclinação para a natureza e as suas belezas. Entrou na Faculdade de Ciências Naturais. Mais tarde, na sua vida agitada ou nas sombras da prisão, aprendeu a se refugiar nestes estudos:
"O que eu leio? - escreve para Sonia Liebknecht da prisão de Wronke em 2 de maio de 1917-. Principalmente livros de ciências naturais, geografia, botânica, zoologia. Ontem li um livro sobre o desaparecimento dos pássaros canoros da Alemanha; à medida que o cultivo das florestas se espalha e se torna mais racional, dia após dia... Na verdade, o cultivo racional faz gradualmente desaparecer as árvores podres, os barbeitos, os arbustos... Que pena quando li este livro!” ("Cartas da prisão").
No entanto, o seu interesse dominante está voltado para a política e passa a estudar economia política, especialmente os clássicos, Smith, Ricardo, Marx...
O professor de economia política, Wolf, não inspirou a R. Luxembourg nenhuma admiração. Ao contrário, criticou o temperamento tímido de Wolf, a sua erudição eclética, que não vai longe no aprofundamento do problema social e apenas toca em questões gerais. O professor era, portanto, o pólo oposto do discípulo. A sua crítica ao professor condensa-se nas seguintes palavras: “Wolf corta em pedaços a substância viva da realidade social e mostra que a sua capacidade é insuficiente, medíocre”. Essa crítica não impediu que mais tarde Wolf, ao escrever a sua autobiografia, evocasse R. Luxembourg como uma grande personalidade de talento relevante. Os seus estudos universitários culminam com sua tese sobre "O desenvolvimento do capitalismo na Polônia"(3).
A brilhante estudante universitária foi também uma militante ardente e determinada do movimento operário de Zurique. Rosa Luxemburgo nunca se fingiu de intelectual, a sua vida e o seu talento estavam voltados para um único objetivo: ser uma verdadeira revolucionária. Na capital suíça conheceu os emigrados russos Pavel Axelrod, Vera Zassúlitch, Parvus e também vários polacos, incluindo os seus futuros colaboradores Julian Marchlewski e Adolf Warski. De Plekhánov, por quem tinha profunda admiração, e de seus amigos, aprendeu a doutrina marxista. Na ocasião, conheceu também Leo Jogiches (1876-1919), que exerceu forte influência no seu desenvolvimento intelectual e na sua formação revolucionária, podendo ser considerado o forjador espiritual da extraordinária revolucionária.
Jogiches (também conhecido como Jan Tyszka) era uma pessoa rica e fugiu da Polónia depois de ser preso polas suas atividades revolucionárias. Inteligência brilhante devotada à revolução, ocupou lugar de destaque no movimento polonês e russo e, posteriormente, alcançou posições de liderança no grupo alemão Spartacus. Foi o fundador do movimento trabalhista de Wilna. Este centro tem uma importância especial na história da revolução proletária e dela surgiram socialistas de renome mundial, por exemplo, Carlos Rappoport, um marxista talentoso que se esforçou para formar círculos de oficiais e ganhar o exército para o movimento trabalhista. Jogiches foi preso na fortaleza de Wilna em 1899 e libertado depois de ficar gravemente doente. Imediatamente após a sua ida para a Suíça, entrou em contato com Rosa Luxemburgo, a partir daí iniciou-se entre eles uma amizade eterna, que o tempo jamais poderia romper.
Em 1893, ano em que R. Luxemburgo e Jogiches voltaram a se encontrar, foi proposta a revisão das bases teóricas e dos métodos de luita socialista até então vigentes. O movimento polonês havia entrado numa crise aguda.
Em 1882, os dirigentes socialistas que estavam à frente de vários grupos e comitês de trabalhadores consideraram a necessidade de unificar as forças revolucionárias, sob um comando e programa único e definido, com esse objetivo direcionaram os seus esforços para a formação dum partido político e, portanto, o Partido Socialista-Revolucionário nasceu, sob os melhores auspícios, tornando-se uma das maiores organizações revolucionárias da época fundamentais para a sua atividade. Para poder se ensamblar na obra revolucionária com os russos, vinculou-se à Vontade do Povo de São Petersburgo. Este último era um círculo de intelectuais que faziam a militância revolucionária com sentido romântico, longe do movimento obreiro, sem perspectivas políticas e sem um programa claro. Os métodos de terrorismo individual eram centrais para a sua atividade. Sem dúvida, esta aliança não poderia ter resultados positivos nos níveis prático e teórico para o Partido Socialista-Revolucionário. Em 1888, rompeu o seu vínculo com a Vontade do Povo (Naródnaia Vólia) e entrou num período de reorganização.
