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Fonte: Revolta Nº. 7; Jornal datilografado de Novembro de 1975.
Transcrição e HTML: Graham Seaman.
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Hoje aquilo que se passa na tropa é alvó da atençao de largas massas populares e de todas as forças políticas. Por isso o REVOLTA deve analisar os modos de procedimentos, ou seja, a tática que as principais forças político-militares adoptam no interior das Forças Armadas.
Pensamos que hoje dentro da tropa há 3 grandes sectores: as forças militaristas tradicionalmente reaccionárias, as forças cunhalistas e seus lacaios, e as forças revolucionárias e patrióticas.
Na actual situaçao, a tática dos primeiros é clara: ela visa profissionalizar a tropa criando uma espécie de corpo mercenário que obedeça cegamente à disciplina e à hierarquia. É por isso que vemos surgir o AMI, e a desmobilização generalizado de largos milhares de milicianos. Os seus objectivos são a criação dum corpo mercenário, capaz de defender a burguesia e atacar a ofensiva dos forças operários e populares do nosso país. Ligados aos imperialistas americanos e europeus, vêmo-los surgir com arrogancia. O REVOLTA Nº 6 denunciou já alguns dos principais cabecilhas militares deste sector.
Quanto à táctica dos cunhalistas e seus lacaios aventureiros trotskistas, embora ela não seja tão simples, tão linear como a dos outros reacionários, ela visa também objectivos reaccionários: colocar o nosso país sob a alçada do social-imperialismo russo. 0s revisionistas de Cunhal, tendo perdido posiçoes no Governo, nas cúpulas da tropa e no Estado em geral, viraram-se para o movimento popular, e usando os seus métodos social-fascistas e de propaganda orquestrada, têm tentado utilizar as massas de soldados e o povo em geral como carne para canhão no sentido de recuperação dos tachos perdidos. Eles, que desprezavam os interesses dos soldados aparecem de repente com pretenções defensoras dos nossos interesses. Mas, desmascarados os seus intentos reacionárias, foram escorraçados em muitas lutas. Porém, através dos SUV conseguiram ganhar a capacidade de manobra suficiente para agora falarem abertamente em mais lugares no Conselho da "Revolução", na chamada "reorganização do MFA", e às escondidas a querer mais lugares no Governo.
CAMARADAS: A tática das forças revolucionárias e patrióticas tem sido correcta no geral. Opondo-se ao militarismo como no caso dos camaradas de Monsanto e do Cicap/Rasp, também se têm oposto a que os cunhalistas usem as massas dos soldados como carne para canhão no sentido de recuperarem os tachos perdidos. É o caso das recentes reuniões Inter-Comissões de Soldados e Inter-ADU que ós cunhalistas queriam manipular com vista a alcançarem os seus reácionários intentos, mas foram desmascarados e derrotados. As forças revolucionárias e patrioticas no seio da tropa têm correctamente estado a frente do trabalho de massas nos quarteis, na luta de massas como peixe na água. Mas, camaradas, isto não basta! É necessário rapidamente caminharmos no sentido da unificação das forças de vanguarda da classe operária. É a luta do Povo dentro e fora dos quarteis que o exige, no sentido de concentrarmos as forças na direcção da DEMOCRACIA POPULAR, das FORÇAS ARMADAS REVOLUCIONÁRIAS E POPULARES.
Após longos anos de luta armada contra o colonialismo e o imperialismo, o Povo de Angola atingirá no próximo dia 11 a primeira meta da sua luta - A INDEPENDENCIA NACIONAL.
Mas para o Povo Angolano, a luta continua. Na sua politica de rapina e repartição do mundo, as duas super-potências principal inimigo dos povos do mundo inteiro, tentam matar à nascença o novo país africano, procurando dividir entre e os seus lacaios as imensas riquezas daquele território.
