(1873-1940): Filosofo francês, professor de história da filosofia em suas relações com as ciências naturais, na Universidade de Paris. Autor de reputadas obras criticas sobre os fundamentos e os métodos das ciências naturais. Preconiza um realismo positivista segundo o qual a matéria — o “verdadeiro", na medida em que representa, ao mesmo tempo, “o objetivo, o necessário e o geral” — constitui o “absoluto”. Mas é incapaz de empreender um desenvolvimento consequente de sua teoria. No campo da sociologia, da moral e da estética, sacrifica-a a um liberalismo vazio, vulgar, que a nada obriga. Lénin cita, em sua obra Materialismo e empiro-criticismo, o julgamento de Rey sobre a física de Duhem, que ele chama de “física de um crente”. Observemos ainda, sobre o assunto, que Abel Rey já consagrou à critica das ideias de Duhem um artigo especial sob o titulo A filosofia do Sr. Duhem, (Revue de Métações de Duhem de “filosofia cientifica de um crente”. Obras principais: Physique et de Morale, ano XII, 1904); La théorie physique chez les physiciens contemporains (A teoria física entre ds físicos contemporâneos), 2.a edição em 1923; L'énergétique et le mécanisme au point de vue des conditions de la connaissance, (A energética e o mecanismo do ponto de vista das condições do conhecimento), 1907; Leçons élémentaires de psychologie et de philosophie, 1908; La philosophie moderne, 1908, e Les sciences philosophiques, leur état actuel, 1925.