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As ideias progressistas têm um papel importante no desenvolvimento da história social.
As massas populares podem ser poderosas criadoras da história somente quando se guiam por estas ideias. Evidentemente, não são iguais os papéis desempenhados por todas as ideias progressistas no desenvolvimento da história social. Variam conforme a maneira em que representam as aspirações e os interesses das massas populares e com quanta certeza apontam o caminho da luta. Ainda antes do surgimento da classe operária existiram ideias que refletiam as aspirações das classes avançadas da sociedade. Porém, as correntes ideológicas dos tempos passados, por sua limitação histórica e de classe, não puderam mais do que desempenhar um papel restrito no progresso social. Somente a ideia revolucionária da classe operária é capaz de refletir corretamente as exigências da época e as aspirações das massas populares, de mobilizar a luta revolucionária e impulsionar assim, poderosamente, o desenvolvimento da história social.
As ideias revolucionárias da classe operária são concebidas por destacados líderes.
Poderia se dizer que a história do movimento comunista durante mais de um século é a história da concepção e o desenvolvimento de ideias revolucionárias pelos líderes da classe operária, a história de sua aplicação na transformação do mundo. Em meados do século XIX, Marx e Engels, ao criar o marxismo, elucidaram a missão histórica e o caminho da emancipação da classe operária, que havia se apresentado no cenário da luta, promoveram a batalha contra o capital e deram início ao movimento comunista internacional. Lenin, ao elaborar a doutrina que leva seu nome, ao desenvolver o marxismo em consonância com as novas condições históricas da transição do capitalismo à etapa imperialista, estimulou a classe operária e outros setores do povo à luta para derrubar o bastião do imperialismo e conquistar a liberdade e a emancipação, ao mesmo tempo que dava início a transição do capitalismo ao socialismo.
E nosso Líder, ao perceber profundamente as exigências de nossa época, quando as massas populares, outrora oprimidas e humilhadas, apareciam como donas do seu próprio destino, concebeu a grande ideia Juche, com a qual levou a uma nova fase de desenvolvimento da luta das massas populares pela independência e abriu uma nova era no desenvolvimento na história da humanidade: a época do Juche.
A ideia revolucionária da classe operária nasceu como um reflexo das maduras exigências do desenvolvimento da história e da revolução.
Quando nosso Líder empreendeu o caminho da revolução se registrava uma nova mudança na luta da classe operária e demais massas populares contra a exploração e a opressão. No plano mundial crescia a influência do socialismo, então triunfante pela primeira vez, e observava-se um auge vertiginoso tanto na luta revolucionária da classe operaria como na batalha libertadora dos povos dos países coloniais e semicoloniais. Os imperialistas intensificaram o saque e a repressão contra os povos para frear seu avanço revolucionário e sair da grave crise político-econômica que padeciam. Em inúmeros países houve recrudescimento das contradições e do antagonismo entre a revolução e a contrarrevolução, e as massas populares, privadas do direito a independência durante muito tempo, alçaram-se na luta pela emancipação classista e nacional. Havia se iniciado a nova época em que o movimento revolucionário se desenvolvia com amplitude e em múltiplas formas em escala mundial.
Para promover a revolução em tais novas condições históricas, era necessário que a classe operária e outros setores do povo de cada país resolvessem todos os problemas de acordo com sua situação, conscientes de que eram donos da mesma. Este problema se manifestou em nosso país com particular importância devido à peculiaridade do seu desenvolvimento histórico, assim com a complexidade e dificuldades de sua revolução, que exigiu das massas populares, com a maior urgência, levá-la adiante de forma independente e criadora.
A ideia Juche foi concebida sobre a base destas exigências práticas da Revolução Coreana.
A revolução é uma luta para realizar as exigências das massas em favor da independência mediante a mobilização das suas forças, uma luta por sua própria emancipação. As massas populares podem triunfar na revolução se estão armadas com ideias revolucionárias e se unem como forças políticas organizadas. O dever dos revolucionários é harmonizar-se com as massas populares, protagonistas da revolução, para educá-las, organizá-las e lançá-las à luta. Há que se preparar as forças revolucionárias entre as massas populares e também solucionar todos os problemas na luta revolucionária, apoiando-se em sua sabedoria e sua força.
Não obstante, os comunistas e nacionalistas de nosso país na década de 20, que aparentavam ocupar-se de um movimento de libertação nacional, ao invés de harmonizar-se com as massas populares para educá-las, organizá-las e lançá-las à luta revolucionária, se isolaram e se envolveram em polêmicas e brigas pela hegemonia e, ao invés de agrupar as massas, somente conseguiram dividi-las com suas disputas sectárias.
E já no primeiro período da sua luta revolucionária, o Líder percebeu que estes elementos estavam desviados, e escolheu outro caminho, o genuíno caminho da revolução, de introduzir-se nas massas populares e travar a luta apoiando- se nestas; e foi assim que descobriu a verdade de que o protagonismo da revolução pertence às massas populares e que a revolução sairá vitoriosa quando existe harmonia com estas, se as educam e as mobilizam. Eis aqui um dos pontos de partida da ideia Juche.
