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Escrito: em Genebra, 10 (23) Janeiro de 1905
Primeira Edição: Vperiod, n.º 3, 24 (11) de Janeiro de 1905.
Fonte da Presente Tradução: Lenine, Oeuvres, tomo 8, p. 64. Éditions du Progrès, Moscovo, 1973.
Tradução para o português: José André Lôpez Gonçâlez.
HTML: Fernando A. S. Araújo, maio de 2007 .
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Genebra, 10 (23) Janeiro
A classe operária, que há muito parecia manter-se afastada do movimento de oposição burguês, levantou a voz. As largas massas operárias alcançaram, num relâmpago, a sua vanguarda, os social-democratas conscientes. O movimento operário de Petersburgo avançou nestes últimos dias com verdadeiros passos de gigante. As reivindicações económicas dão lugar às reivindicações políticas. A greve torna-se geral, o que prefigura uma manifestação nunca vista; o prestígio do título imperial afunda-se para sempre. A insurreição estalou. A força responde à força. Combate-se nas ruas, levantam-se barricadas, os tiros crepitam, os canhões troam. Por todo o lado, rios de sangue; a guerra civil pela liberdade teve início. Moscovo, o Sul, o Cáucaso e a Polónia estão prontos para se juntarem ao proletariado de Petersburgo. A palavra-de-ordem dos operários passou a ser: a morte ou a liberdade!
Muitas coisas ficarão decididas hoje e amanhã. A situação evolui de hora a hora. O telégrafo traz notícias exaltantes e as palavras parecem incapazes de dar conta da intensidade dos acontecimentos vividos. Cada um deve estar pronto a cumprir o seu dever de revolucionário e de social-democrata.
Viva a revolução!
Viva o proletariado insurrecto!
Inclusão | 02/06/2007 |