(1896-1958): participante na I Guerra Mundial, é feito prisioneiro na Rússia, onde se torna marxista-leninista. Em 1917 adere ao partido dos bolcheviques e combate no Exército Vermelho durante a Guerra Civil. Regressa à Hungria em 1921, mas as perseguições obrigam-no a fixar-se na URSS entre 1930 e 1944. Próximo de Bukhárine, é preso com ele, mas em breve torna-se colaborador dos órgãos de segurança do NKVD e escapa assim às investigações. Em Novembro de 1944 regressa ao seu país e ainda nesse ano desempenha funções ministeriais nos governos de coligação. Em 1945 torna-se ministro dos Assuntos Internos e é eleito para o CC, do qual é afastado em 1949, acusado de oportunismo, e exonerado de todos os cargos. Contudo, após o seu «arrependimento», é designado ministro da Agricultura em Dezembro de 1950. Em Julho de 1956, num ambiente de agitação política, o CC demite o secretário-geral Mátyas Rákosi, elegendo Gero Erno. Logo em 24 de Outubro, após as manifestações estudantis que derrubaram a estátua de Stáline em Budapeste, Nagy é nomeado presidente do Conselho de Ministros, tornando-se o líder da revolta que considera justa. Na sequência da intervenção das tropas do Tratado de Varsóvia, em 4 de Novembro, refugia-se na embaixada da Jugoslávia mas é capturado ao tentar evadir-se. Acusado de «conspiração e de traição à pátria» é condenado à morte pelo Tribunal Supremo.