(1874-1939): Autor russo de obras econômicas e filosóficas. Desde 1896, social-democrata ativo. Foi um dos redactores do jornal de tendência semimenchevique Nóvia Jizn. Em 1904, filiou-se à corrente bolchevique e, de 1905 a 1907, colaborou em diversos órgãos bolcheviques legais e ilegais. Durante a reação, após 1907, abandonou as fileiras bolcheviques, sem se filiar a qualquer outra corrente. Expôs, pela primeira vez, suas concepções filosóficas na coletânea de artigos Contribuição à concepção realista do mundo, 1904, sob o titulo de A metafisica autoritária e a personalidade autônoma. Já aí defendia, em geral, o ponto de vista filosófico de Mach, Avenarius e outros empiro-criticistas e criticava, desse ponto de vista, as concepções filosóficas e éticas de Struve, Berdiaev e dos chamados “marxistas legais”. Em seus trabalhos posteriores, sob o pretexto de criticar opiniões de Plerrânov, a que pretendeu opor as opiniões de Engels, Bazarov investiu contra o materialismo dialético, considerando-o como materialismo “metafísico”. Membro do Partido Bolchevique em 1905, aderiu, no período de reação que sobreveio, ao movimento liquidacionista e ao machismo. Menchevique internacionalista durante a guerra imperialista, trabalhou, depois da vitoria da revolução de outubro e da sua consolidação, no Gosplan da URSS. Tomou posição hostil em relação à revolução de outubro e à guerra civil. Durante a guerra civil, na coletânea de seus trabalhos intitulada Em marcha para o socialismo, (ed. russa, 1919), declarou-se “patriota convertido” e tentou justificar a guerra por motivos de misticismo religioso, chegando até a defender uma politica imperialista. Depois de 1922, passou a trabalhar sobretudo como economista e publicou uma serie de tratados de certo valor sobre emissão monetária, balanço econômico da União Soviética e assuntos semelhantes. Podem-se citar entre suas obras: O comunismo anarquista e o marxismo, (ed. russa, 1906), e Crítica de Kropotkin, Reclus e outros anarquistas. Em colaboração com I. Stepanov-Skvortsov, fez uma nova tradução russa de O Capital, de Marx (1909).