(1865-1949): Nasceu no Rio Grande do Sul. Militar. Propagandista da República, apoiou, da capital gaúcha, o movimento que pôs fim ao Império. Em 1893, abandonou o Exército para participar da Revolução Federalista, desencadeada no Rio Grande do Sul contra o governo de Floriano Peixoto. Com a derrota dos federalistas, partiu para o exílio em Paris, em 1895. De volta ao Brasil no ano seguinte, anistiado, retornou ao Exército e estabeleceu-se no Rio de Janeiro, dando seguimento à sua carreira militar. Em 1923, já como general reformado e residindo em São Paulo, deu início às articulações contra o governo de Artur Bernardes. No ano seguinte, escolhido pelos conspiradores como o líder do movimento, viajou pelos estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul estabelecendo contatos nos meios militares e elaborou um plano de ocupação da capital paulista. Após sucessivos adiamentos, o levante foi finalmente deflagrado no dia 5 de julho de 1924.
Tropas leais ao governo federal sitiaram, então, a capital paulista, que passou a sofrer violentos bombardeios que atingiram a população civil. Autoridades municipais e representantes da indústria e do comércio buscaram promover negociações entre os rebeldes e o governo federal, mas fracassaram. No final de julho, Isidoro ordenou a retirada dos rebeldes da capital em direção ao Paraná, onde, meses depois, reuniram-se com as tropas rebeladas no interior gaúcho sob a liderança de Luís Carlos Prestes. Da junção dos dois grupos nasceu a Coluna Prestes. Por contar já nessa época com aproximadamente 60 anos, Isidoro não era o mais indicado para comandar um exército cuja estratégia fundamental de luta seria a guerra de movimento. Por isso, decidiu-se que ele se fixaria na Argentina, de onde organizaria a rede de apoio externo às operações. Em fevereiro de 1927 - quando os efetivos da Coluna, já desgastados pelo longo período de marcha, internaram-se em território boliviano e encerraram aquela fase da luta -, a maioria dos principais líderes do movimento juntou-se a Isidoro, em Paso de los Libres, na Argentina, onde estabeleceram o quartel-general revolucionário. Isidoro mantinha grande prestígio entre seus liderados, que, nessa ocasião lhe deram o título de "marechal da revolução". Na prática, porém, a marcha da Coluna havia feito de Prestes um nome reconhecido amplamente como o principal líder revolucionário, dado que nem mesmo Isidoro questionava. Em 1930, com a derrota eleitoral da Aliança Liberal, coligação oposicionista que havia lançado o nome de Getúlio Vargas para concorrer à sucessão do presidente Washington Luís, a questão da derrubada do governo federal pelas armas voltou à ordem do dia. Isidoro declarou, então, apoio ao movimento. Opondo-se à radicalização defendida por Prestes, declarou não acreditar na capacidade das massas populares de governarem o país. Com a deflagração do movimento, no mês de outubro, dirigiu-se a São Paulo para assumir o comando da 2ª RM em nome dos revolucionários. Logo nos primeiros meses do novo governo, porém, começou a se indispor com Vargas em torno da questão do comando político do estado de São Paulo. Em janeiro de 1931 escreveu ao presidente criticando o interventor federal e o comandante da Força Pública. Ainda em 1931, foi substituído do comando da 2ª RM e recusou convite de Vargas para assumir a interventoria federal no Estado do Rio. Passou a defender, então, a volta do país ao regime constitucional, participando das articulações da Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo. Assumiu posição de destaque nesse movimento e acabou deportado para Portugal após a sua derrota. Voltou ao país em 1934, anistiado. Em 1937, já afastado das disputas políticas, criticou o golpe de Vargas que instaurou a ditadura do Estado Novo.