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No início dos anos 1950, a direcção da Internacional tenta, sob o impulso de Michel Raptis (Pablo), redefinir um projecto político coerente. Em Abril de 1950, começa a guerra da Coreia. Os anos 50 são marcados pelo clima de Guerra Fria, o maccarthismo nos Estados Unidos, o processo e a execução dos Rosenberg, o início da experiência auto-gestionária jugoslava, o nascer da revolução colonial no Egipto ou na Bolívia em 1952. Em 1953, os operários de Berlim-Leste revoltam-se. Em 1954, o imperialismo francês é derrotado em Diên Biên Phü e a guerra de libertação argelina começa em La Toussaint. O ano seguinte assiste (por iniciativa da Índia, do Egipto, da Jugoslávia) à conferência dos países não-alinhados, em Bandoung. Em 1956, Nasser nacionaliza o canal do Suez, Khrushchov denuncia os crimes de Estaline no seu relatório ao XX Congresso, Mao lança na China a campanha das Cem Flores, Varsóvia e Budapeste insubordinam-se contra o jugo burocrático, a revolução húngara é esmagada pelos tanques soviéticos. Em Cuba, uma dúzia de barbudos escapados do desembarque do Granma inicia a luta armada contra a ditadura de Batista.
No início desta década, é claro que o capitalismo não se vai afundar sob o peso das suas contradições, e que a burocracia soviética consolida a sua dominação sobre os países da Europa de Leste, enquanto que a extensão da revolução na Jugoslávia e China e o crescimento da revolução colonial agudizam as suas contradições.
A orientação que se desenha então na Internacional está directamente ligada ao prognóstico de uma nova guerra mundial iminente. Esta "guerra por vir" assumiria a dinâmica de uma guerra civil mundial ou de uma "guerra-revolução". No contexto da Guerra Fria, esta eventualidade não tinha nada de inverosímil. Em Março de 1951, Pablo publica um artigo intitulado: "Para onde vamos?", em que analisa "a realidade social objectiva" como "composta essencialmente do regime capitalista e do mundo estalinista". Estes elementos constituem "a simples realidade objectiva" pois, quer o queiramos quer não, "a esmagadora maioria das forças opostas ao capitalismo são actualmente dirigidas ou influenciadas pela burocracia soviética". Esta oposição coloca lado a lado um sistema social, o capitalismo, e uma noção vaga, o mundo estalinista. Esta ambiguidade teórica é reforçada pela convicção de que "a transição [do capitalismo para o socialismo] ocupará provavelmente um período histórico de alguns séculos". O estalinismo parece então pertencer à longa época de uma passagem, mais duradoura do que previsto, entre capitalismo e socialismo. Um raciocínio próximo, conduziu o economista Charles Bettelheim e Gilles Martinet a considerarem o estalinismo como um aliado estratégico e a acomodar-se como num estratagema da razão histórica.
Em si, a formulação dos "séculos de transição" não tem nada de herético. Se a conquista do poder é um acontecimento político, a transformação das relações sociais é um processo histórico cuja duração ninguém pode pré-determinar. Mas, associada a uma visão do mundo inteiramente estruturada pelo confronto entre imperialismo e o "mundo estalinista", esta hipótese pode tornar-se a justificação de uma realpolitik alinhada com um dos campos em presença. É o que vale a Pablo, da parte dos seus opositores, a acusação de "campismo" e de conciliação com a burocracia soviética.