Os emigrados nacionalistas poloneses organizaram a União dos Socialistas Poloneses no Exterior em Paris em 1892, como inimigo declarado do Partido Socialista. Esta última organização, a partir do programa do grupo Proletariado, manteve uma linha internacionalista intransigente, que encontrou resistência entre muitos (Mendelssohn, Jankowska, etc.).
Em 1893, no congresso internacional de Zurique(4), Rosa Luxerriburgo no seu relatório, referindo-se ao movimento polonês, aponta novas táticas marxistas para o movimento socialista e uma posição radical de oposição aos métodos anarquistas e reformistas. Com intransigência marxista, confronta as ideias nacionalistas e reformistas dos poloneses e expressa que são as massas que devem travar a sua própria luita e “um partido socialista que depende das massas deve certamente defender as condições de existência destas, mas não deve esquecer na luita diária o objetivo revolucionário a ser alcançado. As reformas nada mais são do que etapas e pontos de apoio no caminho que leva à revolução social, isto é, claro, à conquista política do Estado”.
Neste congresso, o problema da atitude do movimento socialista em relação à questão nacional foi discutido em primeiro plano.
A Polónia estava amarrada ao jugo da Rússia czarista. As concepções liberais da burguesia polonesa, vinculadas ao capitalismo russo, consideravam que a independência nacional da Polónia significava a sua própria morte.
Rosa Luxemburgo não se comprometeu com tal posição ou com as opiniões dos nacionalistas poloneses e afirmou claramente que nenhuma nação pode ser livre com as suas instituições dominadas por outra nação. Para ela, o fundamental era que a independência polonesa estivesse subordinada ao estabelecimento duma república democrática na Rússia, no país então dominado polos czares. Disto se deduzia que o primeiro objetivo da luita era a queda do czarismo. Era para se opor à aliança da burguesia polonesa com a burguesia russa, a união do proletariado polonês com o seu igual russo. Estratégia e táctica aceitas polos teóricos mais eminentes.
Depois de residir por um curto período na França, onde entrou em contato com os líderes do movimento revolucionário francês (Jules Guesde, Vallaint, Allemane), chegou à Alemanha em 1897. Naquela época, a Alemanha era o centro do movimento operário e político mundial.
Para se estabelecer, sem ser incomodada pola sua origem polonesa, foi forçada a se tornar uma cidadã alemã. Para tanto, contraiu um casamento branco (ou fictício) com Gustavo Lübeck(5), filho de seu velho amigo, o escritor socialista Lübeck, a quem ela já havia ajudado em algumas das suas obras literárias.
A partir dessa época, uma vida agitada, tempestuosa, apaixonada e rica em experiências diversas começou para Rosa Luxemburgo. A sua actividade como militante intensifica-se nas tarefas de propaganda, na formação de quadros e na agitação. Faz discursos e escreve artigos sobre política e economia marxista. A sua intensa atividade na vida socialista internacional e a favor de todos os movimentos revolucionários, desencadeou uma violenta perseguição contra ela, que acabou levando à sua prisão.
A sua inteligência clara e profunda firmeza marxista logo a colocaram num lugar importante dentro da social-democracia alemã.
Mantém contato ininterrupto com Kautsky, considerado na época o mais alto representante do marxismo. Estava unida por uma amizade íntima com August Bebel, Paul Singer, Franz Mehring, Clara Zetkin, esta última foi a fundadora do grupo internacional Mulheres Proletárias(6) e do jornal feminista “A Igualdade” (Die Gleichheit)(7). Colaborou na imprensa do seu partido com escritos doutrinários que lhe conferem prestígio e autoridade. Exerceu uma influência notória sobre os líderes da social-democracia. O proeminente teórico Franz Mehring modificou, mais duma vez, o seu julgamento político após ter ouvido a sua opinião. Pressionou Karl Kautsky para defender na arena política os princípios fundamentais da social-democracia contra os reformistas.
É em 1898 que pola primeira vez faz contato com as massas. Os seus discursos, nos quais se destacam o seu talento, a sua vontade indomável e a sua capacidade de persuasão, faziam vibrar a multidão. Assim se consolidou o seu triunfo definitivo como revolucionária e marxista.
Em Berlim, colaborou na revista Neue Zeit (8). Os seus artigos são agora considerados brilhantes e com profundo conhecimento da economia política. Fez parte da redação dum jornal socialista de Leipzig, ao qual deu uma clara orientação marxista. Por este trabalho jornalístico foi criada uma reputação internacional justa. Nesse período (1898-1899) em que colaborou nesses jornais, publicou uma série de artigos refutando os revisionistas da época, que reconheciam Berstein como o seu chefe. Posteriormente, esses artigos foram reunidos no já clássico panfleto Reforma ou Revolução Social?, De enorme importância na discussão teórica mundial e que atualmente é um valioso instrumento de educação marxista e de esclarecimento do socialismo científico diante das posições revisionistas.
