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Primeira Edição: Publicado no "Pravda", n. 62, em 16 de Abril del 1914, assinado como Nikolaj Lenine
Fonte: Primeira Linha - http://www.primeiralinha.org/destaques4/igualdade.htm - Texto em Português da Galiza
Transcrição e HTML: Fernando Araújo.
No número 48 (de 28 de Março), do "Pravda", o Partido Obreiro Social-Democrata Russo publica a declaraçom da igualdade nacional, ou como o seu nome indica, "a declaraçom da supressom de todas as restriçons de direitos aos hebreus e todas as restriçons relacionadas com qualquer origem ou vinculadas a qualquer nacionalidade".
No meio das preocupaçons e das penúrias que comporta a luita pola existência, por um pedaço de pam, os operários russos nom podem e nom devem esquecer a opressom nacional sob o jugo da qual há dezenas e dezenas de milhons de "minoritários" que habitam na Rússia. Umha naçom predominante — os grandes russos — suponem os 45% da populaçom do império. Em cada 100 habitantes, mais de 50 pertencem aos "minoritários".
E toda esta enorme populaçom está submetida a condiçons de vida ainda mais brutais do que as condiçons de vida dos russos.
A política de opressom das nacionalidades é umha política de divisom das naçons. É, em simultáneo, umha política de perversom continuada da consciência nacional. Contra os interesses das diversas naçons, constrói-se um envenenamento de proporçons gigantes. Pegade em qualquer caso e veredes que a perseguiçons das "minorias" provoca umha desconfiança mútua entre o camponês russo, o pequenoburguês russo, o artesao russo, e o camponês, o pequenoburguês, o artesao hebreu, finês, polaco, georgiano, ucraniano - à custa do qual se nutre a casta dirigente.
Mas a classe operária nom necessita nengumha divisom, mas umha unificaçom. Por isso nom há pior inimigo que os preconceitos e as superstiçons brutais, que ocultam os inimigos autênticos. A opressom "nacional" é um pau de duas pontas. Umha fere as "minorias", a outra o povo russo.
E, em conseqüência, a classe operária deve-se expressar da forma mais clara contra toda a opressom das nacionalidades.
Contra a propaganda chovinista, que tenta distrair a sua atençom da perseguiçom das minorias, fai falta opor a convicçom da necessidade da plena igualdade de todos e do rejeitamento definitivo de qualquer privilégio de qualquer naçom.
Realiza-se umha propaganda chovinista especialmente dirigida contra os judeus. Intenta-se encontrar um cabeça de turco para todos os males: o povo hebreu.
E, em conseqüência, a declaraçom pom em primeiro lugar a desprotecçom dos hebreus.
A escola, os quartéis, as tribunas parlamentares, absolutamente todo se emprega para gerar um ódio obscuro, selvagem e repugnante contra os hebreus.
A esta ocupaçom negra e má nom só se dedica a gentalha, mas também se ocupam professores reaccionários, cientistas, jornalistas, deputados. Gastam-se milhons e milhares de milhons de rubros para envenenar a consciência do povo.
O ponto de honra dos operários russos. Este manifesto contra a opressom nacional recebeu a adesom de decenas de milhares de assinaturas e adesons proletárias. Da melhor forma reforçará a plena unidade, o irmanamento de todos os operários da Rússia sem distinçom de nacionalidades.