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A agitação do bloco trotskista-zinovievista contra a política do Partido, contra a edificação do socialismo, e contra a coletivização, assim como a dos bukarinistas, sustentando que os kolkoses fracassariam, que não se devia tocar nos kulaks, que eles mesmos "se incorporariam" ao socialismo, e que o enriquecimento da burguesia não representava nenhum perigo para o regime socialista: toda esta agitação repercutia consideravelmente entre os elementos capitalistas do país e, principalmente, entre os kulaks. Estes sabiam agora, pelo que transparecia através da Imprensa, que não estavam sós, que contavam com defensores e advogados como Trotsky, Zinoviev, Kamenev, Bukarin, Rykov e outros. Naturalmente este fato não podia deixar de fortalecer o espírito de resistência dos kulaks contra a política do governo soviético. E com efeito os kulaks começaram a oferecer uma resistência cada vez mais severa. Começaram a se negar em massa a vender ao Estado Soviético a sobra de trigo, que se acumulava em grandes quantidades nos seus celeiros. Começaram a empregar o terror contra os kolkosianos e contra os ativistas do Partido e dos Soviets na aldeia, começaram a tocar fogo nos kolkoses e nos centros de aprovisionamento de cereais do Estado.
O Partido via claramente que, enquanto não se esmagasse a resistência dos kulaks, enquanto estes não fossem derrotados em campo aberto à vista dos camponeses, a classe operária e o Exército Vermelho nao teriam pão em quantidade suficiente, e o movimento kolkosiano não adquiriria um caráter de massa.
Seguindo as normas traçadas pelo XV Congresso, o Partido passou à ofensiva franca contra os kulaks. Nesta ofensiva, o Partido punha em prática a palavra de ordem de lutar decididamente contra os kulaks, apoiando-se firmemente nos camponeses pobres e reforçando a aliança com os camponeses médios. Como resposta à negativa dos kulaks em vender ao Estado a sobra do trigo pelo preço da tabela, o Partido e o governo aplicaram uma série de medidas extraordinárias contra os kulaks e puseram em prática o artigo 107 do Código Penal, no qual se estabelecia a confiscação judicial da sobra do trigo aos kulaks especuladores que se negassem a vendê-la ao Estado pelo preço de tabela, e concederam aos camponeses pobres uma série de franquias, em virtude das quais se punha à sua disposição 25 por cento do trigo confiscado aos kulaks.
Estas medidas extraordinárias surtiram seu efeito, os camponeses pobres e médios se engajaram na luta aberta contra os kulaks, estes ficaram isolados, e a resistência dos kulaks e dos especuladores foi esmagada. Em fins de 1928, o Estado Soviético dispunha já de reservas suficientes de trigo e o movimento kolkosiano avançava com mais firmeza.
Neste mesmo ano, se descobriu uma grande organização de sabotagem formada por técnicos burgueses, no setor de Shajti, na bacia do Donetz. Estes sabotadores mantinham estreitas relações com os antigos proprietários das empresas — capitalistas russos e de outros países — e com a espionagem militar estrangeira. Tinham-se proposto como objetivo fazer fracassar o desenvolvimento da indústria socialista e facilitar a restauração do capitalismo na U.R.S.S. Dirigiam mal os trabalhos de exploração nas minas, com o objetivo de diminuir a extração de hulha. Destroçavam as máquinas e os aparelhos de ventilação, provocavam desmoronamentos, destruíam e incendiavam as minas, as fábricas e as centrais elétricas. Ao mesmo tempo dificidtavam o melhoramento da situação material dos operários e infringiam as leis soviéticas sobre a proteção do trabalho.
Estes sabotadores foram levados ante os Tribunais, onde receberam o que mereciam.
O Comitê Central chamou a atenção de todas as organizações do Partido para o processo dos sabotadores e as convidou a deduzir os ensinamentos que encerrava. O camarada Stalin assinalou que os bolcheviques que trabalhavam no setor da Economia deviam familiarizar-se pessoalmente com a técnica da produção, para que daí por diante nenhum sabotador saído das fileiras dos técnicos burgueses pudesse enganá-los, e destacou que era necessário acelerar a preparação de novos quadros técnicos saídos da classe operária.
Por resolução do Comitê Central, aperfeiçoou-se a preparação de novos especialistas nas escolas técnicas superiores: milhares de homens filiados ao Partido e às Juventudes Comunistas, e homen sem partido, fiéis à causa da classe operária, foram mobilizados para cursar estas escolas.
