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Em 5 de Setembro de 1975 vi-me obrigado a desmentir referências que me eram feitas num comunicado dos Serviços do Estado-Maior do Exército. Dos oito pontos desse texto transcrevo pela sua oportunidade o último:
«8 — Neste momento de melindrosa crise revolucionária estamos defrontando uma violenta ofensiva das forças de direita quer internas (das Forças Armadas) quer políticas (sociais-democratas) quer externas (do imperialismo capitalista) contra as estruturas democráticas e revolucionárias do MFA as quais constituíam uma, senão a maior, originalidade do processo português iniciado em 25 de Abril de 1974. No desenvolvimento dessa ofensiva não se hesitou em apelar para os instintos mais irracionais que tinham sido alimentados por quarenta e oito anos de fascismo e da sua característica mediocrização de inteligências e aviltamento de caracteres. É com tristeza, indignação e revolta que vemos estarem envolvidos nessa baixa manobra camaradas que nas primeiras horas alinharam ao nosso lado e ao lado do sacrificado povo português. Por esta traição responderão e não é necessário aguardar o julgamento da História para desde já os condenar.
Lisboa, 5 de Setembro de 1975.
Inclusão | 24/04/2019 |