A Defesa Acusa
De Babeuf a Dmítrov

Marcel Willard


DISCÍPULOS E ÊMULOS
HERÓIS ROMENOS


OS FERROVIÁRIOS DE BUCARESTE

capa

Os operários romenos contam-se entre os mais mal pagos da Europa. Como consequência do desemprego parcial que se seguiu à crise, havia, no dizer do antigo ministro dos Transportes, Eduardo Mirto, ferroviários que não chegavam a ganhar 50 lei por mês!

Em fevereiro de 1933, os ferroviários estavam em greve. Em Bucareste, ocupavam as oficinas. Depois de um sítio de 24 horas, o governo desalojou, a rajadas de metralhadoras, 7.000 grevistas desarmados: mais de 400 mortos, mais de 300 feridos, 2.000 prisioneiros, torturados. No decorrer do massacre, a polícia matara, por engano, um dos seus. Os operários sobreviventes foram acusados de rebelião e de homicídio.

Em junho, o conselho de guerra de Bucareste condenou dois à prisão perpétua, 106 a cinco séculos de reclusão, A indignação internacional é tal que o recurso dos oito acusados principais é recebido, seu julgamento cassado e devolvido para o conselho de guerra de Craiova. Em Craiova, pequena cidade de acantonamento de tropas, sem proletariado, parece mais fácil subtrair o processo ao controle das massas mobilizadas. É aí que se espera abafar a voz de um Constantin Doncea, do mesmo modo como, dois anos depois, se pretenderá abafar a voz de Ana Pauker.

Calculo vão: apesar do estado de sítio e do terror, quando o caminhão celular chega à estação central de Bucareste, os prisioneiros são aclamados. Em Craiova, são as testemunhas da defesa que se manifestam, Uma delegação de operários traz-lhes ovos e presentes, pede sua libertação. A solidariedade internacional consegue exprimir-se em plena audiência. Os ferroviários dã França lá estão representados por três delegados, que são ouvidos na barra do tribunal.(1)

Qual era o jogo da acusação? Fazer demonstrar pelos acusados menos resistentes à tortura, pelos provocadores, pelas testemunhas de acusação, que o nível de vida dos ferroviários não justificava a greve, a greve tinha sido inútil, os grevistas tinham atirado sobre a tropa e a morte do policial era obra sua.

É essa sabia construção que o punho de um operário saberá demolir. Esse operário é Constantin Doncea. Fiel à tradição heróica dos Chalain, dos Varlin, dos Ferré, da Primeira Internacional, sacrifica deliberadamente sua própria defesa à defesa coletiva, à defesa das massas.

Fala em nome de seus irmãos de trabalho e de combate, dos quais permanece como delegado, homem de confiança, chefe, como o era quando no trabalho. Fala ao§ juízes, como antes falava aos representantes do patrão, da administração. Fala em nome de sua classe, em nome de seu povo.

E sua linguagem é simples e nua. Seus golpes são diretos. Pouco se importa com indispor o tribunal, com poupar a fera!

— “As palavras que, como simples operário, vou pronunciar aqui, vivamente e sem disfarçar a verdade, há muito que esperavam ser pronunciadas. Posso, enfim, explicar-me perante milhares de operários, que me concederam sua confiança e me elegeram seu chefe. A eles e só a eles é que devo todas as minhas explicações. Só a eles devo prestar conta do meu mandato”.(2)

E, durante duas audiências, Doncea, sem dizer uma palavra de si, mostrará ao vivo os sofrimentos dos ferroviários romenos, acusará a administração das estradas de ferro, o governo, a burocracia sindical reformista, os espiões.