A longa polémica dentro do socialismo internacional originou-se em torno do seguinte pensamento de Berstein: "O objetivo final não é nada, é o movimento que é tudo." Os maiores socialistas participaram dessas discussões: na Alemanha, Parvus, Kautsky, Bebel, Clara Zetkin; na Rússia, Plekhánov; na Itália, Labriola; na França, Jules Guesde e Jean Jaurés.
Rosa Luxemburgo colocou-se à frente dos inimigos do revisionismo e foi uma das mais ardorosas defensoras dos princípios marxistas. O seu zelo superou o de Kautsky, que após a morte de Frederick Engels era a figura mais proeminente no movimento operário internacional. As suas análises atraíram a admiração dos seus próprios adversários.
Os reformistas gritavam: "reforma ou revolução." Rosa Luxemburgo respondeu: “Ao mesmo tempo as reformas e a revolução. A luita polas reformas é a luita por melhores condições de vida para a classe trabalhadora, pola proteção do trabalho, pola ampliação dos direitos democráticos no Estado burguês, é a luita pola criação dum clima favorável à organização e à educação da classe trabalhadora”. Indicou claramente a táctica da luita revolucionária, como já havia afirmado no congresso de Zurique (1893): “a luita cotidiana está ligada ao objetivo final e este objetivo é a conquista do poder polo proletariado”.
Ela luitou contra a tendência parlamentar de alguns socialistas, sublinhando os seus erros e as suas falsas ilusões sobre o trabalho parlamentar dentro do estado burguês. Enfatizou vigorosamente que as atividades eleitorais e parlamentares não deveriam ser mais do que um motivo de propaganda das ideias socialistas e deveriam servir como um termómetro para medir a influência do socialismo entre as massas. Ao mesmo tempo, luitou contra o abstencionismo e o sectarismo estéril e disse que a social-democracia deve participar da acção legislativa e cimentar a sua força parlamentar no desempenho da classe trabalhadora.
A concepção reformista e a ação socialista no parlamento triunfaram na França: Millerand ingressou no gabinete de Waldeck-Rosseau em 1899. Rosa Luxemburgo criticou duramente a participação dos socialistas franceses no gabinete burguês e assinalou que tal atitude paralisaria o movimento operário revolucionário, que o desviaria dos seus objetivos concretos e que corria o risco de arrastá-los para trás da ilusão dum sindicalismo anarquista, que nega a eficácia de todo cumprimento político.
No congresso internacional de Rotterdam (1904)(9), uma acalorada controvérsia surgiu sobre o ministerialismo e a colaboração de classe entre Rosa Luxemburgo e J. Jaurés. As discussões ocorreram num nível amigável. Rosa Luxemburgo valorizava o prestígio do orador e militante francês.
Em 1903, após a derrota dos revisionistas no Partido Alemão, Rosa Luxemburgo brigou com os dirigentes alemães, incluindo Kautsky e Bebel. Ela era a favor duma ação enérgica contra os revisionistas, a ponto de expulsá-los, se recusassem retractar-se.
A disputa entre Luxemburgo e Kautsky girava em torno da questão de como a revolução deveria ser conduzida. Ela argumentou que era dever do Partido preparar-se activamente para a evolução, em vez de apenas falar sobre ela; e era totalmente contrária à ideia de que a revolução pudesse ser adiada até que o Partido obtivesse uma maioria parlamentar para garantir a sua transição pacífica.
Em 1904, Rosa Luxemburgo foi presa pola primeira vez, acusada de insultar o imperador alemão. No início do ano seguinte, após ser libertada, ingressou na redação do jornal social-democrata Vorwaerts, em Berlim. Quando estava cumprindo essa função, a revolução russa de 1905 estourou, levando-a a escrever dous dos três panfletos publicados sob o título comum "A revolução estourou, o que virá a seguir?"
A revolução russa de 1905(10) suscitou grandes esperanças e entusiasmo para a classe trabalhadora internacional, e particularmente para a alemã. Rosa Luxemburgo analisou calmamente os factos e tirou lições valiosas para a classe trabalhadora internacional. Nos comícios, fez discursos vibrantes no seu esforço para despertar a solidariedade de classe e a consciência da classe trabalhadora na Alemanha.
Durante a primeira revolução russa, São Petersburgo tornou-se uma obsessão para Rosa, que ardia para ir ao encontro da tempestade.
