A Abolição da Contradição Entre a Cidade e o Campo na URSS e os Meios de Superar a Diferença Essencial Entre os Mesmos, Segundo J. V. Stálin

A. Kuropátkin


Primeira Edição: ......
Fonte: Problemas - Revista Mensal de Cultura Política nº 58 - Junho de 1954.
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo, Outubro 2008.
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NO GENIAL TRABALHO DO CAMARADA J. V. STÁLIN "Problemas Econômicos do Socialismo na URSS" — que representa uma etapa superior no desenvolvimento da teoria marxista-leninista — são levantados e solucionados problemas econômicos fundamentais do socialismo, e nele encontramos um amplo programa científico de construção do comunismo em nosso país. As teses programáticas do camarada J. V. Stálin sobre as condições fundamentais preliminares da preparação da passagem do socialismo ao comunismo constituem a base de toda a atividade do Partido Comunista da União Soviética e de todo o povo soviético. Na irrefreável e progressiva marcha de nosso povo para o comunismo, imensa significação têm as teses científicas de Stálin sobre a abolição da contradirão entre a cidade e o campo e, também, da liquidação da diferença essencial entre os mesmos.

A abolição da contradição entre a cidade e o campo é um dos problemas básicos da revolução socialista e da construção da sociedade comunista. Esse problema foi levantado pela primeira vez por Marx e Engels — fundadores do comunismo científico —, que demonstraram cientificamente que a realização da revolução socialista e a consolidação da propriedade social sobre os meios de produção são as condições fundamentais para a superação dessa contradição secular.

Marx e Engels — que viveram muito antes da vitória da revolução socialista — puderam indicar apenas as perspectivas gerais da abolição da contradição entre a cidade e o campo. À base da generalização dos novos dados apresentados pelo desenvolvimento social, Lênin e Stálin indicaram os caminhos e os meios concretos da abolição dessa contradição.

Cumprindo firmemente as indicações de Lênin e Stálin, o povo soviético — sob a direção do Partido Comunista — aboliu na URSS a contradição entre a cidade e o campo.

Desenvolvendo criadoramente a doutrina de Marx, Engels e Lênin, o camarada Stálin revela de maneira profunda, em sua nova obra clássica "Problemas Econômicos do Socialismo na URSS", a essência do problema da abolição da contradição entre a cidade e o campo. Por outro lado, J. V. Stálin
— pela primeira vez na ciência marxista — levanta e fundamenta, em todos seus aspectos, o problema da superação da diferença essencial entre a cidade e o campo — problema que tem significação teórica e prática de primordial importância para a construção do comunismo.

As indicações de J. V. Stálin sobre os meios de abolir a diferença essencial entre a cidade e o campo são valiosa parte integrante do grande programa de construção da sociedade comunista em nosso país. Inspirado pelo genial trabalho de J. V. Stálin e pelas resoluções do XIX Congresso do Partido, o povo soviético realiza com êxito, durante o processo de transição do socialismo ao comunismo, a tarefa, de significação histórica e mundial, de superar a diferença essencial entre a cidade e o campo na URSS.

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O MARXISMO-LENINISMO ENSINA que a contradição entre a cidade e o campo é fenômeno inevitável e regido por leis objetivas nas sociedades de classes antagônicas, sociedades que se baseiam na propriedade privada dos instrumentos e meios de produção e na exploração do homem pelo homem. A contradição entre a cidade e o campo é originada justamente pela propriedade privada dos meios de produção e pela divisão da sociedade em classes exploradoras e classes exploradas.

A consolidação do modo de produção capitalista e o domínio da propriedade privada capitalista levam a um maior aprofundamento da contradição entre a cidade e o campo.

"A contradição entre a indústria e a agricultura não só não é abolida pelo capitalismo, como, ao contrário, ê por ele ampliada e aguçada cada vez mais.".(1)

Com o desenvolvimento do capitalismo, os antagonismos de classe aprofundam-se cada vez mais na sociedade. Isso se manifesta, também, no aprofundamento da contradição entre a cidade e o campo. Para que se compreenda perfeitamente a crescente contradição entre a cidade e o campo no capitalismo, tem significação particularmente importante a tese de J. V. Stálin no sentido de que a base econômica dessa contradição é a exploração do campo pela cidade, a expropriação do campesinato, e a ruína da maioria da população do campo em todo o curso de desenvolvimento da indústria, do comércio e do sistema de crédito no capitalismo. O camarada Stálin afirmou:

"Por isso é preciso considerar a contradição entre a cidade e o campo no capitalismo como uma contradição de interesses. Nessa base surgiu a atitude hostil do campo para com.a cidade e, em geral, para com a gente da cidade".(2)

A natureza antagônica do capitalismo e o caráter espontâneo da ação de suas leis econômicas condicionam a brusca falta de correspondência entre o desenvolvimento e a distribuição das forças produtivas da sociedade. A parte fundamental das riquezas materiais, a produção industrial, os bancos, os trustes e as instituições científicas e culturais estão concentradas na cidade, enquanto que o campo continua economicamente atrasado; nele predomina a agricultura pequena e dispersa, baseada na baixa técnica da produção. A concentração e a centralização da indústria e dos capitais na cidade serve de base material para a exploração do campo pela cidade capitalista, que considera o campo como um de seus mais importantes objetos de exploração. Por isso, a contradição entre a cidade e o campo é uma oposição de interesses de classes: de um lado, as classes exploradoras; de outro, o campesinato trabalhador — por elas explorado. É justamente nessa base que existe e se desenvolve, no capitalismo, a atitude hostil do campo para com a cidade.

O desenvolvimento profundamente contraditório do capitalismo consiste em que, com uma subordinação cada vez maior da agricultura aos métodos capitalistas de exploração, conserva as velhas e despóticas formas feudais, e até mesmo escravistas, de exploração dos camponeses. Combinando as velhas formas de exploração dos camponeses trabalhadores com as novas formas — as formas burguesas —, o capitalismo condena a agricultura a um atraso constante com relação à indústria, e massas de milhões de pequenos produtores camponeses a uma penosa ruína, à miséria e à ignorância.

Os economistas burgueses afirmam que as causas do atraso da agricultura em comparação com a indústria — e, por conseguinte, da contradição entre a cidade e o campo — estariam nas pretensas particularidades naturais da agricultura, na "fertilidade decrescente do solo". Os clássicos do marxismo-leninismo desmascararam a inconsistência dessas idéias e demonstraram que as causas do atraso da agricultura em face da indústria residem não nas particularidades naturais da agricultura, mas, sim, na natureza do próprio capitalismo, nas condições econômicas criadas e consolidadas na agricultura pelo capitalismo. Lênin escreveu que

"a célebre lei da produtividade decrescente" é um velho traste burguês que serve aos ignorantes e aos sábios assalariados da burguesia para justificar o capitalismo, e que "Marx há muito refutou essa 'lei', que lança a culpa na natureza (...) enquanto que, na realidade, a culpa é da organização social capitalista".(3)

O monopólio da propriedade privada da terra é o maior freio ao desenvolvimento das forças produtivas da agricultura.

Os elevados preços da terra e a sempre crescente renda territorial — tributo da sociedade aos particulares proprietários da terra — afastam imensos recursos de seu aproveitamento produtivo na agricultura, intensificando assim seu atraso paralelamente à indústria.

