O Materialismo Dialético e Histórico, Fundamento Teórico do Comunismo

M. A. Leonov


Fonte: Editorial Vitória Ltda., Rio, 1955. págs: 391-437. A presente edição foi traduzida do original russo "Materialismo Dialético", Moscou, edição da Academia de Ciências da URSS, Instituto de Filosofia, 1954.
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo.
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O Materialismo Dialético. Sistema Filosófico do qual Decorre o Socialismo Científico

O materialismo dialético e histórico é caracterizado por J. V. Stálin como a concepção do mundo do partido marxista-leninista, o fundamento teórico do comunismo e a base teórica do partido marxista. O materialismo dialético é considerado por ele como base filosófica e teórica do marxismo, e o materialismo histórico como base histórico-científica do marxismo.

Nessa caracterização estão expressas as particularidades específicas da filosofia marxista-leninista: sua natureza de classe, sua função na luta do proletariado pela ditadura da classe operária, seu lugar e sua importância na sociedade soviética que constrói o comunismo, seu papel como base científica da atividade prática do partido marxista-leninista. Essa caracterização indica as profundas diferenças qualitativas entre a filosofia marxista-leninista e toda a filosofia precedente. Nunca no passado uma teoria filosófica teve importância prática e política tão grande quanto o materialismo dialético e histórico.

O marxismo-leninismo é uma doutrina monolítica, completa, na qual todas as partes — o comunismo científico, a economia política e a filosofia — se acham organicamente ligadas entre si.

J. V. Stálin escreve no trabalho Anarquismo ou Socialismo?:

"O marxismo não é apenas a teoria do socialismo, é uma concepção integral do mundo, um sistema filosófico do qual decorre, naturalmente, o socialismo proletário de Marx. Esse sistema filosófica se chama materialismo dialético.”(1)

Nesse trabalho J. V. Stálin demonstra que o socialismo proletário é uma dedução direta do materialismo dialético(2), e que

"a base teórica do socialismo científico é a teoria materialista de Marx e Engels’’.(3)

A filosofia marxista se distingue pelo seu caráter monolítico, completo e harmonioso. Lênin escreve, caracterizando o materialismo dialético:

"Não se pode retirar nenhuma premissa fundamental, nenhuma parte essencial desta filosofia do marxismo forjada em aço, num só bloco, sem se afastar da verdade objetiva, sem cair nos braços da mentira reacionária da burguesia.”(4)

A concepção que o partido marxista-leninista tem do mundo se acha interna e indissoluvelmente vinculada ao objetivo final do proletariado, o comunismo. A teoria do comunismo científico, criada por Marx e Engels e desenvolvida por Lênin e Stálin, está baseada no fundamento granítico do materialismo dialético e histórico. Com a criação do materialismo dialético e histórico do marxismo transformou o socialismo de utopia em ciência. Essa doutrina filosófica fundamenta cientificamente os interesses básicos de classe e as tarefas do proletariado. Marx e Engels revelaram em todos os seus aspectos a conexão indissolúvel entre o comunismo científico e o materialismo dialético e histórico. Demonstraram que o materialismo dialético e histórico é a arma teórica do proletariado na luta pela libertação da exploração capitalista. Na Sagrada Família Marx e Engels escreveram que o materialismo é a base lógica do comunismo. Denominaram o comunismo de materialismo prático.

Partindo da concepção dialética e materialista do mundo, Marx e Engels descobriram as leis objetivas do capitalismo, que levam inevitavelmente à substituição do regime capitalista pelo comunista. Graças à interpretação materialista da História foi cientificamente demonstrado o caráter objetivamente inevitável do comunismo como fase superior do desenvolvimento social. Os fundadores do comunismo científico, descobrindo as leis da origem e do desenvolvimento do modo de produção capitalista, demonstraram que as relações de produção capitalistas, em determinada fase de seu desenvolvimento, entram em contradição irreconciliável com as forças produtivas que cresceram nas condições do capitalismo, o que torna absolutamente inevitável a substituição revolucionária do modo de produção capitalista pelo modo de produção socialista.

"Marx e Engels descobriram as leis do desenvolvimento da sociedade capitalista e demonstraram cientificamente que o desenvolvimento da sociedade capitalista e a luta de classes no seio dessa sociedade deviam inevitavelmente acarretar a queda do capitalismo, a vitória do proletariado, a ditadura do proletariado.”(5)

Lênin e Stálin concretizaram a tese do marxismo sobre o materialismo dialético como doutrina filosófica da qual decorre o socialismo científico. Ergueram a novo e mais elevado nível a doutrina de Marx e de Engels sobre a necessidade histórica do socialismo. Na luta contra os diferentes escribas da burguesia e seus lisonjeadores oportunistas, que negavam "a possibilidade de fundamentar cientificamente o socialismo e demonstrar, do ponto de vista da concepção materialista da História, sua necessidade e inevitabilidade”, Lênin e Stálin fundamentaram sob todos os seus aspectos a tese marxista de que o socialismo proletário não é uma ficção de sonhadores, mas uma ciência baseada no conhecimento das leis do desenvolvimento social e nas leis econômicas da sociedade burguesa. Estudando a época do imperialismo, Lênin e Stálin estabeleceram que o sistema capitalista de economia se tornou obsoleto e deve ceder lugar a outro, mais elevado, o sistema socialista de economia. Baseando-se em profundo estudo da época do imperialismo, Lênin estabeleceu que o imperialismo é a fase em que o capitalismo, após atingir a seu mais elevado grau de amadurecimento, apodrece, estando pois às vésperas de sua queda e substituição pelo socialismo. Tendo descoberto que a desigualdade do desenvolvimento econômico e político é uma lei objetiva inerente ao imperialismo, Lênin chegou à conclusão de que a vitória simultânea do socialismo em todos os países é impossível e de que é possível a vitória do socialismo primeiro em alguns ou até mesmo num só país capitalista considerado isoladamente. Revelando as principais contradições do imperialismo, J. V. Stálin demonstra que a revolução proletária se tornou "praticamente inevitável”.(6)

No trabalho Sobre o Materialismo Dialético e o Materialismo Histórico, J. V. Stálin desenvolve e aprofunda a tese marxista sobre o materialismo dialético e histórico como fundamento teórico do comunismo, como concepção do mundo do partido marxista-leninista.

J. V. Stálin demonstra que todas as teses do materialismo dialético e histórico e as conclusões derivadas dessas teses fundamentam cientificamente a inevitabilidade da substituição do regime capitalista pelo comunista e dão aos revolucionários proletários uma poderosa arma em sua atividade prática.

Na fundamentação teórica do comunismo científico tem grande importância a tese da dialética marxista segundo a qual nenhum fenômeno pode ser compreendido se o considerarmos isoladamente, desligado das condições ambientes. Ao contrário dos utopistas, cujas ideias sobre o socialismo se apoiavam em fantasias, e não na consideração das condições materiais de vida da sociedade, o marxismo estabeleceu que o socialismo é um resultado necessário do desenvolvimento da sociedade, condicionado não pela "boa vontade” dos homens, mas por todo o desenvolvimento precedente. Lênin afirma que

"a inevitabilidade da transformação da sociedade capitalista em socialista é deduzida por Marx inteira e exclusivamente da lei econômica do movimento da sociedade moderna.”(7)

Engels escreve que o socialismo científico é o reflexo ideal, na cabeça da classe operária, do conflito originado pelo modo de produção burguês. E quanto mais se desenvolve esse modo de produção, tanto mais agudamente se manifesta a incompatibilidade da produção social com a apropriação burguesa.(8) Assim, a análise dos fenômenos sociais em sua interconexão com as condições históricas concretas evidencia a necessidade e a inevitabilidade da substituição do regime capitalista pelo socialismo.

Em seu grau mais elevado, as conclusões revolucionárias derivam da lei universal do movimento e do desenvolvimento. Já em 1895 Lênin escrevia:

"Se tudo se desenvolve, se uma instituição é substituída par outra, por que então continuarão a existir eternamente a autocracia do rei da Prússia ou do tzar da Rússia, o enriquecimento de uma minoria insignificante à custa da imensa maioria, o domínio da burguesia sobre o povo?”(9)

Essa conclusão foi desenvolvida no trabalho de J. V. Stálin sobre a Materialismo Dialético e o Materialismo Histórico. O camarada Stálin demonstra que se o mundo se encontra em movimento e desenvolvimento ininterruptos e se a lei desse desenvolvimento é o desaparecimento do velho e o fortalecimento do novo, decorre dessa lei irrevogável que não há nem pode haver "princípios eternos” de propriedade privada, de subordinação dos camponeses aos latifundiários e dos operários aos capitalistas.

"Isso quer dizer que o regime capitalista pode ser substituído pelo regime socialista, da mesma forma que, em seu tempo o regime capitalista substituiu o regime feudal.”(10)

Essa conclusão sobre a inevitabilidade do colapso do capitalismo arma os trabalhadores na luta contra a burguesia imperialista, que recorre aos meios mais vis para salvar o putrefato regime capitalista.

O marxismo fundamenta a inevitabilidade do comunismo partindo da lei objetiva do desenvolvimento como movimento progressivo do simples ao complexo, do inferior ao superior. A produtividade do trabalho é o elemento principal para a vitória de cada regime social novo, para a passagem de uma fase do desenvolvimento social a outra, mais elevada. O capitalismo venceu o feudalismo porque criou uma produtividade do trabalho mais elevado. O socialismo vence o capitalismo porque cria uma produtividade do trabalho muito mais elevada que a capitalista. Essa lei social tem sua expressão concreta no aumento da produtividade do trabalho na URSS e, também, nos países de democracia popular.

Partindo da lei objetiva da invencibilidade do que surge e se desenvolve, a dialética marxista fundamentou cientificamente a tese da invencibilidade do comunismo como regime social novo e poderoso, ao qual pertence o futuro. Lênin escreve:

"Os comunistas devem saber que o futuro lhes pertence, aconteça o que acontecer, e, por isso, podemos (e devemos) unir a maior paixão na grande luta revolucionária à apreciação tranquila e sóbria das loucas convulsões da burguesia.”(11)

O materialismo dialético e histórico serve de fundamentação científica à luta de classe do proletariado e às leis que regem as reviravoltas revolucionárias.

"Se a passagem das modificações quantitativas lentas, às modificações qualitativas bruscas e rápidas é uma lei do desenvolvimento, é evidente que as transformações revolucionárias realizadas pelas classes oprimidas representam um fenômeno absolutamente natural e inevitável.

Isto quer dizer que a passagem do capitalismo ao socialismo e a libertação da classe operária do jugo capitalista não pode ser realizada por meio de modificações lentas, por meio de reformas, mas somente pela transformação qualitativa do regime capitalista, pela revolução.”(12)

Essa conclusão armou ideologicamente a classe operária para o assalto ao capitalismo e hoje arma todos os trabalhadores dos países capitalistas na luta contra os lacaios dos imperialistas anglo-americanos — os socialistas de direita, que tentam envenenar a consciência dos homens com especulações a respeito da transformação pacífica do socialismo em capitalismo. Os socialistas de direita, lacaios dos imperialistas, fazem todos os esforços para que se aceite o preto por branco, o capitalismo por socialismo. Williams, ex-conselheiro de Attlee, em seu livro Tríplice Desafio, apresenta manhosamente a atividade do governo trabalhista — que visa a fortalecer o capitalismo monopolista — como "autêntica revolução” que teria criado na Inglaterra um "novo socialismo”. Em seu zelo de lacaio, um dos líderes trabalhistas, Younger, mente despudoradamente:

Muito daquilo que os europeus chamariam de socialismo acha-se realizado nos Estados Unidos."

Faz-lhe eco Spaak, líder dos socialistas de direita da Bélgica, ao afirmar que na América "pouco a pouco desaparecem os milionários”, que "o capitalismo americano atinge a objetivos socialistas”. Assim se referem os socialistas de direita a um país repleto de desempregados, país em que o racismo se tomou uma ideologia oficial, país que é um vampiro a sugar os povos dos países coloniais e de outros países escravizados.

