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Primeira Edição: Czerwony Sztandar, nº 47, 28 de janeiro de 1906, p.1-2. Publicado em Rosa Luxemburgo, Arbeiterrevolution 1905/06 – Polnische Texte, org. por Holger Politt, Berlim, Dietz, 2015, p.181-87.
Fonte: Fundação Rosa Luxemburgo - https://frl.rosalux.org.br/o-ano-da-revolucao1/
Tradução: Kristina Michahelles
HTML: Fernando Araújo.
Em um resumo do primeiro ano da Revolução Russa, Rosa Luxemburgo enfatiza o papel da espontaneidade das massas populares.
O dia 22 de janeiro fecha o primeiro ano da grande revolução no império tsarista, que hoje representa uma ruptura na história da humanidade, assim como foi a grande a Revolução Francesa há cem anos.
Quando, há um ano, o telégrafo disseminou a notícia de que, na capital do tsar às margens do rio Neva, 200 mil trabalhadores paralisaram o trabalho para ir protestar na frente do Palácio de Inverno, reivindicando liberdade política e a jornada de oito horas, a notícia caiu como um raio nas mentes e nos corações das pessoas.
A humanidade inteira se admirou com esse acontecimento mágico, esse milagre, segurou o fôlego, todos os olhares se dirigiram para aquela imagem inimaginável, a marcha dos proletários que não acabava mais, aquela poderosa peregrinação do povo trabalhador caminhando com largas e pesadas passadas, próprias das massas determinadas a ir até o extremo para, na presença do tsar, do autocrata, exclamar: liberdade ou morte!
Um milagre inconcebível! Durante séculos, o império tsarista era um imenso cemitério sob uma população de milhões de desvalidos que levavam uma vida miserável e suportavam a servidão e as amarras até o túmulo num silêncio sombrio. Um silêncio sepulcral dominava naquela prisão ilimitada de milhões de pessoas, apenas interrompido pelo estalar dos chicotes e pelos gritos de dor do povo torturado, pelos gritos de dor da infelicidade de trabalhadores e camponeses. A causa da liberdade parecia não ter qualquer esperança. Os motins isolados e a investida heroica da Narodnaia Volia pareciam apenas eclodir brevemente na luz clara do sacrifício para logo depois se extinguir e fazer as trevas da servidão aparecer mais aterrorizantes.
Nesse sepulcro silente em que milhões de pessoas suportavam com humildade as amarras de ferro e o pesado jugo do despotismo, de repente um mar de cabeças humanas começou a balançar, toda a massa popular se levantou para jurar conquistar a liberdade ou morrer e, desde então, continua marchando, lutando, morrendo, marchando, tropeçando sobre os próprios mortos, penetrando aos poucos nas trincheiras, derrubando a velha fortaleza do despotismo, conquistando uma barreira depois da outra e, dentro de pouco tempo, içará a bandeira vermelha da liberdade na trincheira mais elevada.(1)
O dia 22 de janeiro, há um ano, só foi um milagre inconcebível para quem tinha olhos e não enxergava, para quem tinha ouvidos e não era capaz de escutar. Pois, com a marcha de São Petersburgo do dia 22 de janeiro, foi resgatada a promessa, a palavra vermelha da social-democracia, que já há muitos anos podia ser escutada por sobre o túmulo do império tsarista, anunciando a primavera como uma cotovia antes do tempo. O dia 22 de janeiro cumpriu o prenúncio do poeta:
“E o vento oeste traz o ar quente
O que acontecerá com a cascata da tirania?”(2)
Vento oeste; a lufada da ideia do proletariado, da luta operária pela libertação e pelo socialismo, uma corrente de ar que, depois de varrer todos os cantos do mundo, despertando em toda parte milhões de trabalhadores e explorados para a vida nova; do oeste veio para o campo santo congelado do império tsarista, ventando até finalmente acender a faísca de luz nas cabeças e a chama da rebelião nos corações da ampla massa dos trabalhadores e explorados, até finalmente fazê-los se levantarem e partirem para romper a antiquíssima cascata de gelo da tirania.