Imperialistas americanos e social-imperialistas russos, principais inimigos de paz no mundo fomentam a guerra para assim poderem desenvolver a sua indústria e ter para onde vender mais armas; mas, mais que isso, eles fomentam a guerra para um deles poder dominar, ou se um não pode ganhar sózinho, então fazem acordos de "paz" que lhes permitam dividir entre si o dominio dos povos e das suas riquezas.
Em Angola, a politica das duas superpotências tem consistido em despejar toneladas de moderno armamento para que os seus lacaios internos se guerréiem pelo poder, arrestando assim todo o Povo para uma guerra criminosa e fratricida contrária aos seus interesses, destruindo as conquistas populares e perseguindo os verdadeiros revolucionários.
Os verdaderios revolucionários saberão conduzir o Povo a escorraçar os fascistas e social-fascistas que se acoitam e dominam os "movimentos de libertação" e, seguindo uma justa linha de Unidade e Independencia Nacional, fazer que Angola do Povo Angolano seja mais um baluarte da luta dos povos da África e do mundo inteiro pela Paz.
CAMARADAS: nós, soldados e marinheiros portugueses estamos ligados de modo muito especial à luta do Povo Angolano. Nos longos anos de guerra colonial e hoje na democracia burguesa, muitos de nós recusamos revolucionáriamente embarcar para em Angola matar e reprimir os nossos irmãos de luta. Nós soldados e marinheiros revoluçionários portugueses, daqui saudamos nesta hora tão importante os operários, camponeses e soldados, todo o Povo trabalhador de Angola, e afirmamos-lhes o nosso internacionalismo militante ao afirmar que, tal como eles lá, tambêm aqui nós Povo Português fardado-e de armas na mão, lutámos e lutaremos contra os principais inimigos dos povos — imperialistas e social imperialistas, e seus lacaios internos os fascistas e social-fascistas.
-NÃO À INGERÊNCIA DAS DUAS SUPERPOTÊNCIAS!
-NÃO À GUERRA FRATRICIDA IMPERIALISTA!
-VIVA A JUSTA LUTA DO POVO ANGOLANO PELA INDEPENDENCIA NACIONAL!
-O POVO ANGOLANO VENCERA!
AOS CAMARADAS SOLDADOS
AOS SARGENTOS E OFICIAIS PROGRESSISTAS!
CAMARADAS: Na nossa base como na maior parte das unidades militares, ainda continuam muitos fascistas à solta e por sanear, desde o segundo comandante da unidade, até ao asp. Maia Henriques; muito fascista há a correr a pontapé da Base Aêrea nº 3. No momento em que alguns sargentos e oficiais progressistas se poem ao lado da luta dos soldados pela melhoria de condições de vida, fim do pré de miseria, pela democracia nos quarteis, etc., o 2º Com., como bom fascista que é, tenta transferi-los para outras unidades com o objectivo de enfraquecer e dividir os soldados, de os isolar de outros sectores capazes de apoiar a sua luta.
Camaradas, mobilizemo-nos e organizemo-nos para correr com estes fascistas da nossa base, não podemos parar, temos de avançar na luta pela conquista dos objectivos do nosso movimento de classe, temos de lutar decididamente e até ao fim pela liquidação da canalha fascista, pela sua expulsão dos quarteis e por colocar no seu lugar oficiais progressistas. Temos que ligar também esta luta à luta mais geral de todos os soldados e marinheiros por:
SOLDADOS SEMPRE 40 LADO DO POVO!
OPERÁRIOS, CAMPONESES, SOLDADOS E MARINHEIROS UNIDOS VENCEREMOS!
FASCISTAS E SOCIAL-FASCISTAS FORA DOS QUARTEIS!
MORTE AO FASCISMO E AO SOCIAL-FASCISMO!
EM FRENTE PELA REVOLUÇÃO POPULAR!
(Comitê de Soldados Vermelhos da BA3)
EXTRACTOS DE UM PANFLETO DO CSV DE CHAVES.