O marxismo-leninismo ensina os proletários dos países capitalistas 'a não temerem os choques entre as classes e a levar até o fim, por via revolucionária, a solução das contradições da sociedade burguesa. O materialismo dialético educa os trabalhadores despertando-lhes a consciência de que seus interesses são irreconciliavelmente opostos aos da burguesia e a todo o regime burguês.

É como poderoso apelo à ação revolucionária que ressoam as palavras de J. V. Stálin:

"Se o processo de desenvolvimento é um processo de revelação das contradições in emas, um processo de choque entre forças contrapostas na base dessas contradições, choque que tem por fim superá-las, é evidente que a luta de classes do proletariado é um fenômeno perfeitamente natural e inevitável.

Isto quer dizer que não devemos dissimular as contradições do regime capitalista, mas revelá-las e aprofundá-las, que não devemos sufocar a luta de classes, mas levá-la até o fim.

Isto quer dizer que em política, para não nos enganarmos, é preciso realizar uma política proletária, de classe, intransigente, e não uma política reformista, de harmonia entre os interesses do proletariado e os da burguesia, uma política conciliadora de 'integração' do capitalismo no socialismo."(13)

Essa conclusão inculca nos lutadores do comunismo a audácia, a firmeza, a coragem bolcheviques e a fidelidade aos princípios na luta contra a burguesia imperialista e seus lacaios socialistas de direita. Essa conclusão desmascara os socialistas de direita que tentam silenciar a respeito da luta de classes e que Maurice Thorez caracterizou com razão como homem da "síntese”, da "conciliação”, das resoluções "furta-cor” que dissimulam as divergências e procuram "tapar o sol com uma peneira”.

A filosofia marxista-leninista arma a classe operária e todos os trabalhadores de uma clara perspectiva. Demonstrando cientificamente a inevitabilidade do colapso do capitalismo, ela também ensina que o capitalismo não perece automaticamente, que ele "'não cairá' por si mesmo, sem que lhe ‘provoquemos a queda'.”(14) Permitindo uma justa compreensão de todo o mundo que nos cerca, a filosofia marxista-leninista serve de base teórica à atividade prática das massas de milhões de proletários que lutam pela transformação revolucionária da sociedade capitalista em socialista.

Desligado da prática da luta de classes do proletariado, separado da tática revolucionária dessa luta, o materialismo dialético e histórico é inconcebível,

"(...) Sem esse aspecto, Marx com justeza considerou o materialismo como impreciso, unilateral e sem vitalidade.”(15)

O marxismo-leninismo ensina que, embora as leis objetivas da História determinem a atividade dos homens, não atuam por si mesmas, mas pressupõem a atividade dinâmica dos homens. A necessidade objetiva no desenvolvimento social não exclui, mas, ao contrário, pressupõe a participação criadora dos homens. Lênin escreve:

"São os próprios homens que criam a sua história (...)”.(16)

E quanto mais dinâmica for a atividade dos homens, tanto mais rápida e completamente se realiza a necessidade histórica objetiva. Só é possível realizar as tarefas da revolução socialista, as tarefas da construção do socialismo quando todo o exército revolucionário da classe operária e das amplas massas trabalhadoras é lançado na ação ativa. As profundas transformações sociais exigem a participação das amplas massas populares, a participação de dezenas e centenas de milhões. Essa lei do desenvolvimento histórico foi formulada por Lênin:

"(...) quanto mais profunda for a transformação que quisermos realizar, tanto maior a amplitude com que precisaremos despertar o interesse e uma atitude consciente em relação a ela, convencendo de sua necessidade novos e novos milhões e dezenas de milhões.”(17)

O partido de Lênin e Stálin considerava e considera como uma de suas tarefas básicas armar as amplas massas trabalhadoras com a concepção marxista do mundo. V. I. Lênin no trabalho Que Fazer? e o camarada Stálin no trabalho Algumas Palavras Sobre as Divergências no Partido elaboraram as bases ideológicas do partido marxista e fundamentaram a tese marxista sobre a fusão do movimento operário com o socialismo e sobre a introdução da consciência socialista no movimento operário.

O proletariado tende naturalmente para o socialismo em consequência da posição que ocupa na sociedade. Em virtude dessa inclinação o proletariado facilmente assimila as ideias socialistas.

A elaboração do socialismo científico não pode, no entanto, ser obra dos próprios operários porque eles, nas condições do capitalismo, não possuem os meios e o lazer necessários para isso. A história de todos os países, afirma Lênin, atesta que por seus próprios recursos a classe operária só tem condições de elaborar uma consciência sindicalista, que reduz as tarefas do movimento operário à defesa de interesses particulares, estritamente profissionais. Desenvolvendo essa tese, J. V. Stálin afirma:

"Para elaborar o socialismo cientifico é necessário estar à vanguarda da ciência, estar armado de conhecimentos científicos e saber analisar profundamente as leis do desenvolvimento histórico."(18)

A concepção marxista do mundo, que se baseia nas conclusões de todas as ciências, no conhecimento das leis do desenvolvimento social, é elaborada pelos ideólogos da classe operária, pelos teóricos e sábios que dominaram todos os dados da ciência. A ideologia socialista, a concepção científica do mundo, é introduzida na consciência das massas operárias pela vanguarda da classe operária, isto é, por seu partido. O partido de Lênin e Stálin armou e arma os trabalhadores de nossa Pátria com essa concepção do mundo.

Somente o marxismo, observa Lênin, apontou ao proletariado a saída da escravidão espiritual em que vegetaram até hoje as classes oprimidas.

Já em seu trabalho O Que São os "Amigos do Povo” e Como Lutam Contra os Social-Democratas?, Lênin afirmava que essa

"teoria propõe-se francamente por tarefa descobrir todas as formas de antagonismo e de exploração na sociedade moderna, acompanhar-lhes a evolução, demonstrar o caráter transitório dessa sociedade, a inevitabilidade de sua transformação em outra e servir assim ao proletariado para que ele, o mais rapidamente passível e o mais facilmente possível, acabe com toda exploração.”(19)

Somente os interesses do proletariado exigem a abolição de toda exploração. Por isso, os marxistas não se detêm em explicar o mundo, mas procuram transformá-lo. A diferença fundamental entre o materialismo dialético, como concepção proletária do mundo, e todos os outros sistemas filosóficos reside justamente em que, fornecendo uma justa compreensão de todo o mundo que nos cerca, ao mesmo tempo aponta o caminho para a transformação desse mundo, serve de base teórica da atividade prática orientada para a transformação revolucionária da sociedade capitalista em sociedade comunista.

Sendo uma expressão teórica das necessidades do movimento operário, a filosofia marxista representa o papel de poderoso instrumento de transformação prática do mundo. Somente o materialismo dialético e histórico aponta o caminho para o domínio das leis do desenvolvimento da natureza e da sociedade e para a transformação prática do mundo de acordo com os interesses dos trabalhadores. Assim se definem características tão marcantes da filosofia marxista como, por exemplo, a atividade do proletariado, a atitude crítica e revolucionária em relação à realidade, a inesgotável energia revolucionária que tudo supera e que exclui todo espontaneísmo, todo fatalismo, toda passividade e toda atitude contemplativa.

O marxismo sempre se caracterizou pela atividade revolucionária e pela hostilidade orgânica à concepção fatalista do desenvolvimento social. Já Marx e Engels lutavam contra os fatalistas que compreendiam de maneira abstrata a necessidade objetiva e afirmavam que o homem não pode proceder de maneira diferente da que procede. Tudo o que os homens empreendem, afirmavam os fatalistas, está tão condicionado pela marcha geral do desenvolvimento que a vontade se torna predestinada, impotente. Marx, em carta a L. Kugelmann, ridiculariza os fatalistas e fundamenta a ideia da atividade revolucionária dinâmica. Criar a história universal, escreve Marx, seria, certamente, muito cômodo, se a deflagração da luta estivesse condicionada à existência de oportunidades impecavelmente favoráveis. Engels também ridicularizou a concepção fatalista da necessidade como predeterminadora de tudo o que acontece.

Marx e Engels fornecem

"a mais profunda interpretação dos objetivos transformadores fundamentais do proletariado (...)(20)

Na época de Lênin e Stálin a questão do papel da atividade revolucionária do proletariado e de seu partido adquiriu importância particularmente grave. A nova época colocou de maneira nova a questão do papel do fator subjetivo na luta pela revolução socialista e pela transformação do mundo.

Marx e Engels resolveram teoricamente o problema da correlação entre os elementos objetivos e subjetivos do desenvolvimento social. Por força de várias circunstâncias históricas, porém, Marx e Engels dedicaram maior atenção ao esclarecimento do papel das condições objetivas, materiais, do desenvolvimento social. Marx e Engels defrontaram principalmente a tarefa de demonstrar que as contradições internas, objetivas, do capitalismo, levam inevitavelmente esse regime ao colapso e à instauração da ditadura do proletariado. A época do imperialismo e das revoluções proletárias apresentou aos chefes do bolchevismo uma nova tarefa: a de elaborar em todos os seus aspectos a questão do papel da luta revolucionária do proletariado como força histórica decisiva, da qual depende o aceleramento da queda do capitalismo.

Apoiando-se nas necessidades da luta revolucionária do proletariado na nova época, a época do imperialismo e das revoluções proletárias, Lênin e Stálin elaboraram em todos os seus aspectos a questão do papel do fator subjetivo, isto é, o papel das ideias avançadas, o papel da consciência proletária e da organização, o papel do partido do proletariado. Demonstraram que na época das revoluções proletárias adquiriam extraordinária atualidade a consciência e a organização, a vontade e a firmeza do proletariado e de sua vanguarda, o Partido Comunista.

Lênin e Stálin dedicaram maior atenção ainda à questão do papel da atividade revolucionária, porque era necessário opor o marxismo revolucionário, combativo, ao oportunismo da II Internacional. Gomo agentes da burguesia no movimento operário, os oportunistas faziam as mais solertes tentativas de privar o proletariado do espírito de luta, de minar, na classe operária e em seu Partido, a atividade revolucionária, a determinação inabalável e a firmeza na luta pelo comunismo. O oportunismo estava disposto a

"tomar do marxismo tudo o que era aceitável para a burguesia liberal, até mesmo a luta pelas reformas, até mesmo a luta de classes (sem a ditadura do proletariado), até mesmo o reconhecimento 'geral' dos ‘ideais socialistas' e a substituição do capitalismo por um 'novo regime' e a rejeitar 'apenas' a alma viva do marxismo, ‘apenas’ seu caráter revolucionário."(21)

Ao invés da atividade revolucionária e da decisiva luta de classes os oportunistas pregam o fatalismo, a contemplação, a inatividade, a atitude passiva em relação ao que nos cerca. Os ideólogos da II Internacional deturparam monstruosamente a tese de Marx e Engels segundo a qual nenhuma formação social perece antes de que nela se tenham desenvolvido as forças produtivas necessárias. Interpretavam essa tese de Marx de um ponto de vista fatalista. O fatalismo da II Internacional significava rejeitar a luta pela revolução socialista e a ditadura do proletariado. O fatalismo pregado pelos oportunistas tornou-se particularmente perigoso quando se travou o embate decisivo entre o capitalismo e o socialismo e quando a importância da atividade do proletariado e do papel dirigente de seu partido aumentaram de muito.

Desenvolvendo a doutrina marxista, Lênin e Stálin lutaram tenazmente contra o oportunismo no movimento operário.

J. V. Stálin demonstrou que a "teoria” do espontaneísmo é a base lógica do oportunismo. A necessidade histórica da queda do capitalismo é condicionada por dois aspectos internamente ligados entre si: o objetivo (a existência de determinadas condições sociais e econômicas) e o subjetivo (a decisão da classe operária de lutar contra a burguesia). O oportunismo interpreta de maneira metafísica o fator objetivo e ignora o papel ativo e dinâmico do fator subjetivo, considerando a "necessidade histórica” desligada da ação ativa e revolucionária das classes e dos partidos .