Uma das testemunhas, Bogatoiu, social-democrata, antigo coacusado de Doncea, só foi condenado a um ano de prisão. Por que? Porque se vangloria de ter-se defendido pessoalmente. Ao passo que os outros... A réplica de Doncea parece assinada por Dmitrov:

— “É verdade”, diz, “que resolvi não me defender pessoalmente, mas, justamente, defender, com todas as minhas forças, os operários que eu representava. Quanto a Bogatoiu, só teve em mira defender sua pessoa. E, visto como traiu assim os operários que o tinham eleito, o Sr. procurador militar abrandou seu requisitório. Quanto a mim, não quis trair. Lutei pelo pão dos operários e só a morte me impedirá de continuar. Continuo posto de comando que a classe operária me confiou. Todos os camaradas que aqui estão no banco dos réus e eu próprio, deliberamos sacrificar-nos sem nenhuma hesitação”.

E, em seu banco de réu, Doncea fala como chefe: condena (com que elevação!) a traição:

— “Meus amigos perguntaram-me se te considero como espião. Respondi que não. Estou convencido de que não o és. Considero-te, porém, como a mais autentica personificação da covardia”.

No fim da audiência, o antigo camarada assim condenado pede perdão. Aproxima-se de Doncea e, entre dois soluços, exclama: “Olha o que me fizeste! Tu me mataste! Há seis meses que não posso mais sair à rua. Todo o mundo me trata de traidor!”

Muitas vezes é difícil desmascarar publicamente um espião e pô-lo, assim, em condições de não poder prejudicar. Doncea, isolado do mundo exterior, algemado, ameaçado, consegue-o. Um desses agentes provocadores tinha conseguido fazer-se eleger secretário da Federação dos Ferroviários. Ei-lo que comparece à barra. Interrogam-no sobre o estado de espírito dos operários antes da greve.

— “Onde a testemunha”, pergunta bruscamente Doncea, “obteve essas informações sobre o estado de espírito dos operários?”

A testemunha, apanhada na armadilha, reconhece ter tido, entre os operários, quatro “informantes”. Doncea confunde-o.

Perante Doncea, os burocratas reformistas, que veem dar aos acusados o coice do burro, ficam em má situação. É o caso da testemunha Oprescu, que se atira a um dos militantes, mais visados. Doncea é quem contra-ataca. Aperta de tal forma esse agente do inimigo, que ele não hesita em mendigar o socorro do presidente para escapar aos golpes demasiados precisos e cobrir a retirada;

— “Sr. presidente, aqui sou eu quem parece acusado e Doncea o acusador. Esse papel absolutamente não me convém”.

No decorrer desse processo, a acusação queria provar demasiado: para demonstrar que os operários tinham atirado, policiais tinham esburacado, fotografado depois, a parede de uma igreja que fica defronte das oficinas de Grivitza. Mas o sacristão e o cura tinham surpreendido a operação. A indignação popular era tal, que não hesitaram em testemunhar.

Os debates duraram 24 dias. Os dois principais acusados foram condenados a 15 anos de trabalhos forçados, quatro outros a 12, outro a 5 e o último a 18 meses.

Mas a defesa de Doncea, e de seus camaradas, sua defesa acusadora contribuirá poderosamente para glorificar a greve de fevereiro, para denunciar a opressão administrativa e policial, para mostrar como é possível enfrentá-las, reunir as massas populares num impulso de solidariedade que não é sem futuro.

UMA LOUISE MICHEL ROMENA: ANA PAUKER

“Que mulher admirável essa Ana Pauker!” Foi a primeira exclamação da Sra. Eliane Brault, secretaria da União Internacional dos Partidos Radicais e adida ao gabinete do ministro Bastid, quando de sua volta de Craiova.

De modesta família de trabalhadores judeus, a jovem Ana priva-se do necessário para concluir seus estudos e ingressar no ensino.

Nessa Romênia dos boiardos, em que os judeus são perseguidos. em que os comunistas são tratados como criminosos de direito comum, a judia Ana Pauker consagrou sua vida ao apostolado do comunismo. Mãe — e mãe carinhosa — de três filhos, essa animadora intrépida partilha sua esplêndida energia entre seu Partido, o movimento das mulheres, o movimento das jovens e o Socorro Vermelho Internacional.