Antes que o Partido passasse à ofensiva contra os kulaks, enquanto estava ocupado na liquidação do bloco trotskista-zinovievista, o grupo de Bukarin—Rykov se manteve relativamente tranqüilo, permanecendo à margem como reserva das forças contrárias ao Partido, sem se decidir a apoiar abertamente os trotskistas, e às vezes chegando inclusive a intervir contra eles em união com o Partido. Porém, logo que este passou à ofensiva contra os kulaks e tomou medidas extraordinárias contra eles, o grupo Bukarin—Rykov tirou a máscara e começou a atuar abertamente contra a política do Partido. A alma de kulak dos componentes deste grupo não pôde aguentar mais, e estes começaram a intervir, abertamente, em defesa dos kulaks. Exigiam que fossem abolidas as medidas extraordinárias, assustando os bobos com a ameaça de que, em caso contrário, sobreviria uma "regressão" da agricultura e afirmando que esta regressão já havia começado. Não percebendo o desenvolvimento dos kolkoses e dos sovkoses, isto é, das formas mais elevadas da agricidtura, e vendo o retrocesso das fazendas dos kulaks, apresentavam tendenciosamente a regressão destas fazendas como a regressão da agricultura. Com o fim de reforçar suas posições teoricamente, arranjaram a divertida "teoria da extensão da luta de classes", afirmando, baseados nesta teoria, que quanto mais êxitos lograsse o socialismo em sua luta contra os elementos capitalistas, mais se iria enfraquecendo a luta de classes, que esta não tardaria a se extinguir toalmente e o inimigo de classe entregaria todas as suas posições sem luta, razão pela qual não havia porque empreender a ofensiva contra os kulaks. Com isso ressuscitavam sua desacreditada teoria burguesa sobre a incorporação pacífica dos kulaks ao socialismo e achincalhavam a conhecida tese leninista, segundo a qual a resistência do inimigo de classe revestirá formas tanto mais agudas, quanto mais sentir o terreno vacilar sob seus pés, quanto maiores êxitos obtiver o socialismo, por cuja razão a luta de classes só poderá "extinguir-se" quando o inimigo de classe for aniquilado.
Não era difícil compreender que o Partido tinha diante de si, no grupo Bukarin—Rykov, um grupo oportunista de direita, que só se diferenciava do bloco trotskista-zinovievista pela forma: os trotskistas e os zinovievistas contavam com certas possibilidades para disfarçar seu fundo capitulador com frases esquerdistas, com frases retumbantemente revolucionárias sobre a "revolução permanente", enquanto que o grupo Bukarin—Rykov, que se tinha levantado contra o Partido ao passar este à ofensiva contra os kulaks, já não tinha a possibilidade de cobrir com uma máscara sua face capituladora e se via obrigado a defender as forças reacionárias do País Soviético e, sobretudo, os kulaks, abertamente, sem retóricas nem disfarces.
O Partido compreendeu que, mais tarde ou mais cedo, o grupo Bukarin—Rykov acabaria estendendo a mão aos restos do bloco trotskista-zinovievista, para lutar conjuntamente contra o Partido.
Ao mesmo tempo que atuavam politicamente, o grupo Bukarin-Rykov "trabalhava" no terreno da organização para reunir seus adeptos. Através de Bukarin, ia agrupando a juventude burguesa, indivíduos do tipo de Slepkov, Marietski, Aijenwald, Goldenberg e outros; através de Tomski, os dirigentes burocratizados dos sindicatos (Melnichanski, Dogadov, etc); através de Rykov, um punhado de dirigentes degenerados dos Soviets (A. Smirnov, Eismont, V. Schmidt, etc).
Juntavam-se a este grupo, de boa vontade, os elementos politicamente degenerados e que não escondiam suas idéias capituladoras.
Naquele tempo, o grupo Bukarin—Rykov viu-se reforçado por um punhado de dirigentes da organização do Partido em Moscou (Uglanov, Kotov, Ujanov, Riutin, Yagoda, Polonski e outros). É preciso advertir que uma parte dos elementos direitistas se mantinha resguardada, sem atuar abertamente contra a linha do Partido. Nas colunas da Imprensa do Partido e nas reuniões do Partido, pregavam a necessidade de fazer concessões aos kulaks, a conveniência de não os sobrecarregar de impostos, expunham a carga esgotadora que a industrialização trazia para o povo e o caráter prematuro da organização de uma indústria pesada. Uglanov se manifestou contra a construção da Central Elétrica do Dnieper, exigindo que os recursos destinados à indústria pesada se invertessem na indústria leve. Este e outros capituladores de direita afirmavam que Moscou era e continuaria sendo a Moscou das fábricas de percal, que não havia necessidade de lá construir fábricas de construção de maquinaria.