O dia 22 de janeiro mostrou ao mundo de uma só vez de onde chegou, para a Rússia, a liberdade que lidera a grande marcha dos trabalhadores. Antes disso, o camponês russo havia se rebelado com desespero, mas emudeceu quando tchinowniks, ladrões e cossacos lhe proibiram terminantemente os protestos em dezembro de 1904 e as reuniões do zemstwo, quando ordenaram uma refeição festiva e mandaram todos se calar.
Naquele momento, quando o silêncio encobriu tudo e o chicote parecia reinar mais poderoso do que nunca, o povo trabalhador se levantou, sem armas, veio de forma humilde pedir a liberdade. Mas a massa trabalhadora hoje exala tanta força no mundo inteiro que até para o governo tzarista esse pedido de liberdade soou como o sino que anuncia a morte, razão pela qual armas assassinas foram assestadas contra o cortejo dos proletários peregrinos desarmados e rios de sangue correram.
Com o dia 22 de janeiro começou uma nova era na história da dominação tzarista e de todos os países modernos. É a primeira revolução da modernidade liderada pela classe trabalhadora consciente sob o signo da social-democracia. Hoje o proletariado do império tzarista, essa antiga fortaleza da barbárie, está, com sua marcha, na vanguarda da humanidade. Hoje, as faíscas da revolução na Rússia e na Polônia já voam sobre os telhados de palha dos estados capitalistas do ocidente, desencadeando pequenas labaredas vermelhas. Em Viena, Praga, Leipzig e Dresden, as massas trabalhadoras invadem as ruas, reivindicam novos direitos políticos, e o sangue já corre nos pavimentos alemães. Em Hamburgo já se ergueram barricadas.(3) Ainda os trovões são tímidos na Europa, aqui e acolá os raios rasgam o céu. Mas a tormenta se aproxima cada vez mais, empurrada pela forte borrasca do leste. Depois de sacudir o proletariado em toda a Rússia, o dia 22 de janeiro desencadeou entre os proletários de todos os países uma nova fé na própria libertação e uma coragem renovada para lutar. Havia muitas décadas, desde 1848, que não se ouviam mais na Europa os estrondos de uma revolução. A burguesia parou de lutar depois de garantir a sua dominação, o proletariado não conseguiu se fortalecer. Depois do sangrento esfacelamento do levante dos trabalhadores da Comuna de Paris em 1870, as lutas revolucionárias emudeceram, um “silêncio” confortável se instalou para os senhores deste mundo e as classes dominantes, os governos e as pessoas cegas e de mente estreita começaram a acreditar que os tempos revolucionários haviam acabado para sempre, que o império do capital haveria de se prolongar por vários séculos.
Até o trovão acabar com a cegueira. Há um ano, no dia 22 de janeiro, eclodiu na capital tzarista no norte o prenúncio das futuras revoluções socialistas do proletariado no mundo inteiro.
O levante espontâneo da classe trabalhadora em São Petersburgo deu o sinal para a revolta no país inteiro. Olhemos retrospectivamente para a marcha da revolução no decurso do ano que passou.
No dia 22 de janeiro houve um banho de sangue na capital, mas já nos dias 25 e 26 de janeiro, centenas de milhares de trabalhadores das principais cidades da Rússia, Polônia, Lituânia, Livônia e do Cáucaso pararam de trabalhar em solidariedade aos irmãos assassinados em São Petersburgo. Pela primeira vez na história do império tzarista e do proletariado de todos os países, essa incrível massa de trabalhadores se levantou em uma área tão vasta e extensa, obedecendo a um só comando a fim de lutar pela causa comum.
E esse comando não foi dado por nenhum líder genial, nenhum Napoleão, e sim pelo espírito da fraternidade e solidariedade que há em cada trabalhador. O instinto dos explorados e oprimidos é que foi o líder infalível e todo-poderoso. O proletariado do nosso país estava à frente.