Presa pela primeira vez, acusada de agitação, posta em liberdade sob a pressão popular, só deixa seu posto quando a Sigurantza a persegue demasiado avidamente. Retoma-o, volta ao trabalho. E eis que um dia, a 12 de julho de 1935, é presa em companhia do militante Jordan Koleff,

— “Atira, atira, com todos os diabos”, ordena o comissário Turcu ao seu ajudante Beduroff.

Beduroff atira. Ana é seriamente ferida, com ambas as coxas varadas de bala. Koleff toma o revólver. A multidão aglomera-se em volta do táxi. Por sorte é que Ana e Koleff não foram mortos pela polícia.

Atiram Ana na terrível prisão de Vacaresti. Recusam extrair-lhe a bala. Esperam que a gangrena entre em ação. Fazem a ferida deitar-se numa taboa, numa masmorra gelada. Racionam- lhe a alimentação infecta. Esperam também que a tuberculose entre em ação, tuberculose que limpa, pelo vácuo, as prisões romenas. Confiam que, assim, será reparada a falta de pontaria que impediu a tarefa fosse logo liquidada.

Contra ela, nenhum fato preciso, nenhum documento. Que fazer? A Sigurantza confia nas confissões espontâneas. Ana, porém, recusa-se obstinadamente a responder. Então, uma ou duas vezes por semana, arrastam-na de sua cela à outra extremidade de Bucareste, para o conselho de guerra que está fazendo a instrução do processo.

Não está só: são 19, seis dos quais mulheres. A maioria gente muito jovem. Seu crime? “Agitação”. Essa acusação cômoda tem a vantagem de não exigir do juiz nenhum esforço de imaginação. A atividade antifascista é identificada com o comunismo. É um delito que se paga com dez anos de cadeia. Dez anos numa prisão romena equivale à morte, mais dia, menos dia. E, já que Ana Pauker não se verga, será suprimida.

O povo. porém, vela. Murmura ou grita: “Liberdade para Ana Pauker!” E esse apelo contagia-se a todas as capitais. Ressoa em Paris, Praga, Madrid, Londres.

O terror agrava-se, não obstante, na Romênia. A influência hitlerista progride a olhos vistos. O trigo, a soja, o petróleo, o reajustamento do Dr. Schacht facilitam a tarefa aos agentes bem pagos, bons pagadores do Dr. Goebbels. A Guarda de Ferro, que assassinou o antigo ministro Duca, o Partido nacional-cristão dos antissemitas Cuza e Goga, a Frente Romena, do antigo presidente do Conselho Vaida, tais são as forças paramilitares do hitlerismo romeno, apoiadas pelo rei Carol e que o governo Tataresco, desembaraçado do francófilo Titulesco, não desaprova.

Os advogados fascistas de Bucareste apossam-se pela força do Conselho da Ordem. Os defensores de Ana Pauker, a começar pelo valente Patrascanu, serão boicotados, excluídos, sendo que o próprio Patrascanu não tardará a comparecer perante o conselho de guerra, como “moralmente responsável” pela greve dos ferroviários de 1933. Enviam-se cartas e ameaças a Maria Verone, a ilustre advogada e feminista francesa, que aceita a missão de defender Ana Pauker e uma grave operação retem em Paris.

Será ainda em Craiova, ou, mais exatamente, a alguns quilômetros de Craiova, longe de todo controle popular, que se verificará o processo, depois de muitos adiamentos. O conselho de guerra reunir-se-á num refeitório de caserna, protegido por uma metralhadora e por uma fila de baionetas.

Mas a vigilância e a solidariedade do povo conseguirão forçar essas barragens. Uma delegação de mulheres francesas (As Sras. Eliane Brault, Cesar Chabrun, Bombard-Stodel); uma delegação belga (a deputada operária Isabelle Blume e uma Advogada, a Sra. Pereboom, da Associação Jurídica Internacional); um jornalista estrangeiro, Stefan Priacel, do Petit Journal.

