Discurso no XIX Congresso do PC (b) da URSS

N. Bulganin

Outubro de 1952


Primeira Edição:
Fonte: Problemas - Revista Mensal de Cultura Política nº 44 - Jan-Fev de 1953
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo
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desenho Starobin

Camaradas!

O informe sobre a atividade do Comitê Central de nosso Partido e o informe sobre as diretivas do Congresso em torno do quinto plano quinquenal revelam questões e acontecimentos que são um novo atestado convincente da poderosa força e da justeza da grande doutrina de Marx, Engels, Lênin e Stálin. Os êxitos da União Soviética na edificação do comunismo, a formação de um poderoso campo democrático popular, o desenvolvimento e o fortalecimento dos Partidos Comunistas e Operários o confirmam de maneira eloquente.

A força, a unidade e a coesão do movimento comunista mundial são caracterizadas notadamente pelo fato, que a todos nos enche de alegria, de que numerosas delegações dos Partidos Comunistas e Operários do estrangeiro assistem ao Congresso do Partido Comunista da União Soviética. (Aplausos).

Examinando o caminho percorrido pelo país dos sovietes desde o XVIII Congresso, pode-se observar com um sentimento de satisfação e de orgulho que a política de nosso Partido foi justa, que foi baseada como sempre nos interesses do povo e que teve como fim reforçar nosso Estado ao máximo. (Apoiados).

Durante estes anos, a política do Partido, bem como sua atividade prática, em todos os domínios da economia, da cultura e da arte militar, foram submetidas ao mais severo exame, ao crisol das duras provas da Grande Guerra Patriótica.

A guerra abateu-se sobre nosso país no momento em que o povo soviético trabalhava com entusiasmo para realizar o terceiro plano quinquenal de desenvolvimento econômico da URSS no momento em que nosso país entrava numa fase nova de desenvolvimento, na fase da passagem gradual do socialismo ao comunismo. Neste caminho glorioso, proclamado pelo XVIII Congresso de nosso Partido, notáveis vitórias no trabalho já tinham sido conquistadas.

O ataque brusco e pérfido dos invasores fascistas mudou de um golpe e radicalmente a situação. Os milhões de cidadãos soviéticos foram obrigados a abandonar o trabalho pacífico e empunhar as armas para salvaguardar as grandes conquistas socialistas e livrar sua pátria do perigo da escravidão fascista.

Na Grande Guerra Patriótica, tratava-se da vida ou da morte de nosso Estado. A questão, como se sabe, se colocava assim: ou a União Soviética conservará sua independência e os povos de nosso país permanecerão livres, ou a União Soviética se transformará em colônia e os povos que a habitam se tornarão escravos dos imperialistas alemães. Não poderia haver outra saída.

A Grande Guerra Patriótica não era apenas uma guerra entre dois exércitos, mas a guerra de todo o povo soviético contra os invasores estrangeiros. Esta guerra tinha como finalidade não apenas suprimir o monstruoso perigo que pairava sobre nossa pátria, como também ajudar os povos da Europa que gemiam sob o jugo do fascismo alemão. Esta foi a mais dura de todas as guerras enfrentadas pelo nosso Estado e eis por que ela exigiu do povo soviético uma incrível tensão de forças, grandes privações e pesados sacrifícios.

Não é necessário falar em detalhe das dificuldades excepcionais que nossa pátria teve de suportar nos anos da guerra. As duras provas do tempo de guerra estão ainda frescas na memória de todos nós. É importante acentuar uma vez mais uma coisa: se qualquer Estado burguês tivesse tido de fazer face a semelhantes dificuldades, ele não teria suportado um golpe como o que os hitleristas desferiram contra nosso país. Só o Estado socialista soviético podia manter-se nessas condições, suportar dificuldades inauditas e conquistar a vitória. (Aplausos prolongados).

Que foi que nos ajudou então a quebrar a arremetida do inimigo e em seguida conquistar a maior vitória da história?

O camarada Stálin ensina que a guerra moderna é um exame em todos os domínios, das forças materiais e morais de cada povo. Só os Estados que se revelam mais fortes que seu adversário pelo desenvolvimento e a organização da economia, pela experiência, a maestria e o espírito combativo de suas tropas, pela firmeza e a unidade do povo durante toda a guerra, suportam essa prova.

Em suma, o resultado da guerra depende das possibilidades econômicas, morais e militares das partes beligerantes Em tudo isto, nosso Estado soviético revelou-se consideravelmente mais forte que seu inimigo, a Alemanha hitlerista, embora esta última, no momento do ataque contra nosso país, dispusesse não apenas dos recursos econômicos e humanos de seu território, mas também dos que se achavam nos territórios da França, Tchecoslováquia, Áustria, Bélgica, Holanda, Hungria, Romênia, Espanha e de uma série de outros países.

Durante os anos de pré-guerra, assim como no momento atual, os esforços principais do nosso povo eram orientados para a construção pacífica. A União Soviética conduzia firmemente e com espírito de continuidade uma política externa pacífica. Ao mesmo tempo, nosso Partido, jamais esqueceu o perigo de guerra, os ardis dos imperialistas e, sob a sábia direção stalinista, preparou o país e o exército para a defesa ativa. Esta preparação consistia, em primeiro lugar, em criar recursos materiais capazes de assegurar, em caso de guerra, a organização rápida da produção de guerra e o abastecimento regular do exército e da população em produtos alimentares e da indústria em matérias-primas. Nosso Partido realizou esta tarefa difícil graças à política de industrialização do país e de coletivização da agricultura nos três quinquênios stalinistas de pré-guerra. Foi precisamente durante esses anos que se produziu a transformação histórica em consequência da qual nosso país, outrora agrário, tornou-se um país industrial.