O debate complica-se ainda com uma questão espinhosa: a compreensão das revoluções jugoslava e chinesa e a caracterização das suas direcções. Nos dois casos, os trotskistas foram vítimas da repressão burocrática. Na China, os seus dirigentes foram presos desde a chegada ao poder do Partido Comunista, em 1949. Na Jugoslávia, os trotskistas de Belgrado foram liquidados em 1941. Confundindo o movimento de massas e a sua direcção, uma estalinofobia compreensível pode então conduzir ao sectarismo. É portanto ainda mais meritório não ver os grandes acontecimentos históricos pelopequeno buraco de agulha dos interesses particulares de grupo e de partido. Contrariamente à assimilação estrutural da Europa de Leste, as revoluções jugoslava e chinesa são saudadas pela maioria da Internacional como autênticas revoluções conducentes a um conflito inevitável com o conservadorismo burocrático do Kremlin. Pablo utiliza, para o explicar, uma pequena frase do Programa de Transição considerando que em "certas circunstâncias", certos partidos estalinistas possam ir mais longe do que queriam na via da ruptura com a burguesia. Entre admitir que os partidos estalinistas possam dirigir revoluções (a construção de novos partidos revolucionários é ainda necessária?) e negar que se trate de revoluções (invocando o desenvolvimento histórico do colectivismo burocrático ou projectando um auge planetário de revoluções pequeno-burguesas), a via é estreita.
Conciente do perigo deste double bind(1), Ernest Mandel submete ao debate, em Janeiro de 1951, Dez Teses alertando contra a generalização de casos específicos, que tornava inútil a construção da IV Internacional. Ele distingue o expansionismo soviético na Europa de Leste da conquista revolucionária do poder dos partidos chinês e jugoslavo. Mas a resposta mais clara às teses de Pablo vem do secretário da secção francesa, Marcel Bleibtreu, que rejeita uma teria dos blocos e dos campos nos quais se arrumariam em desordem classes, Estados, nações. Ele recusa a hipótese de uma sobrevivência prolongada da burocracia termodiriana que levaria a água ao moinho da teoria do colectivismo burocrático. Ele vê nas massas camponesas e operárias a base social do estalinismo chinês. Mantém a defesa da URSS, mas subordina-a ao desenvolvimento da revolução mundial. Bleibtreau levanta, finalmente, uma questão de método decisiva. A subordinação dos PC à burocracia soviética não decorre de uma espécie de espírito do estalinismo erigido em abstracção metafísica, mas de um processo histórico singular, que há que estudar em cada caso concreto. A estalinização do PC francês, consumada no início dos anos 1930, é diferente da do PC italiano clandestino no exílio, ou da do PC espanhol, a quem faziam concorrência os anarquistas e o POUM (Partido Operário de Unificação Marxista). Um partido comunista que trava uma luta de classes para a conquista do poder em contradição com as consignas do Kremlin, não pode ser caracterizado estritamente como estalinista, sob pena de privilegiar os critérios ideológicos em detrimento da análise social e histórica. É o caso do Partido Comunista jugoslavo, cujas relações conflituosas com a burocracia soviética após 1941 e a resistência à partilha dos Balcãs decidida em Ialta, não foram conhecidas senão posteriormente. É também o caso do Partido Comunista chinês que, escaldado pela tragédia de 1927, não se quis subordinar ao Koumintang na resistência anti-japonesa e recusa, contrariamente ao Partido Comunista grego, entregar as armas aquando dos acordos de Tchongking, quando o Kremlin ajudava o partido de Tchang Kai Check a restabelecer a sua autoridade na Manchúria. As relações conflituosas após os anos 30, entre a direcção maoísta da Longa Marcha e os quadros estalinistas formados em Moscovo, mal conhecidas na época, estão hoje esclarecidas por numerosos documentos e testemunhos.
No que respeita à construção da Internacional e das suas secções, a perspectiva desenhada pouco a pouco por Pablo é a de um entrismo generalizado nos partidos de massas, sociais-democratas (o que não inova em nada relativamente às posições de Trotsky nos anos 30) ou estalinistas (o que é mais inédito), ou nos partidos populistas anti-imperialistas do Terceiro Mundo como o MNR boliviano. Este entrismo é qualificado de sui generis no sentido em que é acompanhado do manter de uma actividade pública independente das secções, reduzida, na maioria das vezes, à publicação de um órgão de imprensa confidencial.