Ana em sua prisão. Já em fevereiro, perante um jornalista, tinha caracterizado o processo e o papel dos acusados:

— “Nosso processo”, dissera, “é o processo do antifascismo, não temos de que nos defender. O que temos a fazer é o mais duro libelo contra o fascismo”.(3)

Ela usaria da palavra, assim como seus coacusados.

Isabelle Blume, que a vira, demonstrou-nos sua surpresa. Ana Pauker, ameaçada, ferida, doente, separada de seus filhos, sem ilusão sobre sua sorte, não diz palavra sobre si própria e só fala de seus camaradas. Sua liberdade de espírito é tal, que discute sobre o movimento operário belga com Isabelle Blume e a confunde pela amplitude dos seus conhecimentos.

Ana Pauker na audiência. Stefan Priacel anotou piedosamente algumas de suas palavras.

Assim que a interrogam, levanta-se e faz o processo do fascismo. Seu domicílio? Indica-o à maneira de Blanqui:

— “Há 18 meses que meu domicílio é a prisão de Vacaresti, e, isso, porque lutei pela paz e pelo bem do povo”.

Mal tem tempo de dizer isso, porque logo lhe cortam a palavra.

Acusam-na de ser comunista e de ter fomentado na Romênia uma insurreição. Que é que responde?

— “Sou comunista e não o escondo. Mas a política do meu Partido não é fazer atualmente insurreições. Lutamos pela paz e contra o fascismo. A acusação que pesa sobre nós é, portanto, falsa”.(4)

Priacel deixa-nos admirar sua coragem, sua inteligência excepcional, “a precisão politicamente infalível de suas réplicas”. Evoca seu olhar agudo, “ora violento, ora irônico sempre que se dirige ao tribunal, sorridente quando se volta para os advogados, dulcíssimo assim que se volta para seus coacusados(5). Sua autoridade domina o auditório. Os risos mordazes fixam-se nos lábios.

“O público, escolhido pela polícia, composto em grande parte de agentes provocadores que, evidentemente, receberam ordem de impedir, por seus protestos ‘espontâneos’, os acusados de se exprimirem livremente, esquece a ordem recebida”.(6)

Pode falar mais de quatro horas, sem anotações, sem desfalecimento. Cada uma de suas intervenções (respostas, perguntas) é um exemplo “de autoridade a mais consciente e de uma coragem quase sobre-humana”.(7)

Seus coacusados são dignos dela. Uma estudante Bessarábia, Estera Radochovietskaia, está tão doente, que muitas vezes é prostrada pela síncope. Reanimam-na por meio de injeções. Lá está um médico militar, enfeitado com o título de perito, para declará-la em bom estado. A moça fala com calma e firmeza.

Outra bessarábia, Liuba Reutman, foi coberta de pancadas. Sua coragem tem o dom de exasperar o presidente.

Bernard Andor fala do fascismo. O presidente proíbe-o de pronunciar essa palavra: — ““Não tendes dignidade”. Replica Andor que, sendo acusado de antifascismo, não tem jeito senão dizer o que pensa dessa coisa que o impedem de dizer. O presidente condena-o à solitária. Levam-no com um barulho de corrente que um advogado qualifica de música.

— “Essa música”, responde o presidente”, nada tem de desagradável para nós, pelo contrário!”

A defesa tinha feito citar vários milhares de testemunhas, as quais teriam justificado, pelo relato de sua miséria e de opressão perfeitamente hitlerista que sofrem, a atividade “criminosa” de que se acusam os operários, sem nada de preciso visar contra eles. O presidente recusa ouvi-las e reduz arbitrariamente seu numero a cem.

E essas testemunhas, que o conselho ouve de má vontade, são impedidas de responder às perguntas politicas. Tenta-se aterrorizá-las. Duas dentre elas são condenadas imediatamente a seis meses de prisão, uma por ter emitido um murmúrio mal interpretado, outra por ter qualificado os acusados de “mártires do proletariado romeno”.