Na época do imperialismo, e particularmente durante o período da crise geral do capitalismo, a oposição entre a cidade e o campo atinge a extrema agudeza. A falta de correspondência entre o desenvolvimento da agricultura e da indústria — característica do capitalismo em geral — torna-se ainda maior nas condições do domínio dos monopólios. Levando a limites extremos todas as contradições do capitalismo, o imperialismo intensifica o jugo do capital na agricultura. O desenvolvimento do imperialismo leva a um grande desperdício das forças produtivas da agricultura, à utilização da terra até ao esgotamento total, à decadência da agricultura e à completa ruína das pequenas economias camponesas.

As uniões monopolistas industriais, comerciais e de crédito bancário saqueiam e arruínam os camponeses trabalhadores por meio dos elevados preços da terra; do estabelecimento de altos preços de monopólio para as mercadorias industriais; da fixação de preços extremamente baixos para a matéria-prima e os víveres, fornecidos pela agricultura; da elevação das tarifas de transportes; da concessão de créditos escravizadores, etc. Com o objetivo de conseguir lucros máximos o capitalismo monopolista emprega os métodos mais refinados de saque ao campesinato trabalhador. Os monopólios acumulam fortunas imensas com o açambarcamento, beneficiamento e venda, de diferentes produtos agrícolas. Assim é que nos Estados Unidos os lucros dos quatro maiores monopólios da carne aumentaram, em 1947, de 35% em confronto com 1939, enquanto que os lucros dos três maiores moinhos aumentaram em 222% de 1941 a 1947. Nesse mesmo período o nível de vida dos granjeiros americanos baixou cada vez mais. Em 1951 a renda média de um granjeiro nos Estados Unidos foi, por seu valor, cinco vezes menor do que o custo de vida mínimo oficialmente reconhecido para um americano comum. Mais de um terço das rendas dos granjeiros americanos são tragadas atualmente pelos impostos diretos e indiretos destinados ao financiamento da guerra contra a Coréia e da frenética corrida aos armamentos.

O acelerado processo de concentração da produção agrícola nos países capitalistas é acompanhado da redução da quantidade das explorações granjeiras; da expropriação dos pequenos e médios granjeiros, e de sua ruína; da decadência da agricultura em seu todo. De 1945 a 1950 foram levados à ruína nos Estados Unidos 713 mil economias granjeiras. Na França, na Itália, na Alemanha Ocidental, na Espanha, na Bélgica, na Turquia, na Dinamarca e em outros países capitalistas verifica-se a ruína, em massa, dos camponeses trabalhadores.

A militarização da economia, o aumento da inflação e a intensificação do jugo tributário aceleraram o processo de expulsão dos granjeiros da agricultura. As uniões monopolistas dos Estados Unidos exigem — através de seus agentes, que se encontram nas Comissões do Congresso e em outras instituições governamentais — sejam expulsos de suas terras, pela violência, de 2 a 4 milhões de pequenos granjeiros.

Na época do imperialismo — particularmente no após-guerra —, aumentam, incessantemente, as contradições entre as metrópoles e os países coloniais e dependentes. Nessa base, aprofunda-se, repentinamente, a contradição entre a cidade e o campo nos países coloniais e dependentes. Isso encontra sua expressão na exploração e opressão de centenas de milhões de trabalhadores, exploração e opressão ferozes e implacáveis, maiores do que as exercidas nas metrópoles. A fome e a miséria imperam, atualmente, nas aldeias da Índia e da Indonésia, e nos outros países coloniais e dependentes. A burguesia imperialista retarda, artificialmente, o desenvolvimento das forças produtivas nesses países, condenando-os à situação de apêndices agrários e de fornecedores de matérias-primas.

A completa ruína do campesinato, o aumento da miséria e do analfabetismo no campo são um índice do maior aprofundamento da contradição entre a cidade e o campo na época do imperialismo.

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COMO É DEMONSTRADO POR TODA A HISTÓRIA DA SOCIEDADE, a contradição entre a cidade e o campo só pode existir dentro dos limites da propriedade privada dos instrumentos e meios de produção. Libertando a sociedade das cadeias da propriedade privada e levando à socialização de todos os meios de produção e ao estabelecimento de uma economia socialista única, a revolução socialista cria condições para a abolição da contradição entre a cidade e o campo. Isso está confirmado, de maneira clara e convincente, pela vitória do socialismo na URSS.

A Grande Revolução Socialista de Outubro — realizada sob a direção do Partido de Lênin e Stálin — foi um momento de reviravolta nas relações entre a cidade e o campo, e o primeiro passo importante no caminho da liquidação dá secular contradição entre os mesmos. Após abolir o regime capitalista latifundiário, a revolução socialista minou as principais "bases de classe da contradição entre a cidade e o campo, causas fundamentais da ruína e da miséria de massas de milhões de camponeses trabalhadores da Rússia de antes da Revolução.

Em conseqüência da Revolução Socialista de Outubro, as velhas relações de produção capitalistas na indústria foram substituídas por novas relações de produção — as relações socialistas —, o que representou uma condição importante para a abolição da contradição entre a cidade e o campo, fortaleceu a aliança fraternal entre a classe operária e o campesinato trabalhador, e acentuou o papel dirigente da classe operária nessa aliança.

A imensa significação da Grande Revolução Socialista de Outubro na liquidação da contradição entre a cidade e o campo consistiu em que a revolução — após haver nacionalizado a indústria na cidade — aboliu também a propriedade privada da terra, libertando do poder dos monopólios capitalistas e dos latifundiários — que o exploravam — o campesinato trabalhador. A nacionalização da terra libertou os camponeses trabalhadores não só da escravidão latifundiária, mas, também, de sua ligação servil a seu pedaço de terra; melhorou sua situação econômica e facilitou, a seguir, a passagem das pequenas economias camponesas para o caminho socialista de desenvolvimento.

Com a consolidação da ditadura do proletariado constituíram-se em nosso país novas relações entre a cidade e o campo, baseadas na sólida aliança entre a classe operária e o campesinato trabalhador sob a direção da classe operária.

Após o estabelecimento do Poder Soviético, a cidade deixou de ser o baluarte da exploração e da opressão do campo. Exercendo papel dirigente com relação ao campo, a cidade começou a prestar ajuda na produção e ajuda cultural aos camponeses trabalhadores, e orientou o campo no caminho do socialismo.

Isso não significou, porém, a total abolição da contradição entre a cidade e o campo. No campo predominava a pequena economia mercantil de propriedade privada, base do surgimento e do crescimento dos elementos capitalistas. Ao mesmo tempo que nossa grande indústria nacionalizada se desenvolvia segundo o princípio da reprodução socialista ampliada, nossa agricultura, em geral, não só não realizava anualmente a reprodução ampliada, como, além disso, nem sempre tinha a possibilidade de realizar, sequer, a reprodução simples.

Embora a comunidade de interesses no tocante a questões principais e o interesse comum na construção do socialismo unificasse a classe operária e o campesinato trabalhador, entre ambos existia ao mesmo tempo contradições que refletiam sua diferente posição no sistema da produção social. Ao contrario do que ocorria com a classe operária — que já trabalhava à base da produção socialista socializada — os camponeses continuavam a ser pequenos proprietários, trabalhando suas pequenas economias camponesas dispersas.

