(1900-1988): filósofo alemão, filólogo clássico, tradutor e publicitário político. Estudou filosofia em Berlim, Heidelberg, Marburg, Freiburg im Breisgau. Concluiu seu doutorado em Heidelberg em 1923, com uma tese sobre a Ética a Nicômaco de Aristóteles. Durante a República de Weimar, Schottlaender foi um acadêmico particular. Com sua tradução da primeira parte de "À la recherche du temps perdu", publicada em 1926 com o título "Der Weg zu Swann" pela Die Schmiede, ele foi o primeiro tradutor alemão de Proust. Depois de 1945, ele ensinou latim e grego como professor em Berlim Ocidental, na Escola Goethe em Lichterfelde West. Em 1947-1949, lecionou filosofia na Universidade de Tecnologia de Dresden, mas entrou em conflito com as autoridades na zona de ocupação soviética. Em seguida, retornou a Berlim Ocidental e trabalhou como professor na Escola Secundária Georg Herwegh de 1949 a 1956, onde foi vítima de uma campanha de difamação devido a seus esforços para superar a Guerra Fria e teve dificuldades profissionais. Em 1959, aceitou um cargo na Universidade Humboldt, em Berlim Oriental, como professor de literatura latina, com foco especial em grego. Após a construção do Muro de Berlim, em agosto de 1961, ele teve que se mudar com sua família de Berlim Ocidental para Berlim Oriental para continuar seu trabalho. Ele se tornou professor emérito em 1965. Além de inúmeros escritos filológicos e filosóficos, Schottlaender publicou traduções (de Sófocles, a publicação de uma edição de Petrarca, etc.) e análises aprofundadas de questões de judaísmo e antissemitismo. Em seus ensaios e artigos políticos, a maioria dos quais foi publicada no Ocidente, ele se via como um mediador entre os dois sistemas. Por causa de suas opiniões críticas sobre a RDA, ele foi monitorado de perto pela Segurança do Estado. Ele inspirou as principais figuras da oposição emergente da RDA.