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Escrito: Em Managua pouco antes de suicidar-se na noite de 12 de abril de 1983.
Fonte: Carta de suicidio de Salvador Cayetano Carpio em Wikisource en español (31 de janeiro de 2009).
Tradução: Pedro Feike
HTML: Fernando A. S. Araújo.
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Em todos os momentos mais duros de minha vida, na luta contra as classes reacionárias e exploradoras internas e contra o imperialismo ianque, tem sido e continua sendo meu povo e minha classe os elementos supremos de inspiração e o objetivo básico a luta por seus interesses. Neste momento mais do que nunca.
Fui atacado, perseguido, caluniado, censurado e reprimido mil vezes por esses inimigos bestiais do povo e superei e suportei tudo com mística pela causa dos obreiros, campesinos e do povo. Todos meus passos são e sempre foram dentro deste marco, destes interesses fundamentais, principalmente nestes últimos anos de luta, da intensificação da luta popular de liberação, da intensificação das ofensivas militares e insurreições para a Tomada de Poder para o povo e pelo povo que tenha por base a aliança obreiro-campesina e seus interesses.
Ao intensificar-se a Guerra Popular, se intensifica também a ação do imperialismo em todas suas ordens, suas campanhas, seus planos e complôs. Contra todos estes planos nefastos estou disposto a lutar até a vitória total.
Porém, uma coisa é lutar contra o imperialismo e suas intrigas, e outra é sentir a injustiça, a calúnia e a infâmia de parte dos mesmos irmãos. Uma negra campanha para manchar minha vida revolucionária e danificar profundamente as FPL está em marcha e chegando ao seu ponto final Não sei de onde procedem estes planos difamatórios, essa campanha contra minha vida revolucionária. A única coisa que sei é que quando fica perto a Tomada do Poder, a burguesia nacional e internacional usa todos seus recursos para debilitar a hegemonia proletária-campesina da revolução e desta maneira eliminar política e fisicamente as organizações que são verdadeiras garantias dos interesses proletários.
Inclusão | 06/07/2014 |