Em 28 de dezembro de 1905 deixou Berlim, com o passaporte da sua camarada Ana Maczke (com este nome assina as cartas que envia das prisões polonesas), para a Polónia russa, onde trabalhou a favor da primeira revolução, isto até a momento em que é interrompida. Chegou a Varsóvia em 30 de dezembro, no meio duma greve geral, e escreveu: "a cidade está como que morta". Imediatamente se lança ao trabalho organizacional sistemático e persistente. "Se tivesse uma migalha de tempo!", escreveu em 11 de janeiro de 1906.
A polícia prendeu-a em 4 de março de 1906: "No domingo, o destino tomou a dianteira: Fui presa." Rosa Luxemburgo já tinha o seu visto de passaporte para o retorno. Foi reclusa junto com criminosos da lei comum, com desordenados e com prostitutas. Não por isso perdeu a calma e da sua cela gritou: "Viva a revolução com todas as suas consequências!" Leo Jogiches, que se escondia atrás do nome de Otto Engelmann, também foi encarcerado.
O orgulho revolucionário de Rosa Luxemburgo não diminuiu nas circunstâncias mais adversas e, mesmo na prisão, sempre soube se comportar como uma luitadora de linha de frente. Em 1906, participou de uma greve de fome de seis dias. A seguinte carta retrata-a fielmente: “Estou perfeitamente calma. Meus amigos insistem que eu mande um telegrama a Witte(11) (presidente do governo russo) e escreva ao cônsul alemão. Mas não em sonhos! Esses senhores terão que sentar e esperar que um social-democrata implore proteção contra eles” (15 de março de 1906). Finalmente, foi libertada em julho e foi para a Finlândia em agosto.
Somente em agosto de 1906 Rosa Luxemburgo chegou a São Petersburgo, enquanto a revolução havia sido derrotada. Durante a sua estadia na Finlândia escreveu o importante panfleto "A Greve de Massa, o Partido e os Sindicatos Operários"(12), onde explica a acção revolucionária das massas e o papel que o Partido iria desempenhar em relação a ela. Em 1907, Rosa Luxemburgo participou, como delegada do Partido Social-Democrata Polonês, no congresso realizado em Londres polo Partido Social-Democrata Russo. Participou também como delegada no congresso da II Internacional, que se realizou em Estugarda, e participou no célebre debate sobre a atitude dos partidos socialistas em caso de guerra. Os delegados da Inglaterra e da França apresentaram a tese de que a greve geral e a greve militar deveriam ser declaradas em caso de guerra. R. Luxembourg rejeitou veementemente esta ideia como inexequível.
Com Lenine e Martov conseguiram aprovar a seguinte resolução: “É dever dos trabalhadores e dos seus representantes perante o parlamento, se não for possível evitar o conflito armado, aproveitar a crise econômica e política gerada pola guerra para levantar as massas populares para destruir o domínio da classe capitalista”.
Posteriormente, retornará repetidamente para formular a sua posição contra a guerra imperialista. Pode-se citar especificamente os escritos que apareceram na "Correspondência Social-democrata" (1913) e o seu discurso perante o tribunal (fevereiro de 1914) que a condenou a um ano de prisão pola sua propaganda antimilitar em fevereiro de 1914.
A revolução de 1905 deu aos marxistas russos uma rica experiência, cujos ensinamentos permitiram seguir o caminho da vitória com maior confiança em 1917. Esta experiência deu ocasião a definir claramente as posições dos bolcheviques e dos mencheviques. As controvérsias de princípios que surgiram dentro da social-democracia russa atraíram a atenção de todos os marxistas da época. Em alguns problemas importantes, discordou de Lenine.
Para os mencheviques, o governo revolucionário a ser estabelecido após a queda do czarismo não poderia ser mais do que um governo burguês, isto em função da sua caracterização do carácter da revolução.
Para justificar o seu ponto de vista, referiram-se aos acordos do congresso de Amsterdã de 1904 que condenavam o ministerialismo, isto é, o exercício do poder polos socialistas num estado burguês. Lenine criticou severamente a tese menchevique como reacionária; Rosa Luxemburgo concordou plenamente com Lenine neste ponto.
O problema que, naquela época e não em 1917, separava esses dous grandes revolucionários era o da ditadura, o da acção da classe trabalhadora no poder. Lenine defendeu a tese da ditadura revolucionária democrática do proletariado e dos camponeses. R. Luxembourg falou pola ditadura revolucionária do proletariado apoiada polos camponeses. Outra questão em que discordaram foi a que se refere à organização do Partido. Ela reconhece com Lênin que o Partido é a organização da vanguarda do proletariado e que deve ser centralizado e disciplinado, mas rejeitou o que chama dum centralismo autoritário incompatível com um movimento democrático, que seria um obstáculo e um perigo(13) para o desenvolvimento da própria luita de classes. Um terceiro ponto de discrepância constituiu o problema nacional(14). Lenine lançou o grito de guerra pola autodeterminação dos povos submetidos ao czarismo, tática aceita polo congresso da II Internacional. Sobre este assunto, ela escreveu o seu panfleto "Em defesa da nacionalidade" (1900)(15). Para ela, a ideia do direito de cada nação à autonomia não era útil. Achava que a divisão de classes era muito mais importante e decisiva do que as divisões de raça e língua.