A existência de uma economia constituída por elementos de várias formações não permitia fosse superada inteiramente a contradição entre a cidade e o campo durante o período de transição do capitalismo para o socialismo. Para acabar com essa contradição, foi necessário unir estreitamente — em bases socialistas — a agricultura e a indústria socialista, subordinando-se a agricultura à direção da indústria socialista.

Os meios fundamentais de criação da infra-estrutura econômica do socialismo consistiam em realizar, na prática, a política leninista-stalinista de industrialização do país e de coletivização geral da agricultura. Na realização dessas tarefas gerais da construção do socialismo residiam as condições principais — e, além disso, decisivas após a Revolução de Outubro — de abolição da contradição entre a cidade e o campo na URSS.

Só por meio da industrialização socialista foi possível, transformar nosso país de país agrário em poderosa potência industrial e criar uma grande e adiantada indústria capaz de reequipar tecnicamente, com seus próprios recursos, todos os setores da economia nacional, inclusive a agricultura. A industrialização do país assegurava a criação, no campo, de novas forças produtivas, sem as quais seria impossível a transformação socialista da agricultura e a superação da contradição entre a cidade e o campo. O camarada Stálin afirmou em 1925:

"É necessário o máximo fornecimento de tratores ao campo como meio de revolucionar a agricultura pela técnica e como meio de criação de centros culturais e técnicos no campo. É necessário, finalmente, a realização de um plano de eletrificação como meio de aproximação entre o campo e a cidade, e de abolição da contradição entre eles".(4)

Após haver realizado, em curto prazo histórico, a industrialização socialista do país, o Partido Comunista e o Estado Soviético asseguraram a criação de uma poderosa indústria como base material do socialismo e como condição decisiva para a transformação socialista da agricultura. A industrialização do país foi a condição principal das grandes transformações revolucionárias no campo soviético, e da realização do genial plano cooperativista de Lênin. O Partido Comunista, vigorosamente, cortou pela raiz as tentativas aventuristas dos trotskistas e de outros inimigos do povo no sentido de impelir o Partido para o insensato e criminoso caminho da expropriação dos pequenos e médios produtores no campo. O Partido, após haver preparado as condições necessárias, com audácia e segurança guiou o campesinato trabalhador pelo caminho socialista.

Lênin e Stálin fundamentaram de maneira profunda e em todos seus aspectos a necessidade objetiva da transformação socialista da agricultura através da unificação dos camponeses trabalhadores nos kolkhozes. A forma kolkhoziana de produção é uma forma mais accessível e compreensível aos milhões de camponeses. Permite-lhes marchar, junto com a classe operária, no caminho que leva ao comunismo. Os kolkhozes dão a possibilidade de combinar com acerto os interesses pessoais dos camponeses com os interesses sociais, subordinando seus interesses pessoais ao interesses da sociedade socialista.

A teoria stalinista da coletivização constituiu um programa de ação do Partido Comunista e do Estado Soviético na transformação socialista da agricultura. Orientando-se por essa teoria stalinista — que expressa as necessidades objetivas da sociedade soviética —, o Partido tomou a tempo medidas para a superação das contradições que surgiam entre as crescentes forças produtivas do país e as relações de produção de propriedade privada no campo, que se haviam transformado em freio ao desenvolvimento das forças produtivas. Baseando-se na lei econômica da correspondência obrigatória entre as relações de produção e o caráter das forças produtivas, e superando a feroz resistência das forças hostis, de classe, o Estado soviético realizou no campo — sob a direção do Partido de Lênin e Stálin — uma profunda reviravolta revolucionária, equivalente, por suas conseqüências, à reviravolta revolucionária de outubro de 1917. O camarada Stálin afirma que foi uma revolução que acabou com o velho regime econômico no campo — o regime burguês — e criou um novo regime — o socialista. Foi um gigantesco salto à frente, que provocou modificações fundamentais nas relações de produção da agricultura da URSS e abriu amplo campo ao desenvolvimento de suas forças produtivas.

A radical reconstrução socialista da agricultura deu a possibilidade de se alcançarem elevados ritmos de desenvolvimento da agricultura, de ser superado seu atraso multissecular; permitiu aproximar, ainda mais, da indústria, a agricultura, e a criação de condições para o aumento ininterrupto do bem-estar material e do nível cultural das massas camponesas. O camarada Stálin ressalta:

"Ninguém pode negar o colossal desenvolvimento das forças produtivas de nossa agricultura durante os últimos 20 a 25 anos. Entretanto, esse desenvolvimento não se haveria verificado se não houvéssemos substituído, na década de 30, as velhas relações de produção capitalista no campo por novas relações de produção — coletivistas. Sem essa revolução na produção, as forças produtivas de nossa agricultura vegetariam, da mesma forma como vegetam hoje nos países capitalistas".(5)

A reviravolta revolucionária no campo assinalou a liquidação da última e mais numerosa classe exploradora em nosso pais — os "kulaks", que eram o baluarte da restauração do capitalismo. No processo dessa reviravolta consolidaram-se na agricultura novas relações de produção — relações de cooperação fraternal e de ajuda mútua socialista entre camponeses trabalhadores libertos da exploração. O Estado soviético obteve uma base socialista no setor mais vasto e mais atrasado da economia nacional — a agricultura.

A industrialização socialista e a radical transformação socialista da agricultura são uma etapa decisiva na liquidação da contradição entre a cidade e o campo na URSS. Ainda em dezembro de 1929 — isto é: logo no início da coletivização total —, o camarada Stálin em seu notável discurso na conferência dos agrônomos marxistas assinalou que em conseqüência do progresso do movimento kolkhoziano a questão da atitude da cidade para com o campo se coloca em nova base, e que a contradição entre a cidade e o campo rapidamente desapareceria. O camarada Stálin afirmou que o camponês do velho tipo, com sua desconfiança feroz para com a cidade, como para com um salteador, recua para plano secundário. Um novo camponês vem substituí-lo — o camponês kolkhoziano, que olha a cidade com a esperança de dali receber uma ajuda real na produção e que tem a perspectiva de uma vida confortável e culta.

Os imensos êxitos alcançados pela industrialização socialista do país; a passagem da maioria dos camponeses trabalhadores para o caminho kolkhoziano; a liquidação dos "kulaks" como classe, através da coletivização total, — tudo isso assegurou a criação na agricultura soviética, da mesma forma que na indústria, de uma base social e econômica de tipo único.