Lênin e Stálin submeteram a uma crítica esmagadora a deturpação da teoria marxista pelos oportunistas. Lutando contra os mencheviques, Lênin demonstrou que eles

"rebaixam a concepção materialista da História pela sua ignorância do papel ativo, dirigente e orientador que podem e devem representar na História os partidos que tenham consciência das condições materiais da revolução e que se coloquem à frente das classes avançadas."(22)

Desmascarando o revisionismo e suas tentativas de substituir a ação revolucionária do materialismo dialético pela contemplação, J. V. Stálin escreve:

"Marx dizia que a teoria materialista não pode limitar-se a interpretar o inundo, mas que, além disso, deve transformá-lo. Mas a Kautski & Cia. não lhes preocupa isso, preferindo ficar na primeira parte da fórmula de Marx."(23)

Os modernos lacaios do imperialismo, os socialistas de direita, em seu vil servilismo diante da reação imperialista, superaram todos os anteriores oportunistas no movimento operário, dos quais Lênin dizia que introduzem no movimento operário

"a influência burguesa, as ideias burguesas, a hipocrisia e a depravação da burguesia”.(24)

Nas condições do aprofundamento das contradições do imperialismo e do aguçamento da crise geral do sistema mundial do capitalismo os socialistas de direita, cães de fila da burguesia, procuram com afinco os meios de salvar esse regime social totalmente putrefato. Os socialistas de direita da Inglaterra, da França e da Bélgica, comportando-se como sufocadores e carrascos da classe operária e de todos os trabalhadores das metrópoles e também dos países coloniais e dependentes, cobriram-se de indelével vergonha.

Contrapondo o marxismo revolucionário ao oportunismo, Lênin e Stálin apresentam como uma das mais importantes características do bolchevismo a atividade revolucionária, crítica e transformadora do proletariado e de seu partido. Lênin e Stálin elevaram a nível mais alto a doutrina de Marx e de Engels sobre as leis da História e os meios, métodos e formas de sua realização. O marxismo-leninismo não só afirma a existência de leis objetivas do desenvolvimento social como reconhece a necessidade de sua utilização na atividade prática, revolucionária e transformadora do proletariado.

O Materialismo Dialético, Base Científica da Atividade Prática do Partido Marxista-Leninista

O partido marxista-leninista é, antes de tudo, um partido de ação. Em sua atividade prática apoia-se na teoria do marxismo que estuda os processos objetivos em seu desenvolvimento, apoia-se no programa do marxismo, que se baseia nas conclusões da teoria e define o objetivo do movimento da classe operária, apoia-se na estratégia e na tática, que é a ciência da direção da luta de classes do proletariado. Nenhum outro partido jamais teve ou tem agora semelhante fundamento científico.

A atividade prática do partido está baseada no conhecimento exato das leis do desenvolvimento da natureza e da sociedade e em consequência disso se distingue pela sua força invencível, que

"não conhece e não admite barreiras, e que, com sua operosa perseverança, vence todos e quaisquer obstáculos, que não pode deixar de levar até o fim o trabalho, uma vez começado (...).(25)

A concepção marxista-leninista dá ao Partido a possibilidade de

''avançar com audácia, sem temer os escolhos”, dá-lhe "um claro programa e uma firme tática (...)” (Stálin).

Marx e Engels, generalizando a experiência da luta de classes e dirigindo o movimento operário, expressaram muitas ideias geniais, baseadas na concepção dialética e materialista do mundo, a respeito da tática revolucionária do proletariado.

"(...) Marx forjou uma tática única para a luta proletária da classe operária nos diferentes países."(26)

Caracterizando as bases científicas da tática marxista, Engels escreve:

"Para mim a teoria histórica de Marx é a condição básica de toda tática revolucionária coerente e consequente; para encontrar-se essa tática, é necessário apenas aplicar a teoria às condições econômicas e políticas de determinado país.”(27)

O materialismo dialético e histórico é a base filosófica da estratégia e da tática da luta de classe do proletariado. Lênin observa que

"a tarefa básica da tática do proletariado foi definida por Marx estritamente de acordo com todas as premissas de sua concepção materialista e dialética do mundo.”(28)

A tática revolucionária do proletariado é parte inseparável do marxismo-leninismo. Por isso,

"Marx, durante toda sua vida, a par dos trabalhos teóricos, dedicou incansável atenção aos problemas da tática da luta de classes do proletariado."(29)

As ideias geniais de Marx e de Engels sobre tática e estratégia foram enterradas pelos oportunistas da II Internacional. Os partidos da II Internacional, que atuavam num período de desenvolvimento mais ou menos pacífico do capitalismo, no período em que o parlamentarismo era a forma principal da luta de classes, não possuíam uma estratégia acabada nem uma tática elaborada. J. V. Stálin afirma:

"Somente no período seguinte, período de ações abertas do proletariado, no período da revolução proletária, quando a questão da derrubada da burguesia tornou-se uma questão da atividade prática imediata, quando a questão das reservas do proletariado (estratégia) tornou-se uma das questões mais palpitantes, quando todas as formas de luta e de organizaçãotanto parlamentares como extraparlamentares (tática)se revelaram com toda nitidez, somente nesse período podiam ser traçadas uma estratégia coerente e uma tática bem elaborada da luta do proletariado.”(30)

Essa estratégia coerente e essa tática elaborada da luta revolucionária do proletariado foram criadas pelos grandes continuadores da obra e da doutrina de Marx e EngelsLênin e Stálin. Os trabalhos de Lênin e Stálin, nos quais se acha generalizada em todos os seus aspectos e de maneira profunda a rica experiência do Partido bolchevique, a experiência de toda a luta de libertação do proletariado nos países capitalistas, da luta de libertação nacional dos povos oprimidos nas colônias e a grandiosa experiência da construção do socialismo constituem uma fonte inesgotável de ideias profundas e de diretrizes mestras sobre os problemas da estratégia e da tática.

A estratégia e a tática e toda a atividade do Partido bolchevique se assentam no inabalável alicerce do materialismo dialético e histórico, no conhecimento das leis do desenvolvimento social, na maneira dialética de considerar os acontecimentos históricos, na análise estritamente objetiva das forças motrizes da revolução, da correlação entre as classes, etc.

J. V. Stálin ensina que o movimento operário é constituído por dois aspectos: o objetivo (ou espontâneo) e o subjetivo (ou consciente).

"O lado objetivo consiste nos processos de desenvolvimento que ocorrem fora do proletariado e em seu redor, independentemente da vontade do proletariado e do seu Partido, processos que, em última análise, determinam o desenvolvimento de toda a sociedade. O lado subjetivo consiste nos processos que se verificam no seio do proletariado, como reflexo dos processos objetivos na consciência do proletariado, processos que aceleram ou retardam a marcha destes últimos, mas que de forma alguma os determinam.”(31)

Se o Partido não pode nem revogar nem modificar o lado objetivo (por exemplo, as leis do desenvolvimento econômico), já o lado subjetivo, ao contrário do objetivo, depende inteiramente do Partido. Da estratégia e tática do Partido depende que se acelere ou que se retarde o movimento, que se facilite ou que se dificulte o curso objetivo do desenvolvimento. Brilhante exemplo da influência do Partido sobre a marcha da luta revolucionária do proletariado são as palavras de ordem estratégica do bolchevismo que refletem a distribuição das forças revolucionárias na frente da luta de classes e que facilitam a aproximação das massas da frente de luta pela vitória da revolução. Na. orientação das forças básicas da revolução e de suas reservas, a estratégia do Partido bolchevique representou importante papel em todas as etapas da revolução: de 1905 a fevereiro de 1917, quando se travava a luta pela vitória da revolução democrático-burguesa; de fevereiro de 1917 a outubro de 1917, quando se travava a luta pela vitória da revolução socialista, e daí em diante.

A estratégia do Partido bolchevique leva em conta as mudanças havidas no curso da luta de classes e se modifica de acordo com as reviravoltas históricas e as passagens de uma para outra etapa da luta revolucionária. A estratégia do bolchevismo está baseada na análise das condições objetivas da luta de classes do proletariado e na sóbria avaliação das forças em luta.

A política do Partido bolchevique, tendo como base teórica o materialismo dialético, distingue-se, quanto aos princípios, da política de todos os outros partidos. Falando das características da política dos partidos burgueses, Lênin escreve que

"os mais inteligentes representantes da burguesia ficam confusos e não podem deixar de cometer erros irreparáveis. Nisso está a ruína da burguesia."(32)

A política das classes exploradoras não pode ter base científica; essa política tem por finalidade dissimular as gritantes contradições da sociedade antagônica e ocultar as mazelas provocadas por esse sistema social. J. V. Stálin afirmou em seu Informe ao XVII Congresso do Partido:

"Olhai para os países que nos rodeiam. Acaso neles encontrais muitos partidos governantes que tenham e executem uma política justa? Na realidade, hoje não há tais partidos no mundo, porque todos eles vivem sem perspectivas, enredam-se no caos da crise e não veem meios de se livrar do atoleiro.”(33)

Essa análise dos partidos burgueses, feita há cerca de 20 anos, conserva até hoje todo o seu vigor, quer se trate do Partido Trabalhista ou do Conservador na Inglaterra, quer do Partido Democrata ou do Republicano nos Estados Unidos, etc., etc. A política desses partidos se baseia na demagogia e no aventurismo, na chantagem e na violência, na hipocrisia e no embuste.

Só o proletariado está interessado na política científica porque seus interesses não contradizem mas, ao contrário, correspondem à marcha progressiva do desenvolvimento social. A política proletária, baseada na ciência, é realizada pelo Partido marxista-leninista. Por isso ela resolvia e resolve com acerto os problemas que se lhe apresentam. J. V. Stálin afirma:

"Unicamente o nosso Partido sabe para onde encaminhar o trabalho e o faz avançar com êxito. A que deve nosso Partido essa superioridade? A que é um partido marxista, um partido leninista, que se orienta em seu trabalho pela doutrina de Marx, Engels e Lênin. Não pode haver dúvida de que, enquanto permanecermos fiéis a essa doutrina, enquanto nos guiamos por essa bússola, conseguiremos êxitos em nosso trabalho.”(34)

A longa e gloriosa história do Partido bolchevique representa a comprovação viva da justeza de sua política. A história do Partido bolchevique demonstra que toda sua multiforme atividade se baseia no fundamento granítico da concepção marxista-leninista do mundo. O Partido bolchevique sempre realizou e continua a realizar todas as suas tarefas programáticas, estratégicas e táticas inteiramente de acordo com essa doutrina. A História do P.C. (b) da URSS é o materialismo dialético e histórico em ação, é um modelo clássico da unidade entre a teoria e a prática.

No Compêndio de História do PC (b) da URSS, J. V. Stálin revela com insuperável vigor a ligação interna existente entre a filosofia do marxismo-leninismo e a atividade prática revolucionária do Partido bolchevique, o papel do materialismo dialético e histórico como instrumento de transformação do mundo, sua significação na luta do proletariado pela conquista da ditadura do proletariado e pela construção do comunismo.

J. V. Stálin demonstra que durante toda sua história e na solução de todas as questões políticas o Partido bolchevique partiu das teses da ciência marxista-leninista, aplicando-as à solução de complexos problemas de estratégia e tática. As conclusões formuladas por J. V. Stálin caracterizam a indissolúvel conexão entre a filosofia marxista-leninista e a política bolchevique, são um brilhante modelo de aplicação criadora das teses do materialismo dialético e histórico à atividade prática do Partido do proletariado.

Uma das bases científicas da atividade prática do Partido e de sua política é a dialética materialista, que Lênin e Stálin chamam de alma do marxismo. Caracterizando a força e o poderio da dialética marxista, J. V. Stálin afirma que ela

"dá aos bolcheviques a possibilidade de tomar as fortalezas mais inacessíveis (...)".(35)

No capítulo Sobre o Materialismo Dialético e o Materialismo Histórico do Compêndio de História do P. C. (b) da URSS encontramos um exame circunstanciado do papel do método dialético marxista na atividade prática do Partido do proletariado. Em forma generalizada o papel da dialética, como base científica da política do Partido, se expressa numa série de brilhantes fórmulas e conclusões.