Mas a orientação é explosiva na medida em que ela empenha os militantes a juntarem-se a partidos que eles combateram abertamente durante anos e dos quais sofreram muitas vezes a perseguição política ou a agressão física. É esse a fortiori o caso quando se trata de partidos monolíticos, formados num anti-trotskismo visceral, que não oferecem muito de vida democrática. Não é de espantar que a maioria da secção francesa tenha recusado entrar num partido comunista considerado como um dos mais estalinistas do movimento comunista internacional.
As razões invocadas para esta viragem entrista partem da preocupação legítima de "integração no movimento real das massas", tanto mais que os partidos tradicionais retomaram após a guerra a sua posição eleitoral e sindical dominante no movimento operário. Mas esta iniciativa inscreve-se numa visão estratégica a longo prazo fundada sob o prognóstico adivinhatório de uma "guerra-revolução iminente", a qual constrangeria os partidos estalinistas a esquerdizar as suas políticas para defenderem as relações sociais não-capitalistas sobre as quais repousa o poder da burocracia soviética.
Reunido em 1951, o III Congresso da IV Internacional reunirá 74 delegados de 25 países. A caracterização dos países da Europa de Leste ocupa nele um lugar importante. Eles são definidos maioritariamente como "Estados operários burocraticamente deformados" desde a sua origem, pela imposição de novas relações sociais sem revolução a partir de baixo. Parece, porém, delicado datar o evento pelo qual essa transformação teria tido lugar. Essa dificuldade implica com efeito reexaminar a própria revolução russa: o critério da mudança revolucionária reside na formação de um poder político auto-organizado ou na expropriação da burguesia, na forma política ou no conteúdo social da emancipação?
O Congresso confirma os preparativos de uma nova guerra mundial. Sublinha o papel da economia de armamento no relançar do crescimento. O seu Manifesto afirma que a luta pela derrota do imperialismo não se confunde com uma luta pela vitória do Kremlin. Regista o facto de certos partidos comunistas, escapando à estrita subordinação relativamente à União Soviética, não poderem já ser propriamente vistos como estalinistas, mesmo se o seu regime interno, como a sua relação com os movimentos de massa, é profundamente marcado pelo estalinismo. Distancia-se de Belgrado, cujos representantes na ONU recusaram condenar a intervenção americana na Coreia, e prevê finalmente uma aproximação entre a URSS e a China face à ameaça da guerra, pronunciando-se por um apoio sem reservas às lutas militares de libertação nacional (na Argélia, em Cuba, no Vietname, na Nicarágua).
No seu relatório introdutório, Pablo lembra que a insistência na defesa da URSS e da China "permite-nos estar no mesmo campo que as forças revolucionárias mundiais opostas às do imperialismo". Sob a influência do argentino Posadas, ele corrige o tiro sobre o populismo latino-americano que recusa assimilar a uma forma de fascismo subdesenvolvido. Na sua resposta, Bleibtreu e Gibelin acusam Pablo de transformar a defesa da URSS em linha estratégica a partir de uma especulação sobre os "séculos de transição". Admitindo a probabilidade de uma nova guerra, eles calculam, porém, que as margens do compromisso entre o imperialismo e o Kremlin permitem antever um abrandamento de "dois a quatro anos" que haveria que saber aproveitar para dar toda a sua importância ao novo fôlego revolucionário.
No seguimento do congresso, a direcção da Internacional adopta o entrismo suigeneris. A maioria da secção francesa fica-se pela adopção de um "entrismo subsidiário". O Secretariado Internacional suspende então os 13 membros maioritários do comité central francês. Ratificada por 5 vozes contra 4, a moção lança fogo no paiol, levantando de uma só vez o espinhoso problema do grau de centralismo ligado à noção constitutiva de "partido mundial". O centralismo autoritário dos estatutos será corrigido bem mais tarde, no X Congresso, de 1974, estabelecendo a inamovibilidade das direcções nacionais eleitas, e depois por uma resolução de 1985 sublinhando que são as secções que aderem à Internacional, e não os membros individuais. Esta resolução sobre "a Internacional das secções" dá uma interpretação modesta do "partido mundial" e acentua o seu carácter federalista.