Nessa base, modificaram-se radicalmente as relações mútuas entre a cidade e o campo, e se fortaleceu a aliança econômica e cultural entre ambos. Em 1934, em seu informe de balanço ao XVII Congresso do Partido, o camarada Stálin afirmou:

"Desaparece a contradição entre a cidade e o campo. Aos olhos dos camponeses a cidade deixa de ser um centro de exploração. Cada vez mais fortes se tornam os vínculos da aliança econômica e cultural entre a cidade e o campo. Atualmente, o campo recebe ajuda da cidade e de sua indústria sob a forma de tratores, máquinas agrícolas, automóveis, homens e recursos. Além disso, a própria aldeia possui hoje sua indústria, sob a forma de estações de máquinas e tratores, oficinas de consertos, pequenas estações elétricas, todo tipo de empresas industriais dos kolkhozes, etc. O abismo cultural entre a cidade e o campo está sendo preenchido.".(6)

Prestando sistemática ajuda ao campo nos domínios da produção e da cultura, a cidade socialista representou papel decisivo na transformação radical das condições econômicas de seu desenvolvimento, na elevação do nível cultural e político dos trabalhadores do campo. Transformando a estrutura econômica e de classes da sociedade soviética, a classe operária de nosso país — dirigida pelo Partido Comunista — criou, passo a passo, todas as condições necessárias à abolição total da contradição entre a cidade e o campo, ao fortalecimento da aliança e da amizade entre a classe operária e o campesinato trabalhador. Em conseqüência da abolição do capitalismo e do fortalecimento do regime socialista, foi abolida em nosso país a contradição entre a cidade e o campo.

O camarada Stálin afirma:

"A imensa ajuda prestada a nosso campesinato pela cidade socialista, por nossa classe operária, para a liquidação dos latifundiários e dos "kulaks", fortaleceu a base para a aliança entre a classe operária e o campesinato, enquanto que o sistemático fornecimento de tratores de primeira classe e outras máquinas ao campesinato e à seus kolkhozes transformou em amizade recíproca a aliança entre a classe operária e o campesinato. É evidente que os operários e o campesinato kolkhoziano ainda constituem duas classes que se distinguem entre si por sua situação. De forma alguma, porém, essa diferença enfraquece sua amizade. Ao contrário: seus interesses estão em uma única política comum — a política de fortalecimento do regime socialista, e da vitória do comunismo. Não há motivo para que nos admiremos, portanto, de que nenhum vestígio mais exista da antiga desconfiança, e muito menos do ódio, do campo para com a cidade. Tudo isso significa que a base para a contradição entre a cidade e o campo — entre a indústria e a agricultura — já se acha abolida hoje por nosso regime socialista.".(7)

Entre a cidade e o campo constituíram-se na URSS relações mútuas qualitativamente novas — de cooperação estreita e de ajuda recíproca — à cuja base se encontra a propriedade social socialista em suas duas formas: a estatal (de todo o povo) e a cooperativo-kolkhoziana. A propriedade estatal, como a mais desenvolvida forma de propriedade socialista, expressa o papel dirigente da cidade socialista com relação ao campo, da classe operária com relação ao campesinato kolkhoziano. O fortalecimento e o desenvolvimento da propriedade estatal, e a elevação de seu peso específico e de seu papel dirigente na economia nacional, foram o fator decisivo da abolição da contradição entre a cidade e o campo e constituem hoje a condição mais importante da vitoriosa construção do comunismo.

Ao concentrar nas E.M.T. [Estações de Máquinas e Tratores] e nos sovkhozes os principais instrumentos da produção agrícola e os quadros qualificados de engenheiros, mecanizadores e agrônomos, o Estado soviético assegurou o rápido ascenso da agricultura e o emprego das mais novas conquistas da ciência agrobiológica e dos mais modernos métodos de amanho do solo. Como pontos de apoio do Estado soviético no campo, as E.M.T. e os sovkhozes foram uma poderosa alavanca para a abolição da contradição entre a cidade e o campo.

A revolução cultural realizada no processo da construção do socialismo levou a profundas transformações das bases da vida de dezenas de milhões de camponeses trabalhadores do campo soviético. Foram relegadas ao passado, para sempre, a ruína, a miséria e a ignorância — infalíveis companheiros de viagem dos camponeses trabalhadores sob o regime capitalista. Foi abolida em nosso país a diferenciação do campesinato e o êxodo rural. O campesinato kolkhoziano marcha pelo caminho de uma vida confortável e culta. Já hoje em muito se modificou a fisionomia do campo soviético. Os grandes edifícios públicos e as diferentes obras destinadas ao trabalho, clubes e rádio, cinema e escolas, bibliotecas e creches, tratores e segadeiras-debulhadoras, as máquinas debulhadoras e os automóveis, caracterizam hoje o novo campo. Muito se modificaram as condições de vida do campo kolkhoziano, e se eleva cada vez mais o nível político e cultural do campesinato kolkhoziano.

Trabalhar honestamente na economia social, zelar pela propriedade socialista e fortalecer incansavelmente o poderio da Pátria socialista tornou-se a regra fundamental para os kolkhozianos. O camponês kolkhoziano acostuma-se, cada vez mais, a considerar o trabalho e a economia kolkhoziana sob o ponto-de-vista social, sob o ponto-de-vista estatal. O trabalho no campo kolkhoziano tornou-se uma questão de honra, de glória, de valor e de heroísmo. A emulação socialista é um método de trabalho de milhões de kolkhozianos, muitos dos quais — por seu trabalho — têm sido agraciados com ordens e medalhas e têm recebido o elevado título de Herói do Trabalho Socialista.

Assim, a construção da sociedade socialista assinalou-se em nosso país pela abolição da contradição entre a cidade e o campo. Sob a direção do Partido de Lênin e Stálin, o povo soviético resolveu, por conseguinte, uma das tarefas fundamentais da construção do comunismo.

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COM A VITÓRIA DO SOCIALISMO EM NOSSO PAIS surgiu um novo e importante problema da construção do comunismo — a superação da diferença essencial entre a cidade e o campo. Esse problema não foi tentado pelos clássicos do marxismo. A prática da construção do socialismo fê-lo surgir. Pela primeira vez na ciência marxista-leninista, esse problema foi levantado, fundamentado e elaborado, em todos seus aspectos, pelo camarada Stálin, em seu genial trabalho "Problemas Econômicos do Socialismo na URSS".

Assinala o camarada Stálin que se considerarmos a diferença entre a cidade e o campo — entre a indústria e a agricultura — verificaremos que

"em nosso país ela não consiste apenas em que as condições de trabalho na agricultura se distinguem das condições de trabalho na indústria, mas — antes de tudo e principalmente — em que na indústria temos a propriedade de todo o povo sobre os meios de produção e sobre os produtos, enquanto que na agricultura temos não a propriedade de todo o povo, mas a propriedade de grupo, kolkhoziana".(8)

Para que seja abolida a diferença essencial entre a cidade e o campo é necessário, antes de tudo, elevar a propriedade kolkhoziana ao nível da propriedade de todo o povo e também substituir a circularão mercantil pela troca de produtos, a fim de que o poder central ou qualquer outro centro social e econômico possa controlar — no interesse da sociedade — todo o resultado da produção social.

O camarada Stálin revela de maneira profunda e em todos seus aspectos as particularidades das duas formas de propriedade socialista, o caráter peculiar do desenvolvimento da produção kolkhoziana e da propriedade kolkhoziana, de grupo. Diferentemente do que ocorre nas empresas estatais — cuja produto pertence ao Estado e é destinada diretamente ao fundo geral de todo o povo —, nas empresas kolkhozianas a produção constitui a propriedade de grupo de kolkhozes isolados. Os
kolkhozes dispõem da produção kolkhoziana como de sua propriedade.