A realização dos planos quinquenais de desenvolvimento da economia nacional elevou bastante a potência defensiva do Estado Soviético. Já o primeiro plano quinquenal tinha obtido resultados que permitiam concluir que a União Soviética, outrora país fraco e mal preparado para a sua defesa, tinha-se transformado em país poderoso do ponto de vista de sua capacidade de defesa, apto para todas as eventualidades, capaz de produzir em grande escala todas as armas de defesa modernas e de fornecê-las a seu exército em caso de ataque do exterior.

Tendo assegurado o prosseguimento da industrialização do país, o segundo quinquênio e os primeiros anos do terceiro quinquênio reforçaram ainda mais a potência defensiva da União Soviética. Tinha-se criado uma base econômica que nos permitia estar aptos para a guerra, fazer face a todas às suas exigências e suportar durante quatro anos todas as suas provas.

Durante o período de pré-guerra, tinha-se tomado também medidas para reforçar o nosso exército. Em consequência do importante trabalho efetuado nesse sentido pelo Partido, o Governo e todo o povo soviético, sob a direção do camarada Stálin, o exército soviético se havia transformado numa força poderosa, formidável. O reequipamento técnico do exército e a aplicação da tese stalinista sobre a necessidade de desenvolver todas as armas tinha já desempenhado nesta transformação um papel importante.

Após a primeira guerra mundial, a ciência militar burguesa não tinha podido resolver a questão da justa relação entre as diferentes armas. Todas espécies de "teorias" surgiram sobre o papel preponderante de tal ou qual arma, de tal ou qual técnica militar. Estas "teorias" foram postas em prática em vários casos. Por exemplo, o comando militar hitlerista tinha dispensado uma atenção especial ao desenvolvimento dos tanques, esperando, com sua ajuda, conquistar uma vitória rápida na guerra. A segunda guerra mundial mostrou a inanidade de tais esperanças.

Em nosso país, desde os anos de pré-guerra, criaram-se uma artilharia de primeira classe, potentes unidades blindadas e motorizadas, uma aviação moderna, tudo equipado com uma técnica de vanguarda e começara-se a construção de uma grande frota militar marítima. Isto conduziu a um nível elevado a capacidade de defesa e a preparação para o combate das forças armadas da União Soviética.

A guerra teve início. Ela exigia a utilização inteligente e justa das possibilidades materiais criadas. Graças ao trabalho de organização do partido, esta tarefa foi resolvida também com muito êxito.

A passagem de nossa indústria à produção de guerra, que começara desde os primeiros dias do conflito, terminou no essencial em 3 ou 4 meses, e a colocação em pé de guerra de toda a economia necessitou aproximadamente um ano. É indispensável, a este respeito, ter em conta que esta reorganização prosseguiu em condições incrivelmente difíceis, quando uma parte importante de nosso território estava submetida à ocupação inimiga, e se fazia preciso transportar um grande número de empresas para o Este. Tudo isto criava grandes dificuldades suplementares. Basta dizer que as regiões industriais que perdemos temporariamente forneciam, em tempo de paz, um terço de toda a produção industrial da União Soviética. Mais de 1.300 grandes empresas do Estado tiveram de ser transferidas para as regiões orientais. Tinham sido igualmente evacuados para essas regiões milhões de pessoas e uma quantidade enorme de bens materiais, Nenhum país beligerante teve de reorganizar sua economia em condições tão difíceis, para colocá-la em pé de guerra.

Num curto lapso de tempo, criou-se uma economia de guerra organizada e em desenvolvimento rápido, uma economia de guerra que tinha por base não apenas as empresas existentes, mas também as empresas recentemente construídas.

Durante os anos de uma guerra difícil, nossa indústria e nossa agricultura socialistas realizaram suas tarefas com êxito. Foi uma confirmação eloquente da perspicácia da política de nosso Partido, que sabe ver longe e resolver com sabedoria os problemas mais complexos. (Aplausos).

A guerra mostrou que existe em nosso país uma unidade do povo, com o qual nenhum Estado capitalista pode sequer sonhar.

Desde antes da guerra, a vitória do socialismo na URSS tinha assegurado a liquidação definitiva dos vestígios das classes exploradoras e a união dos operários, dos camponeses e dos intelectuais numa frente única dos trabalhadores. Desde esse momento, a unidade política e moral da sociedade soviética estava formada em nosso país, a amizade dos povos da União Soviética tinha se estreitado, a democratização completa da vida política do país se havia realizado.

Atacando nosso país, os inimigos contavam com a fragilidade da retaguarda soviética, e do regime soviético; esperavam que haveria conflitos entre os operários e os camponeses soviéticos, discórdias e desacordos entre os povos da URSS. As esperanças dos inimigos não se justificaram. Verificou-se o contrário. O grande perigo que ameaçava a União Soviética uniu ainda mais estreitamente os soviéticos em torno do Partido Comunista, do governo soviético, do camarada Stálin e suscitou em nosso povo um surto sem precedente do patriotismo soviético. (Aplausos prolongados).