O futuro mostrou que, em questões organizacionais, Lenine estava certo e R. Luxembourg errada. Os seus escritos sobre "Problemas organizacionais da socialdemocracia russa" são parte de sua luta anti-leninista.
A social-democracia alemã organizou uma escola socialista frequentada por operários, militantes do partido, dirigentes sindicais e intelectuais. Rosa Luxemburgo colaborou como professora de Economia Política e foi o melhor elemento que a escola tinha. O seu público ouvia-a com admiração e respeito, cativado pola sua forte personalidade. As suas lições de Economia Política foram reunidas em duas obras: “Introdução à Economia Política”(16) e “A Acumulação de Capital”(17). Esta última obra contém uma análise do imperialismo, como algo que permite a realização total da mais-valia e que marca o início da revolução socialista: “à coalizão do capitalismo mundial deve corresponder a unidade da frente proletária”.
Em 1914, a social-democracia alemã capitulou e avançou para o campo imperialista. Os seus parlamentares votaram a favor dos empréstimos de guerra, colocando-se assim numa posição antimarxista e reacionária. O colapso total da Segunda Internacional foi testemunhado.
No dia 4 de agosto, dia em que o bloco parlamentar social-democrata vota polos créditos de guerra, Rosa Luxemburgo se reúne com alguns companheiros, entre eles Franz Mehring, Clara Zetkin, Karl Liebknecht, etc., ocasião em que nasceu o grupo Spartacus.
Imediatamente e em todos os cantos, em Saxe, em Württemberg, no Rhur, etc., mulheres e jovens se organizam clandestinamente para luitar contra a guerra.
Rosa Luxemburgo considera a organização duma forte resistência à política bélica da social-democracia uma tarefa imediata. Em 1916 publica "A Internacional", assume a sua direção, juntamente com Mehring, com a colaboração de Paul Lange, Trobel, Clara Zetkin, Thalheimer. Este jornal foi banido depois que sua primeira edição foi espalhada. Luxemburgo, Mehring e Zetkin são acusados e processados polo "crime" de alta traição.
Em 1º de maio de 1916, o grupo Spartacus convoca os trabalhadores de Berlim para uma manifestação na Praça Postdam. Milhares de manifestantes gritaram a favor de Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht.
“Abaixo a guerra! Abaixo o governo!”, Grita Liebknecht, que está com uniforme de soldado, sendo imediatamente preso. Ainda assim, o movimento anti-guerra está marchando com velas desenroladas. Após a prisão de Liebknecht, o grupo Spartacus, sob a liderança de Rosa Luxemburgo, iniciou uma ampla atividade para demonstrar o gesto admirável do deputado-soldado Karl Liebknecht.
Em 28 de junho, Liebknecht foi condenado a um ano e meio de prisão. Cinquenta e cinco mil trabalhadores duma fábrica de munições em Berlim entraram em greve no dia do julgamento. Grandes manifestações foram realizadas em Stuttgart e Bremen em protesto contra as medidas repressivas.
Em 19 de julho, Rosa Luxemburgo é presa novamente pola sua actividade revolucionária; da mesma forma F. Mehring, que na época já tinha setenta anos. É então que Leo Jogiches assume a liderança do movimento. “As Cartas de Spartacus”, que tem um dos seus mais fiéis colaboradores na Luxemburgo, continua a aparecer regularmente.
Presa na prisão feminina de Berlim, Rosa Luxemburgo adoece novamente. Em outubro, é transferida para a prisão de Wronke e em julho de 1917 é levada para a prisão de Breslau. Passados dous anos, ou seja, em 1918, é a revolução alemã que só consegue libertá-la.
Naquela época, o objeto das suas preocupações era a revolução russa. Em "Cartas de Spartacus", faz uma análise brilhante desse fenómeno histórico e de importância mundial. Antes dos eventos decisivos do outubro russo acontecerem, R. Luxembourg manteve a inevitabilidade da ditadura do proletariado. Os slogans fundamentais que foram lançados: "Ou a contra-revolução ou a ditadura do proletariado". "Ou Kaledin ou Lenine".