A existência de duas formas de produção socialista condiciona a manutenção — na fase do socialismo — da produção e da circulação mercantis, pois atualmente os kolkhozes não empregam outras relações econômicas com a cidade além das relações mercantis. A referida diferença essencial entre a cidade e o campo acha-se ligada também ao fato de que, pelo nível de seu desenvolvimento, a base produtiva e técnica da agricultura se distingue da base produtiva e técnica da indústria.

A elevação da propriedade kolkhoziana ao nível da propriedade de todo o povo e a substituição da circulação mercantil pela troca de produtos são parte integrante das teses programáticas de Stálin a respeito das três condições preliminares e fundamentais da preparação da passagem ao comunismo. A
diferença essencial entre a cidade e o campo só pode ser superada à base do ininterrupto aumento de toda a produção social com o aumento preferencial da produção de meios de produção; com a elevação da propriedade kolkhoziana ao nível da propriedade de todo o povo, e com um progresso cultural da sociedade que assegure a todos seus membros o desenvolvimento amplo de sua capacidade física e intelectual.

Pela primeira vez na literatura marxista, o camarada Stálin dá uma solução profundamente científica ao problema da superação da diferença essencial entre a cidade e o campo, e demonstra a necessidade objetiva da elevação da propriedade kolkhoziana ao nível da propriedade de todo o povo. O camarada Stálin assinala que atualmente a propriedade kolkhoziana — de grupo —, da mesma forma que a produção mercantil e a circulação mercantil, é — e continuará sendo, em futuro próximo vantajosa para nossa sociedade. O artel agrícola ainda dispõe de possibilidades consideráveis para desenvolver as forças produtivas da agricultura. A etapa atual da sociedade socialista pressupõe também a necessidade de um maior desdobramento do comércio soviético, e de seu maior e continuado desenvolvimento.

É necessário, porém, ter em mente as perspectivas do desenvolvimento de nossa sociedade. Nossas atuais relações de produção acham-se no período em que correspondem inteiramente ao desenvolvimento das forcas produtivas, e as fazem avançar a passos de gigante. Não devemos, porém, contentar-nos com isso. J. V. Stálin ressalta que no socialismo há, e haverá, contradições entre as forças produtivas e as relações de produção, porque o desenvolvimento das relações de produção se atrasa, e continuará a se atrasar, em confronto com o desenvolvimento das forças produtivas. Evidentemente, em nosso país não chega a haver conflito entre as forças produtivas e as relações de produção; nossa sociedade tem a possibilidade de, a tempo, colocar de acordo com o estado das forças produtivas as relações de produção que se atrasam, pois na sociedade socialista não há classes que a isso possam opor resistência. J. Stálin ensina que não podemos, porém, passar ao princípio comunista se deixarmos em vigor fatos econômicos como a propriedade kolkhoziana — de grupo —, a circulação mercantil, etc.

A propriedade kolkhoziana — de grupo —, é, historicamente, a forma de transição da propriedade socialista. Embora — como já se assinalou — atualmente a propriedade kolkhoziana e a circulação mercantil sejam utilizadas com êxito para o desenvolvimento da economia socialista e tragam à nossa sociedade uma vantagem indubitável, já agora começam a frear o poderoso desenvolvimento das forças produtivas e criam obstáculos a que a planificação estatal abranja inteiramente toda a economia nacional e, particularmente, a agricultura.

O fortalecimento dos pequenos kolkhozes criou na etapa atual as condições indispensáveis para um maior desenvolvimento das forças produtivas da agricultura; para a utilização da nova técnica; para a eletrificação da produção agrícola; para o desenvolvimento de uma economia multiforme e a multiplicação da riqueza social dos kolkhozes; para o aumento do conforto e a elevação do nível cultural dos kolkhozianos. Entretanto, no processo de desenvolvimento das forças produtivas a propriedade kolkhoziana entrará em contradição cada vez maior com as forças produtivas em crescimento. Só poderá ser liquidada essa contradição através da transformação gradual da propriedade kolkhoziana em propriedade de todo o povo, e através da substituição da circulação mercantil pela troca de produtos.

A elevação da propriedade kolkhoziana ao nível da propriedade de todo o povo é determinada pelas necessidades objetivas da construção da sociedade comunista, pelas exigências da lei econômica fundamental do socialismo, e pela lei da correspondência obrigatória entre as relações de produção e o caráter das forças produtivas. Para que seja assegurado um campo ainda mais amplo ao desenvolvimento ininterrupto e ao aperfeiçoamento da produção social à base de uma técnica superior com o objetivo de satisfazer ao máximo às crescentes necessidades materiais e culturais de toda a sociedade, é necessário criar uni setor único de produção — elevar, por conseguinte, a propriedade kolkhoziana ao nível da propriedade de todo o povo.

No novo e genial trabalho de J. V. Stálin acham-se indicados, em todos seus detalhes, os meios de elevar a propriedade kolkhoziana ao nível da propriedade de todo o povo. Partindo da análise da forma kolkhoziana de produção, o camarada Stálin assinala o que impede, hoje, elevar a propriedade kolkhoziana ao nível da propriedade de todo o povo. J. V. Stálin ensina que a essência da questão está em que o kolkhoz é uma empresa incomum — trabalha em uma terra e amanha uma terra que já há muito tempo é de propriedade de todo o povo; trabalha com instrumentos de produção fundamentais que também são propriedade de todo o povo. A principal propriedade do kolkhoz — da qual ele pode dispor de maneira inteiramente livre — é a produção kolkhoziana. Parte considerável dessa produção — os excedentes da produção kolkhoziana — vão ao mercado e se incorporam, assim, ao sistema da circulação mercantil. É justamente essa circunstância que hoje impede se eleve a propriedade kolkhoziana ao nível da propriedade de todo o povo. A partir daí — assinala J. V. Stálin —, é necessário desenvolver o trabalho para a elevação da propriedade kolkhoziana ao nível da propriedade de todo o povo. A tarefa consiste em excluir do sistema da circulação mercantil os excedentes da produção kolkhoziana, e incluí-los no sistema da troca de produtos entre a industria estatal e os kolkhozes.

Com perspicácia genial o camarada Stálin viu os embriões da troca de produtos no sistema existente de «pagamento em mercadorias» da produção dos kolkhozes produtores de algodão, linho e beterraba, e de outros kolkhozes. O desenvolvimento desses embriões e sua transformação em amplo sistema de troca de produtos possibilitará incluir gradualmente a propriedade fundamental dos kolkhozes — a produção kolkhoziana — no sistema geral da planificação nacional, e assim elevar a propriedade kolkhoziana ao nível da propriedade de todo o povo.

A prática revela que já os embriões da troca de produtos são mais vantajosos para os kolkhozes e para o Estado. O camarada Stálin estabelece a tarefa de estender gradualmente o sistema da troca de produtos a todos os kolkhozes do país, e de tornar as vantagens desse sistema patrimônio de todo o nosso campesinato kolkhoziano. É preciso — afirma o camarada Stálin — introduzir o sistema de troca de produtos firmemente, sem vacilações, passo a passo, reduzindo a esfera de ação da circulação mercantil e ampliando a esfera de ação da troca de produtos.