J. V. Stálin ensina:

"Tudo depende das condições, do lugar e do tempo.’’

O Partido se orienta por esse princípio da dialética ao abordar todos os fenômenos, considerando-os de maneira concreta e histórica. O Partido, em sua atividade, orienta-se também por outras conclusões da dialética, formuladas pelo camarada Stálin:

"(...) em política, para não nos enganarmos, devemos olhar para a frente e não para trás.”

O Partido se coloca diante da classe operária, olha para a frente, penetra no futuro e traça suas perspectivas baseando-se na ciência.

"Não nos podemos satisfazer com que nossas palavras de ordem táticas coxeiem atrás dos acontecimentos, adaptando-se a eles depois que os mesmos se tenham verificado. Devemos nos esforça/ para que essas palavras de ordem nos conduzam para a frente, nos iluminem o caminho e nos elevem acima das tarefas imediatas do momento."(36)

A dialética marxista, voltada para o presente e o futuro, dá ao Partido a possibilidade de olhar com firmeza para a frente, de penetrar profundamente no futuro e de armar a classe operária e todos os trabalhadores com um claro objetivo do movimento, com a profunda certeza no êxito da causa revolucionária.

E na base do conhecimento das leis do desenvolvimento social e da profunda análise das causas dos acontecimentos históricos que o Partido bolchevique faz suas previsões científicas.

Basta lembrar, por exemplo, a previsão feita por J. V. Stálin de que justamente a Rússia seria o país que abriria o caminho para o socialismo; ou a previsão de J. V. Stálin de que a revolução mundial se desenvolverá por meio do afastamento de novos e novos países do sistema dos países imperialistas, sendo que

"o processo pelo qual novos países separar-se-ão do imperialismo se verificará com tanto maior rapidez e profundidade, quanto mais firmemente se for consolidando o socialismo no primeiro país vitorioso (...)”.(37)

J. V. Stálin formula várias outras conclusões da dialética marxista, extremamente importantes para a atividade prática do Partido. J. V. Stálin ensina:

"em política, para não nos enganamos, devemos ser revolucionários e não reformistas (...) em política, para não nos enganarmos, devemos realizar uma intransigente política proletária, de classe (...)”.(38)

Ser revolucionário significa realizar uma política firme, consequentemente bolchevique, manifestar firmeza bolchevique na luta, defender o espírito bolchevique de partido, a fidelidade aos princípios, a precisão e a firmeza:

"A tática revolucionária deve ser clara, precisa e nítida (...).(39)

Em sua atividade, o Partido orienta-se pelas conclusões derivadas da concepção dialética marxista do desenvolvimento. Orientando-se pela dialética, o Partido encara o desenvolvimento tanto do ponto de vista do novo como do velho, inculca nos bolcheviques o sentido do novo, a capacidade de reconhecer os embriões do novo, do progressista e de apoiá-lo.

O materialismo filosófico marxista é a base inamovível da atividade prática do Partido e de sua política. J. V. Stálin ensina:

"A força e a vitalidade do marxismo-leninismo residem precisamente em que sua atividade prática se baseia nas necessidades do desenvolvimento da vida material da sociedade, sem desligar-se jamais da vida real da sociedade."(40)

Essa conclusão revela, em forma generalizada, a significação do materialismo filosófico marxista para a atividade prática do Partido.

O Partido se orienta, em sua atividade, pelo inabalável princípio da concepção materialista do mundo: da mesma forma que a conexão mútua e a interdependência entre os fenômenos da natureza são leis objetivas, a conexão mútua entre os fenômenos da vida social e sua interdependência também são leis objetivas e não um amontoado de "casualidades”.

Partindo dessa lei objetiva, J. V. Stálin formula uma importante conclusão para a atividade prática do Partido.

"Isto quer dizer que a atividade prática do Partido do proletariado deve basear-se, não nos bons desejos de ‘personalidades eminentes', não nos postuladas da 'razão', da ‘moral universal', etc., mas nas leis do desenvolvimento da sociedade e no estudo dessas leis.”(41)

Orientando-se pelos princípios do materialismo dialético e histórico, J. V. Stálin descobriu as leis inerentes à sociedade socialista soviética, leis que a distinguem qualitativamente da sociedade capitalista, e indicou ao Partido os meios e os métodos de aproveitamento das leis do desenvolvimento da sociedade para aplicação prática. A base do regime burguês é a propriedade privada capitalista dos meios de produção. A lei do modo de produção burguês é a caça ao elevado lucro capitalista. Essa lei do capitalismo leva à falta de correspondência entre as relações de produção e as forças produtivas, leva ao conflito entre as mesmas, origina as crises econômicas que acarretam a destruição das forças produtivas. Essa lei do capitalismo condiciona a inevitabilidade da desproporção entre a produção e o consumo, entre a indústria e a agricultura, entre os diferentes setores da indústria. Nas condições da sociedade burguesa o consumo é determinado pelo caráter capitalista da distribuição e o consumo das massas trabalhadoras é limitado pela sua reduzida capacidade aquisitiva. J. V. Stálin afirma que no capitalismo

"o aumento do consumo das massas (capacidade aquisitiva) jamais acompanha o aumento da produção e sempre fica atrasado em relação ao mesmo, permanentemente condenando a produção a crises.”(42)

As crises de superprodução são o único meio possível, o único recurso, embora provisório (até a crise seguinte) de, sob o capitalismo, restabelecer-se certa proporcionalidade entre os diferentes setores da economia. Essas são leis do modo de produção capitalista.

"Se o capitalismo pudesse adaptar a produção não à obtenção do lucro máximo, mas à sistemática melhoria da situação material das massas populares, se pudesse destinar o lucro não à satisfação dos caprichos das classes parasitárias, não ao aperfeiçoamento dos métodos da exploração, não à exportação de captal, mas à sistemática elevação da situação material dos operários e dos camponeses, então não haveria crises. Mas, o capitalismo já não seria capitalismo.”(43)

Em sua atividade prática o Partido parte da consideração de que ao modo de produção socialista são inerentes leis diferentes quanto aos princípios. O regime socialista se baseia na propriedade social dos meios de produção.

"A particularidade da sociedade soviética de nossa época, ao contrário de qualquer sociedade capitalista, reside em que nela não há mais classes antagônicas, classes hostis; as classes exploradoras foram liquidadas, e os operários, os camponeses e os intelectuais, que constituem a sociedade soviética, vivem e trabalham na base dos princípios da cooperação fraternal.”(44)

Analisando as leis do surgimento e do desenvolvimento do regime socialista, J. V. Stálin afirma que os êxitos alcançados por esse regime social e estatal são condicionados pelo estabelecimento da correspondência completa entre a propriedade social dos meios de produção e o caráter social do processo de produção. Em sua atividade, o Partido e o poder soviético levaram e levam em conta que

"as forças produtivas só podem se desenvolver completamente quando as relações de produção correspondem ao caráter e ao estado das forças produtivas e abrem caminho para o desenvolvimento das forças produtivas."(45)

Engels observa que no capitalismo o caráter social da produção, em virtude da forma privada da apropriação, dirige-se contra a sociedade, perturbando periodicamente a produção e a troca e se manifesta como "lei da natureza que age cegamente (...)(46) No socialismo o caráter social da produção transforma-se "de causa de desordem e de colapso periódico na mais potente alavanca da própria produção.”(47)

Em sua atividade prática, o Partido apoia-se na lei econômica fundamental do socialismo, cujas características essenciais, segundo J. V. Stálin, são a garantia da máxima satisfação das necessidades materiais e culturais, sempre crescentes de toda a sociedade, por meio do aumento e aperfeiçoamento ininterruptos da produção socialista à base de uma técnica superior.

Em sua atividade, o Partido leva em conta a lei da interdependência dialética entre a produção e o consumo no socialismo, utiliza essa lei no interesse da sociedade soviética e contribui para a máxima realização das ricas possibilidades e grandes vantagens do regime socialista. O Partido ensina aos homens soviéticos que, ao desenvolverem a produção e ao aperfeiçoá-la, estão criando possibilidades para a ininterrupta satisfação de novas necessidades em processo de surgimento. Na URSS

"o aumento do consumo (capacidade aquisitiva) das massas sempre ultrapassa o aumento da produção, impulsionando-a para a frente (...)(48)

O Partido e o poder soviético levam em conta também outras leis objetivas peculiares ao socialismo e as utilizam devidamente no interesse da sociedade soviética.

O Partido orienta-se, em sua atividade prática, pelos princípios do materialismo filosófico marxista, pela solução materialista da questão gnosiológica fundamental. Partindo da compreensão de que o ser é o primário e a consciência o secundário, e, de acordo com isso, o ser social, a vida material, é o primário e a consciência social o secundário, J. V. Stálin chega à seguinte conclusão para a atividade do Partido:

"Isto quer dizer que, em política, para não se enganar e não se converter num aglomerado de estéreis sonhadores, o Partido do proletariado deve basear sua ação não nos abstratos ‘princípios da razão humana', mas nas condições concretas da vida material da sociedade, que constituem a força decisiva do desenvolvimento social; não nos bons desejos dos ‘grandes homens', mas nas necessidades reais do desenvolvimento da vida material da sociedade.”(49)

O marxismo-leninismo ensina que a necessidade natural é o primário, e a consciência e a vontade dos homens, o secundário. Estas últimas, afirma Lênin, devem adaptar-se à primeira.

O fracasso dos anarquistas, dos social-revolucionários, dos trotskistas e de outros grupos políticos hostis ao proletariado e a seu Partido, que baseavam sua atividade no aventurismo, demonstra a que leva a ignorância do papel primordial da vida material da sociedade.

Ao resolver tarefas concretas de política prática, o Partido bolchevique parte da análise das condições objetivas e do exame das necessidades reais do desenvolvimento social. O Partido condena como expressão da mania de fazer projetos e de aventurismo a ignorância das condições objetivas. No trabalho de construção dos colcoses, por exemplo, o Partido bolchevique condenou severamente as tentativas esquerdistas de passar diretamente à comuna, saltando sobre o artel agrícola. Partindo da análise do grau objetivo do desenvolvimento das forças produtivas alcançado pela sociedade soviética, o Partido indicou que o elo principal no movimento colcosiano na etapa atual é o artel agrícola. Nas condições atuais o artel agrícola combina melhor os interesses pessoais e sociais dos colcosianos. Por isso, o reforço e a consolidação do artel agrícola é, na etapa atual, a principal tarefa. O artel agrícola é a condição necessária para a passagem à futura comuna agrícola. J. V. Stálin ensina que

"a futura comuna surgirá do artel desenvolvido e próspero”.(50)

O Partido condenou os raciocínios vulgares de alguns economistas e filósofos sobre os meios da passagem do socialismo ao comunismo. O Partido indicou aos simplistas que a colocação em primeiro plano do problema da distribuição, e não das questões do desenvolvimento das forças produtivas, é rebaixar o marxismo e deturpar o materialismo histórico.

O marxismo sempre atribuiu grande importância ao papel ativo dos homens. A Lênin e Stálin pertence o mérito de haverem elaborado em todos os seus aspectos, em novas condições históricas, a concepção dialética da relação entre o ser e a consciência. Na época do imperialismo e das revoluções proletárias apresentou-se com todo vigor o problema do papel ativo da consciência revolucionária. Os inimigos do movimento revolucionário — os "economistas” e os mencheviques — não reconheciam o papel mobilizador, organizador e transformador da teoria de vanguarda. Lênin e Stálin combateram a negação do papel ativo da consciência social, a "teoria” oportunista do espontaneísmo e seguidismo. Lênin e Stálin dedicaram grande atenção ao papel e à significação da consciência social e das ideias revolucionárias na luta de classes. Partindo da tese do materialismo filosófico marxista de que a consciência dos homens, em seu desenvolvimento, se atrasa em relação à sua situação econômica, o Partido de Lênin e Stálin sempre considerou e considera como tarefa fundamental introduzir as ideias do marxismo-leninismo no movimento operário. Lênin e Stálin ensinam que as ideias avançadas representam sério papel na solução das novas tarefas colocadas pelo desenvolvimento da vida material da sociedade.

