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Ao camarada Lenin.
Apresso-me a seguir para a frente. Escrevo apenas sobre o que se relaciona com o trabalho.
1.°) — A linha ao sul de Tzarítzin ainda não foi restabelecida. Descobriremos e puniremos os responsáveis. Espero que em breve a linha estará restabelecida. Podeis estar certo de que não pouparemos ninguém, nem a nós mesmos nem aos outros, e de que mandaremos o trigo a todo custo. Se os nossos "especialistas" militares (charlatães!) não dormissem e não fossem ineptos, a linha da frente não teria sido rompida, e se a linha for restabelecida, não o será graças aos militares, mas apesar deles.
2.°) — Ao sul de Tzarítzin foi carregado muito trigo. Assim que a estrada fique livre, enviá-lo-emos em trens de carga diretos.
3.°) — Recebemos vossa comunicação[N27]. Tudo será feito para prevenir as possíveis surpresas. Ficai certo de que nossa mão não tremerá. . .
4.°) — Enviei um correio a Baku com uma carta[N28].
5.°) — No Turquestão as coisas vão mal; a Inglaterra age através do Afeganistão. Dai a alguém (ou a mim) um mandato especial (de caráter militar) para a zona da Rússia Meridional, a fim de que se possam tomar medidas urgentes, enquanto ainda é tempo.
Devido às más ligações das regiões periféricas com o centro, é necessário que existam nessas regiões pessoas investidas de amplos poderes, a fim de que possam ser tomadas oportunamente as medidas necessárias. Se nomeardes alguém para esse objetivo (seja quem for), informai-o por fio direto e transmiti também a delegação por fio direto, pois do contrário vos arriscareis a ter uma segunda Múrmansk[N29].
Envio um telegrama sobre o Turquestão.
Por enquanto é tudo.
Vosso Stálin.
Tzarítzin, 7 de julho de 1918.
Notas de fim de tomo:
[N27] Na noite de 7 de julho, Lênin comunicou por fio direto a Stálin, que se encontrava em Tzarítzin, a notícia de que em Moscou os social-revolucionários de esquerda haviam se rebelado. A nota de Lênin dizia: "É necessário sufocar em qualquer parte e inexoravelmente esses miseráveis e histéricos aventureiros que se tornaram um instrumento nas mãos dos contra-revolucionários. . . Sede portanto implacáveis contra os social-revolucionáríos de esquerda e mantende-nos constantemente informados." (Pravda, n.° 21, 21 de janeiro de 1936). (retornar ao texto)
[N28] Carta endereçada a S. G. Chaumián, presidente do Conselho dos Comissários do Povo de Baku (vide Documentos na U.R.S.S., vol. 1940, pág. 289). (retornar ao texto)
[N29] Múrmansk foi ocupada pelas tropas inglesas em 9 de março de 1918. (retornar ao texto)
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Inclusão | 21/01/2008 |
Última alteração | 26/04/2009 |