Pela liberdade e a independência de sua pátria, os soviéticos trabalharam com ardor e abnegação na retaguarda, combateram corajosamente e valentemente na frente, sofreram privações inumeráveis e suportaram grandes sacrifícios. A guerra mostrou que nosso povo soviético é um povo de heróis. Pode fazer maravilhas e sai vencedor das provas mais difíceis. (Aplausos).

A retaguarda de nosso país, que é a mais sólida do mundo, atendia não somente às necessidades materiais, como também às necessidades morais do exército; daí é que lhe vinham as idéias e os sentimentos, as idéias mais avançadas, as idéias do Partido Comunista, as idéias do marxismo-leninismo; daí ele tirava sua certeza inabalável, profunda, de nossa vitória.

Durante a guerra, o Partido explicava aos combatentes soviéticos a significação e os objetivos da guerra; educava-os no amor à pátria e no ódio ao inimigo, reforçava seu espírito combativo, incitava-os a realizar façanhas.

As palavras do Partido, as palavras do grande Stálin puseram nas mãos dos soviéticos uma arma de força excepcional: a profunda certeza do triunfo de nossa justa causa. Recordai, camaradas, os dias sombrios do outono de 1941 quando os hitleristas se aproximavam de Moscou, a capital de nossa pátria. Os inimigos se regozijavam e se preparavam para festejar a vitória. Aqueles que hoje, além Atlântico, preparam uma nova guerra, esperavam também o fim próximo do poder soviético.

Eis que nesses dias difíceis, o camarada Stálin apresentou a 6 de novembro um informe sobre o 24.° aniversário da Grande Revolução de Outubro e pronunciou no dia seguinte, da tribuna do mausoléu de Lênin, um discurso diante das tropas que iam participar da parada.

Apesar da situação do momento, crítica para o país e o exército, o camarada Stálin declarou que não podia haver dúvida alguma sobre nossa vitória e abriu perspectivas sobre a guerra que, por sua audácia, surpreenderam muita gente. Afirmou então que o Exército Soviético era capaz não só de aniquilar as hordas predatórias dos invasores fascistas, como também libertar os povos escravizados da Europa.

É difícil superestimar a força dessas intervenções do camarada Stálin. Como um projetor, elas iluminaram o caminho de nossa luta, elevaram o moral de nosso povo e de nossas tropas, deram coragem a todos os amigos da União Soviética no estrangeiro e provocaram a inquietude no campo do inimigo.

Tudo se passou precisamente como havia dito o camarada Stálin. (Vivas e prolongados aplausos). O Exército Soviético não só expulsou o inimigo de nossa terra natal, como cumpriu também sua grande missão libertadora.

Em seu informe o camarada Malênkov falou da grande confiança que, nos dias da guerra, nosso povo depositou no Partido Comunista. Ela se traduziu notadamente pelo importante aumento dos efetivos do Partido durante o período da guerra e, a este respeito, é particularmente característico que o maior afluxo de pedidos de adesão se tenha observado nos períodos em que a situação no front não nos era favorável. Isto mostra os laços bastante sólidos que unem nosso Partido às massas e confirma a justeza de sua linha.

O critério mais completo, o mais decisivo da justeza da política e da direção de nosso Partido nas questões militares é evidentemente o resultado da última guerra, nossa vitória completa sobre o inimigo, conquistada graças aos esforços comuns do povo e do exército.

A guerra mostrou que a União Soviética dispõe de um exército de primeira ordem, dotado de um armamento completamente moderno, possuindo um comando bastante experimentado e qualidades morais e combativas incomparáveis. A guerra confirmou com maior vigor que nosso exército é um exército de tipo novo, que é um exército verdadeiramente popular, o exército da fraternidade entre as nações de nosso país, um exército educado no espírito do internacionalismo. A guerra mostrou que os combatentes de nosso exército são fortes porque estão convencidos da justeza das guerras que nosso país é obrigado a travar e porque são conscientes, elemento este, como se sabe, muito importante, e que assegura a vitória.

Os combatentes soviéticos, educados no espírito da responsabilidade pessoal pela defesa da pátria, compreendiam que, na guerra contra a Alemanha hitlerista, defendiam o que há de mais caro, a liberdade e a independência de sua pátria. Este nobre objetivo fez surgir entre os combatentes, filhos de todos os povos da União Soviética, um heroísmo de massa. O camarada Stálin acentuou muitas vezes em suas ordens do dia as notáveis ações militares e o heroísmo dos soldados e dos oficiais de todas as armas: infantes, artilheiros, tankistas, aviadores, marinheiros. Todas as armas de nossas forças armadas deram sua contribuição para a vitória sobre o inimigo.

Durante os anos de guerra, as tropas soviéticas conquistaram, sob a direção de seus chefes gloriosos, numerosas e notáveis vitórias, das quais nosso povo justamente se orgulha. Todas estas vitórias viverão através dos séculos. Cada uma delas é uma página de ouro na história militar de nosso povo. (Aplausos entusiásticos).