As massas de Varsóvia, Łódź, Częstochowa, Dąbrowa, Białystok e Vilna estavam dispostas a entrar em greve. Ela abrangeu toda a área do império tzarista e mostrou ao governo do tsar que ele não podia vencer o inimigo com o banho de sangue de Petersburgo, porque eram milhões, e não milhares. Com essa primeira greve geral, a classe trabalhadora inteira do império tsarista nasceu para a ação e a luta, como um exército que almeja, consciente, o objetivo reivindicado. Liberdade política e jornada de oito horas: poucos dias depois da marcha de Petersburgo, essa virou a palavra de ordem para os trabalhadores do país inteiro.
Junto com os trabalhadores, a juventude se levantou para a luta. Com as fábricas, escolas e universidades pararam de funcionar. Uma greve escolar, algo inédito, espalhou-se por todo o país. O ensino tsarista se apagou.
A primeira greve geral operária havia terminado, mas logo a revolução assumiu novas formas. Em vez de uma paralisia generalizada eclodiu uma série de greves em todos os ramos de negócios. Cada grupo de trabalhadores começou a lutar isoladamente com os seus exploradores. Os trabalhadores começaram a lembrar, entusiasmados, as mil injustiças antes humildemente suportadas. A luta generalizada pela melhoria da existência material, pela jornada de oito horas, abarcou também todos os ramos industriais. A luta perdurou por toda a primavera. Determinadas regiões revelaram um heroísmo ímpar. Dąbrowa, por exemplo, no sul da Polônia, luta com a fome e já está em greve há seis semanas ininterruptas.
Chega o dia 1º de maio, o primeiro feriado dos trabalhadores durante a revolução. Mais uma vez o proletariado polonês toma a dianteira. Varsóvia surpreende a todos com os manifestantes em marcha sob a bandeira da social-democracia. O partido da classe trabalhadora logo se revelou ao mundo como um poder de primeira categoria que lidera uma enorme massa humana. A manifestação de maio terminou na Alameda Jerusalém de Varsóvia com um banho de sangue perpetrado contra gente inocente e foi a senha para a vingança, para novos combates no país inteiro. Em junho, Łódź respondeu ao 1º de maio de Varsóvia e ainda superou a capital em heroísmo. A greve geral se transformou em batalhas campais nas ruas. As primeiras barricadas da revolução foram erigidas nas ruas de Łódź. Nelas, os bravos guerreiros do proletariado foram abatidos às dúzias. Depois de Łódź, Białystok e Częstochowa deram mais exemplos para o heroísmo dos trabalhadores. Riga comemorou com bravura, Kiev e Odessa surgiram como principais lugares do combate heroico.
No verão, a fase das greves ininterruptas se acalmou, como se a tempestade da revolução segurasse a respiração. Mas então houve uma nova eclosão inesperada: no sul, no Mar Negro, elevou-se como o fantasma do conto de fadas o encouraçado rebelde Potemkin, o navio da tripulação amotinada sob a bandeira da revolução bem no alto do mastro. Um prenúncio de novas irrupções – na Marinha, no exército tzarista. E mal havia emudecido o motim sufocado no Potemkin quando começam os primeiros levantes camponeses. É a aldeia seguindo a cidade para a luta. A revolução se espraiou e cresceu até virar uma avalanche. E jorraram rios de sangue trabalhador. O martírio de Kasprzak terminou com a morte do herói para a liberdade e o socialismo, a morte que abalou o mundo inteiro e alastrou o fogo da revolução.
Com o seu bando de criminosos, o tsar tentou vencer a revolução e torná-la inócua. Tentaram o projeto enganoso de Bulygin, o infame ato para eleições para a comédia da Duma tsarista. O tsarismo achava que ainda se podia considerar estúpido o povo trabalhador, sem contar com a sua maturidade política. A resposta ao projeto de Bulygin é uma nova eclosão da luta: greve geral dos ferroviários após o sinal de Moscou.(4) Depois disso, greve geral dos trabalhadores. As intenções de Bulygin estão em ruínas. O tsarismo decadente expediu o manifesto do dia 30 de outubro, prometendo liberdade. Antes ainda de que o tsar pudesse autorizá-la, a liberdade penetrou por todo o território como uma onda espumante, os trabalhadores a conquistaram, assembleias públicas, imprensa livre e agremiações se multiplicaram como moscas. O tsarismo respondeu com um banho de sangue geral, pogroms contra os judeus, novas selvagerias. Como um eco ao Potemkin houve rebeliões da Marinha em Kronstadt, Vladivostok, Sebastopol. Depois da Marinha, o exército se amotinou em Petersburgo, Moscou, Kiev, Odessa. A lei marcial na Polônia e o banho de sangue no Cáucaso teve como eco uma fraterna greve geral em Petersburgo.
