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Primeira edição: Publicado, pola primeira vez, em 1924, na revista Proletarskaia Revolutsia, nº 3 (26). V. I. Lênin, Obras, 4.ª ed. em russo, t. 27, págs. 495/496
Fonte: A aliança operário-camponesa, Editorial Vitória, Rio de Janeiro, Edição anterior a 1966 - págs. 382-383
Tradução: Renato Guimarães, Fausto Cupertino Regina Maria Mello e Helga Hoffman de "La Alianza de la Clase Obrera y el Campesinado", publicado por Ediciones en Lenguas Extranjeiras, Moscou, 1957, que por sua vez foi traduzido da edição soviética em russo, preparada pelo Instituto de Marxismo-Leninismo adjunto ao CC do PCUS, Editorial Política do Estado, 1954. Capa e apresentação gráfica de Mauro Vinhas de Queiroz
HTML: Fernando Araújo.
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Queridos camaradas:
Aproveito a viagem a Petrogrado do camarada Kaiurov, velho amigo meu e bem conhecido pelos operários dessa cidade, para escrever-lhes algumas linhas.
O camarada Kaiurov esteve na província de Simbirsk e viu com seus próprios olhos a atitude dos culaques em relação aos camponeses pobres e ao nosso poder. Compreendeu perfeitamente um fato indubitável para todo marxista, para todo operário consciente: os culaques odeiam o Poder Soviético, o poder dos operários, e o derrubarão inelutavelmente se os operários não puserem em ação imediatamente, todas as suas forças para prevenir a campanha dos culaques contra os sovietes, para derrotar cm toda a linha os culaques, antes que eles tenham tempo de se unir.
No momento atual, os operários conscientes podem cumprir esta tarefa, podem agrupar em torno de si os pobres do campo, podem vencer os culaques e derrotá-los em toda a linha se os destacamentos de vanguarda dos operários compreenderem seu dever, puserem em ação suas forças e organizarem a marcha em massa para o campo.
Ninguém pode fazer isto, exceto os operários de Petrogrado, pois na Rússia não há outros mais conscientes do que eles. Permanecer em Petrogrado, passar fome, perder tempo junto às fábricas vazias e divertir-se com o sonho absurdo de restaurar a indústria petrogradense, ou de defender Petrogrado é estúpido e criminoso. É a morte de toda a nossa revolução. Os operários de Petrogrado devem acabar com essa estupidez, passar por cima dos idiotas que a defendem, e mudar-se, às dezenas de milhares, para os Urais, o Volga e para o Sul, onde há muito trigo, onde todos podem alimentar-se e alimentar a família, onde se deve ajudar a organizar os camponeses pobres, onde o operário de Petrogrado é necessário como organizador, dirigente e chefe.
Kaiurov relatar-lhes-á suas observações pessoais e convencerá, estou seguro disso, todos os vacilantes. A revolução está em perigo. Só a luta maciça dos operários de Petrogrado pode salvá-la. Nós lhes daremos todas as armas e o dinheiro necessários.
Com saudações comunistas,
Lênin
12/VII/1918