O esmagamento das tropas fascistas alemãs diante de Moscou, que quebrou o plano inimigo de cerco e tomada de nossa capital e ao mesmo tempo o plano de guerra «relâmpago»; a grande batalha de Stalingrado, que terminou pelo cerco, esmagamento e captura de um exército inimigo de elite, que contava com 330.000 homens e que marcou o início da reviravolta radical no desenrolar da segunda guerra mundial; o esmagamento das tropas hitleristas nos contrafortes do Cáucaso, que fez fracassar os planos inimigos visando a atingir nossas regiões petrolíferas e a desviar nossas reservas principais para o sul; a batalha de Kursk, que pôs fim à estratégia ofensiva dos hitleristas; os dez golpes stalinistas fulminantes de 1944, que transferiram as ações militares para fora de nossa pátria e que provocaram a derrocada completa do bloco hitlerista; as vitórias finais de 1945, com as brilhantes operações na Prússia Oriental, sobre o Vístula e sobre o Oder, diante de Budapeste e de Viena, e por fim a tomada de Berlim, tais são as mais gloriosas vitórias de nossos exércitos, que conduziram a Alemanha hitlerista ao esmagamento e à capitulação incondicional. É preciso não esquecer tampouco as operações vitoriosas de nossos exércitos para esmagar o Japão imperialista.

Cada uma dessas vitórias é o resultado da valentia, da coragem e das façanhas sem precedentes dos soldados e dos oficiais de todos os graus, assim como dos esforços heróicos dos trabalhadores da retaguarda. Foram eles, os homens soviéticos, que por seu trabalho e sua maestria militar, com seu suor e seu sangue, conquistaram gloriosas vitórias e salvaram seu país da escravidão. (Aplausos).

Cada uma dessas vitórias é a encarnação da arte militar soviética, da maestria dos oficiais e dos generais soviéticos, o triunfo da ciência militar stalinista, o triunfo da arte de comando de nosso guia e comandante em chefe, o camarada Stálin. (Vivos e prolongados aplausos).

O camarada Stálin dirigiu a luta do povo soviético e das forças armadas contra a invasão estrangeira. Foi sob sua direção imediata, segundo suas idéias geniais, que se prepararam e realizaram todas as operações decisivas da Grande Guerra Patriótica e que foram esmagados a Alemanha hitlerista e o Japão imperialista.

Quando se fala de nossa vitória sobre as forças do fascismo, não se pode deixar de lembrar que, com o Exército Soviético, o glorioso Exército Polonês e o glorioso Corpo Tchecoslovaco (Aplausos), criados durante.a guerra, no território da União Soviética, deram a essa vitória sua contribuição. Lutando lado a lado com as tropas soviéticas contra o inimigo comum, os combatentes das unidades polonesas e tchecoslovacas mostraram efetivamente sua coragem e sua perícia militar. Suas ações militares coroadas de êxito foram muitas vezes acentuadas nas ordens do dia do comandante em chefe, o camarada Stálin. Na última etapa da guerra, os exércitos romeno e búlgaro tomaram parte na luta armada contra o fascismo e igualmente revelaram boas qualidades militares.

Nosso país saiu da guerra forte e sólido. Os imperialistas que contavam com o enfraquecimento e o esgotamento da União Soviética, tiveram que mudar de tom.

Graças a nossa vitória, os povos dos países da Europa Central e Sul-Oriental tiveram a possibilidade de derrubar o poder dos proprietários de terra e dos capitalistas e de instaurar em seu país o regime democrático-popular. Devido a que esses países e uma série de países da Ásia se destacaram do sistema capitalista um terço da humanidade está hoje livre para sempre do jugo imperialista.

O resultado da guerra mostrou ao mundo inteiro que poderosa força representa nossa União Soviética. Os anos de após-guerra mostraram de novo a força de nosso Estado.

Em face da enormidade das destruições causadas pela guerra à economia de nosso país, o povo soviético deparou igualmente numerosas dificuldades para resolver as tarefas do período de após-guerra. Os inimigos da União Soviética tinham também levado isso em consideração nos seus cálculos; eles esperavam que não poderíamos vencer essas dificuldades apenas com nossas próprias forças. Mas o povo soviético, dirigido por seu Partido Comunista, atravessou com honra, igualmente, estas duras provas, encontrando as forças e os recursos não só para pensar as feridas causadas pela guerra, como também para dar um poderoso surto à indústria e aos transportes, à agricultura, à vida cultural e ao bem-estar material dos trabalhadores. Isto foi realizado durante os anos do quarto quinquênio, cujos resultados são bem conhecidos de todos.

O êxito que coroou a realização do quarto plano quinquenal foi um novo triunfo da política de nosso Partido.

Em consequência das históricas vitórias conquistadas pela União Soviética nos anos da guerra e dos notáveis êxitos obtidos no período de após-guerra, nosso país conheceu um fortalecimento sem precedente.

Pode-se declarar sem nenhum exagero que não há e não pode haver, em nenhum Estado burguês, situação interna tão sólida e tão inabalável como a da União Soviética atualmente. (Aplausos).

A União Soviética é hoje um Estado socialista fortemente organizado, dispondo de uma indústria de primeira ordem, de transportes bem desenvolvidos, de uma agricultura altamente produtiva.

A vida econômica de nosso país é determinada pelo plano econômico de Estado, que tem como fim aumentar a riqueza social, assegurar um aumento incessante do nível de vida material e cultural dos trabalhadores, reforçar a independência da União Soviética e aumentar sua capacidade de defesa.

