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Reaparece com este número nosso querido e glorioso jornal – o órgão central do nosso Partido. Sua história está viva na memória de todos nós e há de ser contada pouco a pouco destas colunas para orgulho e educação dos companheiros mais jovens por todos aqueles que a viveram. Por hoje algumas palavras somente sobre o seu programa atual nas condições novas em que vivemos.
Durante aqueles anos de vida clandestina, de perseguições policiais e de isolamento forçado para os militante e organismos do Partido, foi A CLASSE OPERÁRIA o laço de união, a grande força organizadora que assegurava o intercâmbio de materiais e de experiências – dentro do Partido. Bem ou mal, em maior ou menor extensão e intensidade, dentro das condições específicas de nossa terra e do nível político e ideológico de nosso proletariado, é certo que A CLASSE OPERÁRIA foi durante os anos de vida clandestina, e graças à energia e à bravura de inúmeros companheiros, precisamente aquele “organizador coletivo” que reclamava Lênin, sem deixar de ser agitador e propagandista sempre temido pela classe dominante.
Hoje, em plena legalidade, é outra, sem dúvida, a missão precípua de nosso jornal: será antes de tudo o grande educador do Partido, o jornal que, apreciando todos os acontecimentos do ponto de vista do proletariado, fale numa linguagem diferente daquela da “grande imprensa” que pretende fazer a “opinião pública” e na verdade envenena a nação; um jornal que pelas ligações com o organismo de base do Partido, viva os problemas de todo o nosso povo e seja capaz de tornar nacionalmente conhecida as grandes experiências de luta da classe operária, nas cidades e no campo, e de seu aliado principal, a grande massa camponesa.
Será essa a obra dos correspondentes de células, de fábricas e de fazendas, espalhados por todo o país e sem colaboração dos quais não poderá realmente VIVER o nosso jornal.
Nas vésperas do 4º Congresso de nosso Partido, com estamos, será através das colunas de A CLASSE OPERÁRIA que faremos nos próximos meses a discussão a mais ampla e livre de todos os grandes problemas sobre os quais decidirá o Congresso – a análise crítica e autocrítica da rica experiência de nosso Partido nos longos e difíceis anos decorridos desde o último Congresso virá aumentar a força educativa de nosso jornal.
O Comitê Nacional assume novas responsabilidades ao reencetar a
publicação de nosso órgão central mas espera que todos os comunistas,
bem como todos os amigos e simpatizantes do Partido saibam ajudá-la e
não poupem esforços para fazer de A CLASSE OPERÁRIA o jornal realmente
nacional, capaz de dar em cada um de seus números a idéia mais
aproximada possível do vigor, da força organizativa, do nível ideológico
e político de todo o nosso Partido, uma idéia tão aproximada quanto
possível de suas ligações com as grandes massas trabalhadoras, bem como o
quadro aproximado das questões e problemas, nacionais ou
internacionais, que preocupam os trabalhadores, ou mais de perto
interessam ao povo de nossa terra e ao progresso do Brasil.
Fonte |
Inclusão | 09/03/2014 |