A organização do Partido em Moscou desmascarou Uglanov e seus adeptos, ameaçou-os pela última vez e cerrou ainda mais as fileiras em torno do Comitê Central do Partido. No Pleno do Comitê de Moscou do P. C. (b) da U.R.S.S., celebrado em 1928, o camarada Stalin assinalou a necessidade de lutar em duas frentes, concentrando o fogo contra o desvio direitista. Os direitistas são, disse o camarada Stalin, os agentes dos kulaks dentro do Partido.
"O triunfo do desvio direitista dentro de nosso Partido liberaria as forças do capitalismo, solaparia as posições revolucionárias do proletariado e aumentaria as possibilidades de restauração do capitalismo em nosso país" — disse o camarada Stalin ("Problemas do leninismo", ed. russa, pág. 234).
No começo de 1929, se tornou claro que Bukarin, por mandato do grupo dos capituladores de direita, havia estabelecido ligação com os trotskistas, através de Kamenev, e preparava um acordo com eles para lutar conjuntamente contra o Partido. O Comitê Central desmascarou esta situação criminosa dos capituladores de direita e os advertiu de que o assunto podia terminar mal para Bukarin, Rykov, Tomski, etc. Porém os capituladores de direita não cederam. Levantaram-se dentro do Comitê Central com uma nova plataforma antibolchevique, com uma declaração que foi condenada pelo Comitê Central. Este lhes fez uma nova advertência, lembrando-lhes a sorte que teve o bloco trotskista-zinovievista. Apesar disso, o grupo Bukarin—Rykov, prosseguiu no seu trabalho contra o Partido. Rykov, Tomski e Bukarin apresentaram ao Comitê Central a demissão de. seus cargos, acreditando que com isto assustariam o Partido. O Comitê Central condenou esta política de sabotagem dos demissionários. Por fim, o Pleno celebrado em novembro de 1929 pelo Comitê Central declarou que a propaganda das idéias dos oportunistas de direita era incompatível com a permanência no Partido e dispôs que Bukarin, paladino e dirigente dos capituladores de direita, fosse destituído de seu posto no Bureau Político do Comitê Central, e que se chamasse seriamente a atenção de Rykov, Tomski e demais adeptos desta oposição.
Os corifeus dos capituladores de direita, vendo que a coisa tomava mal aspecto, subscreveram uma declaração reconhecendo seus erros e a justeza da linha política do Partido.
Os capituladores de direita tinham decidido recuar provisoriamente, para evitar que seus quadros fossem esmagados.
Assim terminou a primeira etapa da luta do Partido contra os capituladores de direita.
As novas discrepâncias existentes dentro do Partido não passaram despercebidos para os inimigos exteriores da U.R.S.S. Interpretando as "novas discórdias" produzidas dentro do Partido como um sinal de enfraquecimento deste, fizeram uma nova tentativa para arrastar a U.R.S.S. para a guerra e fazer fracassar a obra da industrialização do país que não estava consolidada. No verão de 1929, os imperialistas provocaram o conflito da China contra a U.R.S.S., a ocupação pelos militares chineses da Estrada de Ferro do Leste da China (que pertencia à U.R.S.S. e a agressão das tropas brancas chinesas contra as fronteiras da Pátria Soviética no Extremo-Oriente. Porém o assalto dos militaristas chineses foi liquidado rapidamente; os militaristas se retiraram, derrotados pelo Exército Vermelho, e o conflito terminou mediante um convênio de paz com as autoridades da Mandchúria.
A política de paz da U.R.S.S. triunfava uma vez mais, apesar de tudo, apesar dos manejos dos inimigos exteriores e das "discórdias" intestinas do Partido.
Não tardaram em se reatar as relações comerciais e diplomáticas da U.R.S.S. com a Inglaterra, que foram rompidas pelos conservadores ingleses.
Ao mesmo tempo que rechaçava com êxito os ataques dos inimigos exteriores e interiores, o Partido desenvolveu um grande trabalho estmado acelerar a edificação da indústria pesada, organizar a emulação socialista, organizar sovkoses e kolkoses e, finalmente, preparar as ondiçoes necessárias para aprovar e pôr em prática o primeiro Plano Quinquenal da Economia nacional soviética.
Em abril de 1929, se reuniu a XVI Conferência do Partido. O problema principal examinado nesta Conferência foi o do primeiro Plano Quinquenal. A Conferência rechaçou a variante "mínima" do Plano Qüinqüenal, que os capituladores de direita defendiam, e aprovou como obrigatória, sob qualquer condições, a variante "máxima".