Apesar das diferenças que o distanciaram de Lenine e Trotski, R. Luxembourg presta-lhes a sua calorosa homenagem revolucionária, considerando-os os autênticos condutores da grande convulsão social. As suas objeções ao regime bolchevique são sintetizadas no seu panfleto "A Revolução Russa"(18)
Quando a revolução russa estourou em outubro de 1917, Rosa Luxemburgo estava na prisão. Os acontecimentos lhe trouxeram alegria sincera, confortaram o seu espírito e aumentaram a perspectiva de vitória. Essa revolução significou o triunfo da tática política que ela defendeu para a luita socialista em caso de guerra.
Pessoalmente, para ela, esses eventos tiveram resultados adversos e é por isso que escreveu a Diefenbach: “As minhas chances de liberdade diminuem com os eventos na Rússia. Mas meus amigos estão finalmente livres. Isso me enche de otimismo incomparável."
Um facto deve ser sublinhado. Os socialistas de direita na social-democracia alemã argumentaram que o odiado internacionalismo de Rosa Luxemburgo se devia à sua origem judaica.
É verdade que o problema da longa opressão nacional contra os judeus influenciou o marxismo internacional. Por outro lado, as perseguições sangrentas contra os judeus poloneses e os pogrons que ela presenciou durante a infância podem ter influenciado a formação das suas convicções. No entanto, as suas ideias eram longe de ser o resultado de reações instintivas ou inconscientes. Os seus oponentes estavam errados quando julgavam a rija revolucionária.
O internacionalismo de Rosa Luxemburgo baseava-se no socialismo científico, na convicção de que “o interesse dos trabalhadores é para todos o muro contra os interesses capitalistas, que a única defesa verdadeira das liberdades nacionais é a luita de classes internacional contra o imperialismo”.
Ela era uma luitadora apaixonada polo internacionalismo, como convém a um verdadeiro marxista; acreditava que um dos pilares sobre o qual a força da revolução socialista deveria se apoiar era a solidariedade internacional dos trabalhadores. A revolução social, que começa dentro das fronteiras nacionais, deve se tornar internacional para ter sucesso.
Talvez Rosa Luxemburgo tenha superestimado a importância da solidariedade internacional espontânea dos trabalhadores, passando por cima da importância da estruturação duma vanguarda política do proletariado.
O internacionalismo proletário, para os marxistas, concretiza-se na estruturação do Partido Mundial da Revolução Socialista, que na época da traição da social-democracia era a Terceira Internacional e agora é a Quarta Internacional marxleninista-trotskista.
Em 1 de outubro de 1918, Hindenburg e Lundendorff exigiram paz imediata da Entente.
Em meio a essas circunstâncias, o grupo Spartacus convoca um encontro nacional. Há agitação entre os soldados; Soviets de Soldados e Trabalhadores estão sendo formados em todos os lugares. É estabelecido um governo parlamentar do qual Sheidemann faz parte.
Em 28 de outubro, uma anistia geral foi concedida e Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht foram libertados.
Rosa Luxemburgo havia envelhecido. Os seus lindos cabelos negros ficaram grisalhos. Em 10 de novembro, os sovietes de trabalhadores e soldados levaram Ebert à chefia do poder.
No dia 18 de novembro foi publicado o primeiro número da "Bandeira Vermelha"(19), sob a direção de Rosa Luxemburgo e nas suas páginas foi delineado o programa da revolução:
“Apreensão dos bens da antiga dinastia e dos grandes latifundiários”.
“Formação duma guarda vermelha para a proteção permanente da revolução e formação das milícias operárias”.
Ao mesmo tempo, denunciou-se a atitude covarde do governo chefiado por Ebert, que zombava dos objectivos da revolução.
Enquanto isso, a contra-revolução está rapidamente se organizando e se preparando para atacar. Tramas reacionárias são descobertas nas grandes cidades. Em Berlim, a liderança dos soviets e os editores da "Bandeira Vermelha" são presos. Os soldados que fazem parte do grupo Spartacus aparecem assassinados nas ruas.
Em 7 de dezembro de 1918, Karl Liebknecht foi preso novamente. A caça aos chefes espartaquistas estava em pleno andamento. A casa de Rosa Luxemburgo é invadida pola polícia e ela precisa encontrar vários abrigos para evitar ser presa. Apesar de tudo, o seu espírito de luita não diminui e está mais enérgica e firme. Vive ocultando-se e escapando.
De 12 a 20 de dezembro de 1918, foi realizado o primeiro Congresso dos Soviets Operários e Soldados. Nesta ocasião, milhares de trabalhadores desfilam polas ruas de Berlim em vibrantes manifestações. As massas caminham para a luita polo poder dos trabalhadores e pola socialização dos meios de produção.