Apesar da importância política e teórica das questões debatidas no III Congresso, não se produziram fracturas importantes. Após o congresso, em contrapartida, a crise da secção francesa liberta forças centrífugas. A cisão propaga-se na Internacional em 1952-1953. Ela acresce o peso das determinações nacionais que se irão tornar predominantes, nomeadamente na corrente dirigida por Pierre Lambert em França (da qual Marcel Bleibtreu e Michel Lequenne são excluídos em 1955), ou por Gerry Healy, na Inglaterra. Num primeiro momento, o SWP americano, por via do seu representante no secretariado internacional, tinha aprovado as orientações maioritárias, incluindo as medidas disciplinares contra a maioria da secção francesa. Mas na rota do maccarthismo, submetido a um isolamento forçado e a pressões liquidatárias, os seus dirigentes reagem. A preparação dos documentos para o IV Congresso Mundial precipita a ruptura.
Um relatório apresentado por Pablo no início de 1952 explicita, com efeito, a vontade de ultrapassar uma etapa em que as secções se reduzem praticamente a grupos de propaganda. No período imediato após a guerra, "cheio de possibilidades revolucionárias", era "lógico tentar uma experiência de trabalho essencialmente independente", mas a Guerra Fria impõe o entrismo como linha geral: "Procurar substituir do exterior a direcção burocrática das massas opondo-lhe as nossas próprias organizações independentes arriscaria, nestas condições, isolar-nos dessas massas." Este entrismo nos partidos de massa não tem por fim a sua transformação ilusória em partidos revolucionários, mas favorecer o desenvolvimento de tendências críticas no seu seio. O perigo não está em lá ficar demasiado tempo, mas de "avançar depressa demais", confundido "os movimentos de uma vanguarda restrita com a radicalização da grande massa". O II Congresso teria então apenas esboçado uma reorientação necessária, ao "quebrar qualquer barreira doutrinal formalista e esquemática". A partir de agora, era preciso aprender a "começar por onde as próprias massas começam". O projecto de resolução para o IV Congresso vai mais longe: "Nós não podemos nem queremos saltar etapas... queremos fundir-nos na acção com o movimento da classe no seu nível actual, na acção e não no programa. nós assumimos a classe tal como ela é. A forma importa pouco." Os partidos de massa tornam-se "terrenos de trabalho". Em menos palavras, "a Internacional realiza os progressos mais importantes desde o seu nascimento, e em vias de seguir em quase todo o lado com o real movimento das massas, não se distinguindo dele a não ser na sua consciência marxista revolucionária". Pois "a lógica da situação internacional é trotskista".
Esta retórica triunfalista sublinha bem o afastamento entre uma vontade de integração no movimento real e as profissões de fé propagandísticas. Se o "pablismo" foi muitas vezes o título de um falso processo, ele resume perfeitamente uma tendência para confiar mais na influência das ideias, do que nas relações de forças efectivas, no papel dos indivíduos mais do que no colectivo, no sentido da oportunidade mais do que numa cultura organizativa.
As duas grandes correntes internacionais saídas da cisão de 1952, exprimem grosseiramente duas formas de romper o isolamento, aproximando-se dos partidos estalinistas; refugiando-se à sombra da social-democracia, do sindicalismo corporativo, ou mesmo da franco-maçonaria, no caso do lambertismo. Constituem-se, assim, um pólo em torno do Secretariado Internacional; e um pólo em torno do Comité Internacional, cujos principais componentes são o SWP nos Estados Unidos, a Socialist Labour League na Grã-Bretanha, a OCI em França, e o grupo de Nahuel Moreno na Argentina. Na América Latina, a cisão reveste uma forma particular, em que a personalidade de dois dirigentes argentinos, Juan Posadas (Homero Cristalli) e Nahuel Moreno (Hugo Bressano) joga um importante papel. Os seus grupos tinham-se oposto quanto à atitude a adoptar face ao movimento peronista. Enquanto o Grupo Comunista Internacionalista de Posadas defendia uma iniciativa de acompanhamento dos operários peronistas, o Grupo Operário Marxista de Moreno caracterizaria o peronismo como um fenómeno semi-fascista, destrutivo do movimento operário. Nenhum dos dois tinha sido reconhecido como secção oficial pelo II Congresso, de 1948. A dinâmica fraccional salda-se, em contrapartida, pelo reconhecimento do GCI, no III Congresso, e Posadas vê-lhe confiada a animação de um Comité Latino-americano. Moreno replica rapidamente com a criação de um Secretariado Latino-americano. A divisão dos trotskistas na América Latina está consumada por muito tempo.