Foi aprovado, pois, pelo Partido, o célebre primeiro Plano Qüinqüenal de edificação do socialismo.
Segundo o Plano Qüinqüenal, o volume das inversões de capital na Economia nacional durante os anos de 1928 a 1933, seria de 64.600 milhões de rublos. Destes, 19.500 milhões se inverteriam na indústria, incluindo a eletrificação, 10 milhões nos transportes e 23.200 milhões na agricultura.
Era um plano grandioso, destinado a equipar a indústria e a agricultura da U.R.S.S. com a técnica moderna.
"A missão fundamental do Plano Qüinqüenal — assinalava o camarada Stalin — consistia em criar em nosso país uma indústria, capaz de equipar de novo e reorganizar, não só a indíistria em sua totalidade, mas também os transportes e a agricultura, na base do socialismo". (Stalin, "Problemas do Leninismo", pág. 485, ed. russa).
Apesar da grandiosidade, este Plano não era, para os bolcheviques, nada inesperado nem surpreendente. Era o que vinha preparando toda a marcha do desenvolvimento da indiistrialização e da coletivização. Vinha-o preparando aquele entusiasmo do trabalho que se apoderou dos operários e camponeses antes mesmo do Plano Qüinqüenal e que encontrou a sua expressão na emulação socialista.
A XVI Conferência do Partido aprovou um apelo a todos os trabalhadores sobre o desenvolvimento da emulação socialista.
A emulação socialista revelou exemplos maravilhosos de trabalho e da nova atitude ante ele. Em muitas empresas e nos kolkoses e sovkoses, os operários e kolkosianos apresentaram contraplanos. Realizaram maravilhas de heroísmo no trabalho. Não só executavam, mas ultrapassavam os planos de edificação socialista, traçados pelo Partido e pelo governo. O trabalho deixou de ser uma carga forçada e esgotadora, como era sob o capitalismo, para se converter
"numa questão de honra, de glória, de valentia e de heroísmo". (Stalin).
Por todo o país se desenvolvia a nova e gigantesca edificação industrial. Empreendeu-se a construção da Central Elétrica do Dnieper (o "Dnieprogués"). Na bacia do Donetz se empreendeu a construção das fábricas de Kramatorsk e Gorlovka e a reconstrução da fábrica de locomotivas de Lugansk. Surgiram novas minas e altos fornos. Nos Urais, se construíram a fábrica de maquinaria do Ural e os combinados químicos de Berenski e Solikanisk. Começou-se a construção da fábrica metalúrgica de Magnitogorsk. Empreendeu-se a construção de grandes fábricas de automóveis em Moscou e Gorki. Construíram-se gigantescas fábricas de tratores, de ceifadoras-trilhadoras, e em Rostov-sobre-o-Don se levantou uma fábrica formidável de maquinaria agrícola Desenvolveu-se a segunda base carbonífera da União Soviética: a bacia do Kuznietsk. Em 11 meses se levantou na estepe, em Stalingrado, uma formidável fábrica de tratores. Na construção da Central Elétrica do Dnieper e da fábrica de tratores de Stalingrado, os operários bateram os recordes mundiais da produtividade do trabalho.
A história não tinha conhecido jamais uma nova edificação industrial de tão gigantesca envergadura, um entusiasmo tal pela nova edificação, tanto heroísmo no trabalho das massas de milhões de homens da classe operária.
Era uma verdadeira onda de entusiasmo de trabalho da classe operária, desenvolvida na base da emulação socialista.
Esta vez, os camponeses não ficaram atrás em relação aos operários. Também no campo a se desenvolver o entusiasmo de trabalho das massas camponesas, na organização dos kolkoses. As massas camonesas começaram a marchar resolutamente pelo caminho kolkosiano. Para isto contribuíram consideravelmente os sovkoses e as estações de máquinas e tratores dotadas de tratores e de outras máquinas agrícolas. As massas camponesas afluíam aos sovkoses e às estações de máquinas e tratores, viam como trabalhavam estes e as máquinas agrícolas, manifestavam seu entusiasmo e decidiam ali mesmo "ingressar nos kolkoses". Os camponeses, espalhados em pequenas e diminutas explorações individuais, carentes de apetrechos e de força de tração mais ou menos regulares, privados da possibilidade de arar as grandes terras baldias, sem uma perspectiva de melhoramento de suas explorações, mergulhados na miséria e no isolamento, entregues às suas próprias forças, encontraram por fim uma saída, o caminho para uma vida melhor, com a agrupação de suas pequenas explorações coletivas, em kolkoses, com os tratores, capazes de arar todas as terras, por "duras" que fossem, todos os terrenos baldios; com a ajuda do Estado em forma de maquinaria, de dinheiro, de homens e de conselhos; com a possibilidade de se livrar das garras dos kulaks, aos quais o governo soviético tinha feito morder o pó recentemente, fazendo-os curvar a cabeça para satisfação das massas de milhões de camponeses.