A Liga Spartacus pretende conquistar a esquerda do movimento operário e convoca um congresso nacional, do qual nasceu o Partido Comunista Alemão.
A contra-revolução empreende a luta decisiva. Depois de 27 de dezembro, Berlim é invadida por tropas e a tentativa de destruir o movimento Spartacus é uma realidade. A partir desta data, o movimento revolucionário foi severamente batido. Os socialistas, liderados por Luxemburgo, dão a palavra de ordem da unidade da ação revolucionária, do desarmamento da reação e do armamento dos trabalhadores.
O triunfo da contra-revolução tornou-se um facto consumado.
Em 11 de janeiro de 1919, Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht foram forçados a buscar asilo dentro duma família da classe trabalhadora. Rosa escreveu o seu artigo póstumo lá: "A ordem reina em Berlim".(20)
No dia 15 de janeiro, escondem-se na casa 53 da rua Maninheim. Às 9 horas da noite um grupo de soldados os prende e são conduzidos ao Hotel Eden, onde os oficiais monarquistas haviam organizado o crime. Liebknecht foi levado de carro ao jardim zoológico e lá é assassinado. Depois foi a vez de Rosa Luxemburgo, o tenente Vogel matou-a com uma bala na cabeça e o seu corpo foi jogado num canal. Foi assim que se concretizou o seu desejo de morrer no posto de combate: “Apesar de tudo, morrerei, como espero, no meu posto: numa greve de rua ou na prisão” (Carta a Sonia Liebknecht, 2 de maio, 1917).
Desta forma trágica e selvagem sucumbe, aos 49 anos, a vida dum dos mais heróicos e brilhantes militantes do marxismo mundial. A contra-revolução encorajou a esperança de que, com a morte de Rosa Luxemburgo, Karl Liebknecht e muitos outros heróis da classe trabalhadora, definitivamente esmagaria a revolução.
A derrota da revolução alemã de 1918 foi, sem dúvida, originada polo fracasso em estruturar adequadamente o partido político da classe trabalhadora, capaz de tomar o poder nas suas próprias mãos.
As forças da reação foram subestimadas e o impulso das massas foi exagerado. Rosa Luxemburgo e os socialistas alemães confiaram mais na coragem instintiva dos trabalhadores do que na força organizacional do partido revolucionário. A vanguarda política do proletariado alemão ainda não havia se tornado o líder do país e a revolução impulsionada polos trabalhadores desorganizados foi isolada e rapidamente destruída. Este gravíssimo erro custou a vida a milhares de combatentes sacrificados e à maior revolucionária do nosso tempo.
Rosa Luxemburgo e os socialistas alemães pensavam que convertendo o grupo Spartacus em partido político por simples resolução dum congresso, assim nascido, sem antes ter se enraizado nas massas majoritárias, poderia cumprir o papel de dirigente da revolução.
A maturidade política dos trabalhadores alemães atingiu um nível importante; além disso, esse proletariado tinha uma tradição lendária e era considerado o mais importante da Europa avançada. No entanto, essa maturidade política, essa tradição revolucionária, não se materializou e superou no disciplinado e ferrenho partido político semelhante ao dos bolcheviques.
A falta dum partido fortemente organizado não só privou o movimento revolucionário duma inteligência clara, duma marxista admirável, duma heróica combatente da revolução socialista, que foi Rosa Luxemburgo tudo isso e muito mais, mas também causou o retrocesso da massas e, portanto, o esmagamento da revolução, cujas consequências o proletariado alemão ainda não superou.
Rosa Luxemburgo dedicou toda a sua vida à revolução, deixou-nos o seu exemplo de firme militante, junto com os seus inestimáveis escritos.
Entre as suas obras teóricas destaca-se "Reforma ou revolução social?", Que foi escrita em resposta aos revisionistas de todos os tempos, de Berstein a Stalin. Esta brochura é uma ferramenta valiosa para o treinamento político e a luita revolucionária. Rosa Luxemburgo demonstra de forma brilhante que o reformismo é uma posição oportunista que se coloca a serviço da burguesia. O proletariado tem a missão histórica e vital de fazer a revolução, como único caminho viável para a emancipação total dos explorados. "Reforma ou revolução social?" é a expressão palpitante da personalidade de Rosa Luxemburgo.
La Paz, janeiro de 1960.
(Este escrito apareceu inicialmente sob um dos pseudônimos de G. Lora).