A ampla adoção do sistema da troca de produtos é o meio real e decisivo para a elevação da propriedade kolkhoziana ao nível da propriedade de todo o povo. Em vez dos dois setores de produção fundamentais — o estatal e o kolkhoziano — surge um único setor de produção que tudo abrange e que tem o direito de dispor de toda a produção do país destinada ao consumo. A criação desse setor significará, ao mesmo tempo, a superação da diferença essencial entre a cidade e o campo.

A introdução da troca de produtos como medida real e fundamental da elevação da propriedade kolkhoziana ao nível da propriedade de todo o povo exige, nas condições atuais, um grande aumento da produção fornecida pela cidade ao campo e um desenvolvimento ainda mais rápido de todos os setores da produção industrial. Só à base do desenvolvimento ininterrupto da produção industrial, com o aumento preferencial da produção dos meios de produção, é que podem ser assegurados os ritmos necessários da reprodução socialista ampliada na indústria e na agricultura. Nesse sentido têm importante significação o quinto plano qüinqüenal stalinista — que prevê um grande desenvolvimento de todos os setores da produção social e, antes de tudo, da indústria pesada.

Ao realizar a política leninista-stalinista da distribuição planificada das forças produtivas, o Partido Comunista e o Estado Soviético cada vez mais aproximam das fontes de matérias-primas e dos distritos de consumo da produção industrial a indústria socialista; criam novas bases industriais nas repúblicas nacionais e na periferia do país, aproximando assim a cidade ao campo.

A eletrificação de todo o país tem a maior significação na superação da diferença essencial entre a cidade e o campo. V. I. Lênin afirma:

"À base do regime soviético a eletrificação criará a vitória definitiva das bases do comunismo em nosso país; das bases da vida cultural sem exploradores, sem capitalistas, sem latifundiários, sem comerciantes."(9)

O Estado Soviético realiza em escala cada vez mais ampla a eletrificação da indústria e da agricultura. Durante os anos do plano qüinqüenal de após-guerra começou a funcionar uma potência elétrica quase 8 vezes superior à potência estabelecida pelo plano GOELRO para 10 a 15 anos. Desenvolveu-se amplamente a eletrificação da agricultura. Em fins de 1950, só a potência das estações elétricas rurais quase triplicou em comparação com 1940.

A eletrificação da agricultura realiza-se, e se realizará, principalmente graças à construção de poderosas estações-elétricas nacionais. Já hoje nas regiões de construção das maiores estações hidroelétricas do mundo a eletrificação da agricultura se acha quase inteiramente concentrada nas mãos do Estado.

Pretende-se organizar nessas regiões uma quantidade considerável de estações elétricas e de máquinas e tratores. Essas estações de máquinas e tratores possuirão tratores elétricos e segadeiras-debulhadoras elétricas, e receberão as mais modernas máquinas agrícolas e máquinas elétricas especiais para a colheita das culturas industriais. Ao mesmo tempo processa-se a construção de estações elétricas kolkhozianas e particularmente de estações elétricas inter-kolkhozianas.

À medida que o país marcha para o comunismo à eletrificação da economia nacional assume uma envergadura cada vez mais ampla. A construção de novas e poderosas estações hidroelétricas no Volga, no Dnieper, no Don e no Amú-Dariá — construção iniciada no quarto plano qüinqüenal, por iniciativa do camarada Stálin — abre as mais grandiosas perspectivas para um maior progresso das forças produtivas, inclusive da agricultura. O rápido aumento da eletrificação da economia nacional é um poderoso meio de progresso econômico e cultural do campo kolkhoziano. A realização da eletrificação em grande escala da agricultura contribui para o amplo desenvolvimento da economia coletiva dos kolkhozes; incorpora amplas massas do campesinato soviético à cultura, à ciência e à técnica, e transforma radicalmente a fisionomia do campo soviético.

A elevação da propriedade kolkhoziana ao nível da propriedade de todo o povo — e, por conseguinte, a superação da diferença essencial entre a cidade e o campo — pressupõe o aumento e o aperfeiçoamento ininterruptos da produção agrícola, e o amplo fortalecimento de sua base material e técnica.

Nesse sentido tem imensa significação o maior fortalecimento do papel dirigente da propriedade estatal — de todo o novo — no desenvolvimento da produção kolkhoziana e das estações de máquinas e tratores, que são as alavancas decisivas da direção estatal — planificada — da produção kolkhoziana.

O camarada Stálin criticou agudamente os economistas que propunham fossem vendidas aos kolkhozes as estações de máquinas e tratores. Essas medidas levariam a uma situação em que os kolkhozes, tornando-se proprietários dos instrumentos de produção fundamentais, ficariam em situação de exceção — situação que nenhuma empresa de nosso país possui. A venda das E.M.T. aos kolkhozes acarretaria uma ampliação da esfera de ação da circulação mercantil porque a quantidade colossal dos instrumentos da produção agrícola cairia dentro da órbita da circulação mercantil. Isso apenas poderia afastar a propriedade kolkhoziana da propriedade de todo o povo, e retardaria nossa marcha para o comunismo.

A técnica moderna criada pela indústria socialista só pode ser accessível aos kolkhozes através das estações de máquinas e tratores do Estado. O camarada Stálin afirma que:

"a técnica não deve marcar passo, deve aperfeiçoar-se sempre; a velha técnica deve ser posta de lado e substituída pela nova técnica e essa pela novíssima. Sem isso é inconcebível a marcha progressiva de nossa agricultura socialista, e são inconcebíveis tanto as elevadas colheitas como a abundância de produtos agrícolas".(10)

Assim, por exemplo, não seria accessível aos próprios kolkhozes a substituição, que hoje se realiza, dos obsoletos tratores de rodas por novos tratores, mais aperfeiçoados — os tratores de lagarta. Só o Estado está em condições de fazer essas despesas, que sobem a quantias imensas. Só o Estado tem condições de, através das estações de máquinas e tratores, assegurar o suprimento de maquinaria moderna, e, além disso, em escala cada vez maior, à produção kolkhoziana. Por isso, a concentração nas mãos do Estado — nas mãos das estações de máquinas e tratores — dos instrumentos fundamentais da produção agrícola é, conforme ensina o camarada Stálin, o único meio de se garantirem elevados ritmos de aumento da produção kolkhoziana.

As estações de máquinas e tratores exercem hoje influência sobre os setores fundamentais da produção agrícola. Há atualmente na URSS cerca de 9 mil estações de máquinas e tratores que realizam 170 tipos de trabalhos nos kolkhozes em lugar dos 90 tipos de trabalho executados em 1940. A agricultura socialista da URSS é continuamente equipada com a técnica mais moderna, que facilita o trabalho dos kolkhozianos e eleva sua produtividade. Somente durante os anos do quarto plano qüinqüenal stalinista a agricultura recebeu 536 mil novos tratores aperfeiçoados de 15 HP, e 93 mil segadeiras-debulhadoras de cereais. O suprimento da nova técnica à agricultura permite que essa eleve de ano para ano, sua mecanização. Em 1952 quase toda a lavra e mais de 80% da semeadura foram realizadas nos kolkhozes por melo de tratores. Mais de 70% da colheita de todas as culturas cerealíferas se realizou com segadeiras-debulhadoras. Em 1952 o volume total dos trabalhos realizados por tratores nos kolkhozes ultrapassou em 88% o nível de pré-guerra. Em fins do quinto plano qüinqüenal o nível de mecanização dos trabalhos agrícolas aumentará ainda mais.