"... Teremos de demonstrar a toda a canalha fascista e escumalha parasita deste pais que não estamos dispostos a aceitar as golpaças dos políticos de cartola de todos os partidos da burguesia interessados na exploração da nossa Íorça de trabalho, mas sim na unidade de aço com os nossos irmãos operários e camponeses, na defesa e luta pêlos nossos direitos,
Por eles temos lutado e lutaremos até à vitória final.
Por melhores condições de vida e pelo direito de liberdade de reunião e discussão dos soldados dentro das unidades.
Em especial:
A nossa luta é ao serviço da classe operária e do povo trabalhador. O 6º governo é também um governo de traição, neste sentido devemo-nos unir decididamente às massas populares e avançar na organização e vigilância anti-fascista dentro e fora dos quarteis. É preciso distinguir os nossos amigos dos nossos inimigos. Os nossos aliados são a classe operária e camponesa e todo o povo trabalhador.
A Revolução Democrática e Popular objectivo pelo qual luta o povo trabalhador do nosso país para acabar com a exploração e a opressão capitalista exige que os soldados estejam unidos às massas trabalhadoras que apontem as suas armas em defesa dos seus irmãos de classe contra a burguesia exploradora e parasitária.
Nós soldados e marinheiros lutaremos contra o fascismo e o social-fascismo dentro das unidades que na actual situação politico-militar em Portugal quer americanos quer russos tentem por todos os meios travar a nossa luta pela liberdade e Indepéndencia Nacional,
OPERÁRIOS, CAMPONESES, SOLDADOS É MARINHEIRÔS, UNIDOS VENCEREMOS
FASCISTAS E SOCIAL FASCISTAS FORA DOS QUARTEIS
ORGANIZADO E COM ARMAS O POVO E INVENCIVEL
EM FRENTE PELA REVOLUÇÃO POPULAR
(Comité de Soldados e Marinheiros Vermelhos de CHAVES)
Extratos de um panfleto do CSV do RPM.
No RPM passam-se hoje coisas extraordinárias que contradizem por completo as posições revolucionárias assumidas anteriormente pelos soldados e furrieis e oficiais progressistas desse regimento quando lutaram activamente contra os embarques pera Angola e por diversas vezes apoiaram as justas lutas do povo trabalhador.
Referimo-nos à actuação das rondas do 3º Esquadrão, no dia 25 de Outubro, quando do ataque dos retornados à Casa de Angola. Tendo comparecido todas as rondas em Serviço (7) à Casa de Angola, estas não só tomaram uma atitude passiva permitindo que os retornados (em número de 200) continuassem a destruir o recheio da casa e a deitar pelas janelas o material já existente, como os camaradas soldados permitiram que alguns agentes PM. tomassem atitudes conciliatórias e mesmo solidárias com as dos retornados (caso de um cabo que afirmou perante os retornados que gostaria de “os ajudar" atirando pela janela fora ou fuzilando os do MPLA, e andou depois aos abraços aos retornados do Rossio).
CAMARADAS: não podemos permitir que provocadores como este cabo se infiltrem no RPM e venham denegrir a linha revolucionária definida pelos soldados do RPM.
Fascistas como este devem ser anunciados publicamente e castigados como merecem, para sentirem o nosso desprezo. Esta é uma forma de exercer a nossa disciplina, a disciplina revolucionaria.
A nossa disciplina não é a dos xicos, de botas muito engraxadas e da obediência cega, mas sim a luta contra todos os provocadores que no nosso seio sabotam a nossa luta de classe oprimida contra a burguesia. Esta é a nossa disciplina, a nossa união, a nossa força contra o fascismo e todos os que nos quiserem oprimir e enganar.
-EM FRENTE COM A DISCIPLINA REVOLUCIONÁRIA!
O CSV do RCA enviou-nos um panfleto que distribuiu naquela unidade onde os fascistas dominam e enganam ainda os nossos camaradas soldados. A luta anti-fascista é fundamental nos "Comandos".
