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Primeira Edição: ODiario.info - www.odiario.info/?p=3571
Fonte: http://resistir.info
Transcriçãoe HTML: Fernando Araújo.
A desinformação sobre a realidade do que se passa na Ucrânia é parte integrante da ofensiva do imperialismo na região. Como os correspondentes dos media russos no terreno contrapunham a essa manipulação uma informação objectiva e documentada, os fantoches fascistas no poder decidiram passar a intimidá-los, maltratá-los e expulsá-los. Enquanto acusam a Rússia de responsabilidade na violação do cessar-fogo acordado em Minsk, a escalada da provocação imperialista parece ter dado novos passos.
Os media portugueses ditos de referência continuam a apresentar um panorama deformado da crise ucraniana.
Para os comentaristas da TV e dos grandes jornais o governo fascizante de Kiev é democrático. Acusam a Rússia de uma política agressiva e anexionista e apoiam a ajuda financeira da União Europeia e dos Estados Unidos à Ucrânia.
A comunicação social portuguesa inspira-se aliás na campanha de desinformação internacional que difunde pelo mundo uma falsa imagem da realidade ucraniana.
Diariamente o Canal Rússia Today nos seus programas em inglês e espanhol transmite imagens, notícias e entrevistas que revelam uma realidade totalmente diferente da forjada pela propaganda dos media ocidentais.
Nessas reportagens, bem documentadas, transparece com nitidez o ódio - é a palavra - do fascismo ucraniano à Rússia.
Dos muitos casos relatados pelo referido canal selecionei alguns que iluminam bem a atitude das autoridades de Kiev perante os jornalistas russos que cobrem acontecimentos na Ucrânia.
O Serviço de Segurança elaborou uma lista negra dos meios de comunicação da Rússia. Todos, com exceção do canal de TV Dozhd, oposicionista, foram proibidos de trabalhar na Ucrânia. Simultaneamente suspendeu as credenciais dos representantes de 100 media russos.
A decisão foi tão absurda que a União Europeia e a OSCE decidiram protestar, por envolver um ataque inadmissível à liberdade de expressão.
O Clube de Jornalistas do México também enviou um protesto ao governo de Kiev pelas medidas que impedem os jornalistas russos de trabalhar na Ucrânia.
O governo de Putin, através do vice ministro das Relações exteriores, Vassili Nebenzia, sentiu a necessidade de condenar com veemência a atitude assumida pelo parlamento ucraniano ao aprovar no dia 26 de Fevereiro a decisão do Serviço de Segurança que impede na prática os media russos de trabalhar no país.
O assassínio em Moscovo, no dia 28 de Fevereiro, de Boris Nemtsov, ex- vice-primeiro ministro de Ieltsin e líder da oposição contribuirá certamente para a intensificação da campanha ocidental contra a Rússia e Putin no momento em que a popularidade do presidente russo atinge o auge pela sua firmeza no diálogo com a União europeia e os EUA a propósito da crise ucraniana. Observadores ocidentais admitem que o crime tenha sido ideado por forças políticas da oposição empenhadas em destabilizar a Rússia.