A técnica moderna concentrada nas estações de máquinas e tratores serve de poderosa base para o rápido desenvolvimento das forças produtivas da agricultura e para o aumento das rendas dos kolkhozes e dos kolkhozianos. Os grandiosos trabalhos de transformação da natureza e a construção de poderosos sistemas de irrigação e de canais têm extraordinária significação para um maior desenvolvimento das forças produtivas da agricultura e para a superação da diferença essencial entre a cidade e o campo.

A elevação da propriedade kolkhoziana ao nível da propriedade de todo o povo, e a superação, nessa base, da diferença essencial entre a cidade e o campo, acham-se ligados ao progresso e fortalecimento ininterruptos da economia coletiva dos kolkhozes e à maior consolidação orgânica e econômica dos kolkhozes. O marxismo-leninismo ensina que no desenvolvimento de qualquer regime social a produção desempenha o papel principal e determinante. Isso diz respeito também à produção kolkhoziana, na qual a tarefa principal é o desenvolvimento da economia coletiva. No informe de balanço do XIX Congresso do Partido sobre o trabalho do Comitê Central, o camarada Málenkov indicou que o esquecimento ou a subestimação das principais tarefas de produção pode levar a caminho errado todo nosso trabalho prático no campo, dificultar o desenvolvimento dos kolkhozes e, assim, causar sério mal ao regime kolkhoziano.

Nosso Partido tomou a tempo medidas no sentido de serem superadas as tendências a encarar as questões sob o ponto-de-vista do consumidor, tendências essas que tinham lugar nos kolkhozes quando eram colocadas — como principais — em primeiro plano não as tarefas ligadas à produção, mas a criação de "cidades agrárias" e a realização de obras de caráter cultural e as de serviços públicos. A realização de obras que visem à satisfação das necessidades culturais e materiais do povo tem, evidentemente, importante significação; é, porém, uma tarefa secundária, subordinada, e que só podem ser realizada com base no amplo desenvolvimento da produção dos kolkhozes.

Por isso o Partido e o Governo recomendam aos kolkhozes que orientem, em primeiro lugar, as inversões de capital para a construção de obras destinadas ao desenvolvimento da economia, das instalações destinadas ao gado, dos canais de irrigação e de drenagem, dos reservatórios de água e de outras obras, e também para a plantação de faixas florestais protetoras.

Nesse sentido o Partido chama a particular atenção dos kolkhozes para o aumento da parte dos fundos de produção, que se acha diretamente ligada ao desenvolvimento de uma economia policultura, à produção de diferentes tipos de produtos agrícolas. Entretanto, em muitos kolkhozes — como se assinala no informe de balanço do camarada Málenkov ao XIX Congresso do Partido sobre o trabalho do C. C. — adotava-se em larga escala a construção de empresas auxiliares para a produção de diferentes tipos de artefatos industriais (tijolos, telhas, etc.), o que afastava esses kolkhozes da realização das tarefas relativas à produção de produtos agrícolas e representava um freio ao desenvolvimento da agricultura. O camarada Málenkov referiu-se ao caráter errôneo desse processo e frisou a necessidade de se

"concentrar todos os esforços dos kolkhozes e dos sovkhozes inteiramente no desenvolvimento de uma produção agrícola policultora no sentido do máximo aproveitamento possível de suas possibilidades econômicas e das condições naturais para o amplo aumento da produção de cereais, algodão, beterraba açucareira, linho, batata, carne, leite, ovos, lã, hortaliças, frutas, chá e outros tipos de produtos agrícolas".

Assim, a tarefa fundamental dos kolkhozes é aumentar continuamente o rendimento das culturas agrícolas; aumentar por todos os meios o número de cabeças de gado e ao mesmo tempo, de modo considerável, sua produtividade; aumentar a produção total e a produção mercantil da agricultura e da pecuária através de um maior fortalecimento e desenvolvimento da economia coletiva e do emprego, na produção, de maquinaria e processos agronômicos de vanguarda.

O aumento e a multiplicação dos fundos indivisíveis dos kolkhozes comprovam os grandes êxitos alcançados por nossos kolkhozes — sob a direção do Partido de Lênin e Stálin — no fortalecimento da economia coletiva. Assim é que no começo de 1952 os fundos indivisíveis dos kolkhozes aumentaram — em comparação com 1940, ano de pré-guerra — mais de 2 vezes.

Atualmente já muitos kolkhozes constroem, por conta de suas próprias acumulações, grandes edifícios destinados à produção, reservatórios de água e tanques, e adquirem equipamento agrícola, caminhões, etc..

O Partido Comunista e o Estado Soviético zelam permanentemente pelo fortalecimento e multiplicação da propriedade socialista — base sagrada e inviolável do regime soviético; fonte da riqueza e do poderio de nossa Pátria; fonte da vida confortável e culta dos trabalhadores.

À base do novo e poderoso ascenso da agricultura socialista durante os anos do novo plano qüinqüenal — o quinto —, aumenta ainda mais o bem-estar material dos kolkhozianos.

Suas rendas aumentarão em nada menos de 40%.

Poderoso fator da superação da diferença essencial entre a cidade e o campo é o maior aumento do nível cultural e técnico e da consciência socialista do campesinato kolkhoziano.

Durante os anos de após-guerra — particularmente durante o quinto plano qüinqüenal — tomara-se importantes medidas para a elevação do nível de educação geral do povo soviético, inclusive do nível cultural da população rural. A passagem da educação de sete anos para a educação secundária universal será concluída até o fim do quinto plano qüinqüenal nas capitais das Repúblicas e nas cidades de jurisdição republicana, nos centros regionais e territoriais, e nos grandes centros industriais; outro tanto acontecendo durante o qüinqüênio seguinte nas restantes cidades e localidades agrícolas. Ao mesmo tempo, está prevista que durante o quinto plano qüinqüenal se procederá à realização do ensino politécnico na escola médica e que serão tomadas medidas para a passagem ao ensino politécnico universal. Isso representa um dos meios mais importantes para a superação vitoriosa da diferença essencial, ainda existente em nosso país, entre o trabalho intelectual e o trabalho físico.

A elevação progressiva do nível cultural e técnico dos operários e dos kolkhozianos ao nível dos engenheiros, técnicos, agrônomos e zootécnicos assegurará o amplo desenvolvimento de suas faculdades espirituais e físicas; os membros da sociedade terão a possibilidade de conseguir uma educação suficiente para que se tornem elementos ativos do desenvolvimento social, e de escolher livremente uma profissão, não ficando atados durante toda a vida — por força da atual divisão do trabalho — a uma profissão qualquer.

