(1906-1947): educador e político brasileiro, secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro. Em 1930, quando era secretário do Centro Operário e foi preso, acusado de propaganda subversiva e implantar células clandestinas em Salvador. Considerado nesta época chefe do comunismo na Bahia, pertencia à Liga de Ação Revolucionária criada por Luís Carlos Prestes. Condenado à deportação para o Uruguai, conseguiu fugir no Paraná, tentou se juntar ao PCB, mas teve o pedido negado. Foi preso novamente. Em 1932 fugiu da prisão e foi para o Rio de Janeiro. Em 1933 participou de um curso ministrado pela Internacional Comunista no Brasil, tendo obtido um excelente desempenho tendo sido aceito pelo Partido. De simples militante, ascendeu rapidamente assumindo, em 1934, o cargo de Secretário-Geral do Partido. No PCB ficou famoso como Miranda, mas adotou diverso outros codinomes: Adalberto de Andrade Fernandes, Américo de Carvalho, Américo, Queiroz e Tavares. Participou como Delegado da Terceira Conferência dos Partidos Comunistas da América do Sul e do Caribe, realizada em Moscou. Em 1936 foi preso junto com sua companheira Elza Fernandes. Na prisão é torturado. Após a execução de Elza a mando do Partido passou a colaborar com a polícia. Em 1937 foi condenado a 4 anos e 4 meses de prisão. Sua colaboração com a polícia foi duramente criticada por Graciliano Ramos, Agildo Barata, Leôncio Basbaum e Gregório Bezerra. Segundo alguns autores, como Leôncio Basbaum, Edgar Carone e John W. F. Dulles, Bonfim teria sido um agente policial infiltrado no PCB, porém isto nunca foi confirmado.