"E OS COMANDOS?"
4ª feira 15 de Outubro na Escola Prática de Serviço de Material (EPSM) reuniram-se Comissões de Soldados de 28 unidades lutando por uma Rádio Renascença livre.
Porque razão a Comissão de Comandos não compareceu? Será que todos estão errados? Será que apenas os Comandos estão certos? Terão os camaradas medo de conhecer as manobras de que são alvo?
COMANDO QUEM DEFENDES?
Ordem, disciplina, etc., palavras ditas pelos governantes do nosso Pais. Mas que disciplina?
O que fazias antes de seres Comando? Ganhavas 30 contos? Eras patrão ditador? Ou eras tu, os teus familiares, trabalhadores?
Qual a disciplina que deves respeitar? A dos trabalhadores, a dos soldados que, como tu, ganham 250 escudos por mês, ou a dos patrões, a dos militaristas que ganham 30 contos?
Quando reprimes a luta dos trabalhadores, pensas que também tu e os teus familiares são trabalhadores?
Quem andas a defender?
O Povo precisa de ti. Queres ser tu o traidor? Comando, põe-te ao lado do Povo trabalhador pois um soldado é um trabalhador fardado.
(Comité de Soldados Vermelhos do RCA)
(Extractos de um panfleto do C.S.V. da Madeira)
“...A nossa Pátria encontra-se a saque. Imperialistas americanos e sociais-imperialistas russos e seus agentes internos travam intensas lutas intestinas para ver qual deles recebe a melhor parte do bolo do nosso País. No entanto, camaradas, imperialistas e social-imperialistas unem-se quando se trata de combater O Povo em luta pela Liberdade e pela Democracia Popular. Unem-se, por exemplo, para firmar acordos como aquele que parece existir dividindo a nossa Patria em 2 zonas de influéncia, entregando o Continente aos russos e as ilhas aos americanos. É assim que nós vemos, por exemplo, os atentados dos agentes americanos na Madeira (essa organização que dé pelo nome de "Flama"), ficarem sem castigo, libertando-se todos os suspeitos no dia seguinte ao de sua prisão quando chegam a prendê-los); é assim que nós vemos os ataques dos fascistas incidirem sobre as agremiações populares e elementos progressistas, ao mesmo tempo que os altos comandos militares, encabeçados pelo spinolista Azeredo impedem o povo de se organizar e esmagar os fascistas. Ao mesmo tempo utilizam-nos a nós soldados como forças de choque contra as justas lutas do Povo Trabalhador contra a exploração e o fascismo, como por exemplo, na luta da cana dos camponeses pobres, repressão sobre Movimentos Anti-Fascistas como o da manifestação contra os separatistas em 15 de Fevº, as lutas. das operárias da Protax (Blandy), Madeira Superbia, e sobre a luta do povo do Machico pela Câmara, pela independéncia e o socialismo. Mesmo no intérior do exército tentam dividir-nos e lançar soldados contra soldados, como aconteceu no princípio deste ano no RIF quando lutávamos contra a má qualidade da comida, em que mandaram o COPMAD sobre os soldados.
O brigadeito Azeredo tenta assim fazer com ares de "legalidade" aquilo que os fascistas separatistas da FLAMA não podem.
Nós soldados somos filhos do Povo, não viramos as armas contra os nossos irmãos operários, camponeses, pescadores e empregados pobres. Antes de virmos para a tropa também nós eramos explorados como eles. Hoje continuamos a sê-lo com o pré miserável do 250$00. Quando sairmos da tropa seremos novamente operários, camponeses, pescadores ou empregados. Por isso a nossa luta é a mesma luta dos trabalhadores. É a luta contra o fascismo, o capitalismo e o imperialismo. É tambem a luta contra aqueles que, dizendo defender o socialismo em palavras, mais não fazem que ser fascistas defendendo os seus patrões de Moscovo, ... Nós soldados temos de forjar esta unidade de aço com o Povo, temos de avançar na aliança revolucionària com os nossos irmãos operários e camponeses, na defesa e consolidação das liberdades e nossas conquistas, pela Revolução Democrática e Popular. É isto que nos propomos fazer. Força alguma o impedirá.