Notas do tradutor:
(1) Recomendo, como adendo, a leitura do artigo publicado em espanhol na revista "Sem permissão" com o título "Rosa Luxemburgo e o Socialismo Polonês (1893-1919)" escrito por Eric Blanc que pode ser acessado neste link: https://www.sinpermiso.info/textos/rosa-luxemburgo-y-el-socialismo-polaco-1893-1919. (retornar ao texto)
(2) Vejam-se os artigos de Lenine a este respeito: Lev Tolstoi como Espelho da Revolução Russa; Tolstoi, Um Grande Artista e o artigo de Leão Trostski: Tolstói, poeta e rebelde (retornar ao texto)
(3) A obra pode ser consultada no arquivo do MIA em inglês: https://www.marxists.org/archive/luxemburg/1898/industrial-poland/index.htm (retornar ao texto)
(4) Podem ser lidos recortes de imprensa sobre este Congresso nesta ligação: https://ia600702.us.archive.org/11/items/theTimesNewsclippingsOfThe1891InternationalSocialistCongress/TimesZurichCongress.pdf (retornar ao texto)
(5) Para saber do casamento de Rosa Luxemburgo con Gustav Lübeck consulte-se aqui. (retornar ao texto)
(6) Leia-se no arquivo do MIA em inglês Movimento das Mulheres Socialistas Alemãs (9 de outubro de 1909) desta autora: https://www.marxists.org/archive/zetkin/1909/10/09.htm (retornar ao texto)
(7) Leia-se a este respeito o artigo publicado por Alexandra Kollontai no MIA em inglês: https://www.marxists.org/archive/kollonta/1907/is-conferences.htm (retornar ao texto)
(8) Uma seleção de artigos publicados em Die Neue Zeit pode se ler no arquivo MIA em inglês: https://www.marxists.org/history/international/social-democracy/neue-zeit.htm (retornar ao texto)
(9) Veja-se: A tática política socialista de acordo com o Congresso de Amsterdã de 1904 (arquivo em espanhol): https://www.elobrero.es/cultura/item/2027-la-tactica-politica-socialista-segun-el-congreso-de-amsterdam-de-1904.html (retornar ao texto)
(10) Leiam-se para contestualizar o Prefácio à edição russa de Leão Trotski de 1905 e de Lenine: O Começo da Revolução na Rússia. (retornar ao texto)
(11) Sobre o governo de Witte é importante consultar o escrito de Leão Trotski 1905 no capítulo dedicado ao governo russo https://www.marxists.org/archive/trotsky/1907/1905/ch10.htm (MIA em inglês). (retornar ao texto)
(12) A obra ainda não está disponível em portugués, pode se consultar em inglês no arquivo: The Mass Strike, the Political Party
and the Trade Unions https://www.marxists.org/archive/luxemburg/1906/mass-strike/index.htm (retornar ao texto)
(13) Veja-se a este respeito o artigo de Rosa Luxemburgo: Problemas organizacionais da socialdemocracia russa e a resposta de Lenine em: Um Passo em Frente, Dois Passos Atrás. Resposta de N. Lénine a Rosa Luxemburg. (retornar ao texto)
(14) As opiniões de Rosa Luxemburgo sobre este ponto podem ser lidas no seguinte artigo: A Questão Nacional e a Autonomia e o parecer de Lenine em: A Classe Operária e a Questão Nacional; É necessária umha língua oficial obrigatória?; Igualdade nacional e no livro: Sobre o Direito das Nações à Autodeterminação. (retornar ao texto)
(15) A obra encontra-se disponível no arquivo do MIA em alemão na seguinte ligação: https://www.marxists.org/deutsch/archiv/luxemburg/1900/nat/index.htm (retornar ao texto)
(16) A obra pode ser lida em espanhol no arquivo do MIA em espanhol aqui e em francés no Arquivo Marxista em Internet na hiperligação: https://www.marxists.org/francais/luxembur/intro_ecopo/intro_ecopo.htm (retornar ao texto)
(17) A obra ainda não se encontra no arquivo em portugués. Pode se ler no arquivo MIA em espanhol nesta ligação: https://www.marxists.org/espanol/luxem/1913/1913-lal-acumulacion-del-capital.pdf; no arquivo em inglês é acessível aqui: https://www.marxists.org/archive/luxemburg/1913/accumulation-capital/index.htm (retornar ao texto)
(18) Pode-se ler em espanhol no arquivo MIA nesta língua: https://www.marxists.org/espanol/luxem/11Larevolucionrusa_0.pdf (retornar ao texto)
(19) Leia-se na nova edição de Die Rote Fahne (A Bandeira Vermelha) um artigo sobre Rosa Luxemburgo e Karl Liebnecht: Karl Liebknecht, Rosa Luxemburg – Leben für die Revolution (retornar ao texto)
(20) Die Rote Fahne [A Bandeira Vermelha] (Berlim), 14 de janeiro de 1919, número 14. (retornar ao texto)