Da terceira característica do materialismo filosófico marxista segue-se importante conclusão para a atividade prática do Partido. Se o mundo é cognoscível e, consequentemente, se são cognoscíveis as leis do desenvolvimento da sociedade, se os dados da ciência sobre as leis do desenvolvimento da sociedade têm a significação de verdades objetivas, conclui-se que

"em sua atividade prática, o Partido do proletariado deve guiar-se, não por quaisquer motivos casuais, mas pelas leis do desenvolvimento da sociedade e pelas conclusões práticas que decorrem dessas leis."(51)

A grandeza do Partido de Lênin e Stálin reside em que parte, em sua atividade, das leis objetivas da natureza e da sociedade e se orienta pelas conclusões práticas que derivam dessas leis. As leis da natureza e da sociedade existem objetivamente, independentemente da consciência e da vontade dos homens. Lênin afirma que os materialistas reconhecem o caráter objetivo das leis, reconhecimento que está indissoluvelmente ligado à admissão da realidade objetiva do mundo exterior, refletido pela nossa consciência. Não levar em conta as leis objetivas da natureza e da sociedade significa, na teoria, perfilhar o idealismo e, em política, rolar para o voluntarismo e o aventurismo.

O reconhecimento do caráter objetivo das leis da natureza e da sociedade não significa que os homens sejam prisioneiros dessas leis. Ao contrário, o reconhecimento do caráter objetivo das leis pressupõe o seu domínio, pressupõe o domínio do homem sobre as leis do mundo exterior. O mesmo acontece com as leis da sociedade.

"As forças que aluam na sociedade operam exatamente como as forças da natureza: cegamente, violentamente, destrutivamente, enquanto não as conhecemos e não as levamos em conta. Logo, porém, que as conhecemos e compreendemos sua ação, sua tendência e seus efeitos, depende inteiramente de nós mesmos subordiná-las cada vez mais à nossa vontade e com sua ajuda alcançar nossos objetivos"(52)

O domínio sobre a natureza se baseia no conhecimento de suas leis. Certas leis da natureza atuam destrutivamente. Mas, após conhecê-las, o homem pode dar outra orientação às forças destrutivas da natureza. A eletricidade é uma força destrutiva sob a forma do relâmpago, mas é uma força que pode ser utilizada no aparelho telegráfico ou na lâmpada de arco. Há a mesma diferença, afirma Engels, entre o incêndio e o fogo, que serve ao homem.(53) Engels afirma que, uma vez conhecida a natureza das leis, de senhores despóticos elas se transformam em servos submissos. Fundamentando essas teses de Engels, Lênin escreve no Materialismo e Empirocriticismo:

"(...) enquanto ignoramos a lei natural, esta lei, existindo e atuando malgrado nossa consciência e fora dela, faz-nos escravos da ‘cega necessidade'. Uma vez que a conhecemos, essa lei que atua (como Marx repetiu milhares de vezes) independentemente de nossa vontade e de nossa consciência, faz de nós senhores da natureza".(54)

Nesse trabalho Lênin observa a seguir que a mais elevada tarefa da humanidade é conhecer a lógica objetiva do desenvolvimento, "adaptando a ela, com espírito crítico, sua consciência social (...)”,(55) e agir, assim, de maneira consciente, com conhecimento de causa.

Por conseguinte, o domínio sobre as leis da natureza não reside na imaginária dependência em relação a essas leis, mas no conhecimento dessas leis e na possibilidade de, por isso, utilizá-las de maneira planificada para a realização de determinados objetivos.

Brilhante exemplo de utilização das leis da natureza no interesse da sociedade são os grandes planos stalinistas de transformação da natureza: a plantação de faixas florestais protetoras nas regiões de estepes e de florestas-e-estepes da URSS, o canal "V. I. Lênin” Volga-Don, a construção de gigantescas estações hidrelétricas no Volga, Don, Dniéper, Amu-Dariá, a construção dos canais Principal da Turcmênia, do sul da Ucrânia e da Crimeia setentrional, etc. As grandes obras do comunismo, que se realizam com base na mais avançada técnica soviética, são um novo testemunho da força criadora e transformadora do regime social soviético.

J. V. Stálin elaborou de maneira profunda e ampla o problema da conquista e governo das leis da sociedade. Os homens podem exercer influência sobre as condições da vida material da sociedade e acelerar seu desenvolvimento, acelerar seu melhoramento.(56) Exercendo-se influência sobre as leis objetivas da sociedade, pode-se acelerar o ritmo de seu desenvolvimento e facilitar seu progresso.

Considerando que "a ação das leis e limitada ou ampliada de acordo com condições que se modificam (...)” (Stálin), os homens podem criar condições que excluam a possibilidade da ação das leis que originam as crises econômicas, a destruição das forças produtivas, a miséria das massas trabalhadoras, o desemprego, etc. Com a socialização dos meios de produção na URSS, deixou de atuar a lei da concorrência e da anarquia na produção e começou a agir a lei do desenvolvimento planificado da economia nacional.

"(...) A produção socialista da URSS não conhece as crises periódicas de superprodução nem os absurdos que elas acarretam.”(57)

Os homens podem criar condições necessárias para se dar livre curso a leis como, por exemplo, a lei da correspondência completa entre as relações de produção e o caráter das forças produtivas. As condições objetivas existentes na URSS permitem que as forças produtivas se desenvolvam a

"ritmo acelerado porque as relações de produção que lhes correspondem não opõem o menor obstáculo a esse desenvolvimento.”(58)

O Partido de Lênin e Stálin resolveu e resolve seus problemas inteiramente de acordo com a doutrina do materialismo dialético e histórico, isto é, da concepção do mundo que representa a unidade entre o método dialético e a teoria materialista. O Partido sempre foi e continua a ser fiel à concepção e à interpretação materialista dos fenômenos e ao modo dialético de abordá-los. Em sua política, o Partido bolchevique parte da análise materialista da situação histórica concreta e da sóbria apreciação das forças e possibilidades reais, pesquisando a própria realidade do ponto de vista do desenvolvimento das tendências e possibilidades que nela amadurecem. Por isso, a atividade do Partido sempre esteve livre tanto do voluntarismo, que inevitavelmente abre as portas ao aventurismo político, como da atitude fatalista e contemplativa em relação à realidade, que inevitavelmente coloca a política a reboque dos acontecimentos. A base de granito da riqueza ideológica do bolchevismo é a concepção científica do mundo de que dispõe nosso Partido — o materialismo dialético — que, sendo a unidade entre o método dialético e a teoria materialista, é uma arma insubstituível para o conhecimento científico e a ação revolucionária.

O Materialismo Dialético, Arma Ideológica na Luta pela Construção do Comunismo

Com a vitória do socialismo na URSS apresentaram-se à filosofia marxista-leninista novas tarefas em ligação com as novas necessidades da vida material da sociedade soviética.

Cabe à concepção do mundo marxista-leninista, como parte integrante da superestrutura da sociedade soviética, contribuir ativamente para o fortalecimento e o desenvolvimento da infraestrutura da sociedade socialista. A concepção marxista-leninista do mundo cimenta as forças motrizes da sociedade soviética: a unidade moral e política, a amizade entre os povos e o patriotismo soviético.

O ativo papel criador da filosofia marxista-leninista e da superestrutura marxista-leninista em seu todo reside em que ajuda poderosamente o movimento da infraestrutura para o comunismo. Toda a superestrutura ideológica serve a um único objetivo: a construção do comunismo. Entretanto, as partes integrantes da superestrutura distinguem-se entre si por suas funções, e possuem suas particularidades específicas. O papel particular da filosofia marxista-leninista consiste em criar as premissas ideológicas para a passagem ao comunismo.

Nas condições do socialismo cabe à ideologia marxista-leninista armar os homens soviéticos com o conhecimento das leis da construção do comunismo. A concepção marxista-leninista do mundo é a base do desenvolvimento de toda a vida espiritual da sociedade soviética. O marxismo-leninismo arma o Partido Comunista da União Soviética e o Estado soviético para a realização da tarefa estabelecida pelo camarada Stálin no XVIII Congresso do Partido

"preparar ideologicamente nossos quadros em todos os domínios do trabalha e temperá-los politicamente de modo a que possam orientar-se facilmente na situação interna e internacional (...).(59)

É justamente o marxismo-leninismo que dá a possibilidade de atuarmos com acerto na vida política, econômica e cultural diária e de participarmos com proficiência da administração do país.

A política do Partido bolchevique, que se apoia no firme alicerce da concepção marxista do mundo, é a base vital do regime soviético. Por isso, a compreensão da política do Partido bolchevique, o estudo de suas bases científicas, a capacidade de orientar-se pela teoria marxista-leninista e pela política do Partido no trabalho prático, são importantes condições para a eficiente atividade dos homens soviéticos. A importância da preparação ideológica e política dos homens soviéticos aumentou em virtude das novas e grandes tarefas que se apresentam ao povo soviético no período de coroamento da construção da sociedade socialista e da passagem gradual do socialismo ao comunismo.

Os princípios do materialismo dialético e histórico servem de guia a todos os homens soviéticos. O marxismo-leninismo arma os homens soviéticos com o conhecimento das leis do desenvolvimento social, ensina a empregar essas leis na prática, obriga-os a se apoiarem, em sua atividade prática, na teoria social de vanguarda e a

"utilizar consequentemente sua força mobilizadora, organizadora e transformadora.” (Stálin).

A contradição básica na URSS atualmente expressa-se na luta da parte avançada da sociedade socialista contra as sobrevivências do capitalismo na consciência de certa parte dos homens soviéticos. J. V. Stálin ensina que as sobrevivências do capitalismo na consciência dos homens — hábitos e costumes, tradições e preconceitos herdados da sociedade burguesa e que refletem influências do inimigo — "são um perigoso inimigo do socialismo.” Daí decorre, em toda a sua amplitude, a tarefa da educação comunista.

A consciência comunista dos homens soviéticos, originada pelas relações socialistas de produção e educada pelo Partido bolchevique, é fator essencial para o aceleramento do movimento da sociedade soviética para o comunismo.

Daí a importância de uma incansável luta contra todas as sobrevivências da ideologia burguesa. Igualmente em nossos dias não perderam atualidade as palavras de Lênin, pronunciadas há 50 anos:

"(...) a questão se apresenta unicamente assim: ideologia burguesa ou ideologia socialista. Não há meio termo. (...) Eis por que todo rebaixamento da ideologia socialista, todo afastamento em relação à mesma, significa reforçar a ideologia burguesa."(60)

Na obra de educação comunista dos homens soviéticos e de superação das sobre- vivências nocivas e corruptoras em sua consciência, a concepção marxista-leninista do mundo representa papel de primeira grandeza.

As históricas resoluções do C.C. do P.C. (b) da URSS sobre as questões ideológicas são um exemplo clássico da aplicação dos princípios da concepção marxista-leninista do mundo à luta contra os restos da influência da ideologia burguesa no campo da literatura e da arte, no desmascaramento do apoliticismo, do pessimismo do cosmopolitismo apátrida e do servilismo perante a corrupta cultura burguesa. O debate filosófico realizado em 1947 por iniciativa do C.C. do P.C. (b) da URSS é um brilhante modelo da aplicação do espírito bolchevique de Partido na luta contra o objetivismo burguês. As ideias da concepção marxista-leninista do mundo representam papel dirigente e orientador no desmascaramento e desbarata- mento dos restos das concepções idealistas, metafísicas e outras concepções errôneas nos diferentes ramos da ciência.