O projeto de diretivas a propósito do quinto plano quinquenal de desenvolvimento da União Soviética, submetido ao Congresso do Partido, tem igualmente como finalidade realizar essas tarefas. O projeto encarna a grande força do regime socialista e reflete a lei econômica fundamental do socialismo, que consiste em assegurar a satisfação máxima das necessidades materiais e culturais em crescimento constante, de toda a sociedade, desenvolvendo e aperfeiçoando continuamente a produção socialista na base de uma técnica superior.

É o que mostra, em primeiro lugar, a elevação, prevista pelo projeto de diretivas, de cerca de 70% do nível da produção industrial no curso do quinquênio, o aumento anual médio da produção global da indústria de 12% e o aumento preponderante da produção dos meios de produção. O resultado é que o volume da produção industrial em 1955 será o triplo do de 1940.

Atestam-no também os ritmos rápidos de desenvolvimento dos principais ramos da indústria, o aumento da renda nacional durante o quinquênio de 60% pelo menos, o aumento do salário real dos operários e dos empregados de pelo menos 35%, o aumento das rendas dos colkozianos de 40% no mínimo, a extensão considerável do comércio e muitos outros índices.

As tarefas visadas no projeto de diretivas a propósito do quinto plano quinquenal asseguram um novo e poderoso desenvolvimento da técnica de vanguarda, das máquinas, das máquinas-ferramentas e dos aparelhos de alta precisão, o que por sua vez conduzirá a um aumento correspondente do número dos engenheiros, técnicos e operários altamente qualificados. Isto terá grande importância tanto para a consolidação de nossa economia como para a elevação da capacidade de defesa do país, pois a guerra moderna exige numerosos tipos de armamentos baseados nas últimas realizações da ciência e da técnica.

O aumento da produção dos principais produtos agrícolas nas proporções de 40 a 70% e o aumento considerável da produção pecuária previstos pelo projeto de diretivas anunciam um novo surto a que atingirá nossa agricultura durante os próximos anos.

As tarefas fixadas pelas diretivas em matéria de instrução pública: ampliar sensivelmente o ensino médio geral e começar a realizar o ensino politécnico na escola média, têm uma grande importância nacional. A execução prática destas tarefas elevará ainda mais o nível cultural de nosso povo e produzirá novos quadros bem instruídos e tecnicamente formados de construtores do comunismo e defensores da pátria. O ensino politécnico obrigatório é necessário, como o diz o camarada Stálin, para que os membros da sociedade possam escolher livremente uma profissão e não se vejam atados a uma só profissão por toda a sua vida.

A política nacional leninista-stalinista de nosso Partido, visando à consolidação da amizade entre os povos, ao florescimento econômico e cultural ainda mais completo de todas as repúblicas federadas, acha sua expressão concreta no projeto de diretivas sobre o quinto plano quinquenal como, aliás, em todos os quinquênios precedentes. Os camaradas que tomaram a palavra aqui, citaram muitos fatos e cifras eloquentes, caracterizando o surto econômico e cultural impetuoso das repúblicas federadas sob o poder soviético e em particular no período de após-guerra. O atual quinquênio será marcado por um novo e poderoso desenvolvimento da economia nacional nas repúblicas da Ásia Central, na Transcaucásia, na Rússia Branca, na Ucrânia e em todas as outras repúblicas.

Grandes tarefas são previstas para desenvolver todos os ramos da economia e da cultura nas Repúblicas Socialistas Soviéticas da Lituânia, da Letônia e da Estônia, cujos povos entraram pouco antes da guerra na família soviética fraternal e se achavam até então sob o poder de governos burgueses.

Durante o quarto quinquênio, as repúblicas soviéticas bálticas obtiveram, apesar das duras consequências da guerra, importantes êxitos no desenvolvimento da economia nacional e sobretudo da indústria. As diretivas sobre o quinto plano quinquenal asseguram um novo surto da economia nacional dessas repúblicas.

O projeto de diretivas sobre o quinto plano quinquenal prova uma vez mais que o povo soviético consagra todas as suas forças à edificação pacífica e não aspira à guerra. Ao mesmo tempo, não escondemos que nossa economia pode ser posta em pé de guerra nos prazos mais curtos.

Sob a direção de nosso Partido, o povo soviético realiza a passagem gradual do socialismo ao comunismo. Em seu novo e notável trabalho, "Problemas Econômicos do Socialismo na URSS", o camarada Stálin indica que para preparar esta passagem é necessário assegurar solidamente o aumento contínuo de toda a produção social, com primazia para o crescimento da produção dos meios de produção; elevar, em etapas graduais, a propriedade kolkhosiana ao nível da propriedade de todo o povo; substituir a circulação de mercadorias, igualmente em etapas graduais, por um sistema de intercâmbio de produtos; chegar enfim a um surto cultural da sociedade que assegure a todos os seus membros o desenvolvimento de seus dons físicos e intelectuais em todos os domínios.

O programa de desenvolvimento de nosso país previsto pelo projeto de diretivas é precisamente dirigido no sentido indicado pelo camarada Stálin. A realização das tarefas previstas pelas diretivas sobre o quinto plano quinquenal assegurará a nosso povo novos êxitos em todos os domínios da edificação comunista.