Menos de dez anos mais tarde, a grande maioria dos protagonistas consideram a cisão de 1952-1953 politicamente injustificada. Ela provocaria longos desgastes de que é necessário retirar alguns ensinamentos.
Finalmente, as relações entre uma organização internacional e as secções nacionais são sempre delicadas. Num congresso nacional, aqueles que votam uma orientação, deverão assumir directamente as consequências da sua decisão, nomeadamente rectificando-a sob a base de uma experiência comum. É um princípio de responsabilidade e de realidade. Em contrapartida, é pouco democrático numa organização internacional fazer votar os militantes de base franceses ou americanos sobre a táctica eleitoral ou sobre as prioridades de construção na Bolívia e reciprocamente. A função de uma organização internacional é a de adoptar uma posição comum face aos grandes acontecimentos mundiais (sem esconder a existência inevitável de posições minoritárias eventuais) e de deixar às secções a mais ampla autonomia na condução da sua política nacional.
Resta saber se o "pablismo", diabolizado pelos seus detractores a ponto de se tornar uma etiqueta infamante, constitui uma realidade ou se trata antes de uma noção mítica inventada pelas necessidades polémicas. No fim dos anos 1940, as condições nas quais foi criada a IV Internacional tinham consideravelmente mudado. O seu projecto devia ser redefinido. Pablo teve a audácia de assumir esse aggiornamento. O seu esforço podia sem dúvida conduzir à procura de substitutos e de atalhos, num contexto em que o proletariado dos países industrializados parecia mais afastado do que nunca de uma perspectiva revolucionária. Outros procuraram esses substitutos no lado do movimento comunista (foi o caso de grupos muito minoritários como o de Michèle Mestre, em França); outros na formação de correntes "centristas", hesitando entre o reformismo e a revolução capitalista; outros, ainda, no lado da revolução colonial (o próprio Pablo torna-se conselheiro próximo de Makarios, no Chipre, e de Ben Bella, nos primeiros anos da revolução argelina). Outros, finalmente, opuseram um substituto a outro: a incrustação na burocracia sindical da FO, na França, pela corrente lambertista, ou a reviravolta a 180 graus de Moreno, fazendo em 1955 a apologia de Perón. A maioria daqueles que pretendiam combater esta impaciência não escaparam a um propagandismo fora de tempo ou a uma ortodoxia doutrinária.
Pablo soube, desde os anos 1950, abordar com audácia questões como a libertação das mulheres, a autogestão, a democracia socialista. A sua solidariedade activa com a revolução argelina (foi julgado na Holanda, em 1962, por fabrico de dinheiro falso que servia para financiar o fabrico de armas para a FLN), ou a sua acção em favor dos republicanos irlandeses, testemunham o seu sentido de iniciativa. Tendo deixado a IV Internacional para criar a Tendência Marxista Revolucionária Internacional, em 1964, na base de divergências sobre o conflito sino-soviético e sobre o apoio aos movimentos de libertação em Angola, voltou a integrá-la, alguns anos antes da sua morte (em 1998), como se esse regresso a casa devesse dar uma coerência à sua longa vida militante.
Notas:
(1) N.T.: A expressão double bind diz respeito à existência de sinais contraditórios na mesma mensagem (retornar ao texto)
Este texto foi uma colaboração |
Inclusão | 06/04/2010 |
Última atualização | 14/04/2014 |