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Primeira Edição: Extracto da intervenção de abertura de Álvaro Cunhal ao VIII Congresso do PCP – 11-14 de Novembro de 1976 - O Militante» - N.º 275 Março/Abril 2005
Fonte: http://www.dorl.pcp.pt/index.php/obras-alvaro-cunhal-menumarxismoleninismo-107/2819-o-viii-congresso-do-pcp-e-o-balano-das-nacionalizaes
Transcrição: Coutinho Carlos
HTML: Fernando Araújo.
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«O capitalismo monopolista sofreu golpes mortais com a nacionalização da banca e dos sectores básicos da economia nacional.
O sector nacionalizado abrange 245 empresas, às quais se devem acrescentar 33 que já pertenciam ao sector público. O número total de trabalhadores neste sector sobe a cerca de 140 000 trabalhadores. O valor global do capital social das empresas nacionalizadas (capital social de antes do 25 de Abril) rondava os 40 milhões de contos, ou seja, 38% do capital social de todas as sociedades. Calcula-se que a este sector correspondam 14% da mão-de-obra nacional, 25% do valor acrescentado bruto e 44% dos investimentos. A importância real do sector da economia portuguesa nacionalizado está, porém, muito além do que estes números indicam em virtude da importância desse sector: bancos, companhias de seguros, energia eléctrica, petróleos, siderurgia, química, cimento, transportes, construção naval, além de vidros, tabacos e cervejas.
Ao sector nacionalizado têm de se acrescentar:
As empresas nacionalizadas e este conjunto de empresas abrangem os principais sectores da indústria nacional, com um total que não deve andar longe de 250 mil trabalhadores.
Não se trata, porém, apenas de uma situação jurídica nova. Todo o processo revolucionário que conduziu a esta situação significou a activa intervenção dos trabalhadores em todos os aspectos da vida das empresas, o estabelecimento em muitas delas do controlo operário e da gestão pelos trabalhadores.»