Na época da luta pelo comunismo apresentam-se à filosofia marxista-leninista tarefas particulares relativas ao desmascaramento da filosofia de banditismo da burguesia imperialista. A moderna filosofia burguesa reflete, com maior relevo, o marasmo e a decomposição da cultura burguesa. Essa pretensa filosofia tem por missão salvar a ordem capitalista, condenada ao colapso pela história, frear o desenvolvimento da sociedade e fazê-la voltar atrás. Os filósofos burgueses são os escudeiros ideológicos dos fomentadores de guerra, os apologistas dos pretendentes norte-americanos ao domínio do mundo.

A filosofia idealista sempre se distinguiu pelo seu caráter antipopular. O caráter antipopular da moderna filosofia burguesa chega aos limites extremos. Do princípio ao fim serve aos exploradores, sendo um meio de sufocamento espiritual das massas. Para desarmar espiritualmente as massas, na moderna filosofia burguesa realiza-se uma desenfreada pregação do pessimismo e do agnosticismo. Os modernos obscurantistas afirmam que cabe à filosofia burguesa consolar os homens. (No dicionário americano de F. Riuness a filosofia é definida como "consolação”.)

Espumando de cólera, os modernos obscurantistas filosofantes deblateram contra a ciência e despudoradamente a difamam. Está em voga o seguinte apelo dos ideólogos do imperialismo: "Agrilhoar o Prometeu da ciência." Dewey, Santayana, Russel e outros pregam abertamente o fideísmo e semeiam a falta de confiança nas forças da ciência. Um dos ideólogos dos fomentadores de guerra — Russel — apela para que se crie "uma ciência que nos livre da ciência”. Atacando ferozmente a ciência, falsificando não só as conclusões derivadas de fatos, mas também os próprios fatos, os ideólogos da burguesia imperialista fazem afirmações bombásticas no sentido de que

"considerável parte da sabedoria acumulada pelo mundo é conseguida não como resultado do emprego dos métodos científicos de pesquisa, mas graças à hábil imaginação intuitiva dos filósofos, dos profetas, dos políticos, artistas, pintores, sábios."(61)

Nos países capitalistas criam-se várias organizações e instituições reacionárias e fascistas do gênero da organização de "Defesa da Arte e da Ciência Cosmopolitas”, dos Estados Unidos a qual tem por objetivo "fortalecer o espírito americano” .

Com esses meios a filosofia reacionária da burguesia visa a entorpecer a consciência dos povos e prolongar a existência do obsoleto regime capitalista. A doutrina marxista-leninista arma ideologicamente toda a humanidade progressista na luta contra a reação e o obscurantismo, contra a política e a ideologia dos fomentadores de guerra. O marxismo-leninismo torna-se a concepção do mundo das massas cada vez mais amplas de trabalhadores de todo o globo terrestre.

A vitória do materialismo dialético na URSS expressa-se também no fato de que a doutrina filosófica de Marx, Engels, Lênin e Stálin é o fundamento teórico da ciência soviética.

Nunca antes a ciência teve condições sociais tão favoráveis para seu desenvolvimento como no socialismo. A Revolução de Outubro aboliu as causas que originaram a crise teórica das ciências naturais e criou na URSS condições, sem precedentes na História, para o desenvolvimento da ciência; Lênin afirma:

"(...) somente o socialismo liberta a ciência de suas cadeias burguesas, de sua escravização pelo capital, de sua sujeição aos interesses da vil cupidez capitalista.”(62)

Somente no socialismo o materialismo dialético, como método de pesquisa científica e guia para a atividade prática, teve a possibilidade de penetrar profundamente na consciência dos cientistas. Na era soviética, quando o materialismo dialético se transforma na dominante concepção do mundo, apresenta-se de maneira nova a questão da relação mútua entre a filosofia e as ciências naturais, a questão do papel dirigente da concepção marxista do mundo na pesquisa científica. Na era soviética a filosofia marxista-leninista representa papel orientador no desenvolvimento das ciências naturais.

Lênin e Stálin apetrecharam a ciência soviética com uma poderosa arma ideológica, — o materialismo dialético — transformando-o em firme alicerce das ciências naturais soviéticas. A teoria do conhecimento do materialismo dialético abriu à ciência soviética imensas perspectivas de desenvolvimento. Lênin escreve no Materialismo e Empirocriticismo:

”Se o mundo é a matéria em movimento, podemos e devemos estudá-lo indefinidamente em todas as suas manifestações e em todas as ramificações complexas e de menor importância dês se movimento(...)".(63)

No mesmo livro Lênin observa que o mundo exterior e as leis da natureza exterior

"sendo perfeitamente acessíveis ao conhecimento humano, nunca podem ser conhecidas por ele completamente".(64)

Essas teses converteram-se em diretrizes para a ciência soviética. O materialismo dialético se tornou um guia seguro para a pesquisa científica, amplia os limites da atividade científica, ajuda a encontrar os problemas atuais e nos arma com a capacidade de resolver os complexos problemas da atualidade.

Nisso está uma das incomparáveis vantagens da ciência soviética em relação à ciência burguesa.

O poderoso desenvolvimento da ciência soviética, seu florescimento e crescentes conquistas tornaram-se possíveis graças ao papel orientador da concepção marxista-leninista do mundo. A ciência soviética orienta-se, em todos os setores do conhecimento, pela concepção marxista-leninista do mundo, a única científica.

Caracterizando, no Informe ao XVIII Congresso do Partido, a relação mútua entre a teoria marxista-leninista e as ciências particulares, nas novas condições históricas, J. V. Stálin assinala o imenso papel da concepção marxista-leninista do mundo, o papel do princípio bolchevique de partido em todos os setores do conhecimento.

Referindo-se à ligação entre a ciência e a atividade prática, J. V. Stálin ensina que a conexão entre a teoria e a prática, sua unidade, é a estrela polar do partido do proletariado.(65) Esse princípio marxista da ligação entre a teoria e a prática é também o princípio diretor da ciência soviética avançada.

Em seu imortal trabalho Materialismo e Empirocriticismo, Lênin fustiga os representantes da "ciência pura” da burguesia, que não se permite um "salto” da teoria à prática. Para os sábios burgueses, afirma Lênin, uma coisa é a teoria do conhecimento e outra, inteiramente diferente, é a prática. Ao contrário, a lei básica do desenvolvimento da ciência soviética é a ligação com a vida, a unidade entre a teoria e a prática.

A ciência soviética serve à causa do comunismo, contribuindo ativamente para a construção do comunismo. A opinião pública soviética condenou, com indignação, as famigeradas experiências genéticas dos morganistas-weismannistas com a drosófila, as estéreis experiências do acadêmico Beritachvili para saber como uma rã se conduz num encanamento de água e condenou a volta ao passado, o afastamento em relação às grandes tarefas práticas da atualidade. O. B. Lepechínskaia se referiu com clareza à essência do espírito bolchevique de partido na ciência soviética:

"O partidarismo bolchevique exige na ciência disposição de luta nas questões estudadas, exige a luta contra o idealismo e a metafísica na ciência e a colocação, em primeiro plano, das questões ligadas à elaboração de novos setores do conhecimento que possam esclarecer, de maneira nova, as questões ligadas à prática.”(66)

Armada com o poderoso e fecundo método do materialismo dialético e rejeitando firme e decididamente os conceitos obsoletos, a ciência soviética quebra as velhas tradições e normas e descobre incessantemente novas leis da natureza. O grande transformador da natureza, I. V. Mitchúrin, caracteriza da seguinte maneira o papel orientador da filosofia marxista:

"Somente com base na doutrina de Marx, Engels, Lênin e Stálin é que se pode reconstruir inteiramente a ciência. O mundo objetivoa naturezaé o primário; o homem é parte da natureza, mas não deve limitar-se a contemplar exteriormente essa natureza e, como afirmou Karl Marx, pode transformá-la. A filosofia do materialismo dialético é um instrumento de transformação desse mundo objetivo; ela nos ensina a exercer uma ativa influência sobre a natureza e a transformá-la, mas somente o proletariado, que fornece os maiores cérebros da humanidade, está em condições de influenciar e transformar a natureza de maneira consequente e ativa — é o que nos ensina a doutrina de Marx, Engels, Lênin e Stálin.”(67)

Na sociedade socialista soviética a biologia se transformou de ciência contemplativa, que descreve o desenvolvimento da natureza viva, em ciência criadora, que transforma a natureza de acordo com as necessidades materiais da sociedade socialista. As palavras de I. V. Mitchúrin segundo as quais "o homem pode e deve fazer melhor do que a natureza (...)”,(68) expressam a atitude bolchevique, criadora, em relação à natureza.

"(...) Com a interferência do homem — afirma I. V. Mitchúrin — torna-se possível forçar cada forma animal ou vegetal a transformar-se mais rapidamente e além disso no sentido que o homem deseja. Para o homem abre-se um vasto campo para uma atividade sumamente útil (...)."(69)

A doutrina mitchuriniana é o darwinismo soviético, criador . A grandeza da doutrina de Mitchúrin reside em que arma os que atuam praticamente com métodos cientificamente fundamentados de transformação planificada da natureza das plantas e dos animais.

Armada com as ideias da filosofia marxista-leninista, a ciência soviética avançada combate o idealismo e a metafísica. W. R. Williams relata que a filosofia do marxismo ajudou aos agrólogos soviéticos avançados a desmascarar e a rejeitar a teoria burguesa da fertilidade decrescente do solo.

"Com base nos trabalhos clássicos dos criadores do comunismo científico, compreendemos perfeitamente bem a natureza de classe dessa lei burguesa, seu caráter extremamente relativo, sua ligação com a estagnação dos modos de produção, com o caráter unilateral das aplicações do trabalho e do capital e que, em essência, não se trata de “lei” alguma e nem mesmo de qualquer particularidade principal da agricultura. Baseando-nos nos trabalhos de Marx, Engels, Lênin e Stálin, conseguimos demonstrar que todas essas experiências dos naturalistas burgueses eram apenas uma prova de seu método errado de abordar a explicação de processos complexos e que a revelação das leis que regem esses processos só pode ser feita como resultado da aplicação da análise dialética, e não metafísica."(70)

A crítica marxista-leninista do agnosticismo representou imenso papel na derrota do weismannismo reacionário que parte da consideração de que o homem não está em condições de conhecer as causas que provocam e orientam a transformação da hereditariedade. Os weismannistas-morganistas consideram essas transformações como puramente casuais.

Derrotando o weismannismo-morganismo, os mitchurinistas defenderam o papel realmente transformador da ciência, a possibilidade de transformar consciente e planificadamente as plantas, os animais, os micro-organismos do solo, a possibilidade de transformar os próprios solos e vastas extensões da natureza.

A sessão da Academia de Ciências da URSS e da Academia de Ciências Médicas da URSS, dedicada à doutrina fisiológica de I. P. Pávlov, desferiu um golpe esmagador nas diferentes tentativas ecléticas de conciliar a doutrina de I. P. Pávlov com as ideias idealistas dos fisiólogos da Europa Ocidental.

Se o materialismo dialético é a base teórica, filosófica, da doutrina de Pávlov e da biologia mitchuriniana, a doutrina de Pávlov e a biologia de Mitchúrin são pedras fundamentais do alicerce científico-natural do materialismo dialético.

O papel da ciência na URSS é imenso e aumenta de ano para ano à medida que nosso país avança para o comunismo.

A ciência soviética visa a reduzir ao mínimo o papel da casualidade, dar às forças destrutivas da natureza outra orientação e utilizar tanto as leis da natureza como as leis econômicas no interesse da sociedade.

Em seu histórico discurso aos eleitores da circunscrição eleitoral Stálin, da cidade de Moscou, a 9 de fevereiro de 1946, J. V. Stálin descreveu o grandioso plano de novo e poderoso desenvolvimento da economia nacional, que garantirá nossa pátria em relação a quaisquer eventualidades.

Os sábios soviéticos, em conjunto com todo o povo, participam ativamente do cumprimento desse plano.