Um camponês, a quem Koleff pergunta se possui um pedaço de terra, toma a liberdade de responder que não. O presidente uiva:

— “Terás terra de sobra: dois metros quadrados para ti e... para Koleff também (291)!”(8)

Priacel opõe a essas brutalidades de patife esgotado de argumentos, “a dignidade, a calma impressionante dos acusados”.

Quanto aos defensores, regateiam-lhes a apresentação dos documentos, impedem-nos de falar a sós com os acusados, expulsam-nos da sala de audiência; Patrascanu, a alma da defesa, é afastado do foro pelo conselho de ordem hitlerista! A Sra. Ella Negruzzi, de 60 anos de idade, é ameaçada de morte.

A própria Anna Pauker vê-se um dia excluída da audiência. Noutro dia, em presença do tribunal, os acusados são espancados tão brutalmente, que duas mulheres perdem os sentidos. E o comissário do rei termina o seu libelo lamentando “que a lei não permita chicotear os acusados em praça pública, ou melhor ainda pendurá-los pela língua envenenada”.

Mas o que a lei permite é infligir aos acusados o máximo de 10 anos de detenção. É a pena que cabe a Anna Pauker. Entre seus camaradas, repartem 146 anos da mesma pena. Está assegurada a ordem;..

Ainda lá, todavia, nesse recanto perdido, não foi possível impedir que o povo, todos os povos, ouvissem o processo do fascismo. O público de espiões e de oficiais em vão riu amarelo ou uivou por morte, o hitlerismo romeno em vão isolou de seus filhos e do mundo Anna Pauker e especulou sobre o desgaste de sua resistência física. A solidariedade popular, nacional, internacional, faz o seu trabalho.

“Há”, escreve a Sra. Eliane Brault, quem perca a coragem ao ver o recrudescimento do fascismo e do chovinismo no mundo. Ora, quando se vê que, diante disso, existe uma tal coragem, uma tal simplicidade, uma tal perseverança no heroísmo diário..., então não é lícito desencorajar-se nem abandonar a luta”.

“Liberdade para Anna Pauker!” Esse grito dos povos se amplia. Ouve-se jorrar, bem compassado, de uma multidão de 120.000 pessoas reunidas em Bucareste pelo Partido nacional-camponês. Ouve-se ressoar em Paris, no Muro dos Federados. Esse grito acolhe o antigo ministro Lupu, no Velódromo de Inverno, quando, do primeiro comício da Reunião Universal pela Paz. Passa as montanhas, os oceanos. Ressoa até em Nova York.

E é porque Anna Pauker e seus camaradas são o que são, é porque “souberam indispor o tribunal”, enfrentar os carcereiros que os espancam, os patifes que os julgam, e, também, porque sua defesa foi, conforme promessa que Anna Pauker soube cumprir, um duro libelo contra o fascismo, que a indignação universal respondeu ao seu apelo e o amor das massas vela por sua vida.

Ficamos aguardando o dia em que essa indignação e esse amor, suscitados por uma atitude bolchevique, chegarão a libertá-los efetivamente.


Notas de rodapé:

(1) A Associação Jurídica Internacional delegou para Craiova um advogado parisiense, Charles Bourthoumieux. (retornar ao texto)

(2) P. Nicolas: Huit travailleurs devant le conseil de guerre. L’auto-defense de masses dans le procès des cheminots de Bucarest. Editions La Defense Paris, 1934. (retornar ao texto)

(3) Idem, p. 181. (retornar ao texto)

(4) Idem, p. 181. (retornar ao texto)

(5) Idem, p. 182. (retornar ao texto)

(6) Idem, p. 182. (retornar ao texto)

(7) Idem, p. 182. (retornar ao texto)

(8) Idem, p. 188. (retornar ao texto)

Inclusão: 05/06/2020