VENCEREMOS!
Os comandos militares da Madeira, encabeçados pelo Spinolísta Azeredo preparam-se para desenvolver uma campanha de repressão militarista e fascista sobre todos os progressistas nos quarteis. Estes senhores, que últimamente falam muito de disciplina, querem-nos tornar "bonecos" ao seu serviço, para a sua política de repressão sobre o Povo. A exemplo do que afirmamos, temos o caso recente do miliciano Filipe Oliveira, que apanhou 20 dias de prisão por não ter cumprido as ordens recebidas no caso da Emissora Nacional e ter entrado em conversas com os manifestantes em Machico. Nós sabemos que a repressão que se abate neste momento sobre este miliciano, é apenas o começo duma repressão mais vasta. Nós sabemos que a vítima escolhida é um miliciano, que os comandos sabiam não ter grandes simpatias entre os de sua classe e os soldados, devido à sua prática no quartel, que levava a criar antipatias. Ds comandos pensavam assim preparar impunemente o caminho para novos actos repressivos sobre os elementos revolucionários que se recusam a reprimir o povo e servir de marionetas para a política dos comandos de protecção aos exploradores, aos inimigos do povo.
CAMARADAS: preparemo-nos para a onda de repressão que se prepara para abater nos quarteis. Unamo-nos todos formando uma barreira de aço contra as violências dos comandos. À disciplina militarista e fascista, nós vamos responder com a nossa disciplina revolucionária, com a nossa vigilancia activa, com a nossa unidade a volta dos elementos mais combativos, contra a repressão fascista nos quarteis, contra todos os inimigos do Povo.
(Comité de soldados vermelhos da Madeira)
5ª feira, 25 Out. - foi mandado apresentar no QG/RMN. onde ficaria em diligencia um asp. mil. que tinha pertencido à comissão de luta do CICAP/RASP. Esta medida mais não visava do que afastar este elemento revolucionário que se tinha distinguido ao longo do processo de luta pelas suas posições ao lado dos soldados em luta.
Mas mais uma vez os soldados mostraram que sabem distinguir os seus amigos dos seus inimigos. Pois exigiram logo um plenário para que o comandante se explicasse pois os soldados diziam e muito bem que a sair da unidade que saísse o comandante, mas o asp. é que não sairia. Dito e feito, fez-se o plenário e ficou do que o asp. voltasse ao RASP.
Isto demonstra que no RASP os soldados mantém-se firmes e unidos e não estão dispostos a abandonar a luta.
No RASP e em Espinho os soldados apontam o caminho. Contra saneamento dos revolucionários só há uma posição, dizer não, avançando de imediato para amplas assembleias.
UNIDOS E ORGANIZADOS VENCEREMOS!!!
Após o encerramento do CICAP, às ordens do fascista Pires Veloso, os soldados foram divididos e distribuidos pela Póvoa de Varzim e Braga.