A revolução em cada país deve ser levada a cabo de maneira independente, sob a responsabilidade do seu próprio povo, que é seu protagonista, e de maneira criadora, em conformidade com sua realidade. A independência e o espírito criador são requisitos essenciais do movimento revolucionário e comunista.
Desde seu princípio, a Revolução Coreana, que deu início a época do Juche, não poderia dar nenhum passo adiante se não conseguisse desenvolver seu processo de modo independente e criador. Era uma revolução difícil e complexa que deveria enfrentar o poderoso imperialismo japonês e cumprir as tarefas tanto da revolução anti-imperialista de libertação nacional como as tarefas da revolução democrática antifeudal; era uma revolução difícil que necessitaria desbravar um caminho desconhecido até então.
Por aquela época, no seio do movimento antijaponês de libertação nacional e do movimento comunista de nosso país, sentia-se muito o servilismo ante as grandes potências, o que bloqueava o caminho da revolução. Os nacionalistas e falsos marxistas que reproduziam os nefastos hábitos servis diante das grandes potências e causavam brigas sectárias, que anteriormente haviam levado o país à ruína, ao invés de pensar sobre como fazer a revolução por conta própria, alimentavam a ilusão de conquistar a independência apoiando-se nas forças estrangeiras. Naqueles tempos, os que fingiam ocupar-se do movimento comunista formaram suas próprias seitas e empenharam-se para obter o reconhecimento da Internacional Comunista, e independentemente das condições históricas e da realidade concreta de nosso país, onde imperava uma sociedade de caráter colonial e semifeudal, queriam imitar de modo mecânico as teorias existentes e as experiências alheias. Dado a gravidade das consequências deste servilismo ante as grandes potências e do dogmatismo, foi impossível para a revolução seguir seu curso.
Ao extrair sérias lições destas consequências, o Líder assentou a verdade de que a revolução deveria ser realizada não sob a aprovação ou direção de ninguém, mas com a própria fé e sob a própria responsabilidade do povo coreano, resolvendo de maneira independente e criadora todos os problemas que se apresentam neste processo. Este é outro ponto de partida da ideia Juche.
Como podemos ver, o Líder concebeu esta nova ideia revolucionária, a ideia Juche, baseando-se nas experiências práticas e nas lições da luta revolucionária.
O Líder realizou suas atividades ideológico-teóricas baseando-se invariavelmente na prática revolucionária, e no processo de solucionar os problemas que apresentavam esta prática desenvolveu e enriqueceu ideias e teorias revolucionárias. Somente partindo da prática revolucionária é possível aplicar as teorias existentes conforme os interesses da revolução e a realidade do próprio país, descobrir novas verdades e conceber novas ideias e teorias.
Na antiga época das suas atividades revolucionárias iniciais, o Líder educou-se no marxismo-leninismo. Contudo, em favor da Revolução Coreana, não se limitou a aplicá-lo, mas sim, adotando uma firme posição jucheana, abriu novos campos da teoria revolucionária e encontrou soluções originais aos problemas que surgiam na prática revolucionária.
Em sua luta contra os nacionalistas inveterados e os falsos marxistas, contra os servis ante as grandes potências e os dogmáticos, e em seu esforço para abrir o novo caminho da revolução, descobriu a verdade da ideia Juche e, finalmente, na Conferência de Quadros Dirigentes da União da Juventude Comunista e da União da Juventude Anti-imperialista, realizada em Kalun, em junho de 1930, elucidou os princípios desta ideia e a linha da Revolução Coreana baseada nesta. Tratava-se de um acontecimento histórico, no qual se proclamava a concepção da ideia Juche e o nascimento da linha revolucionária jucheana.
E ainda que fosse um jovem de menos de 20 anos em meio a uma situação caótica, na qual prevaleciam as ideologias confusas, entre as quais o reformismo nacional e o oportunismo, tanto de esquerda como de direita, o Líder, ao constatar a tendência daquela época, as aspirações do povo e as leis do desenvolvimento da história, elucidou a verdade do Juche e abriu desta maneira, para nossa revolução, o caminho do desenvolvimento independente.
Através da prática da Revolução Coreana, a ideia Juche se aperfeiçoou como doutrina reitora da revolução do nosso tempo.
A ideia diretriz da revolução não pode se aperfeiçoar de um só golpe, em um determinado momento. Se cria sobre a base das condições da época e da história, através da generalização das experiências da luta revolucionária, e se completa como um sistema unitário ideológico-teórico por meio da comprovação da sua veracidade e o enriquecimento do seu conteúdo no longo processo da luta.
Enquanto dirigia vitoriosamente a luta revolucionária em suas várias etapas e os trabalhos em seus diversos aspectos: político, econômico, cultural e militar, o Líder acumulou ricas experiências de valor inestimável, as quais generalizou com o fim de desenvolver a aprofundar incessantemente a ideia Juche. A história dos mais de 50 anos em que o Líder iniciou a marcha da árdua Revolução Coreana é a mesma história em que concebeu a ideia Juche e a aperfeiçoou em um original sistema ideológico-teórico em meio da grande prática revolucionária.
Como vemos, a ideia Juche, por ter sido concebida como um reflexo das exigências da nova época, em um período em que as massas populares surgiram como protagonistas da história, e sobre a base das ricas experiências da luta revolucionária, converteu-se na grande ideia reitora da revolução de nossa época.