As tarefas colocadas pelo novo plano quinquenal contêm grandes exigências a respeito das organizações do Partido, dos sovietes, das organizações econômicas, sindicais, das organizações do Comsomol, e lhes indicam o dever de mobilizar as grandes massas de trabalhadores para o cumprimento e superação do novo plano quinquenal.

"Seria estúpido acreditar — diz o camarada Stálin —que o plano de produção se reduz a uma enumeração de cifras e de tarefas. Na realidade, o plano de produção é a atividade viva e prática de milhões de homens. A realidade de nosso plano de produções são os milhões de trabalhadores que criam a vida nova".

No passado, o povo soviético já muitas vezes manifestou sua firme vontade não apenas de cumprir, mas também de ultrapassar os planos da economia nacional, graças ao que esses planos eram realizados antes do prazo. Esta vontade de nosso povo explica-se pelo fato de que ele acha nos planos econômicos a expressão de seus interesses vitais e vê, com seus próprios olhos, que a execução dos planos fortalece nosso Estado Soviético, multiplica nossa riqueza social, melhora a vida dos soviéticos, e, de ano em ano, de quinquênio em quinquênio, aproxima nosso país de seu objetivo supremo, o comunismo. (Aplausos).

A vontade dos soviéticos — cumprir e ultrapassar os planos da economia nacional — encontra sua expressão no desenvolvimento da emulação socialista de todo o povo. É fora de dúvida que durante o novo quinquênio, este provado método comunista de trabalho se tornará o método de milhões de soviéticos que o utilizarão para elevar ao máximo a produtividade do trabalho, para executar antes do prazo e ultrapassar com a maior maestria todas as tarefas da produção.

A experiência acumulada durante longos anos da edificação socialista mostra-nos que os êxitos econômicos dependem diretamente da tempera ideológica, marxista-leninista, de nossos quadros, de todos os membros do Partido e do nível da consciência política das grandes massas trabalhadoras.

Durante estes últimos anos, nosso Partido exerceu grande atividade para desenvolver e melhorar o trabalho ideológico. As tarefas da edificação comunista exigem um novo surto do trabalho ideológico do Partido, um novo desenvolvimento do trabalho de propaganda e a elevação do nível teórico dos membros do Partido. Aí está uma das condições principais de nosso movimento para a frente.

Camaradas!

O informe sobre a atividade do C.C. apresentado pelo camarada Malênkov ao Congresso do Partido contém uma análise profunda e detalhada da situação internacional. Uma das características mais notáveis da situação internacional atual é seu agravamento, é a intensificação pelos imperialistas dos preparativos de guerra contra a União Soviética e os países de democracia popular.

Aproveitando-se da situação que se criou após a guerra os Estados Unidos passaram abertamente a uma política que visa à instauração da dominação americana no mundo inteiro Nestes últimos tempos, os monopolistas dos Estados Unidos tentam disfarçar esta política com frases pomposas sobre «a colaboração e as ações concertadas entre os países do mundo não comunista». Mas esses senhores que se cuidem, pois seus planos e seus desígnios não se distinguem em nada dos planos e dos desígnios de Hitler e de seus cúmplices que também queriam estabeleceria dominação mundial mas quebraram a espinha nessa empresa. Seria bom que os novos pretendentes à dominação mundial não o esquecessem.

Durante os últimos anos, os efetivos das tropas terrestres e das forças aéreas aumentaram sensivelmente em todos os países agressivos. Assim, nos Estados Unidos, os efetivos de todas as forças armadas mais que sextuplicaram em relação a 1939. Os efetivos das forças armadas regulares da Grã Bretanha foram multiplicados por 2,5 em relação ao período de pré-guerra. Por ordem dos Estados Unidos, forças armadas são criadas na Alemanha Ocidental e no Japão e forma-se um chamado exército europeu que, segundo os planos dos imperialistas, deve aumentar sensivelmente até o fim deste ano.

Sob a capa de discursos hipócritas a respeito de sua dedicação à paz, o governo americano organiza e dirige em grande escala bases militares fora de seu país e principalmente nos territórios da Alemanha Ocidental, da França, da Grã-Bretanha, do Marrocos francês, da Turquia e do Japão. Os Estados Unidos criaram também suas bases navais de preferência em território estrangeiro e antes de tudo nos mares compreendidos nas fronteiras do bloco do Atlântico Norte.

Não é difícil adivinhar que os Estados Unidos organizam todas essas bases militares, de modo a cercar a União Soviética, com o fim de criarem para si condições favoráveis em caso de guerra.

Nestes últimos tempos, os generais do bloco atlântico que, por ordem de seus patrões de Wall Street, vão de país em país, dão prova de grande atividade belicista. Ora inspecionam as tropas, ora efetuam manobras terrestres, navais e aéreas, ora vagueiam ao longo das fronteiras soviéticas. Só nestes três últimos meses, uma dezena de representantes graduados da camarilha militar americana e britânica visitou a fronteira soviético-turca. O aparecimento desses chacais em uniforme perto de nossas fronteiras não é fruto do acaso. É um dos elementos da preparação, pelos imperialistas, de uma guerra contra a URSS.

Isto prova igualmente que o governo atual da Turquia, tendo perdido todo o senso de responsabilidade em face da sorte de seu povo, e tendo-se transformado num apêndice do bloco americano-britânico, arrasta seu país pelo caminho de perigosas aventuras.