A ciência soviética trabalha incansavelmente pela solução dos problemas ligados à realização do plano stalinista de transformação da natureza.

Já em 1924 o camarada Stálin apontou a necessidade da luta contra a seca, a necessidade de

"elevar a agricultura a grau superior e garantir para sempre nosso pais em relação as casualidades do tempo."(71)

Esses grandiosos empreendimentos se consubstanciaram praticamente nas resoluções, tomadas por iniciativa do camarada Stálin, do Conselho de Ministros da URSS e do C.C. do P.C. (b) da URSS: "Plano de plantação de faixas florestais protetoras e emprego do sistema de rotação forrageira; construção de reservatórios e açudes para garantir colheitas elevadas e estáveis nas estepes e nas regiões de estepes-e-florestas da parte europeia da URSS”; nas resoluções do Conselho de Ministros da URSS sobre a construção de estações hidrelétricas no Volga, Amu-Dariá, Dniéper e Don, dos canais Principal da Turcmênia, do sul da Ucrânia, Crimeia setentrional e Volga-Don; sobre a irrigação e abastecimento de água às regiões centrais de terras negras, à região situada na margem esquerda do Volga, às estepes adjacentes ao Cáspio e a Rostov, na parte baixa do Amu-Dariá, à Turcmênia ocidental, à parte ocidental do deserto de Kara-Kum, às regiões sul da Ucrânia e às regiões norte da Crimeia

Os sábios soviéticos prestam ajuda diária aos construtores das grandes obras do comunismo.

A ciência soviética encontra-se atualmente numa etapa de novo ascenso. Quanto mais a sociedade soviética avançar pelo caminho do comunismo, tanto maior significação adquirirá o materialismo dialético para a ciência. Papel decisivo no desenvolvimento da ciência é representado pelas ideias orientadoras do camarada Stálin, que abrem à ciência novas e amplas perspectivas .

O camarada Stálin descobriu e fundamentou a lei do desenvolvimento da ciência soviética.

"Todos nós sabemos que nenhuma ciência pode desenvolver-se e florescer sem a luta de opiniões, sem liberdade de crítica.”(72)

A luta de opiniões, a liberdade de crítica e as discussões criadoras vencem a estagnação na ciência, ajudam a rejeitar-se o que é obsoleto, desfazem as concepções fossilizadas e caducas, contribuem para limpar o caminho do novo, do avançado, acelerando o desenvolvimento da ciência e do pensamento teórico em seu todo. Sob o signo da livre luta de opinião e do livre desenvolvimento da crítica processaram-se os debates sobre filosofia, biologia, fisiologia e linguística. Durante os debates sobre linguística foi revelado o pseudomarxismo de N. J. Marr e desmascarado o regime de Araktchêiev que dominava na linguística. Os trabalhos do camarada Stálin sobre os problemas de linguística indicam o caminho para o maior florescimento da ciência soviética.

O método dos debates científicos criadores expressa o espírito crítico e revolucionário da dialética marxista que considera os objetos e fenômenos em movimento, desenvolvimento, transformação e renovamento. O camarada Stálin ensina:

"O que interessa, antes de tudo, ao método dialético não é aquilo que em dado momento parece estável, mas já começa a perecer, e sim aquilo que surge e se desenvolve, embora num momento dado pareça pouco estável porque, para o método dialético, só é invencível o que surge e se desenvolve."(73)

O Caráter Criador da Filosofia Marxista-Leninista

O marxismo-leninismo e sua teoria filosófica — o materialismo dialético e histórico — é uma doutrina criadora que se desenvolve e se enriquece simultaneamente com o desenvolvimento da luta de classes do proletariado e de toda a vida social. Dando respostas científicas aos problemas que surgem durante a luta revolucionária do proletariado, o marxismo ao mesmo tempo desenvolve e enriquece sua teoria. Caracterizando a natureza criadora dessa doutrina, J. V. Stálin afirma:

"O marxismo, como ciência, não pode permanecer no mesmo lugar: desenvolve-se e se aperfeiçoa. Em seu desenvolvimento, o marxismo não pode deixar de enriquecer-se com a nova experiência e com os novos conhecimentos; por conseguinte, algumas de suas fórmulas e conclusões não podem deixar de modificar-se com o tempo, não podem deixar de ser substituídas por fórmulas e conclusões novas, que correspondam às novas tarefas históricas."(74)

O caráter criador do marxismo-leninismo é um indício da grandiosa força dessa teoria. E a única teoria capaz de refletir rápida e profundamente as modificações nas condições da vida social, notar o novo em desenvolvimento, dar uma explicação científica dos novos fenômenos e servir, assim, de guia para a atividade prática. A marxismo criador acha-se indissoluvelmente ligado ao sentido do novo. Justamente por isso o marxismo não é algo estagnado, mas desenvolve-se e se enriquece sem cessar.

J. V. Stálin revelou em toda sua plenitude as particularidades distintivas do marxismo criador. A atitude criadora em relação ao marxismo pressupõe, em primeiro lugar, não o reconhecimento exterior do marxismo, mas sua realização na prática; em segundo lugar, ser concreto na determinação dos caminhos e dos meios para a realização do marxismo, e escolher esses caminhos e esses meios de acordo com a situação real; em terceiro lugar, a formulação de conclusões não à base de analogias e paralelos históricos, mas através do estudo das condições ambientes; em quarto lugar, a verificação, pela prática, de sua atividade.(75)

À base da análise da nova experiência histórica e das novas leis, o marxismo-leninismo substitui as teses obsoletas por novas teses, que correspondam às novas condições históricas. A fórmula de Lênin sobre a possibilidade da vitória do socialismo num só país, considerado isoladamente, substituiu a velha fórmula de Marx e Engels sobre a vitória simultânea da revolução socialista em vários países. A fórmula do camarada Stálin sobre a manutenção do Estado no socialismo com a existência do cerco capitalista tornou mais precisa a fórmula de Engels sobre os destinos do Estado socialista, etc.

O Partido, afirma o camarada Stálin, vaguearia nas trevas e a teoria marxista definharia se as velhas fórmulas não fossem substituídas por novas fórmulas, correspondentes à nova situação histórica.

Assim, a natureza criadora do marxismo reside em que essa doutrina não admite conclusões e fórmulas invariáveis.

Mas, como observa o camarada Stálin, essa particularidade não esgota o caráter criador do marxismo. No desenvolvimento do marxismo as fórmulas e conclusões não se modificam simplesmente. O camarada Stálin afirma que

"o marxismo exige o melhoramento e o enriquecimento das velhas fórmulas, à base da análise da nova experiência, mantendo-se o ponto de vista do marxismo (...)”.(76)

O ponto de vista do marxismo são seus princípios inabaláveis que não podem modificar-se no curso do desenvolvimento social. A conclusão da inevitabilidade da substituição da sociedade capitalista pela comunista é uma tese do marxismo que não pode ser substituída por nenhuma outra. Já as fórmulas isoladas sobre os modos de obter a vitória do socialismo (em todos os países ao mesmo tempo ou primeiro num só país) não são absolutas, mas transitórias e não podem deixar de modificar-se com o desenvolvimento e modificação das condições históricas. Por conseguinte, modificam-se fórmulas isolaladas do marxismo, conservando-se a essência do marxismo, seus princípios.

O que significa dominar a teoria marxista-leninista ? Significa saber orientar-se pelos princípios dessa doutrina na atividade prática, saber aplicá-los às condições concretas.

"Dominar a teoria marxista-leninista não significa absolutamente decorar todas as suas fórmulas e todas as suas conclusões e agarrar-se a cada letra dessas fórmulas e dessas conclusões. Para dominar a teoria marxista-leninista, é necessário, antes de tudo, aprender a distinguir entre sua letra e sua essência.

Dominar a teoria marxista-leninista significa assimilar a essência dessa teoria e aprender a utilizar essa teoria na solução dos problemas práticos do movimento revolucionário nas diferentes condições da luta de classes do proletariado.

Dominar a teoria marxista-leninista significa saber enriquecer essa teoria com a nova experiência do movimento revolucionário; saber enriquecê-la com novas teses e conclusões; saber desenvolvê-la e fazê-la avançar, sem hesitarpartindo da essência da teoriaem substituir algumas de suas teses e conclusões que já se tornaram obsoletas, por novas teses e conclusões que correspondam à nova situação histórica."(77)

O esquecimento dessas indicações leva inevitavelmente ao dogmatismo. Transformar o marxismo em dogma é uma tendência a sufocar sua alma revolucionária, a transformar os princípios combativos e revolucionários do marxismo em dogmas mortos e secos, a castrar o conteúdo vivo do marxismo.

O dogmatismo se caracteriza pela separação entre a teoria e a prática, a fuga para o campo da teorização escolástica. O dogmático, o talmudista, o escolástico, parte unicamente de citações e não da experiência viva da prática, da realidade. Sem penetrar na essência da questão, o dogmático, o escolástico, o talmudista, estende mecanicamente os pronunciamentos dos clássicos do marxismo-leninismo, que se referem a condições históricas determinadas e concretas, a todos os tempos e a todas as épocas. O dogmático é inimigo da dialética marxista. A falta de compreensão e a negação das ideias do desenvolvimento, a falta de historicidade no tratamento das questões, são traços típicos do dogmatismo. Ao mesmo tempo, o dogmatismo associa-se ao idealismo. Ao invés de partir dos fenômenos da realidade objetiva, o dogmático parte de esquemas mortos, os quais tenta impor à realidade viva.

O marxismo é inimigo do dogmatismo. O marxismo surgiu, desenvolveu-se e temperou-se na luta contra todo dogmatismo. Não é por acaso que, na época do imperialismo, os inimigos do marxismo escolheram o dogmatismo, como arma envenenada, em sua vil luta contra a doutrina marxista. Lênin e Stálin desmascararam e desbarataram as tentativas de substituir o marxismo criador pelo dogmatismo. Os grandes corifeus do marxismo, Lênin e Stálin, muito desenvolveram, criadoramente, a teoria marxista.

No genial trabalho O Marxismo e os Problemas de Linguística, o camarada Stálin eleva a luta contra o dogmatismo a novo nível. No país do socialismo vitorioso o dogmatismo tem como fonte a fraca assimilação das bases do marxismo-leninismo, a incapacidade de empregar as ideias básicas dessa doutrina à atividade prática.

No trabalho O Marxismo e os Problemas de Linguística, o camarada Stálin ressalta a significação atual da assimilação criadora do marxismo e da luta decisiva contra o dogmatismo. A passagem do socialismo ao comunismo exige que os homens soviéticos mantenham uma atitude criadora na solução das tarefas que se apresentam e tenham capacidade de encontrar novos caminhos para a solução das questões da teoria e da prática. Entretanto, as pessoas prisioneiras do dogmatismo pensam que, se decorarem conclusões e fórmulas do marxismo, como tabela de multiplicação, e

"aprenderem a citá-las a torto e a direito, estarão em condições de resolver toda e qualquer questão, esperando que as conclusões e fórmulas aprendidas lhes sirvam para todos os tempos e para todos os países, para todas as circunstâncias da vida.”(78)

O camarada Stálin ensina que o antídoto mais decisivo contra o dogmatismo é a assimilação de teoria marxista-leninista e seu emprego ativo na prática de construção do comunismo. Assim, a profunda compreensão do marxismo é impossível sem uma atitude criadora em relação ao mesmo. Utilizar de maneira criadora a arma do marxismo-leninismo significa aguçá-la e aperfeiçoá-la constantemente.

No decurso de cem anos de existência e de desenvolvimento da filosofia marxista confirmou-se na prática sua grande força e eficácia. O vigor e a vitalidade do materialismo dialético são comprovados por toda a marcha da história moderna, pela experiência da vida e da luta revolucionária de milhões de trabalhadores. Nenhuma doutrina na história da humanidade foi confirmada tão brilhantemente pela própria vida como a grande doutrina de Marx, Engels, Lênin e Stálin.

