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Primeira edição: Abril de 1953.
Fonte: Problemas Revista Mensal de Cultura Política, nº 45, Março-Abril de 1953
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo, março 2009
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Iosif Vissarionovitch Stálin, o nosso querido camarada Stálin, não mais existe.
Neste momento, de dor imensa e profunda, meus pensamentos se dirigem para as grandes massas de nosso povo, para os trabalhadores das cidades e do campo, para todos os brasileiros que almejam uma pátria livre e progressista, dirigem-se particularmente para os jovens e as crianças de nossa terra a que sempre desejamos um futuro feliz e radioso, bem diferente da dura realidade dos dias de hoje.
É imensa e irreparável a nossa perda. Para todos nós a vida do camarada Stálin simbolizava esse futuro feliz e radioso, significava a certeza nesse mundo diferente por que lutamos, em que os homens se verão definitivamente livres da exploração pelo próprio homem.
Sentíamo-nos fortes porque tínhamos Stálin.
A morte do camarada Stálin é, por isso, uma perda excepcionalmente pesada, não apenas para os povos da União Soviética, mas também para os trabalhadores do mundo inteiro, para toda a humanidade progressista.
Com o falecimento do camarada Stálin perdemos nós, comunistas, o nosso melhor amigo e camarada, perdemos o guia seguro e o mestre incomparável. Mas não é apenas aos comunistas que afeta essa perda irreparável. Compreendo e avalio a dor imensa que neste momento enluta os corações de todos os trabalhadores de nossa pátria, de todos os brasileiros patriotas e progressistas. Para todos nós, a vida do grande Stálin era uma garantia de paz que se opunha inquebrantável e invencível diante das ameaças sinistras dos incendiários de guerra, inclusive dos bandidos que em nossa pátria aprovam o famigerado "Acordo Militar" com os Estados Unidos; a vida de Stálin era a certeza na vitória em nossa luta pelo pão e pela liberdade, pela independência de nossa pátria do jugo opressor dos imperialistas americanos.
Não podemos, portanto, deixar de sofrer com a sua morte. Não ocultaremos a nossa dor e bem avaliamos a imensidade de nossa perda. Mas é justamente por isso que, neste momento, mais do que em qualquer outro anterior, melhor podemos compreender a grandeza da obra realizada pelo camarada Stálin. Essa obra é imortal e permanecerá para sempre viva na mente e nos corações de todos os trabalhadores.
Companheiro e continuador do grande Lênin, o camarada Stálin dedicou toda a sua vida à causa do proletariado. Sob sua direção genial foi construída a primeira sociedade socialista, sob sua direção as grandes idéias de Marx, Engels, Lênin e Stálin transformaram-se na radiosa realidade da União Soviética dos nossos dias.
Foi sob sua direção genial que os povos soviéticos enfrentaram com firmeza e bravura incomparáveis as hordas nazistas, que esmagaram, livrando a humanidade inteira da terrível ameaça da escravização pelo nazi-fascismo. Mas ao camarada Stálin devemos ainda o programa genial da passagem do socialismo ao comunismo, cuja realização foi iniciada pelos povos da União Soviética e há de agora progredir vitoriosamente sob a direção do glorioso Partido Comunista da União Soviética, o Partido de Lênin e Stálin, organização dirigente da vanguarda proletária do mundo inteiro.
Se é imensa a dívida dos trabalhadores do mundo inteiro ao grande morto, ao maior homem do nosso século, são particularmente os povos oprimidos pelo imperialismo que sentem com a morte do camarada Stálin que perderam seu maior amigo, o maior defensor da liberdade e da independência dos povos. Para todos os povos nacionalmente oprimidos, o grande Stálin foi o mestre genial que traçou com clareza excepcional o caminho da luta vitoriosa pela independência das nações, idéias que realizou na prática com a construção do primeiro Estado multinacional, a grande União Soviética, onde os povos de todas as nacionalidades anteriormente oprimidos pelo tzarismo vivem hoje como povos livres e fraternalmente unidos ao grande povo russo, desenvolvendo livremente suas respectivas culturas nacionais e avançando rapidamente no caminho do comunismo.