Recentemente, não longe das fronteiras da União Soviética, na zona situada entre as costas Norte da Noruega e a ilha dinamarquesa de Bornholm, verificaram-se manobras combinadas das forças navais do bloco atlântico. Nove países tomaram parte nessas manobras. Com exceção da Noruega e da Dinamarca, os outros países participantes das manobras não têm interesses diretos na zona do Báltico.

As atividades e as intenções do campo imperialista dirigido pelo atual governo dos Estados Unidos envolvem um caráter agressivo e provocador evidente.

Certamente é preciso não subestimar as forcas do campo agressivo, mas é preciso não as superestimar tampouco. Essas forças trazem em si todos os vícios do sistema imperialista que as engendrou.

É preciso não esquecer que o campo capitalista agrupa Estados que não gozam de direitos iguais e que está dilacerado por graves contradições internas. Desfraldando a bandeira do anti-comunismo, os líderes desse campo pretendem que estão criando a «comunidade dos países livres». Mas de que comunidade de países livres poderá tratar-se? Será que os povos dos países arrastados na órbita dos Estados Unidos querem participar dessa «comunidade»? Sentir-se-ão eles afagados com a perspectiva de uma nova guerra de rapina dos monopólios americanos?

Por essa razão, os círculos governantes dos países capitalistas envolvem os povos em mentiras, espalham histórias fantásticas sobre a União Soviética e os países de democracia popular, gritam que é necessário «libertar» estes países do comunismo. Os representantes dos círculos governantes americanos dão prova a este respeito de um zelo todo especial. Eles chegam mesmo a preconizar a «libertação» pela força das armas de uma parte considerável da Europa e da Ásia, referindo-se, nesse sentido à Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Bulgária, Romênia, Albânia, China, República Popular da Mongólia e outros países.

Estes planos insensatos provocam espanto até no campo burguês. Os representantes mais lúcidos desse campo se perguntam: mas esses povos desejarão ser "libertados"?

É uma pergunta razoável. Com efeito, os povos dos países mencionados não têm necessidade dos serviços de tais «libertadores». Se esses povos têm realmente necessidade de se libertar em definitivo de alguém, é dos espiões, dos agentes diversionistas e dos terroristas que para aí enviam continuamente os americanos. (Aplausos). Nenhuma outra "libertação" lhes é necessária, tanto mais quando o mundo inteiro sabe o que significa a «libertação à americana». No passado, era o extermínio desumano das tribos indígenas da América do Norte, a repressão cruel contra o povo filipino, a intervenção militar contra a jovem República Soviética. Presentemente, a «libertação à americana» é a guerra de pilhagem e de conquista na Coréia, os bombardeios bárbaros das cidades e aldeias pacíficas da Coréia, a exterminação das mulheres e das crianças com bombas e bactérias mortíferas.

Os imperialistas americanos encobrem seu banditismo com a mentira da "libertação". Mas a mentira não lhes servirá de aluda. A mentira tem as pernas curtas. Como tais pernas, não se poderá ir longe. (Aplausos).

Na atualidade, o governo dos Estados Unidos está seriamente inquieto com a insuficiente "solidariedade política e moral" dos países aderentes ao Bloco Atlântico. E provavelmente, por isso, exalta-se de modo especial a ajuda americana aos países que fazem parte desse bloco. Mas a significação da "ajuda" americana é muito conhecida. É a pilhagem direta desses países e sua subordinação ao domínio americano. Prestando "ajuda" a seus satélites, o governo americano se atém à regra em uso no mundo capitalista: "Toma isto de que não necessitamos", e lhes enviam suas mercadorias encalhadas e seus armamentos obsoletos. A ajuda militar e econômica aos outros Estados é empregada para arrastá-los à preparação ativa de uma nova guerra mundial.

Caracterizando a situação atual que se criou no mundo capitalista, o camarada Stálin diz:

"Externamente, parece que tudo "vai bem": os Estados Unidos puseram no regime de tutela a Europa Ocidental, o Japão e outros países capitalistas. A Alemanha (Ocidental), a Inglaterra, a França, a Itália, o Japão, nas garras dos Estados Unidos, executam obedientemente as suas ordens. Mas seria um erro supor que este "bem-estar" possa conservar-se "eternamente", que estes países suportarão para sempre a dominação e o jugo dos Estados Unidos e que não tentarão livrar-se do cativeiro americano e tomar o caminho do desenvolvimento independente"(1).

As contradições e as dificuldades internas dos participantes do bloco atlântico impedem a realização de seus planos agressivos. Mas nosso poderoso campo da paz e da democracia os impede ainda mais.

Os trabalhadores dos Estados democráticos populares conquistaram êxitos notáveis sob a direção de seus Partidos Comunistas e Operários em todos os domínios da vida econômica, estatal e social. Estes êxitos são a ]5rova concreta de que os países do campo democrático tornaram-se muito mais fortes do que eram antes da guerra, sob os antigos regimes anti-populares.

Os países do campo democrático popular organizaram entre si uma colaboração econômica permanente. Na base dessa colaboração acha-se o desejo sincero de ajudar-se mutuamente e de estimular o surto econômico geral, o que assegura ritmos rápidos do desenvolvimento da indústria nesses países.

