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Uma linha política justa não é estabelecida para ser simplesmente proclamada mas para ser aplicada. Ora para levar à prática uma justa linha política é preciso quadros, é preciso homens que compreendam a linha política do Partido, que a aceitem como sua própria linha e que estejam preparados para a. aplicar: que a saibam pôr em prática e que sejam capazes de responder por ela, defendendo-a e lutando por ela. Sem isto uma linha política justa corre o risco de ficar no papel.
E então levanta-se o problema da escolha judiciosa dos quadros, da sua formação, da promoção de homens novos, da justa distribuição dos quadros e da sua verificação segundo o trabalho realizado.
O que quer dizer escolher bem os quadros?
Escolher bem os quadros não é rodear-se de adjuntos, de suplentes, montar uma chancelaria e lançar daí toda a espécie de directivas. Não é também abusar do poder, mudar, sem mais nem menos, dezenas e centenas de pessoas dum lado para o outro e vice-versa e proceder a intermináveis «reorganizações».
Escolher bem os quadros significa:
Primeiro, considerar os quadros como a reserva de ouro do Partido e do Estado, olhando-os com muita atenção, estimando-os.
Segundo, conhecer os quadros, estudar minuciosamente as qualidades e os defeitos de cada um dos militantes, saber em que posto tal militante pode desenvolver melhor as suas capacidades.
Terceiro, formar com solicitude os quadros, ajudar cada militante em vias de progresso a elevar-se; não recear «perder tempo» com estes camaradas para acelerar o seu desenvolvimento.
Quarto, promover audaciosamente e na devida altura, novos, jovens quadros, não os deixar muito tempo no mesmo lugar, não os deixar enferrujar.
Quinto, distribuir os militantes pelos diferentes postos de maneira a que cada um se sinta no seu lugar; que cada um possa dar à nossa causa comum o máximo que as suas capacidades pessoais lhe permitem dar; de maneira a que a orientação geral do trabalho de distribuição dos quadros corresponda inteiramente às necessidades da linha política, cuja aplicação dita esta distribuição.
Agora, o que importa sobretudo, é promover audaciosamente e na devida altura, novos, jovens quadros. Penso que no espírito dos nossos militantes esta questão não está ainda suficientemente clara. Uns pensam que ao escolher os homens devemos principalmente confiar nos velhos quadros. Outros, pelo contrário, pensem que devemos principalmente confiar nos jovens quadros. Parece-me que uns e outros se enganam. Os velhos quadros representam evidentemente uma grande riqueza para o Partido e o Estado. Possuem o que falta aos quadros jovens; uma experiência considerável em matéria de direcção, uma sólida formação marxista-leninista, o conhecimento do seu trabalho, a capacidade de orientação. Mas, em primeiro lugar, nunca há quadros velhos que sejam em número suficiente; e eles começam em parte a ficar fora da serviço devida às leis da natureza. Em segundo lugar, uma parte dos velhos quadros está por vezes inclinada a olhar obstinadamente para o passado, a agarrar-se ao passado, a agarrar-se às coisas velhas e a não compreender o que há de novo na vida. É perder o sentido do novo. Defeito muito grave e perigoso. No que respeita aos quadros jovens eles não têm certamente aquela experiência, aquela sólida formação, aquele conhecimento do trabalho e aquela capacidade de orientação que possuem os velhos quadros. Mas, em primeiro lugar, os quadros jovens constituem a imensa maioria; em segundo lugar, são jovens e não estão por isso sujeitos, por agora, a ficar fora de serviço; em terceiro lugar, está fortemente desenvolvido entre os jovens o sentido do novo, qualidade preciosa para qualquer militante bolchevique; em quarto lugar, os jovens desenvolvem-se e instruem-se tão rapidamente, sobem com tanta impetuosidade, que não vem longe o dia em que alcançam os velhos, em que tomam lugar a seu lado e se tornam dignos de os substituir. Por consequência a nossa tarefa não é confiar nos velhos quadros ou nos novos, mas sim saber combinar, unir os quadros velhos e novos numa só orquestra dirigindo o trabalho do Partido e do Estado.
Eis porque é necessário promover audaciosamente e na devida altura os jovens quadros aos postos de direcção.
Durante o período decorrido uma das importantes realizações do Partido no que respeita ao reforço da sua direcção, é a de ter sabido, na escolha dos quadros, unir e combinar com êxito, da base ao topo, os velhos e os jovens militantes.
O Comité Central do Partido dispõe de dados que mostram que, durante o período decorrido, o Partido soube promover aos postos de direcção, nos organismos do Estado e do Partido, mais de 500.000 jovens bolcheviques, membros do Partido ou simpatizantes do Partido, dos quais mais de 20% são mulheres.
Qual é agora a nossa tarefa?
É centralizar a escolha dos quadros, da base ao topo, e elevar este trabalho ao nível desejado, ao nível científico, bolchevique.
Inclusão | 07/06/2019 |