Os geniais trabalhos do camarada Stálin sobre a questão nacional, sobre os problemas da revolução chinesa e seus ensinamentos magistrais a todos os povos que lutam pela independência nacional, inclusive seu recente e vigoroso discurso no XIX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, constituem um legado precioso que jamais será olvidado pelos povos dos países coloniais e dependentes.
A memória gloriosa do grande Stálin, pai dos povos e libertador de nações, permanecerá por isso eternamente viva no coração do povo brasileiro que dirigido pelo Partido Comunista, armado com os sábios ensinamentos recebidos do camarada Stálin, luta com vigor crescente pela independência da pátria e contra os traidores que vendem o Brasil aos imperialistas ianques.
Neste momento em que os imperialistas americanos e seus governantes fazem esforços desesperados no sentido do desencadeamento de uma nova carnificina mundial, o desaparecimento do camarada Stálin campeão da luta pela paz, significa uma tragédia imensa que confrange o coração de todas as pessoas honestas, de todos os sinceros partidários da paz. Os incendiários de guerra equivocam-se no entanto ao suporem que a dor dos povos significa fraqueza ou qualquer vacilação na luta em defesa da paz. Stálin morreu, mas sua obra é imortal. Assim como os povos soviéticos unem-se agora de maneira mais estreita do que nunca em torno do grande Partido de Lênin e Stálin e de seu provado Comitê Central, e em torno da União Soviética, baluarte da paz no mundo inteiro, que se unem, hoje mais que nunca, todos os povos para defender a paz e impedir que os imperialistas ianques lancem o mundo em nova carnificina guerreira.
Todos os que sentimos sangrar o coração ao recebermos a infausta notícia do falecimento do grande Stálin, saberemos por isso mesmo honrar a sua memória gloriosa, intensificando a nossa vigilância e reforçando a luta diária em defesa da paz, das liberdades e da independência nacional.
Os traidores que nos governam podem aprovar tratados militares, podem continuar fazendo esforços para entregar o petróleo brasileiro à Standard Oil, podem prometer aos banqueiros ianques o sangue de nossa juventude em troca dos empréstimos americanos, mas o povo brasileiro persistirá até o fim em sua luta pela paz, há de provar na prática que jamais empunhará armas contra os povos da União Soviética, que é capaz de libertar o Brasil do jugo imperialista e de pôr abaixo o atual governo de traição de Vargas.
Os comunistas brasileiros compreendem a gravidade da situação que atravessamos, mas saberão honrar a memória inolvidável do camarada Stálin, levantando com audácia e firmeza, agora mais do que antes, a gloriosa bandeira da luta pela paz, pelas liberdades e a independência nacional. Para tanto, saibamos reforçar o nosso Partido chamando para suas fileiras os melhores trabalhadores e patriotas que queiram lutar pelas grandes idéias stalinistas e fazendo novos e vigorosos esforços no sentido de elevar o nível político e ideológico de todos os comunistas. Para tanto, não poupemos esforços a fim de estreitar e reforçar os laços de nosso Partido com as grandes massas trabalhadoras, base indispensável para o sucesso de nossa atividade. Para tanto, saibamos reforçar em nossas fileiras o sentimento de fidelidade inabalável ao internacionalismo proletário, cuja manifestação decisiva é, neste momento, expressa pela fidelidade e pela dedicação sem limites ao glorioso Partido Comunista da União Soviética e ao seu sábio Comitê Central stalinista.
Os comunistas do mundo inteiro sofrem com a perda irreparável que significa a morte do camarada Stálin, mas se sentem fortes para prosseguir na luta pela realização das grande idéias de Marx, Engels, Lênin e Stálin, porque «sabem que à frente dos trabalhadores do mundo inteiro está o glorioso e invencível Partido Comunista da União Soviética, o Partido de Lênin e Stálin.
Inclusão | 22/03/2009 |