A guerra camponesa se alastrou como fogo pelo centro e o sul da Rússia. Toda a Livônia estava no centro da revolução.(5)
O tsarismo tentou novos atos de violência, prisões, proibições. A resposta foi a irrupção de uma nova luta revolucionária até então desconhecida: a greve geral dos Correios e Telégrafos.(6) Logo em seguida veio mais uma greve geral dos trabalhadores e a primeira grande rebelião armada em Moscou.(7)
Dessa forma, mais uma vez começa o dia 22 de janeiro: sobre um terrível mar de sangue vermelho, um imenso campo de batalha de vítimas heroicas, em meio a miséria, fome e esforços incomensuráveis do proletariado, e ao mesmo tempo este dia começa sobre as ruínas da dominação tsarista.
Petersburgo inaugurou o ano da revolução com uma marcha reivindicativa dos trabalhadores, armados apenas com o sofrimento do Cristo e liderados por um sacerdote; Moscou terminou esse ano com a rebelião armada do proletariado organizado sob a palavra de ordem e a liderança da social-democracia. Com isso, o conteúdo e a conquista da revolução do ano que ora finda encontraram sua conclusão.
O dia 22 de janeiro do ano passado já havia demonstrado que a classe trabalhadora é a força decisiva que derrubará o absolutismo. O ano que passou confirmou essa lição. O exército dos combatentes se ampliou e multiplicou, e a ele se juntou o povo do campo. Na Rússia, a intelligentsia aderiu, os funcionários, a marinha, o exército. Mas centro, núcleo e líder de todo esse contingente continuou sendo o proletariado industrial. E junto com a ampliação dessa luta e de seu comando, o proletariado amadureceu politicamente durante esse tempo, ganhou consciência e organização. A luta não apenas se ampliou como também se aprofundou. Começou como uma irrupção espontânea e caótica de protesto, como um pedido por liberdade, e agora se tornou uma união disciplinada das fileiras prontas para qualquer sacrifício, que reconhecem claramente seus objetivos e são lideradas pelo próprio partido da classe trabalhadora. Ao longo de um ano, a social-democracia deixou de ser uma seita para se transformar em gigantesco movimento popular. A organização política e econômica do proletariado amadureceu e cresceu enormemente.
E nessa maturidade política, na determinação para a luta e na vontade revolucionária inflexível do proletariado está a garantia dos êxitos futuros da revolução e de sua vitória definitiva.
Foi um ano de revolução inédito na história, sem pausa nem descanso. Não houve um dia sequer sem luta e vítimas. E nesse ano a revolução correu de vitória em vitória. Pois cada derrota aparente de uma de suas eclosões logo gerou a próxima, ainda mais violenta. A revolução avançou incansável, multiplicou seus regimentos e suas armas, ampliou seus campos de ação, ganhou coragem e espírito. O absolutismo apenas se arrastou de um crime para o outro, de um golpe para o próximo, de uma bancarrota à outra. Agora estamos diante da última fase da revolução, a das lutas armadas. A revolução toma novo fôlego para irromper ainda mais violenta e derrubar o inimigo pela última vez.
No momento atual, em que o proletariado se prepara com toda a concentração e uma vontade férrea para a última fase da luta armada contra o tsarismo, olhando com desprezo para a comédia eleitoral da Duma ilegal, a burguesia volta a querer crer que a revolução irá emudecer, que a situação possa ser dominada com baionetas e metralhadoras e o povo em luta, cansado, entregará suas armas.