No R.I.-8 encontra-se a maior escumalha fascista que existia no CICAP. Â cabeça desta cambada de caciques está o sargênto-xico Barnabé, ex-candidato à Pide, que tenta por todos os meios intimidar os soldados com ameaças e insultos. Temos a seguir o ex-legionário cap. Loureiro, que foi desmascarado pelos camaradas soldados como elemento da ex-legião fascista, passa os dias a pregar a disciplina militarista (à legionário) e a pretexto desta, maltratam, reprimem e intímidam os soldados, dizem que a política fica fora dos quarteis, para melhor nos manobrarem nos seus golpes e virarem soldados contra soldados. E a prova está no CICAP, que às ordens do fascista Veloso e seus lacaios, as tropas de Leixões e outros regimentos, mais uma vez viraram as armas contra nós soldados que nos encontravamos dentro do quartel em número muito restrito, e puseram-nos cá fora às ameaças, até o lacaio do sargento-xico Diegues, que se encontra agora com a sua escumalha em Braga, até esse se virou de G-3 contra nos. É de salientar a presença em Braga do alferes Gonçalves, conhecido ladrão de armas para organizações de direita (ELP; CDS, etc.), o processo que tem às costas sobre o desvio de armas está abafado, e o criminoso alferes fascista continua a andar a solta. Mas os soldados do CICAP estão bem conscientes, e sabem que disciplina querem, é disciplina revolucionária, que não faça dos homens autómatos, mas homens disciplinados revolucionàriamente ao serviço da classe operária e do povo trabalhador,
Os soldados são trabalhadores fardados à força. Acusam-nos de indisciplinados por discutirmos em assembleias de unidade os nossos proprios problemas, e mais concretamente os saneamentos "diplomáticos" que se estavam a verificar no momento. Que entendem estes senhores por disciplina? Nós bem o sabemos eles querem impôr-nos a disciplina militarista do RDM, as carecadas, a má alimentaçao,os castigos e as prisões.
Mas os soldados do CICAP continuam a resistir aos maus tratos que recebem em Braga, a resguardarem-se da espionagem a que são submetidos dentro e fora do quartel e a lutarem contra o RDM fascista, por uma disciplina revolucionária ao serviço das classes exploradas, por uma sociedade sem exploração.
Devido a esta resistência que tem sido feita em Braga, os comandos fascistas passaram à licença registada por tempo indeterminado, por meio de falsas acusações, dois soldados recrutas. Por isso alertam-se todos os camaradas soldados do CICAP para que se mantenham firmes e vigilantes às manobras fascistas dentro dos quartéis.
-EM FRENTE POR UMA AMPLA DEMOCRACIA NOS QUARTEIS!
-SOLDADOS SEMPRE AO LADO DO POVO!
-OPERARIOS, CAMPONESES, SOLDADOS E MARINHEIROS, UNIDOS VENCEREMOS!
-EM FRENTE PELA REVOLUÇÃO POPULAR!
(Camaradas do CICAP no R.I.8)
Soldados do C.S.V. do CICAP, agora aquartelados ná Póvoa de Varzim passam a denunciar:
Camáradas; depois de 3 semanas de luta após o assalto ao CICAP por forças do Copcon aquarteladas em Leça às ordens do Nazi Pires Veloso, o que levou posteriormente ao CICAP.
Logo a seguir e contrariando os acordos entre a Comissão de Luta CICAP/RASP e o Gen. Fabião o Ultra Fascista Com. da Reg. Mil. do Norte Pires Veloso mandou de licença registada cerca de 200 militares do CICAP até passarem à disponibilidade e dentro da fórmula dividir para reinar mandou os instruendos para a Comp. Adm. Militar na Póvoa de Varzim e para o Reg. Inf. 8 de Braga. Logo na 2ª feira o fascista do Asp. Ferreira rasgou um Jornal de Notícias a um camarada invocando que só se podia ler o pasquim Comércio do Porto. Isto aconteceu quando só se encontravam poucos soldados na unidade e o reaccionário notou mesmo o seu isolamento perante os poucos soldados que não quizeram responder a provocações, mas o seu feito não será esquecido e um dia esse fascista levará o tratamento devido.
