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Fonte: Cuba Debate - Contra o Terrorismo Midiático
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo
Após o almoço oferecido pelo Secretário Geral das Nações Unidas, uma vez encerrada a sessão inaugural da Cimeira do Milénio, foi-nos indicado dirigir-mo-nos a um local para se realizar a fotografia oficial. Dirigía-mo-nos para esse lugar, quase um por um, passando por um espaço estreito que se tinha aberto entre várias mesas. Apenas a quatro metros de distância apercebo-me de Clinton a cumprimentar vários chefes de Estado que por ali passavam. Por cortesia, o Presidente apertava a mão a cada um deles. Eu não podia sair a correr dali para evitar passar por aquele ponto; ele também não o podia fazer. Para ambos teria sido uma cobardia vergonhosa. Prossegui atrás dos demais. Em questão de minutos cheguei ao lugar por onde tinha de passar diante dele. Como os demais, detive-me uns segundos e, com toda a dignidade e cortesia, cumprimentei-o; ele fez exactamente o mesmo, e depois eu continuei o meu caminho. Teria sido extravagante e grosseiro ter feito outra coisa. Durou no total menos de 20 segundos.
Este simples detalhe espalhou-se rapidamente. Muitos órgãos de informação registaram o acontecimento com um tom amável. Dezenas de rumores começaram a correr imediatamente. Porta-vozes oficiais da imprensa que não estavam bem informados transmitiram as mais variadas versões.
A mafia de Miami tornou-se histérica. Segundo eles, o Presidente tinha cometido um grande crime. A tais extremos chega o seu fundamentalismo.
Pela minha parte, sinto-me satisfeito com o meu comportamento respeitoso e civilizado para com o Presidente do país que foi anfitrião da Cimeira.