A Palavra de Stálin

Maurício Grabois

10 de dezembro de 1949


Primeira Edição: ....

Fonte: Jornal Voz Operária (RJ), 10 de dezembro de 1949.

Transcrição: Leonardo Faria Lima

HTML: Fernando Araújo.


ilustração
Ilustração original do Jornal Voz Operária

As calorosas manifestações que se preparam no mundo inteiro em homenagem ao grande Stálin por motivo do seu próximo septuagésimo aniversário, constitui a prova mais sincera da gratidão dos povos ao seu genial líder, cuja vida, inteira dedicada à causa da libertação da humanidade da exploração capitalista, se identifica como própria luta do proletariado internacional na primeira metade do século XX.

Stálin, através da luta heroica e gloriosa que vem mantendo desde os primeiros dias de sua juventude, tornou-se o guia clarividente e incontestável de todos os povos. Tanto para os povos que se libertaram da escravidão capitalista, que constroem o socialismo e marcham para o comunismo, como para os povos que no mundo capitalista se empenham na árdua luta de liquidar a exploração do homem pelo homem, é Stálin o chefe amado e genial que os leva à vitória.

Por isso mesmo, a palavra de Stálin significa para todos os democratas e patriotas, e em particular para a classe operária, a mais completa orientação na luta para esmagar as forças do obscurantismo e da reação, assegurar a paz e liquidar o imperialismo.

Os povos do mundo inteiro sabem, por experiência própria, que a palavra de Stálin surge sempre nos momentos mais difíceis e decisivos da luta, interpretando com a máxima clareza as situações mais complicadas, marcando mudanças e viagens, desmascarando os inimigos dos povos, abrindo as melhores perspectivas e indicando o justo caminho às forças democráticas.

As declarações de Stálin, precisas e claras, sempre correspondem às necessidades históricas das lutas dos povos, perduram através do tempo como marcos que fixam os vários períodos e etapas da luta do proletariado. Seus informes, estudos, discursos, artigos e entrevistas constituem ensinamentos que se incorporam definitivamente ao grande tesouro do marxismo-leninismo.

Desde os heroicos períodos em que o glorioso Partido Bolchevique vivia na ilegalidade, então sob a sábia e genial direção de Lenin, lutando contra a escravidão e o terror tzarista, já as palavras do jovem e ardente revolucionário Stálin eram acatadas como uma diretriz firme e segura. Os seus estudos anteriores à Grande Revolução Socialista de Outubro já eram considerados como de um verdadeiro clássico do marxismo. O seu trabalho “O Marxismo e o Problema Nacional”, redigido em fins de 1912, constitui uma grande contribuição teórica na análise do problema nacional à luz do marxismo, estabelecendo os fundamentos do programa e da política dos comunistas em face do problema nacional. Desde que foi realizado esse trabalho, a atividade teórica de Stálin tem sido das mais ricas, atividade que o coloca entre os grandes mestres do marxismo, à altura de Marx, Engels e Lenin.

Mas, ao lado dessa profunda atividade teórica, destaca-se a sua imensa ação política à frente do invencível P.C. da URSS, que tem decidido o curso dos grandes acontecimentos políticos em mais de três décadas deste século.

Esta é uma das razões por que qualquer manifestação política de Stálin não passa desapercebida dos militantes da vanguarda do proletariado que, imediatamente, a analisam, discutem e aplicam, pois sabem que a orientação do grande guia dos povos resulta sempre de sua inesgotável capacidade de analisar cientificamente os acontecimentos e de seu gênio criador.

Basta recordar a atividade de Stálin, durante os últimos dez anos no cenário político mundial, para se avaliar a sua grandeza como o mais completo homem de Estado, como o maior estadista contemporâneo, como político que encarna a luta vitoriosa do proletariado mundial nos dias de hoje pela vitória final do socialismo no mundo inteiro.

Em 1939, quando a guerra imperialista já iniciada ameaçava se generalizar, transformando-se em uma guerra mundial, foi Stálin que, em seu histórico informe ao XVIII Congresso do Partido Comunista da URSS, arrancou a máscara dos autores de guerra daquela época – os ditadores fascistas – e mostrou o verdadeiro sentido da política capitulacionista de “Munich” e de “não intervenção”: favorecer a agressão e o desencadeamento da II Grande Guerra. Nesse grande documento, o sábio e o teórico da construção do socialismo fixou os fundamentos da política exterior de paz da gloriosa União Soviética, política esta de todos os novos amantes da liberdade.