Eis a base sobre a qual começou e se desenvolveu depois o movimento kolkosiano de massas, movimento que se intensificou especialmente em fins de 1929, imprimindo aos kolkoses um ritmo de desenvimento sem precedente nem sequer na própria indústria socialista.
Em 1928, a superfície semeada dos kolkoses era de 1.390.000 hectares; em 1929, tinha passado a ser de 4.262.000 hectares, e em 1930, os kolkoses contavam já com a possibilidade de planificar o cultivo de 15 milhões de hectares.
"É preciso reconhecer — dizia o camarada Stalin em seu artigo intitulado "O ano da grande transformação" (1929), referindo-se ao ritmo de desenvolvimento dos kolkoses — que este ritmo impetuoso de desenvolvimento não tem precedente nem mesmo em nossa indústria socialista, cujo ritmo de desenvolvimento se caracteriza por sua grande envergadura".
Era uma viragem no desenvolvimento do movimento kolkosiano.
Era o começo do movimento kolkosiano de massas.
"Que é que há de novo no atual movimento kolkosiano?" perguntava o camarada Stalin em seu citado artigo.
E respondia:
"O que há de novo e decisivo no atual movimento kolkosiano é que agora os camponeses não ingressam nos kolkoses por grupos isolados, como ocorria antes, senão por aldeias inteiras, por municípios, por distritos e até por departamentos. Que significa isto? Significa que aos kolkoses começaram a afluir em massa os camponeses médios. Tal é a base sobre a qual repousa essa transformação radical no desenvolvimento da agricultura, que constitui a conquista mais importante do Poder Soviético..."
Isto significava que a tarefa de liquidação dos kulaks como base da coletivização total, ia amadurecendo ou já estava madura.
Na luta pela industrialização socialista do país, o Partido teve de vencer, nos anos de 1926 a 1929, enormes dificuldades de ordem interior e internacional. Os esforços do Partido e das classes operárias conduziram ao triunfo da política da industrialização socialista do País Soviético.
Foi resolvido, no fundamental, um dos problemas mais difíceis que a industrialização apresentava: o problema da acumulação dos recursos necessários para a construção da indústria pesada. Lançaram-se os alicerces de uma indústria pesada, capaz de equipar de novo toda a Economia nacional.
Foi aprovado o primeiro Plano Qüinqüenal de edificação do socialismo, desenvolveu-se, em proporções gigantescas, a construção novas fábricas, sovkoses e kolkoses.
Estes avanços no caminho do socialismo foram acompanhados por uma acentuação da luta de classes dentro do país e por um recrudescimento da luta no seio do Partido. Os resultados mais importantes desta luta foram: o esmagamento da resistência dos kulaks, o desmascaramento do bloco dos capituladores trotskistas-zinovievistas como um bloco anti-soviético, o desmascaramento dos capituladores de direita como agentes dos kulaks, a expulsão dos trotskistas do Partido, o reconhecimento de que as idéias destes e as dos oportunistas de direita eram incompatíveis com a permanência dentro do P. C. (b) da U.R.S.S.
Derrotados ideologicamente pelo Partido bolchevique e tendo perdido toda base de atuação entre a classe operária, os trotskistas deixaram de ser uma corrente política para se converterem em uma camarilha de arrivistas sem princípios e chantagistas políticos, em um bando de falsários políticos.
Lançados os alicerces da indústria pesada, o Partido mobilizou a classe operária e os camponeses para a execução do primeiro Plano Qüinqüenal de reconstrução socialista da U.R.S.S.; estendeu-se por todo o país a emulação socialista de milhões de trabalhadores; levantou-se uma potente onda de entusiasmo no trabalho e surgiu uma nova disciplina do trabalho.
Este período termina com o ano da grande transformação, que registrou êxitos gigantescos do socialismo na indústria e os primeiros êxitos importantes logrados no terreno da agricultura, a passagem dos camponeses médios para os kolkoses e o começo do movimento kolkosiano de massas.
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Inclusão | 09/03/2011 |