Tal é a diferença nas relações entre os países do mundo capitalista e os do mundo socialista. Entre os capitalistas, elas são relações de dominação e de subordinação que conduzem à ruínae à servidão dos países de economia débil. Entre nós, elas são relações fundadas na igualdade de direitos, relações de amizade fraternal que conduzem ao progresso econômico geral.

O campo da paz e da democracia, que se estende do Elba ao Pacífico, está impregnado do entusiasmo da edificação pacífica e do desejo de manter a paz durante longos anos. Mas convém notar que em caso de necessidade ele possui forças armadas completamente modernas e suficientemente poderosas.

Que os senhores capitalistas saibam e se lembrem de que uma nova guerra mundial é mais perigosa para o capitalismo do que para o campo da democracia. Se eles a desencadearem, isto suscitará uma potente réplica armada de todos os povos amantes da liberdade, que não pouparão suas forças para liquidar definitivamente com o capitalismo. (Vivos aplausos).

De qualquer modo, temos que dar prova constantemente de alta vigilância e elevar nossa capacidade de réplica ao agressor. A experiência histórica nos ensina que quanto mais as posições do imperialismo se enfraquecem, tanto mais aumenta o perigo de aventuras militares de sua parte, e tanto mais fortes são as intenções dos imperialistas de restabelecer seus claudicantes negócios às custas da União Soviética.

Assim é-nos necessário hoje, como ontem, reforçar por todos os meios nosso Exército, nossa Aviação e nossa Marinha militar. A incessante preparação para o combate de nossas forças armadas e das forças armadas de todo o campo democrático, é a garantia mais segura contra toda eventualidade.

Nosso Exército e nossa Marinha têm como finalidade a defesa de sua pátria, a proteção ao trabalho pacífico do povo soviético. Somos pela paz e fazemos uma política de paz, uma política que visa a prevenir a guerra. Entretanto todas as propostas do governo soviético visando a assegurar a paz são rechaçadas pelo governo americano e pelos que estão sob suas ordens. Elas são recusadas porque fazem fracassar a mentira dos fautores de guerra e seus planos agressivos. Ameaças odiosas são proferidas e manobras de intimidação as mais absurdas são realizadas contra a União Soviética.

A isto só podemos dizer o seguinte:

É em vão que vos estafais, senhores imperialistas! O grande povo soviético não faz parte dos medrosos e as ameaças não o intimidarão. Entretanto, se as coisas chegarem aos limites extremos, nosso povo saberá defender-se e salvaguardar os interesses de sua pátria. (Vivos aplausos). Se for necessário, as forças armadas soviéticas saberão dar a réplica a qualquer agressor, segundo todas as regras da arte militar soviética. (Tempestade de aplausos).

Camaradas!

O presente Congresso de nosso Partido realiza seu trabalho em dias que nos aproximam do 35.° aniversário da Grande Revolução Socialista de Outubro.

Na véspera da Revolução de Outubro, a Rússia estava à beira do abismo: estava ameaçada de perder sua independência nacional e ser reduzida à condição de colônia dos imperialistas estrangeiros. A Rússia tinha sido levada a essa situação por suas classes dirigentes — os proprietários de terra e os capitalistas.

A Grande Revolução Socialista de Outubro abriu uma nova era na história de nossa pátria. Nosso Partido, depois de ter organizado a aliança da classe operária e do campesinato trabalhador, chegou, por meio dessa revolução, a derrubar o poder dos capitalistas e dos grandes proprietários de terras, a organizar a. ditadura do proletariado, a liquidar o capitalismo, a destruir a exploração do homem pelo homem e assegurar a construção da sociedade socialista.

Sob a direção do Partido, nosso povo realizou o preceito do grande Lênin sobre a transformação de nosso país em país rico e poderoso.

Agora a tarefa principal de nosso Partido é construir a sociedade comunista, passando gradualmente do socialismo ao comunismo. A execução da quinto quinquênio stalinista será um importante passo nesse caminho.

As vitórias de nosso povo têm uma importância histórica mundial. Já entramos desde há muito na fase em que os trabalhadores do mundo inteiro vêem os resultados concretos da grande obra que realizamos. Graças aos êxitos da edificação socialista, nosso país tornou-se um centro de atração para os trabalhadores, para os homens avançados do mundo inteiro. No exemplo de nosso país, todas as pessoas honestas vêem o que os trabalhadores podem obter quando eles próprios dirigem o Estado e quando são guiados por um partido como o nosso.

A força de nosso Partido está na teoria avançada que o guia, na teoria marxista-leninista; a força de nosso Partido está em seus laços estreitos, indissolúveis, com o povo, em sua capacidade de conduzir as massas para a realização de tarefas históricas; a força de nosso Partido está em sua unidade monolítica.

Nosso Partido chegou a seu XIX Congresso unido e estreitamente.agrupado em torno do Comitê Central leninista-stalinista, em torno do camarada Stálin. (Vivos aplausos).

Viva a grande e invencível bandeira de nosso Partido, a bandeira de Lênin e Stálin! (Aplausos prolongados).

Viva nosso guia e educador, o grande Stálin! (Tempestade de aplausos prolongados. Todos se levantam. Aclamações: "Pelo grande Stálin, hurra!")


Notas de rodapé:

(1) J. V. Stálin — "Problemas Econômicos do Socialismo na URSS", pag. 33 — Editorial Vitoria, Rio. (retornar ao texto)

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Inclusão 02/11/2011