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Fonte: http://www.obeco-online.org/robertkurz.htm
Transcrição e HTML: Fernando Araújo.
A partir do 11 de Setembro, os ideólogos da "economia de mercado e democracia" vêm invocando as suas raízes na filosofia do iluminismo, mais vaidosos que nunca; no ano de Kant, em 2004, o Ocidente festeja junto com o pensador da razão burguesa o seu domínio mundial. Esquecidos estão "A dialéctica do iluminismo" (Adorno/Horkheimer) e a crítica do eurocentrismo: até partes da esquerda se agarram a uma pretensa "promessa de felicidade burguesa", enquanto a globalização do capital devasta o planeta.
Robert Kurz, conhecido pela sua análise crítica da economia moderna e da respectiva história ("O colapso da modernização", "O livro negro do capitalismo", "A guerra de ordenamento mundial") faz agora o processo dos "valores ocidentais", contra a corrente intelectual dominante e para lá da crítica do iluminismo até hoje surgida. Em ensaios teóricos polémicos abre-se uma nova crítica radical da moderna forma do sujeito (acentuadamente "masculina") — não para render homenagem a um Romantismo reaccionário, mas para mostrar que o iluminismo burguês e o contra-iluminismo burguês são as duas faces da mesma moeda. O objectivo é uma "anti-modernidade emancipatória" que se oponha às falsas alternativas no plano do sistema produtor de mercadorias.
Introdução por Ricardo Pagliuso Regatieri
Razão Sangrenta - 20 Teses contra o assim chamado Iluminismo e os "valores ocidentais"
Ontologia Negativa - Os obscurantistas do Iluminismo e a metafísica histórica da Modernidade
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Dominação sem sujeito - Sobre a superação de uma crítica social redutora