Pouco depois de recebermos as boas vindas pelo Nazi Pinto Morais Cap. (Com. de instrução) acompanhado por uma cambada de sargentos do quadro e outros mesmo milicianos do mais refinado reaccionarismo, este fascista para satisfazer os soldados ordena a saída às 15H. caso de 2ª e 3ª feira, com estas baldes pretende enganar os soldados para melhor nos impor a disciplina apregoada pelo fascista Pires Veloso. Na 3ª feira novamente os soldados mostraram o seu rancor, o seu ódio ao fascismo perante a visita do Nazi Pires Veloso que cerca das 13H chegou à unidade de helicóptero acompanhado por uma seita de carrascos do povo e dos soldados, durante alguns minutos dirigiu-se aos soldados a quem exigiu ordem, disciplina e respeito, tal qual pediu o "povo" no passado sábado lembrando a visita do 1º Ministro do VI gov. provisório, onde no meio de PPD's e CDS's se encontravam trabalhadores enganados.
Ameaçando logo de seguida que quem não quizer estar com a disciplina militarista fascista que digam pois irão para França ou para a Alemanha já que a maioria foi enganada por 2 ou 3 recusou-se a falar no CICAP/RASP e que considerou encerrado o caso perante o desprezo da grande massa dos soldados ante a verborreia fascista vomitada por este cão, este foi obrigado a retirar-se indo dialogar com a xicalhada onde se encontrava também o ex-comandante do CICAP Ten. Coronel "bate-pala à Mussolini" José Carlos Bastos Martins. Aos insultos deste cão explorador do povo nós dizemos que queremos disciplina mas revolucionária e a forte aliança com os demais explorados, e não com a escumalha reaccionária seja ela fascista ou social fascista. Ante o maior repudio e desprezo por parte dos soldados o nazi Veloso deslocou com destino ao seu covil.
MORTE AO FASCISMO E AO SOCIAL-FASCISMO!
SOLDADOS SEMPRE AO LADO DO POVO!
OPERÁRIOS, CAMPONESES UNIDO VENCEREMOS!
EM FRENTE PELA REVOLUÇÃO POPULAR!
UNIDOS, ORGANIZADOS VENCEREMOS!
Com este título, recebemos de um camarada dos CSMV de Espinho uma notícia acerca da repressão desencadeada sobre os camaradas desta unidade que estiveram na luta do CICAP/RASP.
Depois de se ter obrigado o gen. Fabião a comprometer-se que nenhum soldado sofreria punições, o comandante do RCPOE, o Ten. Cor. Freire mandou 2 camaradas para casa de licença registada, sendo um deles muito confusamente transferido para o RCPO-Porto, e aproveitando estar a recruta ainda de férias, fez um plenário fantoche sô com à xicalhada para sanear o outro camarada, onde insultaram de bandalhos, irresponsàveis e cambada de preguiçosos os camaradas em luta no Rasp, e mesmo assim só conseguiram 52 votos contra 47.
Na 2º feira seguinte quando os recrutas chegaram de casa logo começaram a exigir que o camarada fosse reintegrado, O comando, face à atitude firme e decidida dos camaradas recrutas, e pensando, que os seus lacaios Freitas e Soares eram capazes de enrolar a recruta, foi obrigado a convocar o plenário, mas de golpe e para criar à divisão, foi realizado em reuniões por esquadrões de instrução.
Os lacaios do comando, acompanhados pelos doutores e engenheiros que estão a fazer a recruta esforçaram-se por convencer os recrutas à votar o saneamento mas no fim os soldados venceram e o camarada foi integrado por larga maioria de 95%. Vendo que perderam, e perante a alegria dos soldados, os reaccionários fartaram-se de provocar e insultar os soldados e o povo, chegando a afirmar que os camaradas recrutas eram uma cambada de cretinos e estúpidos que não sabiam o que tinham votado. Camaradas, desta luta nós vemos que só pela nossa união e organização vencemos a xicalhada e reintegramos o nosso camarada.
Nós soldados, com os milicianos progressistas a nós unidos, somos a maior força dentro do exercito da búrguesia. Unidos e organizados, fazemos tremer os comandos reaccionários, e face à nossa firmeza e determinação eles são assim obrigados a cumprir a nossa vontade.