Armas! Com elas se quer sufocar uma revolução que se tornou uma necessidade histórica, uma sentença da própria história! Os sanguessugas cegos da revolução haverão de se lembrar que as armas, que reinaram sem limites antes do dia 22 de janeiro de 1905, não puderam evitar a primeira eclosão da revolução. Hoje, parcialmente destruídas, tampouco serão capazes de derrubar a revolução mais forte e atuante.
Cansaço! Que os mesmos senhores que hoje ousam, a partir de seus esconderijos seguros, diagnosticar um cansaço do trabalhador na luta, olhem para aquelas profundezas da miséria secular, da humilhação e da desesperança em que o povo trabalhador viveu e vegetou, aquele inferno do qual partiu para a luta no dia 22 de janeiro de 1905. Só então compreenderão que aquele mesmo povo, hoje, cresceu e não poderá mais voltar para aquele buraco, assim como o riacho que jorra da fenda da geleira para o vale não consegue mais voltar para a sua fonte.
Cansado, não da revolução, e sim da sua miséria e da sua vergonha, do jugo de sua exploração e opressão, o povo trabalhador encheu as ruas no dia 22 de janeiro de 1905, iniciando a revolução. Naquele dia, os proletários de Petersburgo, cansados da opressão secular, gritaram: não voltaremos ao jugo! Preferimos a morte à escravidão!
Hoje, depois de um ano de luta heroica, o proletariado renova na Polônia e na Rússia o juramento e a decisão de lutar até a vitória, firmemente determinado.
Antes de o dia 22 de janeiro começar pela terceira vez, a fortaleza do despotismo terá submergido naquele mar de sangue no qual, há um ano, no primeiro dia da revolução, tentou afogar a liberdade e o povo em luta.
Notas de rodapé:
(1) A fortaleza de São Paulo e São Pedro em Petersburgo. (retornar ao texto)
(2) Adam Mickiewicz, Totenfeier [Festa dos mortos], parte 3, monumento a Pedro o grande. Aqui citado segundo a edição alemã com tradução e edição de Walter Schamschula, Colônia, Weimar, Viena, 1991, p.445. (retornar ao texto)
(3) No dia 17 de janeiro de 1906, dezenas de milhares de trabalhadores paralisaram o trabalho em Hamburgo para protestar contra as limitações do direito de voto. Houve confrontos sangrentos com as forças policiais. Essas paralisações são consideradas como a primeira greve política de massa na Alemanha. Em seu artigo “Greve de massas, partido e sindicatos”, Rosa Luxemburgo escreveu sobre isso, em relação com as experiências revolucionárias no império tsarista: “Igualmente também o ‘ensaio de greve de massas’ dos companheiros de Hamburgo, em 17 de janeiro de 1906, desempenhará um papel excepcional na história das futuras greves de massas alemãs como a primeira tentativa de usar arma tão controversa, tentativa aliás bem-sucedida, que exprime de modo muito convincente o clima de luta e a alegria de lutar do operariado hamburguês.” (In Textos escolhidos, vol. I, São Paulo, Editora UNESP, 2017, p.300-01). (retornar ao texto)
(4) No dia 19 de outubro de 1905, irrompe a greve da ferroviária Moscou-Kazan, que até 23 de outubro de 1905 abrange toda a rede de Moscou e do sul da Rússia. A greve atinge o auge em 30 de outubro, quando já se alastra por praticamente todo o império. Na maioria das linhas russas a greve termina nos dias 5/6 de novembro de 1905, durando mais um pouco no reino da Polônia e na Ucrânia. (retornar ao texto)
(5) Vários levantes camponeses armados na região da atual Letônia entre 10 de dezembro de 1905 e 5 de janeiro de 1906. (retornar ao texto)
(6) A greve foi convocada no dia 28 de novembro de 1905 em Moscou em um congresso dos trabalhadores dos correios e telégrafos, porque havia sido proibida a criação de sindicatos nesse ramo. No dia seguinte, 29 de novembro de 1905, já havia se alastrado por todo o império tsarista. No dia 8 de dezembro de 1905 a direção do congresso foi presa. A greve se prolongou até 28 de dezembro de 1905. (retornar ao texto)
(7) Ver neste site “Revolução armada em Moscou”, de 3 de janeiro de 1906. (retornar ao texto)