(1903-1969): Filósofo alemão que também escreveu sobre sociologia, psicologia e musicologia. Formou-se em Filosofia pela Universidade Johan Wolfgang Goethe em Frankfurt em 1924. Seus primeiros escritos, com destaque no desenvolvimento da Estética como importante para a evolução histórica, reflete a influência de Walter Benjamin na aplicação do marxismo à critica cultural. Depois de lecionar por dois anos na Universidade de Frankfurt, Adorno emigrou para a Inglaterra em 1934 fugindo à perseguição dos judeus pelos nazistas. Ele ensinou na Universidade de Oxford por três anos e depois foi para os Estados Unidos (1938), onde trabalhou em Princeton (1938-1941) e foi codiretor do Projeto de Pesquisa de Discriminação Social na Universidade da Califórnia, Berkeley (1941-1948). Adorno e seu amigo Max Horkheimer voltaram à Universidade de Frankfurt em 1949. Ali eles reconstruíram o Instituto Para Pesquisa Social e reviveram a teoria crítica da Escola de Frankfurt, que contribuiu para a efervescência intelectual da Alemanha no pós-Guerra.
Uma das temáticas de Adorno foi a tendência à autodestruição da civilização, evidenciada pelo Fascismo. Em seu livro A Dialética do Esclarecimento (1947) vastamente influente, Adorno e Horkheimer apontam este impulso no próprio conceito de Razão, que o Iluminismo e o moderno pensamento científico transformaram numa força irracional que dominou a Natureza e a sociedade. A racionalização da sociedade humana, tem em ultima instancia condenado ao Fascismo e a outros regimes totalitários como a completa negação da liberdade humana. Adorno concluiu que o racionalismo oferece pouca esperança à emancipação humana, que pode vir da arte e do panorama geral que oferece a preservação da autonomia individual e felicidade.
Outra obras importantes de Adorno são Filosofia da Música Moderna (1949), A Personalidade Autoritária (1950, vv. aa.), Dialética Negativa (1966), e Teoria Estética (1970).