À medida que se reforça e desenvolve a economia coletiva dos kolkhozes, a construção de residências e de obras destinadas à satisfação das necessidades culturais dos trabalhadores adquire uma amplitude cada vez maior no campo, e melhoram gradualmente as condições de vida dos kolkhozianos. Somente durante quatro anos do plano qüinqüenal de após-guerra se construíram e restauraram nas localidades agrícolas 2 milhões e 300 mil casas residenciais. Em 1951 e durante os 10 primeiros meses de 1952 foram construídas 620 mil casas residenciais. A 1 de janeiro de 1952 havia no campo 350 mil centros de cultura — clubes, "izbás" para leitura, bibliotecas, etc. Muitas aldeias soviéticas podem orgulhar-se de seus edifícios escolares, clubes, hospitais, hotéis, jardins-de-infância, estádios e outras instituições e obras culturais. Essas aldeias não lembram mais, em coisa alguma, o antigo campo — atrasado e miserável —, e quanto a seu aspecto cada vez mais se aproximam da cidade.

O Partido dedica particular atenção à educação comunista do campesinato kolkhoziano. O Partido educa os camponeses trabalhadores — da mesma forma que todos os homens soviéticos — no espírito da ilimitada dedicação à Pátria socialista, do amplo fortalecimento do poderio do Estado Soviético, da elevação da vigilância; inculca-lhes a atitude comunista para com o trabalho e a propriedade coletiva; mobiliza massas de muitos milhões de camponeses para a luta contra as sobrevivências do capitalismo na consciência dos homens, contra a transgressão da disciplina no trabalho, contra a dissipação da propriedade social, e contra outras tendências anti-sociais. O campesinato soviético aproxima-se cada vez mais da classe operária por sua cultura e condições de vida. E isso é de todo compreensível: os interesses da classe operária e do campesinato kolkhoziano têm por base uma só política comum: o fortalecimento do regime socialista, e a vitória do comunismo.

O camarada Stálin demonstrou a imensa significação do papel da cidade socialista na superação da diferença essencial entre a cidade e o campo. A abolição da contradição entre a cidade e o campo não significa o enfraquecimento da direção da Cidade com relação ao campo. À proporção que marchamos para o comunismo, cada vez mais se reforçará o papel dirigente da cidade com relação ao campo. Nesse sentido é extremamente importante a indicação de J. V. Stálin no sentido de que a abolição dessa contradição não deve levar à ruína as grandes cidades.

"As grandes cidades não só não perecerão como ainda novas grandes cidades sumirão como centros de grande progresso cultural, como centros não só de uma grande indústria mas também de elaborarão de produtos agrícolas e de um poderoso desenvolvimento de todos os setores da indústria alimentícia. Essa circunstância facilitará o florescimento cultural do país e levará ao nivelamento das condições de vida na cidade e no campo."(11)

Justamente por isso o Partido Comunista dedicou, e dedica, imensa atenção à reconstrução de cidades e à construção de novas cidades.

Alguns de nossos economistas — inclusive o autor do presente artigo — consideravam, erroneamente, que a abolição da contramão entre a cidade (indústria) e o campo (agricultura) significa a abolição de toda diferença entre os mesmos — inclusive as diferenças entre o trabalho industrial e o trabalho no campo. O camarada Stálin demonstrou o caráter errôneo dessas idéias. Ensina o camarada Stálin que uma certa diferença — embora não essencial — entre a indústria e agricultura, continuará a existir, também, evidentemente, na fase superior do comunismo, em virtude das diferenças existentes nas condições de trabalho. J. V. Stálin afirma:

"Até mesmo na indústria, se tivermos em vista seus diferentes setores, as condições, de trabalho não são idênticas em toda parte: por exemplo — as condições de trabalho dos operários que trabalham em usinas de carvão distinguem-se das condições de trabalho dos operários de uma fábrica de calçados mecanizada; as condições, de trabalho dos mineiros que trabalham na extração de metais distinguem-se das condições de trabalho dos operários em empresas de indústrias mecânicas. Se isso é verdade, com muito maior, razão deve existir uma certa diferença entre a indústria e a agricultura."(12)

A produção agrícola possui diferenças com relação à indústria — diferenças que sempre existirão. Referindo-se à diferença entre a indústria e a agricultura, V. I. Lênin afirmava que:

"há particularidades da agricultura que não podem absolutamente ser abolidas (se deixarmos de lado a possibilidade — demasiadamente remota e demasiadamente problemática — da fabricação, no laboratório, da albumina e do alimento). Em conseqüência dessas particularidades, a grande indústria mecânica na agricultura jamais terá todas as características que possui na indústria".(13)

* * *

NOSSA PÁTRIA, realizando a passagem gradual do socialismo ao comunismo, aproxima-se passo a passo da abolição da diferença, essencial entre a cidade e o campo, da superação total das diferenças de classe entre os operários e os camponeses. A URSS aponta aos trabalhadores dos países de democracia popular e aos povos de todo o mundo o único caminho justo para a abolição da secular contradição entre a cidade e o campo, para o progresso e a prosperidade. Armado com as históricas resoluções do XIX Congresso e com o novo e genial trabalho de Stálin dedicado aos problemas econômicos do socialismo na URSS, o Partido Comunista orienta a atividade criadora dos trabalhadores da cidade e do campo para a construção da sociedade comunista. As obras imortais do grande Stálin iluminam para o povo soviético e toda a humanidade o caminho que leva a um futuro luminoso, à completa vitória do comunismo.


Notas de rodapé:

(1) V. I. LÊNIN — «Obras», tomo 2, pág. 51-52, ed. russa. (retornar ao texto)

(2) J. V. STALIN — «Problemas Econômicos do Socialismo na URSS», pág. 25, ed. russa; «PROBLEMAS» n. 43, pág. 48 (Rio). (retornar ao texto)

(3) V. I. LÊNIN —.«Obras», tomo 18, pág, 838, ed. Russa. (retornar ao texto)

(4) J. V. STÁLIN — «Obras», tomo 7, pág. 157, ed. russa. (retornar ao texto)

(5) J. V. STÁLIN - «Problemas Econômicos do Socialismo na URSS», pág. 62, ed. russa: «PROBLEMAS», n. 43, pág. 70 (Rio). (retornar ao texto)

(6) J. V. STÁLIN —- «Obras», tomo 13, pags. 335-336, ed. russa. (retornar ao texto)

(7) J. V. STALIN — «Problemas Econômicos do Socialismo na URSS», pag. 26, ed. russa; «PROBLEMAS» n. 43, pág. 48 (Rio). (retornar ao texto)

(8) J. V. STÁLIN — «Problemas Econômicos do Socialismo na URSS», págs. 27-28, ed. russa; «PROBLEMAS» n. 43, pág. 49 (Rio). (retornar ao texto)

(9) V. I. LÊNIN — «Obras», tomo 80, pag. 343, ed, russa. (retornar ao texto)

(10) J. V. STÁLIN — «Problemas Econômicos do Socialismo na URSS», pag 90, ed. russa; «PROBLEMAS» nº 43, pags. 87-88 (Rio). (retornar ao texto)

(11) J. V. STALIN — «Problemas Econômicos do Socialismo na URSS», pág. 26, ed. russa; «PROBLEMAS» n.º 43, pág. 28 (Rio). (retornar ao texto)

(12) J. V. STALIN — «Problemas Econômicos do Socialismo na URSS», pág. 29, ed. russa; «PROBLEMAS» n.º 43, pág. 50 (Rio). (retornar ao texto)

(13) V. I. LÊNIN — «Obras», tomo 5, pág. 125, ed. russa (retornar ao texto)

 

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Inclusão 26/10/2008