(1859-1914): Um dos chefes mais destacados do movimento socialista francês. Primeiramente, professor de filosofia em Tolosa, adepto da filosofia idealista. Fez-se, depois, socialista e procurou pela conciliar o marxismo com a filosofia idealista. Jaurès foi eleito, em 1885, pela primeira vez, para a Câmara dos Deputados francesa, como radical-burguês moderado. Em 1893, foi eleito como “socialista independente”. Nos últimos anos do século XIX, juntou-se ao Partido Socialista. Publicou o diário Petite Republique. Ficou na ala direita do socialismo francês e quando, em 1899, foi organizado o governo Waldeck-Rousseau, para o qual o Socialista Millerand entrou, ao lado de Gallifet (o “carrasco da Comuna”) Jaurès considerou necessário sustentá-lo e defendeu o chamado ministerialismo. Essa questão, que havia provocado grandes debates, não só nas fileiras socialistas francesas mas em toda a Internacional, levou Jaurès, em 1904, no Congresso Socialista Internacional de Amsterdam a vivas controvérsias com Bebel. O Congresso se pronunciou contra Jaurès, ao qual se submeteu. Depois da assembleia jauresista de Rouen (1905) na qual se decidiu pela unidade, Jaurès passou a ser um dos chefes reconhecidos do partido socialista unificado. Em 1897, chefiou, com Zola e Clemenceau, a campanha em favor de Dreyfus. No ministério Combes, foi chefe da maioria parlamentar que o apoiava e vice-presidente da Câmara dos Deputados. Em 1902, foi feito chefe da fração parlamentar socialista. Em 1904, fundou o órgão do partido, L'Humanité (órgão Central do Partido Comunista Francês), que dirigiu até o fim da vida. Jaurès foi um dos maiores oradores do seu tempo e um dos mais eminentes parlamentares. Combateu com especial energia o militarismo e defendeu a ideia da milicia popular. Foi adepto caloroso da aproximação franco-alemã. Pouco antes de rebentar a guerra, tentou impedi-la mediante intervenção pessoal junto aos governantes. Foi assassinado no dia da declaração da guerra, 31 de julho de 1914, por Raoul Villain, incitado pelos partidários da guerra. Jaurès foi o representante mais eminente e mais eloquente do socialismo democrático e reformista na Segunda Internacional. Obras principais (além de sua atividade de publicista e parlamentar) : Histoire de la Révolution Française, (1901-1904); L’armée nouvelle, e muitas outras.