(1801-1887): Professor de física em Leipzig e, mais tarde, professor de filosofia natural e de antropologia na mesma universidade. Seus trabalhos de física referem-se, sobretudo, ao galvanismo e à eletroquímica. Desenvolveu importante teoria do contacto da eletricidade e defendeu com ardor a atomística. Fechner tornou-se celebre como fundador dos fenômenos psíquicos, e veio a estabelecer a chamada “lei psicofísica”, segundo a qual a sensação aumenta proporcionalmente ao logaritmo da excitação. Em filosofia, Fechner sustenta uma metafísica idealista e naturalista. O mundo inteiro é um ser espiritual, os planetas tem igualmente uma consciência; mas a consciência suprema é a do Deus pessoal; a religião e a ciência são entrelaçadas. Para a crítica de suas concepções consultar Friedrich Engels, Natur und Dialektik (Arquivo Marx-Engels, vol. II, Moscou, 1925.
Obras principais: Elemente der Psychophysik, 1860, (Elementos de psicofísica), e Über die Physikalische und philosophische Atomenlehre, 1864 (Sobre a teoria física e filosófica dos átomos): Citemos ainda, entre seus trabalhos especulativos sobre a filosofia natural: Ncnna oder über das Seelenleben der Pflanzen, 1848 (Nanna, ou a vida psíquica das plantas); Zendavesla oder über die Dinge des Himmels und des Jenseits, 1851 (Zend-Avesta, ou as coisas do céu e do além), e Die Tagesansicht gengenüber der Nachtansicht, 1879 (A opinião do dia em face da opinião da noite).