Foi essa política de paz, que armou os povos soviéticos e as massas exploradas e oprimidas de todo o mundo para enfrentar a política agressiva do hitlerismo que, estimulado pelos imperialistas anglo-franco-americanos, acabou por lançar a humanidade na mais terrível das guerras.

Justamente no curso dessa guerra é que a palavra de Stálin foi ouvida ainda com maior atenção pelos povos. Era a palavra de orientação franca e de certeza na vitória final da democracia e do socialismo contra as forças retrogradas do banditismo hitlerista. As suas famosas e históricas “ordens do dia” levavam aos anti-fascistas de todos os recantos do mundo e aos povos amantes da liberdade a convicção de que as hordas nazistas seriam destruídas, pois à frente dos exércitos soviéticos – exército de classe do proletariado, a serviço da libertação da humanidade – se encontrava o generalíssimo que era um dos construtores do Partido Bolchevique que dirigira ao lado de Lenin a maior revolução da história.

Os discursos e os estudos de Stálin durante a Grande Guerra Patriótica, que orientaram as forças armadas soviéticas em suas grandiosas vitórias, tornam evidente que somente graças a Stálin e a gloriosa União Soviética é que foi possível derrotar o nazi-fascismo no campo militar. Não há dúvida de que foi Stálin o vencedor do nazismo e o libertador dos povos oprimidos pelas potências do Eixo.

Nos dias que precederam a vitória militar sobre o nazismo, quando os círculos dirigentes dos Estados Unidos, da Inglaterra e da França começavam abertamente a cumprir os compromissos assumidos em consequência da derrota militar da Alemanha nazista, a violar os tratados de Yalta e Potsdam e a própria Carta das Nações Unidas. Neste sentido, Stálin fez-se novamente ouvir para assegurar e ampliar as vitórias obtidas pelos povos com os maiores sacrifícios na guerra contra o hitlerismo.

As entrevistas de Stálin no após-guerra até os dias de hoje constituem uma sólida contribuição para garantir a paz no mundo, servem para desmascarar ainda mais os fatores de guerra e alertam os povos sobre as profundas transformações operadas no mundo depois da guerra.

Já em março de 1946, em entrevista a um dos correspondentes da “Pravda”, Stálin denunciava Churchill perante a opinião mundial como um mero fomentador de guerra, arrancando-lhe a máscara de democrata que afivelara à face para melhor enganar os povos.

Em 1948, em entrevista ao redator-chefe da “Pravda”, Stálin voltava a reafirmar a política de paz da União Soviética e uma vez mais desmascarava a política agressiva dos círculos dirigentes dos Estados Unidos e da Inglaterra, mostrando como os instigadores da guerra desses países “temem, mais do que tudo, os acordos e a cooperação com a URSS”, comprometendo as posições dos fomentadores de guerra e minando qualquer objetivo da política agressiva desses senhores, esclarecendo assim a opinião pública mundial sobre os verdadeiros propósitos dos imperialistas.

E quando surgiam as mais estúpidas provocações guerreiras em torno do pretenso “bloqueio” de Berlim, isto já no corrente ano, Stálin novamente falou aos povos, através da entrevista ao jornalista americano Kingsbury Smith, mostrando a tenaz disposição da União Soviética em preservar a paz e cooperar com o governo dos Estados Unidos na adoção de medidas destinadas a levar à cabo um pacto de paz e que conduzissem ao desarmamento gradual.

Desse modo, no momento em que a paz no mundo encontra-se gravemente ameaçada pelos imperialistas anglo-americanos, Stálin, o campeão da paz envida os maiores esforços para evitar o desencadeamento de uma nova guerra, colocando todo seu prestígio e sua capacidade ao lado da causa sagrada da paz.

Ao se aproximar a data do septuagésimo aniversário de Stálin, devemos ter sempre presente a necessidade de estudar com mais afinco as palavras do mais eminente líder do proletariado e seguir sem vacilações a sua orientação. Devemos estar sempre atentos às suas palavras, a fim de trilharmos o caminho certo.

No dia 21 de dezembro, data que pertencerá a todos os povos, aos desejarmos longos cumprimentos ao grande camarada Stálin, desejaremos também que a palavra de Stálin sempre esteja presente nos grandes acontecimentos internacionais, pois essa palavra significa a verdade, a luz que ilumina o caminho para o socialismo, a certeza da liquidação definitiva de toda exploração e opressão, a forma de que todos os povos mais rapidamente atingirão o comunismo.


Inclusão: 18/10/2020