No artigo Os Destinos Históricos da Doutrina de Karl Marx, Lênin escreve:

"Após o surgimento do marxismo, cada uma das três grandes épocas da história universal trouxe-lhe novas confirmações e novos triunfos. Mas a época histórica que vai começar trará ao marxismo, doutrina do proletariado, um triunfo ainda maior.”(79)

Sob a bandeira da concepção marxista-leninista do mundo o socialismo conquistou na URSS uma vitória completa e nosso país ingressou no caminho da passagem gradual do socialismo ao comunismo.

A vitória do socialismo na URSS, a construção do socialismo nos países de democracia popular, a vitória do povo chinês sobre as forças da reação — são uma notável comprovação do poderio do marxismo-leninismo e de sua doutrina filosófica. Acelera-se cada vez mais o movimento dos países de democracia popular para o socialismo. A construção do socialismo se tornou a tarefa fundamental da República Democrática Alemã.

O marxismo-leninismo é a estrela polar para todos os povos do mundo, fanal inextinguível que ilumina o caminho da humanidade para o comunismo. Com o esplendor de seu gênio o camarada Stálin ilumina aos trabalhadores de todo o mundo o caminho para um futuro melhor, o caminho do comunismo. Henri Barbusse escreve a respeito do grande Stálin:

"Em toda sua estatura ele se ergue sobre a Europa e a Ásia, sobre o passado e sobre o futuro.”

A teoria marxista-leninista, enriquecida pelo camarada Stálin, é uma poderosa força que mobiliza as massas e transforma o mundo.

Armados com a todo-poderosa concepção marxista-leninista do mundo, os Partidos Comunistas de todo o globo conduzem a humanidade progressista pelo caminho que leva ao comunismo.


Notas de rodapé:

(1) J. V. StálinOBRAS. ed. russa, t. I, pág. 257; ver ed. bras., Ed. Vitória, Rio, 1952, pág. 270. (retornar ao texto)

(2) Ibid., pág. 331; ibid., pág. 298. (retornar ao texto)

(3) Ibid., pág. 352; ibid., pág. 316. (retornar ao texto)

(4) V. I. Lênin — OBRAS, 4ª ed. russa. t. XIV. pág. 312. (retornar ao texto)

(5) Compêndio de História do P.C. (b) da URSS, ed. russa, págs. 11; História do P.C. (b) da URSS, 2ª ed. bras., Ed. Horizonte, Rio, 1947, pág. 7. (retornar ao texto)

(6) J. V. Stálin – Obras, ed. Russa, t. VI, pág. 74. (retornar ao texto)

(7) V. I. Lênin — OBRAS, 4ª ed. russa. t. II, pág. 54. (retornar ao texto)

(8) F. EngelsAnti-Dühring, ed. russa, 1951, pág. 49. (retornar ao texto)

(9) V. I. Lênin — OBRAS, 4ª ed. russa. t. II, pág. 7. (retornar ao texto)

(10) J. V. StálinQuestões do Leninismo, 11ª ed. russa, pág. 541; ver História do P. C. (b) da URSS, 2ª ed. bras. Ed. Horizonte, Rio, 1947, pág. 46. (retornar ao texto)

(11) V. I. Lênin — OBRAS, 4ª ed. russa. t. XXXI, pág. 81. (retornar ao texto)

(12) J. V. StálinQuestões do Leninismo, 11ª ed. russa, pág. 541; ver História do P. C. (b) da URSS, 2ª ed. bras. Ed. Horizonte, Rio, 1947, pág. 46. (retornar ao texto)

(13) J. V. StálinQuestões do Leninismo, 11ª ed. russa, pág. 541; ver História do P. C. (b) da URSS, 2ª ed. bras. Ed. Horizonte, Rio, 1947, pág. 46. (retornar ao texto)

(14) V. I. Lênin — OBRAS, 4ª ed. russa. t. XXI, pág. 190. (retornar ao texto)

(15) V. I. Lênin — OBRAS, 4ª ed. russa. t. XXI, pág. 58. (retornar ao texto)

(16) Ibid., pág. 40. (retornar ao texto)

(17) Id., t. XXXI, pág. 467. (retornar ao texto)

(18) J. V. Stálin – Obras, ed. Russa, t. I, págs. 300-301; ver ed. Bras. Ed. Vitória, Rio, 1952, pág. 103. (retornar ao texto)

(19) V. I. Lênin — OBRAS, 4ª ed. russa. t. I, pág. 308. (retornar ao texto)

(20) V. I. Lênin — OBRAS, 4ª ed. russa. t. XIX, pág. 503. (retornar ao texto)

(21) V. I. Lênin — OBRAS, 4ª ed. russa. t. XXI, págs. 197-198. (retornar ao texto)

(22) V. I. Lênin — OBRAS, 4ª ed. russa. t. IX, pág. 28. (retornar ao texto)

(23) J. V. Stálin – Obras, ed. Russa, t. VI, pág. 92. (retornar ao texto)

(24) V. I. Lênin — OBRAS, 4ª ed. russa. t. XXIX, pág. 464. (retornar ao texto)

(25) J. V. Stálin – Obras, ed. Russa, t. VI, pág. 187. (retornar ao texto)

(26) V. I. Lênin — OBRAS, 4ª ed. russa. t. XXI, pág. 33. (retornar ao texto)

(27) Correspondência de K. Marx e F. Engels com Políticos Russos, ed. russa, pag. 309. (retornar ao texto)

(28) V. I. Lênin — OBRAS, 4ª ed. russa. t. XXI, pág. 58. (retornar ao texto)

(29) Ibid. (retornar ao texto)

(30) J. V. Stálin – Obras, ed. Russa, t. VI, pág. 151. (retornar ao texto)

(31) Id., t. V. pág. 62; ver ed. bras. Ed. Vitória, Rio, 1954, pág. 59. (retornar ao texto)

(32) V. I. Lênin — OBRAS, 4ª ed. russa. t. XXXI, pág. 63. (retornar ao texto)

(33) J. V. Stálin – Obras, ed. Russa, t. XIII, pág. 377. (retornar ao texto)

(34) Ibid. (retornar ao texto)

(35) J. V. Stálin – Obras, ed. Russa, t. XII, pág. 370. (retornar ao texto)

(36) V. I. Lênin — OBRAS, 4ª ed. russa. t. IX, pág. 132. (retornar ao texto)

(37) J. V. Stálin – Obras, ed. Russa, t. VI, pág. 399. (retornar ao texto)

(38) J. V. StálinQuestões do Leninismo, 11ª ed. russa, pág. 541; ver História do P. C. (b) da URSS, 2ª ed. bras. Ed. Horizonte, Rio, 1947, pág. 46. (retornar ao texto)

(39) J. V. Stálin – Obras, ed. Russa, t. I, pág. 546; ver ed. Bras. Ed. Vitória, Rio, 1952, pág. 196. (retornar ao texto)

(40) J. V. StálinQuestões do Leninismo, 11ª ed. russa, pág. 546; ver História do P. C. (b) da URSS, 2ª ed. bras. Ed. Horizonte, Rio, 1947, pág. 48. (retornar ao texto)

(41) Ibid., pág. 544; ibid. (retornar ao texto)

(42) J. V. Stálin – Obras, ed. Russa, t. XII, págs. 322-323. (retornar ao texto)

(43) Ibid., págs. 244-245. (retornar ao texto)

(44) J. V. StálinQuestões do Leninismo, 11ª ed. russa, pág. 589. (retornar ao texto)

(45) Ibid., pág. 553. (retornar ao texto)

(46) F. EngelsDo Socialismo Utópico ao Socialismo Científico, ed. russa, 1952, pág. 72. (retornar ao texto)

(47) Ibid., págs. 72-73. (retornar ao texto)

(48) J. V. Stálin – Obras, ed. Russa, t. XII, pág. 322. (retornar ao texto)

(49) J. V. StálinQuestões do Leninismo, 11ª ed. russa, págs. 545-546; ver História do P. C. (b) da URSS, 2ª ed. bras. Ed. Horizonte, Rio, 1947, pág. 49. (retornar ao texto)

(50) J. V. Stálin – Obras, ed. Russa, t. XIII, pág. 353. (retornar ao texto)

(51) J. V. StálinQuestões do Leninismo, 11ª ed. russa, págs. 544-545; ver História do P. C. (b) da URSS, 2ª ed. bras. Ed. Horizonte, Rio, 1947, pág. 48. (retornar ao texto)

(52) F. EngelsDo Socialismo Utópico ao Socialismo Científico, ed. russa, 1952, pág. 73. (retornar ao texto)

(53) Ibid. (retornar ao texto)

(54) V. I. Lênin — OBRAS, 4ª ed. russa. t. XIV, pág. 177. (retornar ao texto)

(55) Ibid., pág. 311. (retornar ao texto)

(56) J. V. StálinQuestões do Leninismo, 11ª ed. russa, pág. 547. (retornar ao texto)

(57) Ibid., pág. 558. (retornar ao texto)

(58) J. V. StálinQuestões do Leninismo, 11ª ed. russa, pág. 558. (retornar ao texto)

(59) J. V. StálinQuestões do Leninismo, 11ª ed. russa, pág. 598. (retornar ao texto)

(60) V. I. Lênin — OBRAS, 4ª ed. russa. t. V, págs. 355-356. (retornar ao texto)

(61) Citação no livro A Geografia Burguesa a Serviço do Imperialismo Americano, ed. da Academia de Ciências da URSS, Moscou-Leningrado, 1951, pág. 104. (retornar ao texto)

(62) V. I. Lênin — OBRAS, 4ª ed. russa. t. XXVII, pág. 375. (retornar ao texto)

(63) Id., t. XIV, pág. 329. (retornar ao texto)

(64) Ibid., pág. 177. (retornar ao texto)

(65) J. V. StálinQuestões do Leninismo, 11ª ed. russa, pág. 545. (retornar ao texto)

(66) Conferência Sobre o Problema da Substância Viva e o Desenvolvimento das Células. Notas taquigráficas, ed. russa, ed. da Academia de Ciências da URSS, 1951, pág. 9. (retornar ao texto)

(67) I. V. Mitchúrin — OBRAS, ed. russa, 1948, t. I, pág. 623. (retornar ao texto)

(68) Id., t. IV, pág. 245. (retornar ao texto)

(69) I. V. Mitchúrin — OBRAS, ed. russa, 1948, t. IV, pág. 158. (retornar ao texto)

(70) W. R. Williams — «A Fertilidade da Terra Soviética» in Ciência Soviética, no 12, ed. russa, 1939, pág. 101. (retornar ao texto)

(71) J. V. Stálin – Obras, ed. Russa, t. VI, pág. 275. (retornar ao texto)

(72) J. V. StálinO Marxismo e os Problemas de Linguística, ed. russa, pág. 31; ver revista Problemas, nº 28, pág. 51. (retornar ao texto)

(73) J. V. StálinQuestões do Leninismo, 11ª ed. russa, pág. 537; ver História do P. C. (b) da URSS, 2ª ed. bras. Ed. Horizonte, Rio, 1947, pág. 44. (retornar ao texto)

(74) J. V. StálinO Marxismo e os Problemas de Linguística, ed. russa, pág. 55; ver revista Problemas, nº 35, pág. 55. (retornar ao texto)

(75) J. V. Stálin – Obras, ed. Russa, t. IV, pág. 306. (retornar ao texto)

(76) J. V. Stálin – Obras, ed. Russa, t. IX, pág. 99. (retornar ao texto)

(77) Compêndio de História do P.C. (b) da URSS, ed. russa, págs. 339-340; ver História do P.C. (b) da URSS, 2ª ed. bras., Ed. Horizonte, Rio, 1947, pág. 142. (retornar ao texto)

(78) J. V. StálinO Marxismo e os Problemas de Linguística, ed. russa, pág. 54; ver revista Problemas, nº 35, pág. 55. (retornar ao texto)

(79) V. I. Lênin — OBRAS, 4ª ed. russa. t. XXVIII, pág. 547. (retornar ao texto)

Inclusão 02/04/2015